(Janeiro 2025: mês 96; faltam 74 meses para a Primavera Brasileira)
“Que venha mais um ano
Se
tivesse que usar apenas duas palavras para expressar os meus votos de Ano-Novo
ao mundo inteiro e, em especial, aos meus leitores, usaria ‘saúde’ e ‘paz’. O
resto é sobra. Se pensarmos bem, não há como aspirar à prosperidade e à
felicidade – metas de qualquer um – perturbados pelas doenças e enfrentando
conflitos de toda ordem.
Num
cartão que aceita uma mensagem de poucas linhas, desejo acima de tudo a alegria
de viver, de se levantar de manhã e de se sentir bem no mormaço de uma praia,
na seiva de uma mata, nas neblinas do inverno, no sol triunfante do verão. E
com cheiro de manacás ao abrir a janela.
Desejo
manhãs que comecem com o sabor de manga, com o gosto de maracujá, com pão
quente e macio e chá de capim-santo colhido na horta.
Desejo
ainda noites com grilos cantando, saturadas do perfume da dama-da-noite e de
grama cortada, sonhos esplêndidos ao som da chuva fina.
Gostaria
que cada um tivesse sempre alguém que se preocupasse com ele quando baixa uma
gripe, uma dor de estômago ou, simplesmente, quando a cara se fecha pela
preocupação.
Desejo
colchão e travesseiro limpos e macios, noites descansando na cama de casa mais
do que na de hotéis.
Para
completar a felicidade, cachorros brincando, lambendo, correndo e pulando.
Latindo de alegria ao vê-lo retornar do trabalho.
Mais do
que luxo, desejo aos meus leitores e leitoras o conforto, o aconchego. Espero
que se decidam a escolher um sapato confortável em vez do mais sofisticado.
Que não
se importem muito com o julgamento e as críticas dos outros e que prefiram
atender a voz da própria consciência, mesmo quando incompreendida.
Desejo o
fim do sufoco, das atribulações, do estresse para quem corre atrás de um
emprego. Espero que a placa de “não há vagas” dependurada na porta seja
substituída pela de “procura-se”.
Faço
votos de que os políticos deixem de pensar apenas em função dos projetos
pessoais, do poder a qualquer preço, e passem a agir, em primeiro lugar, em
favor de quem acreditou neles e obrem para diminuir o sofrimento, mesmo dos
adversários.
Que
todos possam dedicar um tempinho para ajudar um jovem, um idoso, um
desesperado, porque com isso o mundo fica melhor.
Desejo
solidariedade, compreensão e, sobretudo, amor, que é o melhor meio de evolução
e que consegue até milagres.
A vida
pode ser uma obra de arte. Seja calmo e ame-se.
Enfim,
feliz 2025 e um forte abraço.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de dezembro de 2024, caderno
A.PARTE, página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 27 de dezembro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“O Natal e o Jubileu
O
Natal oferece à humanidade a límpida e inesgotável fonte do amor de Deus. E a
humanidade precisa ser banhada por esse amor maior – necessidade tão forte e
evidente que a liturgia da Igreja celebra anualmente o Natal de Jesus,
celebração vivida fortemente por vários dias, com seus ritos, silêncios,
proclamações e interpelações, capazes de contribuir para que todos alcancem o
sentido da salvação: o Filho de Deus se dignou a vir e a tornar-se o Emanuel,
Deus Conosco. O ato de amor de Deus é desconcertante. O Verbo Eterno, Jesus
Cristo, filho amado de Deus-Pai, entra na carne humana, para alargar e iluminar
o horizonte novo da humanidade. Garante, assim, a salvação do mundo, ameaçada
pelos limites do próprio ser humano. Santo Agostinho diz, com sabedoria: “Ele
vem a nós pelo que assumiu de nós e nos salva pelo que manteve de si mesmo”. Há
de se reconhecer o lastro destrutivo da fraqueza humana, desarrumando vidas,
estreitando horizontes, adoecendo e dizimando, conforme mostram os cenários de
pobreza, de guerras e exclusões. O Natal anuncia a graça da indispensável
renovação da vida de cada um, por uma humanidade restaurada nos parâmetros do
amor maior.
