sexta-feira, 15 de setembro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DO BIOURBANISMO PARA O DESENVOLVIMENTO HUMANO E INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DO ÓCIO CRIATIVO, INTELIGÊNCIA ARTIFICAL, ESPIRITUALIDADE, VERDADE E HUMANIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Biourbanismo, abordagem sustentável para as cidades

       Nos últimos séculos, o acelerado crescimento urbano vem trazendo desafios significativos para os centros urbanos, como poluição, aquecimento, congestionamento, escassez de recursos e perda de conexão com a natureza. Para enfrentar esses problemas e criar ambientes mais sustentáveis e saudáveis, surgiu o biourbanismo, uma abordagem inovadora de planejamento urbano que alia conceitos de ecologia, design e arquitetura para criar cidades e bairros mais sustentáveis, saudáveis e que promovam uma relação harmoniosa entre o homem e o ecossistema.

         A nova concepção reconhece a importância da biodiversidade, dos ecossistemas e dos processos naturais como elementos essenciais para a saúde das pessoas, bem como para a resiliência, especialmente das metrópoles, diante dos desafios ambientais. E, para isso, busca equilibrar a relação entre o ambiente construído e o natural, permitindo que a natureza esteja interconectada e integrada à vida urbana. E, tal como afirmou o arquiteto e criador do conceito, Adrian McGregor, o biourbanismo se baseia na coexistência do concreto, do verde e dos animais. Além de defender estratégias e princípios de design urbano que levem em consideração os processos ecológicos, a biodiversidade, a eficiência energética, a resiliência e a qualidade de vida dos habitantes.

         Sua abrangência é ampla, mas vale destacar que algumas das principais ideias e significados defendidos pelo biourbanismo promovem a incorporação de áreas de preservação, parques, jardins, praças e corredores ecológicos integrados ao tecido urbano. Essas áreas funcionam como pulmões verdes, proporcionando benefícios ambientais, como melhora da condição do ar, mitigação do calor urbano, promoção da biodiversidade e oferta de hábitats para a fauna e a flora.

         Outro ponto enfatizado é o planejamento urbano sustentável, considerando aspectos como o uso eficiente de recursos naturais, o paisagismo naturalista, a gestão adequada de resíduos e a pedestrianização, ao incentivar a caminhabilidade e o uso da bicicleta. Sob esse olhar, reduzir a dependência do carro é crucial para diminuir a poluição e recobrar a qualidade do ar nas povoações urbanas.

         A arquitetura e o design biofílicos também estão inseridos na sua idealização, com o incentivo à criação de edifícios e espaços urbanos que incorporem elementos naturais e princípios biofílicos. Na prática, isso envolve o uso de luz natural, ventilação adequada, materiais ecológicos, sistemas de coleta de água da chuva, telhados verdes, paredes vivas e outras soluções que conectem e promovam bem-estar.

         Ainda nesse contexto, o biourbanismo enfatiza a importância da infraestrutura verde e azul nas localidades, e, para além dos espaços verdes, os azuis abrangem elementos aquáticos, como rios, lagos e fontes, capazes de proporcionar ganhos estéticos e ecológicos.

         Valorizar a participação e o envolvimento ativo da comunidade no planejamento e na tomada de decisões relacionadas ao ambiente urbano é, em poucas palavras, um chamado à participação comunitária. Isso inclui parcerias com organizações locais, ações ecológicas junto à população, promoção da diversidade social e cultural e a criação de espaços públicos inclusivos e acessíveis.

         Posto tudo isso, cabe reforçar que, à medida que a urbanização continua a avançar, é fundamental que as cidades busquem incorporar  princípios do biourbanismo em seus planos de desenvolvimento, garantindo um futuro mais verde e equilibrado para as próximas gerações.”.

(André Pessoa Ayres. Engenheiro arquiteto com especialização em design urbano e branding e idealizador do Novo Vale do Sereno, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 22).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 11 de setembro de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sem medo

       Quando aparece um feriado, agradeço a Deus a possibilidade de me retirar para cuidar de mim, de um descanso, de uma leitura, de uma meditação. Nesses momentos, bons para esfriar as emoções e refletir de forma mais amena, acaba-se por entender situações que fugiam à compreensão.

