“Empreendedorismo como impulsor do desenvolvimento
A
palavra ‘empreendedor’ tem origem francesa e significa assumir riscos em
começar algo novo. Embora o empreendedorismo já exista há vários anos, no
Brasil o estudo do tema só se intensificou no final dos anos 90. Nesse
contexto, a preocupação com a criação de empresas duradouras constitui
importante fator de desenvolvimento. Isso se justifica pela necessidade de
grandes organizações aumentarem a competitividade, reduzirem custos e
manterem-se no mercado, aspecto que reflete o processo da globalização e a
busca pela estabilidade econômica.
Nesse
contexto, a principal consequência foi o aumento do desemprego. Diante disso,
funcionários desempregados e empreendedores natos buscaram novas formas de sobrevivência,
muitas vezes iniciando negócios, sem a devida experiência e recorrendo a
economias pessoais.
O
processo de criação de novos negócios foi intensificado com a popularização da
internet, constituindo-se a nova economia. Além disso, existem os negócios
familiares que, em alguns casos, dão continuidade a empresas formadas há
décadas, enquanto outras surgiram mais recentemente.
Nesse
contexto, é preciso enfatizar que as micro, pequenas e médias empresas têm
papel essencial no desenvolvimento da economia mundial, responsabilizando-se
por cerca de 50% do PIB em alguns países e, ainda, apresenta tendências de
crescimento. No Brasil, por exemplo, em 2003, a participação dessas empresas no
PIB foi da ordem de 20%.
Já hoje,
as micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riquezas no
comércio do Brasil, uma vez que respondem por 53,4% do PIB do setor. Do mesmo
modo, na indústria, a participação das micro e pequenas empresas, 22,5%, já se
aproxima das médias empresas, 24,5%, o que é aspecto bastante relevante para a
economia. Em que pesem os percalços do caminho, a economia brasileira está
classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como a nona economia
mundial. A última atualização do PIB foi de R$ 7,3 trilhões.
Ressalta-se
que o empreendedorismo tem se intensificado nos últimos anos, devido ao avanço
tecnológico, o que absorve um número cada vez maior de empreendedores. O avanço
tecnológico, aliado à sofisticação da economia e dos meios de produção de
serviços, gerou a necessidade de formalização do conhecimento, antes era obtida
de forma empírica. Nesse ambiente, os empreendedores dominam o mercado, uma vez
que estão sempre criando novas relações de trabalho e gerando riquezas para a
sociedade.
Por fim,
é preciso notar que embora as empresas sejam formadas por máquinas, prédios,
instalações, tecnologia e vários recursos físicos, esses elementos sozinhos não
fazem as instituições funcionarem nem atingirem seus objetivos; para que isso
aconteça, é necessário o movimento humano. São as pessoas que dão vida às
empresas; a inteligência, a emoção, a ação e os planejamentos vêm do homem. As
pessoas que constroem a dinâmica dos negócios, proporcionam qualidade,
excelência e possibilitam a competição.
Cada
pessoa é única e tem um valor inestimável. Para os especialistas em RH, a
figura humana é o bem mais valioso das empresas.”.
(João Pereira da Silva. Profissional de
processos gerenciais e inovação de negócios, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página 16, de autoria de Frank
Magalhães de Pinho, doutor em estatística pela UFMG e professor do Ibmec
BH, e que merece igualmente integral transcrição:
“Investimentos globais
Há
um ditado popular que diz que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta,
pois, se cair, perdem-se todos os ovos. Markowitz ganhou o Novel de Economia
demonstrando, matematicamente, os benefícios da diversificação dos investimentos
por meio da construção de portfólios descorrelacionados. Em outras palavras,
carteiras compostas por ativos em que suas variações dos preços não apresentem
qualquer relação entre si. Isso permite ao investidor melhorar a relação entre
retorno e risco. Mas como fazer? Diversificação geográfica por meio de
investimentos globais.
A busca
pela diversificação internacional pelo investidor brasileiro se intensificou,
sobretudo após o fim do pleito eleitoral. Há um sentimento de insegurança e
incerteza sobre a condução da política econômica brasileira. O atual governo
encaminhou ao Congresso uma proposta de Orçamento que eleva o gasto público. As
declarações recentes do Executivo demonstram a intenção de interferir na
condução da política monetária, na meta de inflação e na independência do Banco
Central. Esse direcionamento político impacta as expectativas do mercado
financeiro nos níveis de inflação e taxa de juros e, por consequência, nos
níveis de preços dos ativos brasileiros. Pode-se observar que já houve um
aumento nas taxas de juros dos títulos públicos em todos os prazos de
vencimento.
Outra
preocupação corrente dos investidores é quanto à implementação de novos
impostos sobre os dividendos dos Fundos Imobiliários (FII), Fundos do
Agronegócio (Fiagro) e Fundos em Participação em Infraestrutura (FIP-IE), bem
como na elevação de alíquotas de impostos sobre imóveis, herança e outras
classes de ativos. O fato objetivo é que a percepção do mercado é que o risco
ao se investir no Brasil elevou-se.
Dado o
ambiente econômico instável, e por instinto de preservação patrimonial do
investidor, neste momento, faz sentido a busca de investimentos globais em
mercados financeiros maduros, em que as políticas econômicas e as regras de
mercado são mais estáveis, ou ao menos são percebidas assim. Mas como investir
em ativos globais? Há basicamente dois caminhos, via Brazilian Depositary
Receipts (BDR) e Exchange Traded Fund (ETF) ou via direta por meio de abertura
de uma conta em corretora no exterior.
A
primeira opção é mais adequada aos investidores inexperientes e com baixo
conhecimento, uma vez que a operacionalização e o acompanhamento dos
investimentos são mais simples. Há acesso dos BDR/ETF via corretoras
brasileiras e se encontram relatórios de análise, em português, sobre esses
ativos nas corretoras e nas casas de research independentes. Essa alternativa
viabiliza a diversificação geográfica, expõe os investimentos a moedas
“fortes”, sem a necessidade de fazer operações de câmbio, blinda o investidor
da desvalorização da moeda local, reduz a correlação e o risco do portfólio. As
limitações dessa alternativa são o reduzido número de ativos disponíveis quando
comparado ao mercado internacional, a baixa liquidez de vários ativos, a
manutenção dos recursos no país, o que é uma preocupação dos investidores
brasileiros, e a ausência de qualquer benefício fiscal na compra e venda dos
BDR/ETF.
A
segunda opção pode ser a melhor alternativa para investidores que dispõem de
conhecimento e experiência. A despeito de toda a complexidade de se investir
diretamente no exterior, a diversidade de opções viabiliza uma construção
patrimonial sólida e com uma melhor relação custo-benefício. Os recursos no
exterior não estão sob a legislação local, apenas a legislação do país de origem
a conta internacional. Não obstante, a legislação brasileira concede benefícios fiscais, sob determinados
limites, aos ganhos de capital auferidos no exterior.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.