sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DO EMPREENDEDORISMO, TECNOLOGIAS, CONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO HUMANA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DOS INVESTIMENTOS GLOBAIS NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“Empreendedorismo como impulsor do desenvolvimento

       A palavra ‘empreendedor’ tem origem francesa e significa assumir riscos em começar algo novo. Embora o empreendedorismo já exista há vários anos, no Brasil o estudo do tema só se intensificou no final dos anos 90. Nesse contexto, a preocupação com a criação de empresas duradouras constitui importante fator de desenvolvimento. Isso se justifica pela necessidade de grandes organizações aumentarem a competitividade, reduzirem custos e manterem-se no mercado, aspecto que reflete o processo da globalização e a busca pela estabilidade econômica.

         Nesse contexto, a principal consequência foi o aumento do desemprego. Diante disso, funcionários desempregados e empreendedores natos buscaram novas formas de sobrevivência, muitas vezes iniciando negócios, sem a devida experiência e recorrendo a economias pessoais.

         O processo de criação de novos negócios foi intensificado com a popularização da internet, constituindo-se a nova economia. Além disso, existem os negócios familiares que, em alguns casos, dão continuidade a empresas formadas há décadas, enquanto outras surgiram mais recentemente.

         Nesse contexto, é preciso enfatizar que as micro, pequenas e médias empresas têm papel essencial no desenvolvimento da economia mundial, responsabilizando-se por cerca de 50% do PIB em alguns países e, ainda, apresenta tendências de crescimento. No Brasil, por exemplo, em 2003, a participação dessas empresas no PIB  foi da ordem de 20%.

         Já hoje, as micro e pequenas empresas são as principais geradoras de riquezas no comércio do Brasil, uma vez que respondem por 53,4% do PIB do setor. Do mesmo modo, na indústria, a participação das micro e pequenas empresas, 22,5%, já se aproxima das médias empresas, 24,5%, o que é aspecto bastante relevante para a economia. Em que pesem os percalços do caminho, a economia brasileira está classificada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como a nona economia mundial. A última atualização do PIB foi de R$ 7,3 trilhões.

         Ressalta-se que o empreendedorismo tem se intensificado nos últimos anos, devido ao avanço tecnológico, o que absorve um número cada vez maior de empreendedores. O avanço tecnológico, aliado à sofisticação da economia e dos meios de produção de serviços, gerou a necessidade de formalização do conhecimento, antes era obtida de forma empírica. Nesse ambiente, os empreendedores dominam o mercado, uma vez que estão sempre criando novas relações de trabalho e gerando riquezas para a sociedade.

         Por fim, é preciso notar que embora as empresas sejam formadas por máquinas, prédios, instalações, tecnologia e vários recursos físicos, esses elementos sozinhos não fazem as instituições funcionarem nem atingirem seus objetivos; para que isso aconteça, é necessário o movimento humano. São as pessoas que dão vida às empresas; a inteligência, a emoção, a ação e os planejamentos vêm do homem. As pessoas que constroem a dinâmica dos negócios, proporcionam qualidade, excelência e possibilitam a competição.

         Cada pessoa é única e tem um valor inestimável. Para os especialistas em RH, a figura humana é o bem mais valioso das empresas.”.

(João Pereira da Silva. Profissional de processos gerenciais e inovação de negócios, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição, caderno e página 16, de autoria de Frank Magalhães de Pinho, doutor em estatística pela UFMG e professor do Ibmec BH, e que merece igualmente integral transcrição:

“Investimentos globais

       Há um ditado popular que diz que não se deve colocar todos os ovos na mesma cesta, pois, se cair, perdem-se todos os ovos. Markowitz ganhou o Novel de Economia demonstrando, matematicamente, os benefícios da diversificação dos investimentos por meio da construção de portfólios descorrelacionados. Em outras palavras, carteiras compostas por ativos em que suas variações dos preços não apresentem qualquer relação entre si. Isso permite ao investidor melhorar a relação entre retorno e risco. Mas como fazer? Diversificação geográfica por meio de investimentos globais.

         A busca pela diversificação internacional pelo investidor brasileiro se intensificou, sobretudo após o fim do pleito eleitoral. Há um sentimento de insegurança e incerteza sobre a condução da política econômica brasileira. O atual governo encaminhou ao Congresso uma proposta de Orçamento que eleva o gasto público. As declarações recentes do Executivo demonstram a intenção de interferir na condução da política monetária, na meta de inflação e na independência do Banco Central. Esse direcionamento político impacta as expectativas do mercado financeiro nos níveis de inflação e taxa de juros e, por consequência, nos níveis de preços dos ativos brasileiros. Pode-se observar que já houve um aumento nas taxas de juros dos títulos públicos em todos os prazos de vencimento.

         Outra preocupação corrente dos investidores é quanto à implementação de novos impostos sobre os dividendos dos Fundos Imobiliários (FII), Fundos do Agronegócio (Fiagro) e Fundos em Participação em Infraestrutura (FIP-IE), bem como na elevação de alíquotas de impostos sobre imóveis, herança e outras classes de ativos. O fato objetivo é que a percepção do mercado é que o risco ao se investir no Brasil elevou-se.

         Dado o ambiente econômico instável, e por instinto de preservação patrimonial do investidor, neste momento, faz sentido a busca de investimentos globais em mercados financeiros maduros, em que as políticas econômicas e as regras de mercado são mais estáveis, ou ao menos são percebidas assim. Mas como investir em ativos globais? Há basicamente dois caminhos, via Brazilian Depositary Receipts (BDR) e Exchange Traded Fund (ETF) ou via direta por meio de abertura de uma conta em corretora no exterior.

         A primeira opção é mais adequada aos investidores inexperientes e com baixo conhecimento, uma vez que a operacionalização e o acompanhamento dos investimentos são mais simples. Há acesso dos BDR/ETF via corretoras brasileiras e se encontram relatórios de análise, em português, sobre esses ativos nas corretoras e nas casas de research independentes. Essa alternativa viabiliza a diversificação geográfica, expõe os investimentos a moedas “fortes”, sem a necessidade de fazer operações de câmbio, blinda o investidor da desvalorização da moeda local, reduz a correlação e o risco do portfólio. As limitações dessa alternativa são o reduzido número de ativos disponíveis quando comparado ao mercado internacional, a baixa liquidez de vários ativos, a manutenção dos recursos no país, o que é uma preocupação dos investidores brasileiros, e a ausência de qualquer benefício fiscal na compra e venda dos BDR/ETF.

         A segunda opção pode ser a melhor alternativa para investidores que dispõem de conhecimento e experiência. A despeito de toda a complexidade de se investir diretamente no exterior, a diversidade de opções viabiliza uma construção patrimonial sólida e com uma melhor relação custo-benefício. Os recursos no exterior não estão sob a legislação local, apenas a legislação do país de origem a conta internacional. Não obstante, a legislação brasileira  concede benefícios fiscais, sob determinados limites, aos ganhos de capital auferidos no exterior.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,77%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.