terça-feira, 15 de novembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E DESAFIOS DA DESCARBONIZAÇÃO DA INDÚSTRIA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, JUSTIÇA E CULTURA DA PAZ NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Motores elétricos e a

  Descarbonização da indústria

       A mobilidade elétrica vem ganhando cada vez mais espaço em meio a esforços de governos, empresas e sociedade para neutralizar as emissões de CO2 na atmosfera e combater o aquecimento global. Em geral, os debates sobre eficiência energética em meios de transportes giram em torno de veículos de passeio, devido ao seu alto volume de emissões.

         O transporte de pessoas, bens e matérias-primas é responsável por mais de 25% do consumo total de energia e quase 30% das emissões de dióxido de carbono (CO2) em todo o mundo. E modalidades como ônibus, balsas e veículos industriais também poderiam ter um impacto significativo na busca pelo net zero com substituição de motores a combustão por elétricos.

         No caso dos veículos industriais, por exemplo, é possível eliminar 48 toneladas de emissões de CO2 por ano de uma escavadeira de 24 toneladas com a troca do motor a diesel por um trem de força elétrico – que combina a energia da bateria com um motor elétrico e acionamento de alta eficiência. Além disso, o consumo de combustível pode cair em até 30% em veículos industriais com o uso da frenagem regenerativa, processo no qual se transfere energia.

         Os motores elétricos para indústria precisam ser robustos e mais potentes e ter uma maior vida útil comparados, por exemplo, aos usados em veículos de passeio. Isso porque veículos industriais devem estar preparados para suportar cargas pesadas e operar continuamente ao longo de horas de trabalho.

         Esses tipos de motores pesados já têm sido usados há muito tempo em transporte ferroviário – a primeira locomotiva elétrica surgiu em Berlim, em 1879! Por isso a tecnologia necessária para suprir as necessidades de veículos industriais já é madura e comprovada.

         Os motores elétricos, portanto, não são uma novidade, embora continuem evoluindo tecnologicamente. Mas dados da Pesquisa de Investimentos em Eficiência Energética 2022, encomendada pela ABB junto à Sapio Research, podem servir como alerta em relação aos investimentos programados pela indústria na área de transportes.

         Segundo o levantamento global, realizado com 2.294 empresas do setor industrial em 13 países, variando em tamanho de 500 a 5.000 funcionários ou mais, 97% dos negócios consultados já investem ou pretendem realizar aportes para melhorar a eficiência energética. A indústria instalada em território brasileiro também segue esse movimento positivo: pouco menos da metade já está investindo no aumento da eficiência energética (48%), e mais da metade está planejando fazer esses aportes (51%). Instalações são o foco de investimento (47%), seguido por produção (40%). Assim como nos demais países, transporte apresenta o índice mais baixo das três áreas citadas na pesquisa, de 11% no Brasil.

         Além de uma melhor eficiência energética e reduções nas emissões de CO2, os benefícios da eletrificação incluem ainda um menor custo total de propriedade e diminuição de ruído e vibração em relação aos sistemas a combustão. Em média, os veículos elétricos têm despesas operacionais até 60% menores do que as dos modelos equivalentes movidos a diesel, devido principalmente a melhorias na eficiência, consumo de combustível e necessidades de manutenção.

         Os ganhos gerados pela eletrificação de ônibus, balsas e veículos industriais são imensos não só para o meio ambiente, como para os negócios. E isso pode ser amplificado em especial em países como o Brasil, que tem o transporte rodoviário como principal sistema logístico.”.

(Marcelo Falchi. Gerente de produto de motores elétricos da ABB, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 10 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 24).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de outubro de 2022, mesmo caderno, página 22, de autoria de Ana Paula Caixeta (*) e Juliano Carneiro Veiga (**) Tribunal de Justiça de Minas Gerais, e que merece igualmente integral transcrição:

“A propósito, por que conciliar?

       De 7 a 11 de novembro de 2022, será realizada a XVII Semana Nacional da Conciliação. Embora a conciliação já faça parte do dia a dia do Poder Judiciário, uma vez por ano, desde 2006, o Conselho Nacional de Justiça reserva uma semana para destacar a importância da resolução consensual dos conflitos.