         Leio no portal O Tempo sobre o falecimento, aos 85 anos, do sociólogo italiano Domenico de Mais, criador da expressão “ócio criativo”.

         A tese do ócio criativo, ou do ócio inspirador, é uma realidade. Permite realizar análises de si mesmo e das circunstâncias que o frenesi e o barulho dos dias de trabalho nos negam. Provavelmente, como sustentou De Mais, evoluímos mais os últimos cem anos do que nos milhões que nos antecederam, e, em ritmo acelerado, nos últimos dez anos se realizaram mais mudanças do que nos 50 anteriores. A humanidade enfrenta um momento novo e surpreendente rumo ao desconhecido, à quebra de limites e paradigmas que pareciam inquebrantáveis.

         Os valores estão se realinhando e deixando em segundo plano os recursos materiais; o que mais emerge são os valores relacionados à inteligência artificial. Até as moedas lastreadas em metais e matérias-primas estão perdendo o passo para moedas digitais e virtuais.

         Apesar de mergulhados no egoísmo e no medo que obscurece a compreensão, vivemos uma virada de página; surge a humanidade, que era apenas uma ficção, com consciência de seu envolvimento cósmico, que enxerga além do planeta Terra e cada vez mais para o alto e para o infinito.

         Estão ruindo os velhos sistemas como aparecimento da verdade, a quebra dos dogmas, a revelação de fatos que faziam parte apenas de um imaginário distante. Quebram-se tabus, descortinam-se revelações, perdem-se medos, geram-se sentimentos de responsabilidades além da família, do bairro, da cidade ou da nação.

         Os desafios ambientais e a preservação do sistema e do equilíbrio global despertam atenções para a responsabilidade com o ambiente. Hoje compreende-se aquele ditado estranho do monge zen: “Uma folha que cai na floresta da Malásia altera até a realidade da América”;

         A interligação planetária reforça os elos humanitários, que nunca se fizeram sentir no milênio passado. Despertou-se em todos os continentes a relevância das escolhas e dos métodos em qualquer ponto do globo. Todos, enfim, estamos a bordo do mesmo “navio”, e qualquer furo no casco coloca em risco de naufrágio todos os ocupantes, mesmo aqueles que viajam na cabine de luxo. E sobretudo deles se exige responsabilidade.

         Isso despertará e sensibilizará ainda mais as novas gerações, que como nunca são abastecidas de uma avalanche de informações e levadas a níveis de compreensão eclética até então inimagináveis. Amplia-se a consciência, e ela será preponderante no futuro como nunca foi no passado.

         Nas profecias a nova época, que está apenas no começo, seja ela citada como Era do Ouro, ou de Aquário, ou da Sexta Raça, representa o retorno a um estado espiritual mais elevado, de valores imateriais.

         Para quem visitou Auroville, no sul da Índia, lá está o Matrimandir plantado no meio da representação estilizada da galáxia, sistema pelo qual se ordena não apenas o macrocosmo, como também o microcosmo e as células que aos bilhões formam nosso corpo.

         O que valeu até o limiar do novo milênio está destinado a ser superado, o que parecia sólido, como era uma Kodak, pode ser tragado em poucos anos, e novas descobertas deixarão obsoletos setores como o petrolífero, o energético e outros que ditaram lei nos últimos cem anos.

         Cabe ao homem descobrir seu potencial ilimitado, além da matéria. Feito à semelhança de Deus, na realidade é ele um deus para o qual não tem limite. Como escreveu há mais de 140 anos H.P. Blavatsky, o infinito é o nosso destino. “Não temas! Sob o hálito do medo enferruja a chave da evolução, e a chave enferrujada já não pode abrir... Quanto mais avançares, mais e mais serão os perigos que cercarão os teus passos. O caminho que segue para adiante é iluminado por uma chama, a luz da audácia ardendo no coração. Quanto mais ousares, mais conseguirás. Quanto mais temeres, mais a luz esmorecerá – e só ela pode te ajudar”.

         Isso que acontece hoje é para o bem, e o bem atingirá quem não tiver medo das mudanças.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,25% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em agosto, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,61%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

 

   

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