“Que os Cavaleiros da Távola Redonda nos inspirem!
Janeiro
é um teste de fogo.
A
impressão que eu tenho é que o início do ano costuma ser um período para
verificar nosso grau de comprometimento com a fé.
Até que
ponto temos força para manter a energia positiva celebrada na virada?
Até que
ponto estamos prontos para não esmorecer, apesar das enchentes, Capitólio,
surto de gripe, Covid, alta de preços, incerteza etc.?
Ficar
bem hoje em dia exige muito esforço para tirar o melhor dos acontecimentos.
Um
exemplo: quem tem a chance de viajar nessas férias está tendo que recorrer a
doses extras de paciência e ao estilo “é o quem tem para hoje”.
Do dia
pra noite, as regras são mudadas. Países fecham fronteiras, voos são
cancelados, hotéis restringem serviços. E quem tem coragem de reclamar? “Pelo
menos estamos com saúde” virou um mantra.
Será que
tanta notícia ruim tem incentivado a resignação?
Isso é
bom?
Gente
resignada aceita e ponto. Gente resignada não tem criatividade para fazer
diferente, não tem força para mudar a rota.
Não
quero aqui fazer apologia de descontentamento. O que busco com essa reflexão é
entender como manter a proatividade quando o cenário não ajuda? Como nos
mantermos no caminho da melhoria contínua se não temos noção se essa melhoria
vai fazer diferença nos próximos tempos? Como continuar treinando sem sabermos
se essa temporada terá campeonato, se o time vai continuar existindo?
Penso
que estamos em tempos de provação, no mais puro estilo dos Cavaleiros da Távola
Redonda.
Chegou a
hora de sentarmos na “cadeira perigosa” e provarmos o nosso valor.
Somos
cavaleiros de verdade (claro que estamos recorrendo à metáfora e incluo aqui
homens e mulheres, só mantenho cavaleiro para não danificar o valor literário)?
Diz a
lenda que quem ocupa a cadeira em frente ao assento destinado ao Rei Arthur e
não é um verdadeiro cavaleiro morre ou sofre muito após três dias.
E quem
seria esse guerreiro extraordinário, capaz de manter-se firme em seus
propósitos e conduta em tempos fáceis e difíceis?
Está no
código da cavalaria, o cavaleiro digno de pertencer à Távola: 1) busca a
perfeição humana; 2) tem retidão nas ações; 3) respeita os semelhantes; 4) ama
os familiares; 5) tem piedade com os enfermos; 6) tem doçura com as crianças e
mulheres; e 7) é justo e valente na guerra e leal na paz.
O código
pode fazer parte de uma lenda, mas nem por isso deixa de ser verdadeiro e de
ter valor ao pautar comportamentos. Das sete diretrizes, acredito que quem se
apega à primeira acaba, naturalmente, cumprindo as seguintes. Nunca dei muita
importância à última, mas mudei de opinião de uns tempos para cá.
Ser
valente nessa guerra que vivemos – contra a doença, a crise, os nossos
fantasmas – pode ser o diferencial quando os tempos de paz voltarem.
Sim,
porque não há guerra eterna. A vida é ciclo e a mudança é a lei natural.
Que
tenhamos coragem de seguir em frente nesses tempos difíceis. Que nos preparemos
para uma era melhor que certamente virá!”.
(Lúcio Júnior. CEO da Open Mind Brazil, em
artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de
janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 16, de autoria de Leonardo
Queiroz, vice-presidente de crescimento da Kroton, e que merece igualmente
integral transcrição:
“O impacto da educação superior no futuro
do Brasil
O
sonho do ensino superior é desejado por muitos brasileiros. Antigamente, quem
tinha um diploma universitário era até chamado popularmente de “doutor”, não
importasse de qual profissão fosse o título. Hoje, são muitos os jovens e
adultos que não medem esforços para estudar e garantir uma graduação com o
objetivo de melhorar de vida. E o desejo não é à toa: um diploma de educação
superior é uma ferramenta poderosa de transformação social e econômica. O
Brasil só terá um caminho promissor se conseguir formar seus cidadãos,
investindo em educação seja presencial, digital ou híbrida – e em cursos que
preparem a mão de obra para as profissões do futuro. Mas como podemos fazer
isso de forma efetiva?
A
trajetória é longa, mas já começou. Segundo o IBGE, em 2019, apenas 21% dos
jovens e adultos entre 25 e 34 anos haviam concluído a faculdade, percentual
maior do que os 11% registrados em 2008, mas ainda muito distante de índices
dos Estados Unidos (49%) e da Coreia do Sul (70%), por exemplo. O Brasil já deu
grandes passos para a inclusão de seus cidadãos no ensino superior, mas temos
muito a percorrer. Se o jovem estiver nos bancos da faculdade, estará, ao mesmo
tempo, construindo sua carreira e o futuro do país.
O salto
de inclusão dos últimos anos é devido ao expressivo crescimento do ensino à
distância (EAD): em 2019, as matrículas em cursos na modalidade já
correspondiam a 43,8% do total, segundo o Censo da Educação Superior. A partir
de 2020, muito em razão da pandemia de Ccovid-19, vimos o EAD ganhar ainda mais
espaço entre os estudantes, e a tendência é que o ensino híbrido e o 100%
online sejam protagonistas nos próximos anos.
Diversos
estudos comprovam que o ensino superior também aumenta a renda do cidadão.
Trata-se de um ciclo que faz a roda da economia girar. Na média mundial, quem
tem uma graduação ganha 40% a mais de salário, segundo dados do relatório
Education at a Glance da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2021 pelo Sindicato das
Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São
Paulo, feita com estudantes de todo o país, mostrou que a média salarial do
formado sobe 135%, de R$ 1.784 para R$ 4.202.
Até
mesmo quem não é estudante, mas reside em uma cidade que sedia uma instituição
de ensino superior, tem vantagens em relação àquele que vivem em um município
sem um polo educacional. Dados do Mapa do Ensino Superior mostram que
municípios com instituições de ensino superior têm PIB per capita médio de R$
30,7 mil, enquanto aqueles que não contam é de R$ 19,7 mil. Neste cenário, o
EAD traz capilaridade e dissemina conhecimento e oportunidades a locais
remotos, com menor ou nenhuma estrutura educacional.
E se o
Brasil quiser ter papel relevante na nova economia mundial precisa capacitar
cerca de 32 milhões de potenciais estudantes que, hoje, estão fora dos bancos
das faculdades. Essa legião de brasileiros sem ensino superior precisa,
sobretudo, ser matriculada em cursos de áreas mapeadas como promissoras para as
“profissões do futuro”, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial. Esses cursos
estão intrinsecamente ligados a tecnologia: inteligência artificial, engenharia
e computação na nuvem, marketing, vendas e produção de conteúdo, entre outras.
Nesse
sentido, o EAD colabora ainda mais para absorver essa defasagem social. Afinal,
as plataformas 100% digitais que oferecem cursos das mais variadas áreas, com
trilhas curtas e práticas, levam a educação para todo país, independentemente
da região geográfica daquele estudante.
A
educação é a maior ferramenta para tornar a economia brasileira inovadora e
disruptiva, competindo de igual para igual frente a outras nações emergentes e
grandes potências mundiais. O futuro social e econômico do Brasil passa pela
formação profissional de qualidade aliada à empregabilidade. Só assim seremos a
potência global que tanto merecemos e sonhamos ser.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.