         Mas, afinal, de onde vem essa proposta da conciliação? Antes mesmo de o Estado assumir o “monopólio” da resolução adjudicada dos conflitos, essa era a forma das pessoas resolverem suas controvérsias. Quando não conseguiam chegar a um bom termo por si próprio, recorriam a pessoas de reconhecida sabedoria e liderança que atuavam como facilitadoras da comunicação e da negociação entre as partes.

         Dessas formas originárias vieram a conciliação e a mediação como métodos de resolução de conflitos em que um terceiro imparcial – o conciliador ou mediador – auxilia as partes na compreensão de suas questões e interesses para que, com uma comunicação adequada, possam construir, por si próprias, soluções que atendam às suas necessidades.

         Posteriormente, com o advento do cristianismo, encontramos diversas referências com incentivos à adoção da consensualidade na solução das contendas, como vemos no Evangelho de Mateus: “assim sendo, se trouxeres a tua oferta ao altar e te lembrar  de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali mesmo diante do altar a tua oferta, e primeiro vai reconciliar-te com teu irmão, e depois volta e apresenta a tua oferta” (Mt 5,23-24).

         Na idade moderna, as Ordenações do Reino, que vigoraram no Brasil antes da independência, assim previam: “E no começo da demanda dirá o juiz a ambas as partes, que, antes que façam despesas e sigam entre elas ódios e dissensões, devem concordar, e não gastar suas fazendas por seguirem suas vontades, porque o vencimento da causa sempre é duvidoso. E isto que dissemos de reduzirem as partes à concórdia, não é de necessidade, mas somente de honestidade nos casos em que o bem puder fazer” (Livro III, Título XX, § 1º).

         Hodiernamente, o Código de Processo Civil (CPC) em vigor determina que “o Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos” e que “a conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por magistrados, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial” (§§ 2º e 3º do CPC).

         Percebem-se, assim, diversas recomendações e determinações legais no sentido de que o primeiro passo a ser dado na resolução do conflito seja o de oportunizar a consensualidade. Somente quando o diálogo e o bom senso não encontrarem espaço para a integração dos interesses e necessidades dos envolvidos no conflito é que a solução estatal adjudicada e impositiva deve ser utilizada.

         Vale destacar que o incentivo à adoção desse caminho, além de reduzir o tempo e os custos da busca por uma solução judicializada, possibilita que os próprios envolvidos no conflito, melhor conhecedores de suas reais necessidades, exerçam a autonomia e participem ativamente na construção da melhor solução possível para o seu caso, capaz de satisfazer os interesses de ambos os envolvidos e ainda preservar e melhorar os relacionamentos subjacentes.

         Este oportuno e gracioso momento de termos uma Semana nacionalmente dedicada à promoção da conciliação é propício para reavivar em nós o espírito de colaboração e diálogo na resolução de nossos problemas, contribuindo para a construção de uma cultura de paz e de não violência nas interações humanas.

         Para realizar tal intento, revela-se imprescindível o envolvimento de magistrados(as), servidores(as), mediadores(as), conciliadores(as) e facilitadores(as) que, sensíveis a essa causa, laboram na linha de frente da promoção da paz, além da parceria do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Ordem dos Advogados do Brasil e de várias outras instituições públicas e privadas que somam esforços para fomentar a construção de uma nova cultura no tratamento e resolução adequada dos conflitos de interesses.

         As mudanças que desejamos ver na sociedade e deixar para as gerações vindouras dependem das escolhas que fazemos hoje em prol da construção de uma cultura da paz. Vamos juntos dar uma oportunidade ao diálogo e ao consenso! Para mais informações, procure o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da sua comarca ou acesse o portal do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (www.tjmg.jus.br).

(*) 3ª vice-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais e

(**) 2º vice-presidente do Fórum Nacional da Mediação e da Conciliação e juiz do TJMG”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em abril a estratosférica marca de 364,0% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,7%; e já o IPCA, em outubro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.