quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS REFORMAS ESTRUTURANTES NA SUSTENTABILIDADE (46/124)

(Setembro = mês 46; faltam 124 meses para a Primavera Brasileira)

“A ascensão das energias renováveis com a pandemia

       Quando surgiram no mercado, as fontes renováveis de energia enfrentaram forte resistência, principalmente devido ao elevado custo que demandavam. No entanto, com o passar do tempo, a humanidade foi se deparando com a necessidade de encontrar alternativas aos combustíveis fósseis, fazendo com que energias limpas, como a solar, eólica e hidráulica, conquistassem, cada vez mais, espaço.

          No último ano, o valor investido em fontes de energias renováveis foi de aproximadamente US$ 282,2 bilhões no mundo, segundo levantamento da BloombergNEF (BNEF), empresa de pesquisa do setor.

          No Brasil, não é diferente. Com o avanço da tecnologia e do interesse global por uma economia mais sustentável, as fontes renováveis têm ocupado um espaço significativo na nossa matriz energética. Segundo informações da BNEF, o investimento nesse tipo de energia no país foi de aproximadamente US$ 6,5 bilhões em 2019. Aumento de 74% em relação ao ano anterior.

          O investimento de US$ 2,4 bilhões no parque eólico Rio do Vento, anunciado neste ano, ilustra essa tendência. O complexo tem capacidade para a produção de 504 MW de energia e deve atender várias empresas. Uma delas é a Anglo American, que se comprometeu a aumentar para 70% a parcela de energia renovável usada em suas operações até 2022. Vale, Tivit, Vulcabrás e Honda são outros exemplos de organizações que também seguem essa tendência.

          Um dos principais motivos para o fortalecimento das fontes alternativas de energia é a instabilidade do mercado de combustíveis fósseis, que deve ser acentuada com a pandemia. Segundo a americana Center for International Environmental Law, especializada em direito ambiental, as indústrias que atuam com combustíveis fósseis já perderam aproximadamente 45% em valor de mercado neste ano. Trata-se da maior queda de demanda por petróleo em 25 anos.

          No entanto, o avanço da utilização de energias renováveis depende da criação de um ambiente favorável. É importante que o setor público repense as prioridades energéticas, principalmente diante do potencial poluidor dos combustíveis fósseis. Uma pesquisa da Universidade de Berkeley, nos EUA, realizada ao longo de oito anos, mediu o impacto da redução da emissão de gases poluentes na saúde pública. O estudo concluiu que a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energias renováveis geraria uma economia de US$ 87 bilhões em gastos com saúde pública, compensando todos os investimentos iniciais.

          Portanto, além de ser uma forma de contribuir com a redução da poluição atmosférica, investir em energia renovável pode ser uma alternativa lucrativa, tanto para empresas quanto para governos. Principalmente no pós-pandemia, em que a demanda por modelos de negócios que promovam a qualidade de vida deve crescer.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte - Ancham_BH, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 15 de agosto de 2020, caderno OPINIÃO, página 19).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 27 de agosto de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Wagner Vargas, mestre em gestão e políticas públicas (FGV) e pós-graduado do Programa Avançado de Data Science (Insper), e que merece igualmente integral transcrição:

“Reforma administrativa,

o encontro marcado

       A reforma do Estado brasileiro torna-se o único meio viável para a otimização de recursos públicos, que atenda a atual demanda social, antes de o país voltar a crescer. Isso porque o aumento da despesa pública, decorrente do necessário apoio financeiro aos trabalhadores informais e desempregados, acontece no mesmo instante em que há queda da atividade econômica, responsável por derrubar as receitas governamentais, e sem o menor espaço para aumento de tributos.

          O gasto com pessoal já é uma das três maiores despesas do Estado brasileiro: são R$ 928 bilhões por ano, o que representa 13,7% do PIB. É um desafio para todos os entes federativos, já que, por mais que o custo da folha em âmbitos federal e estadual seja alto, há um possível inchaço da máquina pública em âmbito municipal, onde estão 57% dos 11,4 milhões de servidores.

          Esses dados estão no estudo “Reforma administrativa: diagnósticos sobre a empregabilidade, o desempenho e a eficiência do setor público”, feito pelo Instituto Millenium em parceria com a consultoria de data Science Octahedron Data Experts (ODX), lançado recentemente e que também embasa a “Campanha Destrava” – movimento apartidário que conta com a adesão de parlamentares, especialistas em administração e finanças públicas, empresários e sociedade civil em geral, clamando pelo debate urgente de uma reforma administrativa.

          Os dados sobre distribuição de recursos e pessoal indicam haver espaço para ganhos de eficiência na máquina pública, como atrelar gratificações a um adequado sistema de avaliações de desempenho, com maior chance de qualificação, e uma evolução funcional mais alinhada aos resultados; o que só é possível, também, através de metas factíveis. Outra necessidade latente é o debate sobre as adequações de contingente, mais alinhadas às demandas sociais, para evitar a falta de servidores em áreas sensíveis, conforme vêm alertando os economistas Armínio Fraga e Ana Carla Abrão.

          Mais do que a importância fiscal, uma reforma administrativa tem potencial para causar impacto social significativo – não só porque áreas fundamentais como saúde, segurança, habitação e saneamento recebem cada vez menos atenção e financiamentos (em sua maior parte representada pelo gasto com pessoal) faz com que o gasto público cresça de forma vegetativa –, mas também porque uma máquina pública mais eficiente entrega mais serviços de qualidade a quem precisa.

          O estudo aponta que, entre os anos de 2020 e 2034, 36,24% de todos os servidores do funcionalismo público federal vão se aposentar. Ou seja, 219 mil servidores precisarão ser repostos através de novos concursos, tratando-se, portanto, de uma grande oportunidade para implementar melhorias às regras de recursos humanos da gestão pública que fortaleçam, inclusive, a independência técnica dos servidores.

          Outro ponto relevante é que parece haver disposição e espaço político para o debate. Os senadores Antonio Anastasia (PSD-MG) e Kátia Abreu (PP-TO), além do deputado Tiago Mitraud (Novo-MG), presidente da Frente Parlamentar Mista da Reforma Administrativa, têm dado declarações públicas favoráveis à discussão do tema neste momento. Ademais, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), tem enfatizado que a discussão de uma reforma administrativa neste momento não representaria desencontros em relação à agenda de outras matérias ou PECs em pauta nas duas Casas.

          Enfim, podemos afirmar que políticas públicas eficientes, eficazes e efetivas são mais prováveis com a existência de um arcabouço de incentivos à produtividade. E que tais incentivos podem contribuir significativamente para a promoção da igualdade de oportunidades e para a diminuição da pobreza, alicerces de fundamental importância para uma nação que deseja caminhar rumo ao desenvolvimento.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)    a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em junho a estratosférica marca de 300,31% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 110,24%; e já o IPCA, em julho, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 2,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)    a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

58 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2019)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.