terça-feira, 16 de maio de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA AGENDA ESG, INCLUSÃO E DIVERSIDADE PARA AS ORGANIZAÇÕES QUALIFICADAS E EFICAZES E A TRANSCENDÊNCIA DA ESPIRITUALIDADE CONCILIADORA, SABEDORIA, ESPERANÇA, JUSTIÇA E PAZ NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“Inclusão e diversidade são indissociáveis

       Se você quer entender melhor sobre diversidade e inclusão, uma coisa muito simples é voltar o seu olhar para você mesmo e entender que essa compreensão começa pela sua história de vida, pelo contexto em que crescemos e ver as múltiplas lentes que vão além de todas as verdades que lhe foram apresentadas sobre o assunto.

         Vamos perceber como somos, às vezes, o avesso das narrativas que produzimos com muita facilidade nos dias de hoje, quando a temática está em alta e na moda. De acordo com o dicionário, o conceito de “diversidade é definido como “substantivo feminino que caracteriza tudo aquilo que é diverso, que tem multiplicidade”, ou seja, é tudo aquilo que apresenta pluralidade e que não é homogêneo. Já inclusão é o ato de incluir e acrescentar, ou seja, adicionar coisas ou pessoas em grupos e núcleos que antes não faziam parte.

         Analisando esses conceitos percebemos que diversidade sem inclusão e inclusão sem diversidade não fazem sentido. Sendo assim, a compreensão de que essas pautas seguem juntas, sempre associadas, é um ponto de partida importante para o desenho de uma estratégia sustentável.

         Mais que modismos, o assunto envolve questões sobre humanidade. Respeito e representatividade são pilares que sustentam a nossa existência.

         Nesse sentido as áreas das empresas, como por exemplo, a área de recursos humanos, e que se define como motor da cultura organizacional, têm por vocação e responsabilidade, o desafio de acelerar as ações que fortalecerão um ambiente mais equânime nas empresas. Mas, para além disso, precisamos compreender a responsabilidade coletiva sobre o tema e o papel de todos para que a estratégia seja realmente eficaz.

         O caminho apresenta diferentes desafios. Na indústria, por exemplo, a cultura ainda está fortemente pautada no poder e controle e na verticalização hierárquica nas relações. Outro dificultador importante são áreas de “talent aquisition” com estratégias fracas no processo de atração da diversidade.

         Da perspectiva de estruturas físicas, elas não são adequadas e prontas para receber a diversidade. Isso requer investimento e adaptação para as múltiplas necessidades das pessoas.

         Ampliando esse olhar, o desafio vai além das questões sociais, relacionadas às pessoas e espaços, incluindo questões de meio ambiente e governança. A agenda ESG nos convida a ampliar o olhar da atividade em questão e buscar conexão com os desafios globais da economia e do mercado de trabalho.

         A jornada é longa e abrange aspectos culturais do mundo dos negócios, ainda precisamos equilibrar a pauta e os esforços financeiros e não financeiros, desenvolver um olhar coletivo e colaborativo, despolarizar a pauta diversidade e inclusão e trabalhar fortemente a equidade no ambiente de trabalho.

         Por isso, fica o convite para voltar o olhar para nós mesmos, aceitar nossas limitações e assumirmos uma reconstrução pessoal para a construção de uma nova ordem, onde o respeito e o amor ao próximo venham antes de qualquer questão.”.

(Mariana Moura Abreu e Silva. Diretora de pessoas e cultura organizacional da Cimento Nacional e associada da Amcham, em artigo publicado no jornal TEMPO Belo Horizonte, edição de 13 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, edição de 12 de maio de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Semear Esperança

       Semear esperança é missão cristã indispensável para fecundar o coração da humanidade, garantindo-lhe o necessário sustento para viver. Trata-se de uma semeadura exigente, que precisa ser fecundada pela sabedoria essencial para alimentar o sentido da vida. Semear esperança é missão e testemunho. Um desafio urgente e que se agiganta no atual contexto da humanidade. O ser humano sofre com as falências de muitas esperanças, com a disseminação do pessimismo e, particularmente, com as inseguranças e desencontros provocados por “notícias falsas”. Um sofrimento crescente também alimentado pela falta de limites: muitas pessoas agem até perversamente para alcançar metas ligadas ao dinheiro e ao poder. Contribuem, assim, para que o mundo seja cada vez mais coberto pelas sombras da desesperança, mal que leva à perda do sentido da vida.

