terça-feira, 22 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES INSPIRADORAS DOS CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO SUPERIOR E NOVAS TECNOLOGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE

“Que os Cavaleiros da Távola Redonda nos inspirem!

       Janeiro é um teste de fogo.

         A impressão que eu tenho é que o início do ano costuma ser um período para verificar nosso grau de comprometimento com a fé.

         Até que ponto temos força para manter a energia positiva celebrada na virada?

         Até que ponto estamos prontos para não esmorecer, apesar das enchentes, Capitólio, surto de gripe, Covid, alta de preços, incerteza etc.?

         Ficar bem hoje em dia exige muito esforço para tirar o melhor dos acontecimentos.

         Um exemplo: quem tem a chance de viajar nessas férias está tendo que recorrer a doses extras de paciência e ao estilo “é o quem tem para hoje”.

         Do dia pra noite, as regras são mudadas. Países fecham fronteiras, voos são cancelados, hotéis restringem serviços. E quem tem coragem de reclamar? “Pelo menos estamos com saúde” virou um mantra.

         Será que tanta notícia ruim tem incentivado a resignação?

         Isso é bom?

         Gente resignada aceita e ponto. Gente resignada não tem criatividade para fazer diferente, não tem força para mudar a rota.

         Não quero aqui fazer apologia de descontentamento. O que busco com essa reflexão é entender como manter a proatividade quando o cenário não ajuda? Como nos mantermos no caminho da melhoria contínua se não temos noção se essa melhoria vai fazer diferença nos próximos tempos? Como continuar treinando sem sabermos se essa temporada terá campeonato, se o time vai continuar existindo?

         Penso que estamos em tempos de provação, no mais puro estilo dos Cavaleiros da Távola Redonda.

         Chegou a hora de sentarmos na “cadeira perigosa” e provarmos o nosso valor.

         Somos cavaleiros de verdade (claro que estamos recorrendo à metáfora e incluo aqui homens e mulheres, só mantenho cavaleiro para não danificar o valor literário)?

         Diz a lenda que quem ocupa a cadeira em frente ao assento destinado ao Rei Arthur e não é um verdadeiro cavaleiro morre ou sofre muito após três dias.

         E quem seria esse guerreiro extraordinário, capaz de manter-se firme em seus propósitos e conduta em tempos fáceis e difíceis?

         Está no código da cavalaria, o cavaleiro digno de pertencer à Távola: 1) busca a perfeição humana; 2) tem retidão nas ações; 3) respeita os semelhantes; 4) ama os familiares; 5) tem piedade com os enfermos; 6) tem doçura com as crianças e mulheres; e 7) é justo e valente na guerra e leal na paz.

         O código pode fazer parte de uma lenda, mas nem por isso deixa de ser verdadeiro e de ter valor ao pautar comportamentos. Das sete diretrizes, acredito que quem se apega à primeira acaba, naturalmente, cumprindo as seguintes. Nunca dei muita importância à última, mas mudei de opinião de uns tempos para cá.

         Ser valente nessa guerra que vivemos – contra a doença, a crise, os nossos fantasmas – pode ser o diferencial quando os tempos de paz voltarem.

         Sim, porque não há guerra eterna. A vida é ciclo e a mudança é a lei natural.

         Que tenhamos coragem de seguir em frente nesses tempos difíceis. Que nos preparemos para uma era melhor que certamente virá!”.

(Lúcio Júnior. CEO da Open Mind Brazil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição e caderno, página 16, de autoria de Leonardo Queiroz, vice-presidente de crescimento da Kroton, e que merece igualmente integral transcrição:

“O impacto da educação superior no futuro do Brasil

       O sonho do ensino superior é desejado por muitos brasileiros. Antigamente, quem tinha um diploma universitário era até chamado popularmente de “doutor”, não importasse de qual profissão fosse o título. Hoje, são muitos os jovens e adultos que não medem esforços para estudar e garantir uma graduação com o objetivo de melhorar de vida. E o desejo não é à toa: um diploma de educação superior é uma ferramenta poderosa de transformação social e econômica. O Brasil só terá um caminho promissor se conseguir formar seus cidadãos, investindo em educação seja presencial, digital ou híbrida – e em cursos que preparem a mão de obra para as profissões do futuro. Mas como podemos fazer isso de forma efetiva?

         A trajetória é longa, mas já começou. Segundo o IBGE, em 2019, apenas 21% dos jovens e adultos entre 25 e 34 anos haviam concluído a faculdade, percentual maior do que os 11% registrados em 2008, mas ainda muito distante de índices dos Estados Unidos (49%) e da Coreia do Sul (70%), por exemplo. O Brasil já deu grandes passos para a inclusão de seus cidadãos no ensino superior, mas temos muito a percorrer. Se o jovem estiver nos bancos da faculdade, estará, ao mesmo tempo, construindo sua carreira e o futuro do país.

         O salto de inclusão dos últimos anos é devido ao expressivo crescimento do ensino à distância (EAD): em 2019, as matrículas em cursos na modalidade já correspondiam a 43,8% do total, segundo o Censo da Educação Superior. A partir de 2020, muito em razão da pandemia de Ccovid-19, vimos o EAD ganhar ainda mais espaço entre os estudantes, e a tendência é que o ensino híbrido e o 100% online sejam protagonistas nos próximos anos.

         Diversos estudos comprovam que o ensino superior também aumenta a renda do cidadão. Trata-se de um ciclo que faz a roda da economia girar. Na média mundial, quem tem uma graduação ganha 40% a mais de salário, segundo dados do relatório Education at a Glance da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. No Brasil, uma pesquisa realizada em 2021 pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo, feita com estudantes de todo o país, mostrou que a média salarial do formado sobe 135%, de R$ 1.784 para R$ 4.202.

         Até mesmo quem não é estudante, mas reside em uma cidade que sedia uma instituição de ensino superior, tem vantagens em relação àquele que vivem em um município sem um polo educacional. Dados do Mapa do Ensino Superior mostram que municípios com instituições de ensino superior têm PIB per capita médio de R$ 30,7 mil, enquanto aqueles que não contam é de R$ 19,7 mil. Neste cenário, o EAD traz capilaridade e dissemina conhecimento e oportunidades a locais remotos, com menor ou nenhuma estrutura educacional.

         E se o Brasil quiser ter papel relevante na nova economia mundial precisa capacitar cerca de 32 milhões de potenciais estudantes que, hoje, estão fora dos bancos das faculdades. Essa legião de brasileiros sem ensino superior precisa, sobretudo, ser matriculada em cursos de áreas mapeadas como promissoras para as “profissões do futuro”, segundo estudo do Fórum Econômico Mundial. Esses cursos estão intrinsecamente ligados a tecnologia: inteligência artificial, engenharia e computação na nuvem, marketing, vendas e produção de conteúdo, entre outras.

         Nesse sentido, o EAD colabora ainda mais para absorver essa defasagem social. Afinal, as plataformas 100% digitais que oferecem cursos das mais variadas áreas, com trilhas curtas e práticas, levam a educação para todo país, independentemente da região geográfica daquele estudante.

         A educação é a maior ferramenta para tornar a economia brasileira inovadora e disruptiva, competindo de igual para igual frente a outras nações emergentes e grandes potências mundiais. O futuro social e econômico do Brasil passa pela formação profissional de qualidade aliada à empregabilidade. Só assim seremos a potência global que tanto merecemos e sonhamos ser.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

          

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