“Profissões em alta e que devem permanecer existindo
Nos
últimos anos, temos visto o mundo do trabalho mudar e ser impulsionado pela
aceleração da digitalização, automação e inteligência artificial. Nesse
contexto, algumas profissões emergem como protagonistas, enquanto outras se
adaptam às demandas crescentes da sociedade e do mercado. Diante desse cenário
dinâmico, é essencial refletir sobre as áreas que estão em ascensão e os
motivos desse protagonismo.
Um dos
campos que se destacam é a tecnologia da informação. Com a crescente demanda
por soluções digitais e a evolução rápida do setor, profissionais de esfera
como ciências da computação e matemática estão em alta. Empresas líderes, como
Google e Amazon, já vêm oferecendo remunerações atrativas para estagiários
talentosos, evidenciando a valorização dessas habilidades.
Além
disso, ramos como mecatrônica e engenharia estão ganhando destaque devido à
integração de tecnologias avançadas em processos industriais e de automação. O
desenvolvimento de sistemas inteligentes e de robótica impulsiona a demanda por
profissionais qualificados nessas áreas.
No
Brasil, o programa MCTI Futuro, iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (MCTI), oferece 70 mil vagas de capacitação gratuita na área de
tecnologia. Esses cursos abrangem tópicos como robótica, inteligência
artificial, Internet das Coisas (IoT) e simulação digital.
Outro
setor em crescimento é o de gestão e cuidados a áreas naturais ou ao meio
ambiente, impulsionado pela crescente preocupação com a degradação de matas
nativas e reservas e com o aumento médio da temperatura na Terra. Profissionais
especializados em pesquisa e soluções sustentáveis são altamente demandados, na
medida em que empresas e governos buscam mitigar os impactos ambientais e
promover práticas mais sustentáveis.
O campo
abrange desde a revitalização de ecossistemas até a gestão de resíduos e
energia renovável, passando pelo clima e práticas ESG. Inclusive, a oferta de
emprego em vagas com habilidades verdes cresceu 22,4% em todo o mundo no ano
passado, segundo dados do LinkedIn Economic Graph, apresentados no Green Skills
Report 2023.
A busca
por uma melhor qualidade de vida também impulsiona o crescimento de profissões
relacionadas à saúde e ao bem-estar. A procura por personal trainers e
nutricionistas nunca foi tão alta, refletindo uma mudança de paradigma em
relação ao autocuidado e à prevenção de doenças.
Da mesma
forma, profissionais dedicados ao cuidado da terceira idade estão em crescente
demanda, à medida que a população envelhece e busca serviços especializados.
Segundo um levantamento da Kantar, 91% dos brasileiros estão interessados em
melhorar ou manter a saúde e o bem-estar.
Destaca-se
também o aumento da procura por cursos de psicologia. Apenas na Fuvest, o
vestibular mais concorrido do Brasil, que seleciona candidatos para a USP, a
carreira em psicologia se tornou a segunda mais disputada, perdendo apenas para
medicina. A concorrência para o curso de psicologia no campus de São Paulo foi
de 70,6 candidatos por vaga.
O curso
de psicologia passou a ocupar um espaço de proeminência e adquiriu notoriedade
que não tinha antes. O papel dos psicólogos é fundamental na compreensão das
complexidades humanas e no desenvolvimento de estratégias de suporte e
intervenção, evidenciando uma maior conscientização sobre saúde mental e
bem-estar emocional.
Em suma,
as profissões do futuro serão aquelas que combinam habilidades técnicas com um
profundo entendimento das necessidades e dos cuidados ao ser humano e ao meio
ambiente. A digitalização e a sustentabilidade moldarão o mercado de trabalho,
exigindo uma adaptação contínua e um foco na inovação e na resolução de
problemas. Portanto, aqueles que investirem em educação e formação nessas áreas
estarão bem posicionados para prosperar em um mundo em constante evolução.”.
(João Roncati. Diretor da People + Strategy, em
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 4 de abril
de 2024, caderno OPINIÃO, página 18).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 05 de abril de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Remédio da misericórdia
A
Festa da Divina Misericórdia, no segundo domingo do tempo da Páscoa, retrata a
propriedade da misericórdia do Pai dedicada à humanidade, a partir da amorosa
oferta de Deus: seu Filho Jesus, o Redentor, morre na cruz e ressuscita, pela
ação vivificante do Espírito Santo. A Festa, instituída na Igreja Católica por
São João Paulo II, contribui para acolher os ensinamentos do tempo pascal que,
se vividos e acolhidos, podem mudar vidas e o próprio rumo da sociedade. Não
compreender o alcance luminoso da Divina Misericórdia é arriscar a se perder
nas incredulidades que levam à soberba, aos radicalismos, à perda da ternura
que é essencial para superar inimizades, comprometendo gestos de amizade social
e, consequentemente, a fraternidade universal.