         Nesta realidade, os cristãos são convocados a apresentar a razão da sua esperança, um dom. o encontro com Cristo é a certeza de uma esperança bem alimentada e fidedigna. Possibilita uma vida nova sustentada pela luz do Evangelho. Compreende-se, pois, o desafio missionário de cultivar a esperança cristã no próprio coração e cuidar para frutificá-la. A fé cristã é garantia de um futuro que não acaba no vazio. Assim, aqueles que são verdadeiramente tocados pela espiritualidade cristã, mesmo diante de situações graves da contemporaneidade, encontram sentido para viver e seguir adiante, fazendo o bem, ajudando o mundo a mudar. Nessa semeadura que é exigência para os que professam a fé em Jesus, o bispo tem singular responsabilidade: ser sinal da esperança cristã.

         Torna-se, pois, oportuno, responder a uma usual interrogação: o que faz um bispo? O bispo é servo do Evangelho, que leva cada pessoa a viver em Deus. Confronta-se, com humildade e simplicidade de coração, com as exigências que são próprias a cada ser humano. Busca, assim, permanentemente, qualificar-se espiritualmente, para estar a serviço de todos, sendo ancoragem que ajuda cada pessoa a reconhecer o sentido da própria vida. Trata-se de uma missão árdua e até extenuante, suportada e fecundada pelo exercício diário, orante e dialogal, de confiar incondicionalmente em Deus, purificando-se de seus próprios caprichos e estreitezas humanas, de todo tipo.

         Compete ao bispo, primeiro servidor na comunidade de fé que congrega o Povo de Deus, cumprir o dever missionário de infundir confiança e proclamar as razões da esperança cristã. Assim indica a Exortação Apostólica de São João Paulo II, sobre a missão do bispo: “O Bispo é profeta, testemunha e servo desta esperança sobretudo nas situações onde maior é a pressão de uma cultura imanentista, que marginaliza qualquer abertura à transcendência. Onde falta a esperança, também a fé posta em questão; e o amor enfraquece, quando começa a exaurir-se aquela virtude. Com efeito a esperança, especialmente em tempos de crescente incredulidade e indiferença, é firme apoio para a fé e incentivo eficaz para a caridade. Extrai a sua força da certeza da vontade salvífica universal de Deus (cf. 1 Tim 2, 3) e da presença constante do Senhor Jesus, o Emanuel, que está sempre conosco até o fim do mundo (cf. Mt 28, 20).

         A missão de cada bispo inclui, assim, tudo fecundar com a sua competência espiritual de ser operário na semeadura da esperança. Ele sabe que a luz do Evangelho é insubstituível para alimentar a esperança de todos. Em diálogo com o Povo de Deus, considerada a falência de “esperanças” baseadas em ideologias materialistas, imanentistas e economicistas, inclusive aquelas que buscam medir tudo em termos de eficiência e relações de poder, o bispo tem a missão de reafirmar: somente a luz do Ressuscitado e o impulso do Espírito Santo ajudam a humanidade a encontrar a esperança que não desilude, conforme ensina a Exortação Apostólica de São João Paulo II. Por isso, o bispo é convocado a resistir e a não se deixar atemorizar pelas várias formas de negação da fé, que procuram, mais ou menos abertamente, minar a esperança cristã, fazer dela uma paródia ou escarnecê-la.

         Os muitos afazeres de um bispo, na organização e gestão pastoral da Igreja, não esgotam ou substituem esta dimensão essencial de sua identidade: ser servidor do Evangelho para levar esperança ao mundo. Conta sua vida interior, influencia determinantemente as raízes e dinâmicas de sua história de vida pessoal e familiar, tendo a esperança como força que sustenta seus passos na promoção e na vivência da fraternidade, da justiça e da paz. A missão do bispo é indispensável e insubstituível, para que a humanidade desenvolva a sua capacidade de esperançar e, assim, não deixe apagar a chama da esperança, fonte de sabedoria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em abril, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,18%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.