quinta-feira, 3 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DAS CIDADES INTELIGENTES E SEGURANÇA ELETRÔNICA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA BOA GOVERNANÇA, COMPLIANCE, CRIATIVIDADE E TECNOLOGIAS NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (72/98)

(Novembro = mês 72; faltam 98 meses para a Primavera Brasileira)

“Como as muralhas digitais estão

  transformando os municípios

       Imagine as cidades da Idade Média cercadas por grandes muralhas de pedra. A questão é que as barreiras físicas, desde os primórdios, foram utilizadas como sinônimo de proteção e segurança, sobretudo de fronteiras e divisas. Ainda hoje, o cuidado com o limite entre um município e outro é um ponto de atenção para a administração pública, mas cogitar estabelecer um muro nesses locais seria bastante custoso e ineficiente. Contudo, já não é preciso mais toneladas de material, apenas soluções de segurança eletrônica para proteger cidades inteiras.

         Com a popularização do ecossistema de cidades inteligentes nos municípios brasileiros, as “muralhas digitais” ganharam espaço como uma estratégia de combate à criminalidade, mas não apenas – zeladoria, defesa civil, assistência social, fluxo viário –; são muitos os setores da administração pública que se beneficiam desta centralização de dados (áudio, imagens e estatísticas) e tempo real e, sobretudo, da integração entre os dispositivos e compartilhamentos de informações.

         Se pensarmos na realidade dos centros urbanos, um acidente de trânsito exige a presença de autoridades policiais, agentes de tráfego, equipes de saúde e até de manutenção, caso algum aparelho público tenha sido danificado. Desta maneira, “integração” acaba sendo a palavra-chave para compreender este projeto. No interior de São Paulo, inclusive, algumas cidades próximas compartilham os dados entre si, para antecipar ou até mesmo responder ocorrências que ultrapassam a fronteira dos municípios – é o caso de Limeira. Esse tipo de conexão em tempo real só a tecnologia consegue proporcionar.

         Já em Curitiba, autoridades policiais, agentes de trânsito, defesa civil, limpeza e zeladoria se beneficiam do monitoramento em tempo real e das informações coletadas por dispositivos inteligentes. Na capital paranaense, durante as eleições, os locais de votação e os principais pontos da cidade serão monitorados pelos dispositivos da muralha digital. Agora pense nos festivais de música, jogos de futebol e outros grandes eventos. A solução agrega recursos para garantir a segurança, o trânsito nas vias próximas, a limpeza e até a saúde dos participantes.

         O desafio para popularizar a solução passa por desenvolver o ecossistema de inovação nas cidades. A tarefa não é simples, mas sabemos o que é preciso: o engajamento dos atores do poder federal, estadual, municipal, organizações da sociedade civil, educacionais e também empresas; e aprovação do Estatuto da Segurança Privada, que promoverá a livre concorrência e iniciativa ao mercado de sistemas de segurança eletrônicos, setor que possui a capacitação técnica para desenvolver, operar e realizar a manutenção das soluções que transformarão os municípios em cidades inteligentes.

         Contudo, nenhum desafio apaga o potencial desta e de outras soluções inteligentes para os municípios brasileiros. A segurança eletrônica mostra que tecnologia e bem-estar público são sinônimos para responder às novas e antigas demandas dos municípios. Não há futuro sem inovação, o que falta agora é investimento real para promover projetos que já se mostram vitoriosos. As novas muralhas não são para separar, mas para integrar e proteger aquilo que há de mais valioso: a vida e o bem-viver dos munícipes.”.

(Selma Migliori. Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 12 de outubro de 2022, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 28 de outubro de 2022, mesmo caderno, página 22, de autoria de Cláudia Magalhães Souza (*), advogada especializada em compliance digital, e que merece igualmente integral transcrição:

“Novas demandas da sociedade

       A sociedade em geral, tem discutido cada vez mais assuntos que envolvem o papel do ser humano e das empresas no mundo. Isso decorre da extrema urgência em voltar o olhar para as questões sociais, ambientais e éticas, repensando os impactos que podem ser causados por atividades pessoais ou empresariais naquelas três esferas e que afetam a vida de todos, uma vez que as consequências das ações, sejam individuais, sejam empresariais, e, também, governamentais podem causar avanços ou retrocessos no que já fora conquistado socialmente.

