terça-feira, 18 de julho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E POTENCIALIDADES DA PSICOMOTRICIDADE E CAPACIDADES SOCIOEMOCIONAIS PARA O DESENVOLVIMENTO INFANTIL INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ESCUTA AMOROSA, HUMILDADE, SABEDORIA, HUMANIDADE E JUSTIÇA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância da psicomotricidade para crianças

       A psicomotricidade é uma prática que usa a educação física como base para promover o desenvolvimento global por meio dos movimentos. Esse tipo de ação pedagógica é de extrema importância, pois a psicomotricidades diminui as chances de dificuldades de aprendizagem, além de auxiliar no avanço das questões motoras, cognitivas e afetivas. Em resumo, é a ciência que estuda o ser humano por meio dos movimentos, relacionando-os com as questões internas e externas.

          A psicomotricidade contribui de maneira eficaz para a estruturação do esquema corporal, como também para outros aspectos da vida infantil. Estimular o aspecto psicomotor não precisa ser algo maçante para as crianças. Essa prática pode ser estimulada por meio de atividades lúdicas e que despertarão nos pequenos o interesse por desenvolver seus movimentos com base na consciência e na percepção de cada uma delas.

          A família e os profissionais envolvidos no desenvolvimento do pequeno podem incentivar a prática de algumas atividades psicomotoras. Algumas brincadeiras são: pular corda, brincar de pega-pega, dar cambalhotas e estrelinha, pisar em cima de uma corda colocada no chão ou andar sobre as linhas do piso, brincar de dança das cadeiras.

          Além disso, há opções como jogos de encaixe, empilhamento de objetos, brincar com massinha de modelar, contar feijões, brincar de estátua, fazer bolinhas de sabão, assoprar velas de aniversário, encher balões de festa, subir e descer rampas e até mesmo dançar em frente ao espelho.

          Vale ressaltar que, no ambiente escolar, o convívio com os demais coleguinhas contribui de maneira significativa para a vida do pequeno, uma vez que ele estará em um espaço completamente propício para o aprendizado e aperfeiçoamento de suas habilidades psicomotoras. E uma criança acaba estimulando outra.

          Os educadores são peças indispensáveis para o desenvolvimento das crianças e o auxílio à psicomotricidade infantil. No entanto, existem o psicomotricista e o psicopedagogo. Ambos são especialistas que podem contribuir de forma ampla e significativa para esse processo de descoberta e aprendizagem infantil.

          A educação psicomotora é de fundamental importância para o progresso da criança ao longo de seu crescimento. Ela atua, além da maneira educativa, de forma preventiva a partir do momento em que lida com o corpo levando-se em conta o movimento e o aspecto subjetivo de cada indivíduo em seu respectivo ritmo.

          Vale ressaltar ainda o papel da psicomotricidade no ato de educar a mente e o corpo simultaneamente no momento da formação da personalidade. A psicomotricidade é responsável pela melhora gradual no desempenho do aluno, capacitando-o a se desenvolver cada vez mais a partir de seu potencial motor.

          Isso auxilia para que o pequeno aumente seus recursos frente aos desafios surgidos na vida escolar, no dia a dia do ambiente doméstico e em outras etapas de sua autonomia.”.

(Luciana Brites. Mestra e doutoranda em distúrbios do desenvolvimento e CEO do Instituto Neurosaber, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 14 de julho de 2023, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br, mesma edição, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“Dar ouvido

       Dar ouvido à sabedoria, inclinando o coração à prudência, é conselho precioso no horizonte rico e sempre luminoso do Livro dos Provérbios. Indicação que inspirou Salomão, em seu governo, a preferir receber do trono de Deus a sabedoria, ao invés das riquezas. Compreende-se, assim, que a sabedoria tem maior valor, pois tempera discernimentos, ilumina intuições que trazem soluções aos grandes problemas e faz valer a força do amor – priorizando o bem e a justiça, não os interesses egoístas. Dar ouvido à sabedoria é indicação sensata e indispensável à condução da própria vida e, particularmente, ao exercício de responsabilidades. Trata-se meta existencial desafiadora que, se não for buscada, pode enjaular o ser humano em seus próprios estreitamentos, ameaçando ainda a liberdade do semelhante. Também as instituições podem sofrer as consequências, pois correm o risco de se enfraquecerem e não conseguir exercer bem a sua missão, de modo coerente com a sua identidade.