Celebrar
o Natal é convite-convocação para superar a fraqueza humana diante da missão de
se fazer o bem. Essa fraqueza descompassa a vida com escolhas que estão na
contramão do equilíbrio ecológico, humano, social, econômico e político. O
Natal é a experiência renovada para que os cristãos retomem o caminho da
salvação, com suas dinâmicas próprias, renovando e fortalecendo a identidade
daqueles que acolhem a missão insubstituível de seguir o Salvador do mundo,
Jesus Cristo, o Menino-Deus que vem ao encontro de todos. E seguir Jesus pede o
abandono de tudo o que, internamente, gera incapacidade para amar, fixando o
olhar em Cristo, deixando-se impactar pela simplicidade de Jesus – o modo como
Deus entra nas condições humanas. O exercício desse desapego alarga horizontes,
dissipa sombras que envolvem a existência humana, possibilitando um caminho
luminoso, livre de estreitamentos doentios. Faz prevalecer a força do amor,
capaz de transbordar solidariedade e fraternidade, essenciais às mudanças que
todo ser humano deve almejar.
Ensina a
mística oriental o quanto importa o esforço para cumprir os mandamentos de
Deus, o amor maior, Aquele que primeiro amou. Aqueles que verdadeiramente se
esforçam e cumprem os mandamentos recebem de Cristo o verdadeiro troféu. Por
isso mesmo, Natal é tempo de pedir, insistentemente, a sabedoria essencial ao
exercício da misericórdia e ao reconhecimento da verdade, para não ceder espaço
à maldade ou ao domínio do maligno. É tempo de bater às portas de Deus, com
constância, para garantir que sejam escancarados os caminhos para o céu. Assim,
a celebração e vivência do Natal constituem leitura atenta e imersão na força
do Evangelho, abrindo rico itinerário, reorientando os rumos da vida, a
redefinição de propósitos, cultivando a disposição profética de se buscar a
justiça e a paz. Natal é, pois, o exercício da consciência a respeito da
própria dignidade de filho e filha de Deus, irmãos e irmãs uns dos outros,
livrando os corações de intrigas, maldades e ressentimentos. A dignidade maior
– todos filhos e filhas de Deus – é resgatada com a encarnação do Verbo, sua
paixão, morte e ressurreição.
Nesta
celebração do Natal de Jesus é inaugurado, a partir da convocação do Papa
Francisco, o Ano Jubilar 2025 – todos chamados ao exercício espiritual de ser
peregrinos de esperança, buscando a reconciliação com Deus, consigo mesmo, com
os semelhantes e com a natureza. A vivência dos Anos Jubilares é tradição da
Igreja Católica, instituída em 1300 pelo Papa Bonifácio VIII, para favorecer a
experiência de se buscar a graça de Deus, trilhando o caminho da reconciliação
com o Criador. Em 2025, o convite é para que todos cultivem a esperança,
reconciliando-se e reconquistando a inteireza perdida, no horizonte da
afirmação de São Paulo apóstolo, escrevendo aos Romanos: “A esperança não
decepciona”.
Há de se
viver os dias do ano jubilar, buscando participar das peregrinações, das
celebrações e das vivências zelosamente preparadas pela Igreja – indo a Roma ou
às igrejas jubilares mais próximas, para qualificar ainda o próprio tecido
interior. Uma qualificação imprescindível para conquistar a força essencial às
grandes mudanças na própria vida, na sociedade e no mundo. É tempo de curar os
desânimos, superar os medos, ceticismos e pessimismos, firmando os passos na
confiança, na serenidade e na certeza da graça de Deus, redentora e salvífica.
Uma ocasião para reavivar a esperança, alicerçada e Cristo – a esperança
fidedigna – e, assim, ajudar a arquitetar um futuro mais harmonioso para a
humanidade. Todos aceitem o convite para viver o Ano Jubilar 2025, buscando se
encontrar, qualificadamente, com a esperança, com Jesus Cristo. Cada pessoa se
torne qualificado peregrino de esperança, especialmente neste tempo de Jubileu,
oportunidade singular para nutrir a vida com o amor de Deus – a esperança que
não decepciona.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado e o
aleitamento materno (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade,
em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!