“Biourbanismo, abordagem sustentável para as cidades
Nos
últimos séculos, o acelerado crescimento urbano vem trazendo desafios
significativos para os centros urbanos, como poluição, aquecimento,
congestionamento, escassez de recursos e perda de conexão com a natureza. Para
enfrentar esses problemas e criar ambientes mais sustentáveis e saudáveis,
surgiu o biourbanismo, uma abordagem inovadora de planejamento urbano que alia
conceitos de ecologia, design e arquitetura para criar cidades e bairros mais
sustentáveis, saudáveis e que promovam uma relação harmoniosa entre o homem e o
ecossistema.
A nova
concepção reconhece a importância da biodiversidade, dos ecossistemas e dos
processos naturais como elementos essenciais para a saúde das pessoas, bem como
para a resiliência, especialmente das metrópoles, diante dos desafios
ambientais. E, para isso, busca equilibrar a relação entre o ambiente construído
e o natural, permitindo que a natureza esteja interconectada e integrada à vida
urbana. E, tal como afirmou o arquiteto e criador do conceito, Adrian McGregor,
o biourbanismo se baseia na coexistência do concreto, do verde e dos animais.
Além de defender estratégias e princípios de design urbano que levem em
consideração os processos ecológicos, a biodiversidade, a eficiência
energética, a resiliência e a qualidade de vida dos habitantes.
Sua
abrangência é ampla, mas vale destacar que algumas das principais ideias e
significados defendidos pelo biourbanismo promovem a incorporação de áreas de
preservação, parques, jardins, praças e corredores ecológicos integrados ao
tecido urbano. Essas áreas funcionam como pulmões verdes, proporcionando
benefícios ambientais, como melhora da condição do ar, mitigação do calor
urbano, promoção da biodiversidade e oferta de hábitats para a fauna e a flora.
Outro
ponto enfatizado é o planejamento urbano sustentável, considerando aspectos
como o uso eficiente de recursos naturais, o paisagismo naturalista, a gestão
adequada de resíduos e a pedestrianização, ao incentivar a caminhabilidade e o
uso da bicicleta. Sob esse olhar, reduzir a dependência do carro é crucial para
diminuir a poluição e recobrar a qualidade do ar nas povoações urbanas.
A
arquitetura e o design biofílicos também estão inseridos na sua idealização,
com o incentivo à criação de edifícios e espaços urbanos que incorporem
elementos naturais e princípios biofílicos. Na prática, isso envolve o uso de
luz natural, ventilação adequada, materiais ecológicos, sistemas de coleta de
água da chuva, telhados verdes, paredes vivas e outras soluções que conectem e
promovam bem-estar.
Ainda
nesse contexto, o biourbanismo enfatiza a importância da infraestrutura verde e
azul nas localidades, e, para além dos espaços verdes, os azuis abrangem
elementos aquáticos, como rios, lagos e fontes, capazes de proporcionar ganhos
estéticos e ecológicos.
Valorizar
a participação e o envolvimento ativo da comunidade no planejamento e na tomada
de decisões relacionadas ao ambiente urbano é, em poucas palavras, um chamado à
participação comunitária. Isso inclui parcerias com organizações locais, ações
ecológicas junto à população, promoção da diversidade social e cultural e a
criação de espaços públicos inclusivos e acessíveis.
Posto
tudo isso, cabe reforçar que, à medida que a urbanização continua a avançar, é
fundamental que as cidades busquem incorporar
princípios do biourbanismo em seus planos de desenvolvimento, garantindo
um futuro mais verde e equilibrado para as próximas gerações.”.
(André Pessoa Ayres. Engenheiro arquiteto com
especialização em design urbano e branding e idealizador do Novo Vale do
Sereno, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de
14 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 22).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de setembro de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Sem medo
Quando
aparece um feriado, agradeço a Deus a possibilidade de me retirar para cuidar
de mim, de um descanso, de uma leitura, de uma meditação. Nesses momentos, bons
para esfriar as emoções e refletir de forma mais amena, acaba-se por entender
situações que fugiam à compreensão.