          Cada um em seu horizonte de atuação deve considerar entendimentos e pareceres técnicos importantes, mas indispensável é o bom senso para emoldurar as próprias atitudes com as balizas da sabedoria. Sem esses parâmetros, processos sofrem atrasos, convive-se com manipulações ideológicas, propaga-se a incompetência humana para avaliar o próprio desempenho. E sempre é grande o risco de deixar-se guiar por entendimentos estreitos, que levam a inadequadas interpretações de circunstâncias e situações. Reconheça-se a importância de se cultivar a humildade necessária para dar ouvido à sabedoria. Um exercício que remete à prática existencial e estratégica de sempre buscar ouvir o semelhante.

          Exercitar a capacidade para escutar outras perspectivas é sempre um desafio humano-existencial. Há de se avaliar a peculiaridade desse desafio no mundo contemporâneo, quando há muita facilidade para a circulação de opiniões. Nesse contexto de muitos dizeres, mas carência de capacidade para escutar, o que se verifica são desequilíbrios que fazem submergir discernimentos. O resultado são prejuízos graves nascidos na contramão da verdade e da justiça. Não se pode balizar o que se diz e o que se escolhe no horizonte restrito da própria individualidade. Devem ser considerados os riscos de interpretações equivocadas, que levam a juízos contaminados de parcialidade e manipulações, perversamente fazendo valer interesses de alguns, com sacrifícios de muitos outros. E com frequência, os mais prejudicados e injustiçados são os indefesos e os pobres.

          Importante é retomar o conselho de dar ouvido à sabedoria. Isto significa, ao mesmo tempo, reconhecer que há posições, interpretações e juízos aos quais, definitivamente, não se pode e não se deve “dar ouvidos”. Não se deve dar atenção àqueles incapazes de sair dos próprios limites existenciais e experienciais. A expressão “dar ouvido” remete ao mais genuíno sentido de escuta: capacidade que cria as condições para a construção de entendimentos inspiradores, possibilitando mudar subjetividades e realidades. Mas, na direção oposta desta capacidade, hoje o que prevalece é a multiplicação de falas, buscando impor conceitos e compreensões. A civilização contemporânea sofre as consequências de muitos “dizeres” que não encontram um necessário fundamento: o silêncio essencial à escuta.

          O silêncio essencial à escuta alicerça a qualidade de raciocínios, contribuindo para o encontro de soluções que promovem a vida e ajudam a sociedade a avançar. Por isso mesmo, o conselho sapiencial precioso de dar ouvido à sabedoria não pode se converter em uma atitude demagógica de simplesmente fingir que está escutando. Ao invés disso, deve inspirar, cotidianamente, a adoção de uma postura alicerçada no silêncio. Saber ouvir para adequadamente confrontar o coro de vozes que ecoa na própria interioridade. Assim, permanentemente avaliar as próprias atitudes e os modos de pensar. A capacidade para escutar o semelhante, emoldurada pelo “silêncio” interior e pelo “silêncio” que permite a fala do próximo, é caminho eficaz para que seja dado ouvido à sabedoria.

          Os sábios da humanidade, os místicos das confissões religiosas, as grandes figuras que inauguraram novos ciclos da história são os que, antes de tudo, foram exímios na capacidade para dar ouvido à sabedoria. Dentre as lições que transmitiram à humanidade está a importância essencial da atitude de escutar, emoldurada pelo silêncio, longe de falatórios, dizeres superficiais. A atenta escuta pode proporcionar injustiças e desmascará-las. Aqueles que verdadeiramente escutam em profundidade conseguem dizer o que é relevante, livrando-se das superficialidades, de estreitamentos existenciais. Assim, cumprem a sua missão com competência técnica e, especialmente, com a indispensável sabedoria.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em junho, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,16%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!      

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.