terça-feira, 2 de maio de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E A FORÇA TRANSFORMADORA DOS EDUCANDÁRIOS PARA A PLENA QUALIFICAÇÃO HUMANA, CIDADÃ E DEMOCRÁTICA E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, COMPAIXÃO, VERDADE, SABEDORIA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE (77/93)

(Maio = mês 77; faltam 93 meses para a Primavera Brasileira)

“É necessário reaprender todos os dias pela educação!

       A educação é um agente transformador da sociedade. Parafraseando o nosso patrono, Paulo Freire: ‘Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda’.

         O ato de educar é um ato solidário! Nele consideramos o contexto, a história, os objetivos, mas sobretudo o indivíduo, seu ambiente e suas interações. Por isso, a educação é a ponte que une, liga e amplia possibilidades, entendimentos e soluções.

         A educação pede urgência, grita e anseia por ações efetivas e que contribuem para a tão esperada transformação e evolução do ser, estar e vivenciar. Dessa maneira, o ato de educar não pode ser encarado somente por aqueles que compõem o espaço escolar, mas por todos nós, pois ele é vida e nos capacita a sermos o “sal da terra”.

         A educação é um compromisso social que deve ser assumido por todos, a começar pelo nosso reconhecimento da função pedagógica e social das instituições escolares.

         Com acesso a uma educação de qualidade, ampliam-se as chances de formarmos cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, capazes de fazer escolhas assertivas para o seu projeto de futuro com perspectivas de melhor qualidade de vida. Com isso, conseguiremos agir de maneira consciente e sustentável com o espaço que ocupamos e viver em fraternidade com o próximo.

         A educação é o caminho. Nesse sentido, é preciso reaprender a aprender, aprender a educar e educar para apreender de maneira efetiva e inovadora. Temos que, com ações diferentes, ser diferentes e promover a transformação tão necessária para o nosso crescimento.

         Educar é contribuir constantemente para a superação, é a conservação primordial da vida, seguida de valores imprescindíveis, como respeito, zelo, acolhida, crescimento e desenvolvimento. Educar não é um ato isolado, e sim um encontro.

         É um encontro no qual todos são educadores e educandos. É contribuir para a superação de si mesmo, da realidade, do cuidado com a vida, atingindo as consciências e transformando relações. Faz-se necessário despertar para a solidariedade, sobretudo com relação aos problemas concretos que envolvem nossa sociedade. É preciso ouvir e ser ouvido, compreender e ser compreendido, cuidar de nossa casa comum, da família, dos idosos, das crianças, dos homens e das mulheres.

         É necessário reaprender todos os dias pela educação!”.

(Valéria Alves da Silveira. Diretora Acadêmica do Colégio Nossa Senhora das Dores, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de abril de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.com, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Caminhantes Samaritanos

       A 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), concluída nesta sexta-feira, mostra, no horizonte dos 70 anos da instituição, que os passos de seus integrantes se inspiram nos caminhantes samaritanos. Nesta direção é importante compreender que a CNBB não é um órgão de governo da Igreja no Brasil. Compreenda-se que cada diocese tem sua autonomia, sob a condução pastoral e jurídico canônica de seu bispo, vinculado ao colégio episcopal, sob a presidência do Papa Francisco, sucessor do apóstolo Pedro. Cada integrante tem a CNBB como órgão de comunhão, fortalecendo, efetivamente, a missão confiada à Igreja por Cristo Crucificado e Ressuscitado, a ser cumprida ao longo dos tempos por seus apóstolos e, por seus sucessores, os bispos. O colégio apostólico, que reúne os bispos do mundo inteiro, sob a presidência do Papa, tem em cada nação a sua conferência episcopal como instância de comunhão, fomentando a colegialidade, repartindo entre si experiências, serviços e articulada presença no conjunto da sociedade civil, sempre iluminada pela consciência de ajudar o mundo, à luz da fé e da Palavra de Deus. Assim, se arquiteta e se efetiva a Igreja em espírito sinodal.

         A Assembleia Geral, instância máxima da conferência episcopal em importância, produção de experiências e garantia de serviço missionário e evangelizador, é oportunidade para o crescimento e espiritualidade de comunhão. Promove o respeito às diferenças pela tarefa exigente de torná-las uma riqueza, sustenta e inspira os bispos na condição de peregrinos e primeiros servidores do amado Povo de Deus, congregado na Igreja de Cristo. Esta Assembleia, assim, não é um congresso, embora metodologias sejam usadas, nem é um seminário ou oficina. Os bispos se debruçam, de maneira orante e dialogal, sobre o caminho missionário da Igreja no Brasil, em comunhão com a Igreja Universal, atentos à realidade social, política e cultural na sociedade. As questões e temos são muitos, abordados em profundo sentido eclesial e compromisso de fé, no cumprimento do mandato de Jesus: Ide e fazei discípulos.

         Os trabalhos da Assembleia Geral transcorrem em luminoso horizonte. A CNBB é importante instrumento no conjunto da Igreja católica no Brasil para fecundar a comunhão e por ela fortalecer a sua tarefa missionária, ação inegociável. Torna-se, assim, necessário que o povo de Deus compreenda o sentido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil como instrumento eclesial de serviços à comunhão entre os bispos, em favor do fortalecimento da rede de comunidades de fé, desafiadas a estender seu raio de abrangência, alcançando periferias existenciais e geográficas. A grande inspiração e compromisso está em assumir o que configura e define o próprio Bom Samaritano. A figura do caminhante samaritano desenha o caminho dos discípulos e discípulas do Mestre Jesus, o Samaritano Redentor de todos. Num mundo adoecido, também pela indiferença alimentada por argumentos e razões que aumentam a rigidez, fomentando a prática de mentiras para atacar e destruir reputações – ser caminhante samaritano é inspirar-se por gestos concretos de misericórdia. A misericórdia autêntica fermenta os sentimentos, assentando-os na sabedoria indispensável para a verdade e distanciando-os do impulso de destruição que enfraquece instituições, segmentos e indivíduos.

         O coração do caminhante samaritano cultiva o sentimento que convence: não vale a pena conduzir a vida por meio de contendas e litígios. O autêntico espírito cristão sabe que a construção da paz se opera por diálogos, mesmo quando existem contraditórios, jamais pela força da agressividade e do instinto demolidor de pessoas e instituições. Exemplar e samaritano é quem não faz guerra para impor doutrinas em lugar de comunicar o amor de Deus, distanciando-se para fazer valer seus interesses mesquinhos e recuperação de perdas no patrimônio doutrinal e moral se faz de modo exitoso pela força do espírito fraterno, apostando na construção de uma sociedade solidária. Esta construção se torna possível na medida em que discípulos e discípulas se revestem do olhar samaritano. Não há outro caminho.

         Assim, as orações e celebrações, durante a Assembleia Gera, encharcam os corações, treinando amizade fraterna entre pares, fazendo crescer a consciência da missão como experiência de amor, considerando o outro como mais importante – áureo princípio de autenticidade cristã. A condição de caminhante samaritano afetou o coração dos bispos, de assessores, de colaboradores e de representantes de organismos do povo de Deus. À luz desta compreensão, brota a gratidão por tudo. Este é o grande ganho e sentido desta Assembleia. Forte é a interpelação: ser caminhante samaritano como único de reconciliação. O exercício é simples, e é o segredo, como anota o evangelista Lucas: diante do homem machucado a competência de ser e sentir compaixão, fazendo nascer a seriedade e fecundidade do ser cristão autêntico.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em março, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,65%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.