Leio no
portal O Tempo sobre o falecimento, aos 85 anos, do sociólogo italiano
Domenico de Mais, criador da expressão “ócio criativo”.
A tese
do ócio criativo, ou do ócio inspirador, é uma realidade. Permite realizar
análises de si mesmo e das circunstâncias que o frenesi e o barulho dos dias de
trabalho nos negam. Provavelmente, como sustentou De Mais, evoluímos mais os
últimos cem anos do que nos milhões que nos antecederam, e, em ritmo acelerado,
nos últimos dez anos se realizaram mais mudanças do que nos 50 anteriores. A
humanidade enfrenta um momento novo e surpreendente rumo ao desconhecido, à
quebra de limites e paradigmas que pareciam inquebrantáveis.
Os
valores estão se realinhando e deixando em segundo plano os recursos materiais;
o que mais emerge são os valores relacionados à inteligência artificial. Até as
moedas lastreadas em metais e matérias-primas estão perdendo o passo para
moedas digitais e virtuais.
Apesar
de mergulhados no egoísmo e no medo que obscurece a compreensão, vivemos uma
virada de página; surge a humanidade, que era apenas uma ficção, com
consciência de seu envolvimento cósmico, que enxerga além do planeta Terra e
cada vez mais para o alto e para o infinito.
Estão
ruindo os velhos sistemas como aparecimento da verdade, a quebra dos dogmas, a
revelação de fatos que faziam parte apenas de um imaginário distante.
Quebram-se tabus, descortinam-se revelações, perdem-se medos, geram-se
sentimentos de responsabilidades além da família, do bairro, da cidade ou da
nação.
Os
desafios ambientais e a preservação do sistema e do equilíbrio global despertam
atenções para a responsabilidade com o ambiente. Hoje compreende-se aquele
ditado estranho do monge zen: “Uma folha que cai na floresta da Malásia altera
até a realidade da América”;
A
interligação planetária reforça os elos humanitários, que nunca se fizeram
sentir no milênio passado. Despertou-se em todos os continentes a relevância
das escolhas e dos métodos em qualquer ponto do globo. Todos, enfim, estamos a
bordo do mesmo “navio”, e qualquer furo no casco coloca em risco de naufrágio
todos os ocupantes, mesmo aqueles que viajam na cabine de luxo. E sobretudo
deles se exige responsabilidade.
Isso
despertará e sensibilizará ainda mais as novas gerações, que como nunca são
abastecidas de uma avalanche de informações e levadas a níveis de compreensão
eclética até então inimagináveis. Amplia-se a consciência, e ela será
preponderante no futuro como nunca foi no passado.
Nas
profecias a nova época, que está apenas no começo, seja ela citada como Era do
Ouro, ou de Aquário, ou da Sexta Raça, representa o retorno a um estado
espiritual mais elevado, de valores imateriais.
Para
quem visitou Auroville, no sul da Índia, lá está o Matrimandir plantado no meio
da representação estilizada da galáxia, sistema pelo qual se ordena não apenas
o macrocosmo, como também o microcosmo e as células que aos bilhões formam
nosso corpo.
O que
valeu até o limiar do novo milênio está destinado a ser superado, o que parecia
sólido, como era uma Kodak, pode ser tragado em poucos anos, e novas
descobertas deixarão obsoletos setores como o petrolífero, o energético e
outros que ditaram lei nos últimos cem anos.
Cabe ao
homem descobrir seu potencial ilimitado, além da matéria. Feito à semelhança de
Deus, na realidade é ele um deus para o qual não tem limite. Como escreveu há
mais de 140 anos H.P. Blavatsky, o infinito é o nosso destino. “Não temas! Sob
o hálito do medo enferruja a chave da evolução, e a chave enferrujada já não
pode abrir... Quanto mais avançares, mais e mais serão os perigos que cercarão
os teus passos. O caminho que segue para adiante é iluminado por uma chama, a
luz da audácia ardendo no coração. Quanto mais ousares, mais conseguirás.
Quanto mais temeres, mais a luz esmorecerá – e só ela pode te ajudar”.
Isso que
acontece hoje é para o bem, e o bem atingirá quem não tiver medo das
mudanças.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!