Convence
sobre os riscos da incredulidade o episódio narrado pelo evangelista João,
quando conta sobre a arriscada ausência do apóstolo Tomé da comunidade dos
primeiros discípulos de Jesus. A comunidade, embora emoldurada pelo medo e, por
isso mesmo, vivendo “a portas fechadas”, é o lugar singular para experimentar a
presença misericordiosa de Deus, manifestada na presença amorosa de Cristo
Ressuscitado. Ao ouvir o testemunho alegre dos outros apóstolos, anunciando a
vitória da vida sobre a morte, por terem visto o Senhor, Tomé reage com
soberba. Impõe condições para acreditar no relato dos outros discípulos,
encharcado pela comum pretensão humana de se julgar proprietário das melhores
razões, das justificativas mais plausíveis, desconsiderando outras
perspectivas. Insolente e orgulhoso, Tomé diz que se não conferir as mãos e os
pés de Jesus, se não colocar o seu dedo no lado chagado do
Crucificado-Ressuscitado, não se abrirá à experiência de crer.
Tomé
rege-se, assim, por um orgulho capaz de fecundar o autoritarismo e de invalidar
o testemunho dos outros apóstolos, agraciados pela presença visível de Jesus
Ressuscitado. O Incrédulo e soberbo é salvo pelo gesto misericordioso de Jesus,
que não desistiu de Tomé, mas desmontou seus argumentos, oferecendo-lhe a
oportunidade para a cura da incredulidade. O Mestre fez brotar do mais profundo
do coração de seu discípulo a confissão: “Meu Senhor e meu Deus”. O risco da
incredulidade é grande e perigoso. Pode ser sutil, sendo capaz de camuflar a
força dominadora do egoísmo com aparentes boas ações. Mas, no fim, prevalece o
mal provocado pelo egoísmo, que leva a personalismos capazes de dogmatizar
conceitos sobre o semelhante, de eleger compreensões que inviabilizam a
convivência com quem pensa diferente. Quem se deixa dominar pelo egoísmo
torna-se incapaz de dedicar amor fraterno aos que não integram o seu “clube de
amigos”, seu grupo político-partidário, a torcida de seu time, alimentando
abominações e preconceitos.
A doença
da incredulidade, temperada pelo egoísmo pelo orgulho no coração humano, impede
a solução de graves problemas, sociais, consolidando a expressão de
perversidades e exclusões. É mal tão perigoso que pode levar ao risco de se
invalidar perspectivas diferentes das próprias convicções. Para enfrentar esse
mal, deve-se viver a misericórdia – único selo autêntico para validar processos
e escolhas que busquem o bem do semelhante. Há um caminho a percorrer para se
aprender o exercício da misericórdia, tendo como horizonte diário o exemplo de
Jesus Cristo, o rosto da misericórdia do Pai – que é rico em misericórdia. Não
há outra possibilidade de experimentar a misericórdia de Deus senão pela
revelação de Jesus Cristo. Deve-se cultivar o amor ao Mestre. Isto significa
cuidar para que sejam evitadas atitudes, aparentemente cristãs, mas que, na
verdade, estão distanciadas, ou até constituem negação da misericórdia de Deus
revelada em Jesus.
Contemplar,
permanentemente, o mistério da misericórdia, é sempre se aproximar da
inesgotável fonte de serenidade, alegria e paz. Misericórdia é o caminho que
proporciona a cada pessoa a experiência de frutuosa e reconciliadora união com
Deus, fecundando a esperança fidedigna que salva a humanidade dos pessimismos e
das posturas radicais, do rancor e da busca por vingança. Somente a
misericórdia de Deus capacita seus filhos e filhas para o exercício da
misericórdia, preferindo-a, ao invés de se apegar ao excesso de severidade, sem
comprometer jamais a verdade e o bem. Uma capacitação essencial para alimentar o
altruísmo, qualificar a cidadania e fortalecer a fraternidade. Abrir mão da
misericórdia, pelo equívoco de confundi-la com fraqueza, é perder a
oportunidade de dar novo rumo à própria vida, semeando o bem na vida do
semelhante. É sempre importante se lembrar que Deus revela a sua onipotência
por meio da sua misericórdia. A misericórdia de Deus perdoa e se compadece. É
prova de seu poder. Não constitui uma ideia abstrata, mas um gesto de amor,
repleto de ternura e de compaixão, de indulgência e de perdão.
A
misericórdia de Deus, revelada em Cristo, inscreve lições existencialmente
desafiadoras. Cabe ao ser humano aprender a agir seguindo Jesus, seu modo único
e irrepetível de tratar os pobres, doentes, marginalizados – Cristo é todo amor
e gratuidade. A misericórdia não constitui somente o modo de agir do Pai,
revelado por Jesus. É critério para identificar quem são os verdadeiros
discípulos de Cristo. Todos são chamados a viver misericordiosamente. E o
perdão é a expressão mais evidente do amor misericordioso. Perdoar, gesto de
misericórdia, traz serenidade, constituindo uma sabedoria para se investir na
solidariedade. A misericórdia convence o coração a abandonar o ressentimento, a
violência, a busca por vinganças. Ecoe, na vivência da Festa da Divina Misericórdia,
a palavra do apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios: “Que o sol não se ponha
sobre o vosso ressentimento”. A iluminadora palavra do Apóstolo seja capaz de
consolidar, sempre mais, esta lição de Jesus: “Felizes os misericordiosos
porque alcançarão misericórdia”.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!