segunda-feira, 20 de setembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA MENTE E COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS NA QUALIFICAÇÃO DO ATLETA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA POLÍTICA NAS URGENGES, NECESSÁRIAS, PROFUNDAS E INADIÁVEIS TRANSFORMAÇÕES DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE

“O cérebro do atleta: Um novo sapiens

        É muito curioso como na natureza é possível encontrar exemplos para a nossa vida emocional. As estações ensinam os ciclos. A variação do calor e do frio nos antecipa nossas variações. A água aponta a importância da hidratação e do que nos nutre. Os brotos, as flores apontam para o que deixamos florescer na vida. A partir das conexões com o universo, aprendemos a nos comunicar com o mundo, com as coisas, com as pessoas e com nós mesmos! E isso remonta a milhares de anos.

         A história humana coleciona esforços para tentar explicar o mundo, a vida em sociedade e a forma como nos posicionamos frente a tudo isso. De explicações fantasiosas a descobertas científicas, analisamos e tentamos dominar o mundo. Esses esforços também tentaram moldar os comportamentos, sentimentos e relações. Dos sapiens aos neandertais, nós reinventamos a vida. Criamos e reforçamos padrões de comportamentos pelas emoções. Mas os mistérios do cérebro e do controle dessas emoções ainda são a prova do enigma que é o ser humano.

         Nas Olimpíadas vimos estampados nas faces dos atletas a superação, a disciplina e o impacto da emoção nos resultados finais. A mente do atleta ensina caminhos curiosos para o controle das emoções. Quando atletas de alta performance são pesquisados, é possível dizer quais fatores levam um ou outro a alcançar melhores resultados? O que influencia de verdade o rendimento do atleta? São as horas de treino? A qualidade da alimentação? A força da equipe? Os recursos tecnológicos disponíveis? Ao acompanhar atletas, vejo a importância do treinamento da mente. Atitudes emocionais maduras podem determinar tudo. É a mente que controla a ansiedade e fortalece a confiança. Mas onde começa a transformação do atleta? Por onde você pode começar o trabalho para o domínio das emoções? Tudo começa pela percepção da rapidez com que captamos as emoções de outras pessoas e as assumimos como se fossem nossas. O problema é que a maioria de nós é altamente suscetível às emoções de outras pessoas, o que significa que até o menor fator externo pode afetar nosso desempenho. Mas podemos aprender como evitar as emoções de outras pessoas, tornando-se melhores em controlar as nossas próprias. Há três estratégias.

         A primeira é a avaliação cognitiva, que diz que a experiência de uma emoção é, na verdade, você avaliando se sua situação atual está alinhada com seus objetivos ou expectativas. Se uma coisa não é como você esperava, perceba sua emoção e o que lhe provoca incômodo. A segunda: percepção fisiológica, que trata das emoções que inconscientemente atribuímos às mudanças físicas em nosso corpo.

         É preciso ler esses bioindicadores. Falo disso em meu livro “Conquistas Autênticas”. O que sentimos sempre volta como um sinal. Sobrepomos nossa percepção fisiológica de nossas experiências passadas à nossa situação atual e, mais forte, avaliamos as emoções dos outros a partir da nossa. Isso porque a parte do cérebro que processa a emoção e a memória – o sistema límbico – é considerada um sistema de ciclo aberto, ou seja, é influenciado por fatores externos. A terceira: aceitação é a estratégia de regulação da emoção. Isso significa que o que você pensa muda tudo.

         Aprenda a aceitar um momento pelo que ele é, e não pelo que você quer que seja. É isso, torne-se autoconsciente de quando você é emocionalmente acionado por outra pessoa ou evento. E, uma vez que você tenha se tornado consciente de seus pensamentos, emoções ou sensações físicas, você será mais livre. A medalha para a mente do atleta, para o pódio do primeiro lugar de si mesmo, está a um passo! Boas escolhas.”.

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.cnbb.org.br, edição de 17 de setembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Parlamentar católico

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promoveu nesta semana, no ambiente digital, o Encontro de Parlamentares Católicos, importante investimento nos parlamentares que professam a fé cristã. No horizonte está o desafio de iluminar o exercício da política com os valores do Evangelho de Jesus Cristo, pois a fé cristã católica qualifica as ações cidadãs e parlamentares. Compreende-se, assim, a importância de articular uma frente parlamentar católica – jamais para estabelecer entrincheiramento na defesa de interesses cartoriais. Ao invés disso, a prioridade é a defesa do bem comum, do sentido inegociável da solidariedade e da igualdade, promovendo princípios democráticos.

