sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA BOA GOVERNANÇA, AGRICULTURA E TECNOLOGIAS NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DAS FONTES DE ENERGIAS LIMPAS NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE (73/97)

(Dezembro = mês 73; faltam 97 meses para a Primavera Brasileira)

“O Brasil não pode

  pagar a conta do mundo

       A Conferência das Partes (COP), da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), foi um dos resultados da Conferência Mundial da ONU sobre Meio Ambiente ocorrida em 1992, também conhecida como “Cúpula da Terra” ou “Rio 92”. Em 1995 foi realizada, em Berlim, a 1ª COP Clima, que teve como objetivo entender e traçar soluções para a situação climática – uma agenda restrita aos chefes de Estado das nações desenvolvidas. As partes são os países-membros, que realizam negociações e definem acordo com apresentação de metas, consagrando matérias estudadas e discutidas ao longo de cada ano.

         Com o tempo, a COP Clima, que neste ano realizou sua 27ª edição, ganhou proporções midiáticas, envolvendo não apenas os países membros, desenvolvidos ou em desenvolvimento, com seus negociadores oficiais, mas também uma grande área para que governos, setor produtivo e ONGs discutam de forma paralela a questão climática, com foco em negócios, conservação e mercado, entre outras pautas.

         Pela primeira vez, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) participou da COP, a convite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A Faemg, representante de 387 sindicatos de produtores rurais no Estado, contribuiu com as discussões e com a apresentação da realidade do setor, posicionando ao mundo o que fazemos e desejamos aos demais países em matéria de agropecuária sustentável.

         De fato, o Brasil desponta muito à frente dos demais países no que se refere à agropecuária sustentável, considerando-se múltiplas safras com uso de tecnologias e práticas regenerativas do solo e fixadoras de carbono. Isso sem contar que o país tem 66,3% da sua vegetação nativa preservada, provendo serviços ecossistêmicos para o mundo.

         Nosso país é uma potência agroambiental, para citar apenas alguns exemplos, figura como solução para o mundo em segurança alimentar, biodiversidade e fixação de carbono. Possui, ainda, a única legislação do mundo que determina a preservação das reservas legais nas propriedades rurais, variando de 20% a 80%, dependendo do bioma. Nosso exemplo deveria ser adotado por outros países, mas caso não façam que ao menos serviços ecossistêmicos e por não fazermos uso dessas áreas para a produção de alimentos.

         E aqui chamo a atenção para o fato de que essa discussão precisa ser feita de forma muito equilibrada, tendo em vista a responsabilidade que o Brasil tem em relação à segurança alimentar do planeta – que acaba de chegar a 8 bilhões de habitantes, todos eles com necessidades básicas a serem satisfeitas.

         Relembrando o prêmio Nobel da Paz dr. Rattan Lal, que esteve no espaço Brasil durante a COP27, “o processo de conservação na agricultura brasileira feito de uma maneira muito apropriada”. Ele se referiu, ainda, à agropecuária brasileira como “um milagre acontecendo no Brasil devido à excelência, à transformação da ciência em realidade e boas políticas”.

         Ou seja, o recado que precisamos deixar é que a presença dos setores agropecuário e produtivo na COP27 é essencial para o setor e o país sejam retratados, verdadeiramente, por quem atua na produção, no PIB e na conservação das áreas. E não por terceiros, que desconhecem nossas tecnologias de produção e nosso comprometimento com a sustentabilidade.

         Buscaremos espaço na COP28, somando forças com a CNA e com o setor produtivo, para continuarmos mostrando a força, as potencialidades e as verdades do setor. O Brasil não pode ser responsabilizado pelo não cumprimento das obrigações de outras nações. Não podemos pagar a conta do mundo; pelo contrário, precisamos receber pelo trabalho que executamos com excelência.”.

(Antônio Pitangui Salvo. Engenheiro agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa e presidente do Sistema Faemg Senar, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de novembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 14).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 25 de novembro de 2022, mesmo caderno e página, de autoria de Luiz Antônio  dos Santos Filho, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (Abrasol), e que merece igualmente integral transcrição:

“Ampliar fontes renováveis de energia

       Apesar da importância da definição de uma política estratégica capaz de garantir a produção de energia para atender à expansão demográfica e ao crescimento da economia mundial, o tema passou longe dos debates eleitorais. Uma questão preocupante, dada a premência de se ampliarem as fontes renováveis na composição da matriz energética.