         Nesse sentido, um movimento que vem ganhando cada vez mais força pelo mundo é a implementação do “ESG: Environmental, Social and Corporate Governance” ou, em português, “ASG: Ambiente, Social e Governança Corporativa”. Esse movimento abrange três pilares que devem ser considerados pelas empresas, quais sejam, o ambiental, o social e da sua própria forma de direção de negócios, também, chamada de governança corporativa. Estes três pilares possibilitam que as empresas produzam um impacto positivo na sociedade como um todo, incluindo seus colaboradores, evitando, ainda, determinados desvios de conduta que possam causar impactos negativos ao meio ambiente, à sociedade e à própria empresa.

         Com a finalidade de produzir impacto positivo, tanto no meio ambiente, como no meio social, como no seu ambiente corporativo, especialmente mitigando risco e aumentando ganhos, as empresas devem estar atentas à sua forma de governança corporativa e segundo o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) governança corporativa é, em resumo, um modelo de administração com a finalidade de otimizar o desempenho da empresa e facilitar o acesso ao capital. E, longe de ser um assunto que envolve somente grandes empresas, esta preocupação deve estar presente em todas as atividades de negócios, envolvendo produção de bens e prestação de serviços de todos os portes.

         É evidente que as atividades de negócios são múltiplas e inúmeras vezes complexas, por esta motivo, um dos pontos que se destaca, dentro da governança corporativa e a gestão de riscos. Todo negócio possui riscos naturais, a ele inerentes, como, por exemplo, a venda produtos em lojas físicas ou online está vinculada a uma série de ações, dentre elas, existir um produto para ser vendido. A falta do produto para se concretizar a venda ou entrega ao consumidor é um risco inerente ao comércio. Mas, existem, também, os riscos não inerentes e imprevistos ao negócio, como vivenciamos o desabastecimento de alguns itens, no setor automobilístico, por exemplo durante a pandemia da Covid-19.

         Uma boa governança corporativa tem como aliado uma efetiva gestão de riscos, o que torna a empresa mais produtiva, segura e potencializa seus ganhos e lucros, gerando impactos positivos ao próprio negócio e às novas demandas sociais.

         Logo, a gestão de riscos precisa ser feita de uma forma ordenada e contínua para fazer a engrenagem dos três pilares – ambiental, social e de governança corporativa – gerar efeitos positivos internos e externos às empresas. Diante disto, um grande aliado na gestão de riscos, para qualquer modelo de negócio, são os programas de compliance que, no Brasil, está previsto na Lei Anticorrupção e no Decreto que a regulamenta. A tônica dos programas de compliance é o combate a desvios de condutas e a adoção de posturas éticas, transparentes e confiáveis. Por meio do compliance, a gestão de risco se torna efetiva e o objetivo final de crescimento empresarial, com impacto positivo nas novas demandas da sociedade se materializam, tornando ainda mais viável o crescimento dos negócios.

         Enquanto a governança se preocupa em estabelecer a direção a ser tomada pela empresa, sempre visando ao seu crescimento quando atende as novas demandas da sociedade e tem um retorno positivo desta nos negócios, o compliance auxiliará a empresa no cumprimento das diretrizes estabelecidas pela empresa, em conformidade com a lei, maximizando o ganho em imagem, reputação e financeiro nos negócios empresariais, de qualquer natureza e porte, posto que o compliance atuará como fator de indicador de riscos e, simultaneamente, de controle e mitigação destes, gerando, no final, lucros e dividendos.

         Desta forma, a adoção de programas de compliance auxilia na boa gestão de riscos, fortalecendo a governança corporativa e produzindo impactos positivos, dentro do próprio negócio e para as demandas da sociedade.

         Portanto, um olhar voltado a ESG, a uma governança corporativa sustentável, a uma boa gestão de risco e à adoção de programas de compliance é aliado de primeira linha na produção de impactos positivos e de crescimento para as empresas e, via de consequência, para as novas demandas da sociedade.

 (*) Sócia do Andrade Gomes Advogado”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em setembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 7,17%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.