A fé cristã tem uma grandeza que emoldura e inspira o exercício da política na sua essencialidade, de forma séria e sincera dedicada ao bem das pessoas, por meio de legislações que garantam o direito e a justiça, na verdade e na paz. Essa é a razão de a Igreja sensibilizar homens e mulheres a participarem da política, sempre seguindo o horizonte rico e inspirador de sua Doutrina Social. O serviço à sociedade nas instâncias do poder é exigente e complexo, principalmente no atual contexto, quando há necessidade de ser configurado novo tecido sociopolítico no Brasil. Merecem atenção os desdobramentos históricos da política brasileira e o agravamento de muitos problemas, especialmente em razão da pandemia. Em curso, verifica-se a precipitação perigosa da cidadania no abismo das polarizações e extremismos, reforçados por mudanças culturais velozes e, especialmente, pelos impactos das redes sociais, nem sempre adequadamente administradas. Esse cenário desafiador emoldura o exercício da política.

O parlamentar católico tem, pois, a responsabilidade de exercer a representação dos cidadãos nos trilhos de valores e princípios que impulsionem transformações, ofereçam respostas novas para os problemas atuais e alimentem o horizonte cidadão com as convicções da fraternidade universal. A partir dessa convicção, o encontro de parlamentares católicos promovido pela CNBB busca contribuir para que os políticos fortaleçam sempre, e cada vez mais, sua fidelidade aos valores do Evangelho de Jesus Cristo. Ao contar com a vocação política de parlamentares católicos, na esperança de desempenhos qualificados, a Igreja investe para promover a “política melhor”, conforme é conceituada no capítulo quinto da Carta Encíclica Fratelli Tutti, do Papa Francisco.

O ápice do encontro organizado pela CNBB foi o diálogo da Igreja com os parlamentares – oportunidade para indicar suas expectativas e, também, para que ouçam partilhas da Igreja. Esse diálogo permite o aperfeiçoamento do serviço na política e nutre a esperança de um novo tempo, ao possibilitar amadurecimentos, com a permanente avaliação dos critérios que podem nortear decisões. O parâmetro desses salutares e contínuos debates, como compromisso de fé, alicerçando a opção política e partidária, será sempre a Doutrina Social da Igreja, diretriz para os cristãos. 

A meta insubstituível da “política melhor” é o bem comum, garantia de um desenvolvimento integral e sustentável. Não se trata, evidentemente, do caminho dos conchavos ou da defesa de interesses particulares, das bancadas que dificultam a configuração de uma realidade diferente. O parlamentar católico sabe o quanto é essencial engajar-se em um processo de mudança do próprio coração, nos hábitos e estilos de vida. Os que professam a fé cristã compreendem, por exemplo, que não se pode continuar a investir em propaganda política promotora de uma cultura individualista. Essa linha de propaganda busca levar a opinião pública a alimentar uma economia desenfreada e patrocinadora do consumismo que torna a sociedade submissa aos que já acumulam demasiado poder.

O diálogo entre Igreja e parlamentares católicos é o exercício de uma indispensável e contínua tarefa educativa para que a política seja promotora da solidariedade, fortalecendo a capacidade de pensar a vida humana de forma integral, com fecundidade espiritual capaz de alavancar profundas mudanças. Não se trata de um processo fácil – exige-se envergadura moral e humanística. E para que essas transformações sejam efetivadas, certos princípios precisam ser reconhecidos como “cláusula pétrea”. O Papa Francisco sublinha, por exemplo, que a política não deve submeter-se à economia. Na Encíclica Fratelli Tutti, argumenta: a rejeição do mau uso do poder, o combate à corrupção, ao desrespeito às leis e à ineficiência não podem justificar uma economia sem política. A economia sem política é incapaz de promover outra lógica para governar os vários aspectos da crise atual.

Nessa direção, compreende-se a importância do qualificado exercício da política, com visão ampla e abertura ao diálogo, contribuindo para que a sociedade encontre novos rumos. O caminho é longo, com desafios, consideradas as correções de equívocos históricos. Mas é preciso persistir, em um trabalho permanente. Por isso mesmo, a Igreja Católica investe e espera muito dos parlamentares católicos no cumprimento de sua tarefa cidadã: à luz da fé e dos valores do Evangelho de Jesus Cristo, possam contribuir sempre mais para a reconstrução do Brasil.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a estratosférica marca de 331,49% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 123,48%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 9,68%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.