         Segundo dados da 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética – 2022-2026, o aumento previsto para este ano é de 2% na carga, atingindo 70.948 megawatts médios, considerando um incremento do PIB de 1,9%. De 2022 a 2026, a previsão é de um crescimento médio anual da carga de 3,4%, atingindo 81.032 megawatts médios ao final do período.

         A demanda poderá ser ainda maior se o país retomar patamares de produção industrial similares ao de 2008, quando o setor representava cerca de 25% do PIB. Hoje, sua participação é de apenas 11,3%, conforme os dados mais recentes. Se isso ocorrer sem que se aumente a oferta de energia, é imenso o risco de vermos fábricas paradas, quedas do sistema elétrico provocadas por sobrecargas e a volta dos apagões.

         Por isso, o Brasil precisa ampliar rapidamente a produção de energia eólica e solar (térmica e fotovoltaica), que, embora ainda incipientes ante a demanda, já integram oficialmente a matriz energética. Tecnologia eficiente, socialmente inclusiva e renovável, a energia termossolar precisa entrar de imediato na pauta dos que serão empossados em janeiro próximo.

         Vale ressaltar que neste ano, e pela primeira vez, o setor de energia solar térmica foi incluído no Balanço Energético Nacional (BEN), publicação anual da Empresa de Pesquisa Energética, que tem como finalidade apresentar a contabilização relativa à oferta e consumo de energia.

         Segundo o BEN, em 2021, a oferta interna de energia foi dividida entre fontes renováveis, com 44,7% de participação, e não renováveis, a biomassa de cada aparece com a maior fatia do mercado (16,4%), seguida pela hidráulica (11,0%), lenha e carvão vegetal (8,7%) e por outras renováveis (8,7%). A energia solar térmica foi incluída na categoria outras renováveis, com 3,6% de participação.

         A conquista reflete o grande esforço do setor e a paulatina conscientização dos brasileiros sobre os ganhos econômicos e ambientais do aquecimento solar. Em termos globais, conforme os dados do Solar Heat Worldwide 2022, que usa a base de dados de 2021, o Brasil ficou em segundo lugar entre os países onde o uso de energia tremossolar mais cresceu, com 28% de aumento, a trás apenas da Itália, com 83%, e à frente dos Estados Unidos (19%), Grécia (18%), Polônia (17%), Índia (16%) e México (7%).

         Ainda de acordo com o Solar Heat Worldwide 2022, em termos de capacidade instalada de coletores planos, o Brasil aparece em 5º lugar, mas apenas em 31º quando se fala em capacidade instalada por 1.000 habitantes (dados de 2020). O potencial brasileiro é imenso, considerando que o país tem a presença da luz solar, com as maiores intensidades do mundo praticamente o ano inteiro, em todo o território, tecnologia própria avançada na área e um parque industrial com capacidade imediata para atender a um crescimento expressivo da demanda.

         A capacidade instalada de 14,7 gigawatts (GW), com os 21 milhões de metros quadrados nas últimas décadas até 2021, pode ser multiplicada por mais de 15 vezes se considerarmos o potencial para atender a todos os domicílios, estabelecimentos comerciais e industriais, como já ocorre em muitos países, gerando centenas de milhares de empregos – a atividade mantém atualmente 42 mil postos de trabalho, com o crescimento de 22% no ano de 2021.

         Além disso, a tecnologia fortalece a cultura em favor do meio ambiente. Com o atual parque instalado, é possível evitar anualmente a emissão de mais de 4 milhões de toneladas de CO2, com o potencial para chegar a mais de 60 milhões de toneladas de CO2, o que reduziria em mais de 13% as emissões anuais e honraria o Acordo de Paris, de 2015.

         Em resumo, trata-se de uma tecnologia que não expele resíduo algum, não tem custo operacional, baixos gastos com manutenção – os aquecedores solares têm vida útil de mais de 30 anos –, não faz barulho e ainda permite um payback rápido, fazendo com o investimento realizado na compra seja paga entre um e três anos de uso.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 6,47%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.