“A obra de Pietro Ubaldi
De
vez em quando, aparece alguém, com um ar de outro mundo, que desce à Terra para
acelerar o desenvolvimento humano. Quanto mais adiantados forem seus
ensinamentos e ideais, maior será a possibilidade de ser incompreendido,
contestado e perseguido. Não se quebram paradigmas impunemente. Três pregos e
duas tábuas no alto da colina podem esperar o precursor de ideais.
Leonardo
não era compreendido quando desenhava helicópteros; Galileu mal escapou da
fogueira por ensinar que a Terra roda em volta do Sol; só depois da morte, Van
Gogh foi reconhecido como um gênio da pintura; passaram-se dois séculos da
descoberta da luneta antes que ela fosse adotada pelos cientistas; o
cristianismo penou 300 anos para ser aceito em Roma, e os cristãos gastaram o
mesmo período para se desculpar pelas barbaridades contra índios e negros em
terras brasileiras.
Os
melhores ideais chegam, levantam polêmicas, atraem raros discípulos e demoram
séculos para ser comumente aceitos. A verdade custa a triunfar. Se os últimos
serão os primeiros e se a humanidade é sempre a mesma, significa que neste
momento os precursores continuam incompreendidos pelas multidões, como no
passado.
Ainda
não chegou a vez de Helena P. Blavastky, de Charles Leatbeader, de Rudolf
Steiner saírem das catacumbas modernas. Das mesmas catacumbas onde o pensamento
do italiano Pietro Ubaldi é guardado para dar frutos às próximas gerações.
Esse
pensador terminou sua existência aqui, no Brasil, deixando uma obra monumental
e fiéis discípulos.
A
principal obra de Ubaldi, “A Grande Síntese”, revela os dogmas cristãos, da luz
à escuridão que cerca o ser humano, mostra de onde veio e para onde vai.
Comprova os laços que ligam o espírito à matéria e mostra como todas as coisas
e todos os fenômenos são facetas de uma única e indivisível realidade. Assusta
ao sustentar que a dor é uma passagem obrigatória para a evolução, mas quem
consegue passar o umbral dos primeiros e densos conceitos do pensador italiano
avança por uma interminável caminhada, na qual a compreensão e o despertar de
um estado vívido de consciência conseguem dar outro sentido à vida. Um estado
de consciência que será comum na humanidade num futuro ainda distante.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 9 de setembro de 2024, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 13 de setembro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
transcrição:
“Profecia da Palavra
A
profecia da Palavra é um tesouro precioso, fonte inesgotável de sabedoria
indispensável à qualificação existencial do ser humano. Essa preciosidade não
vem das muitas informações circulantes neste tempo, nem mesmo dos consideráveis
avanços científicos e tecnológicos. Diferentemente do conhecimento técnico e
científico, restrito a círculos específicos, todos podem ter acesso à profecia
da Palavra. A referência é a Palavra de Deus, primordial ao viver humano,
essencial para aqueles que buscam o caminho sapiencial que leva ao saber
divino. Esse caminho tem força para exercer a regência da vida humana,
revestindo-a de sentido. Um desafio existencial enorme neste tempo de tantas
pressões e, até mesmo, injuções de muitos outros saberes importantes. Acessar
esta fonte-tesouro, a Palavra de Deus, cria oportunidades de iluminação para o
viver humano, contribuindo para que sejam alcançadas soluções de entraves sociais,
políticos, culturais e ambientais.
Pensa-se,
ilusoriamente, por preconceitos religiosos, princípios ateísticos ou, até
mesmo, por desconhecimentos, que a Palavra de Deus é referência limitada às
práticas piedosas. Incontestavelmente, a Palavra fecunda e ilumina o caminho da
experiência da fé, torna-se o alicerce de sua consistência e a lucidez operante
de suas convicções. Mas a busca por essa fonte-tesouro deve ser ampliada para
outros campos da vida. Bem lembra o salmista, no salmo 118: a Palavra é lâmpada
para os pés e luz luzente para o caminho. Um “porto seguro” para a ancoragem do
viajante e, ao mesmo tempo, um impulso para a sua partida, na tarefa de
novamente “lançar as redes em águas mais profundas”, para saborear o gosto
gostoso de ouvir e de dialogar com Deus, a experiência mais relevante do ser
humano.
O
diálogo com Deus oferece a cada pessoa a possibilidade de se capacitar
enormemente, alcançando a lucidez que permite reconhecer a necessidade de se
priorizar o bem comum, o zelo pela justiça, a partir de um fecundo sentido
sócio-político – fundamentado no respeito ao ser humano e à casa comum. Em
síntese, trata-se de um diálogo que interessa primordialmente a quem crê, mas
capaz de atender também aos anseios daqueles que não creem. A Palavra divina
desencadeia um fenômeno cognitivo. Alarga horizontes de compreensão dos que se
dispõem a dialogar com o Pai. Essa disponibilidade exige colocar-se em atitude
de escuta, condição indispensável. E uma escuta qualificada é mais que a
simples apreensão de sons ou assimilação de informações. Ouvir a Palavra de
Deus é uma experiência mística, em razão da especialidade do interlocutor – sua
Palavra tem força de transformação, trazendo iluminações que incidem no viver e
nas intervenções humanas: desempenhos profissionais e atitudes cidadãs capazes
de ajudar a promover avanços civilizatórios. Não existe outra fonte mais eficaz
para enriquecer diferentes áreas do saber humano. A Palavra tem contribuições
para superar entreveros que comprometem a paz.
A
consignação em escritura das experiências dialogais de Deus com o ser humano, a
Sagrada Escritura, no conjunto de livros preparados ao longo de séculos, mostra
a atuação divina na qualificação das pessoas e comunidades. Comprova que a
Palavra influencia determinantemente a cultura, sendo capaz de oferecer
respostas existenciais, sempre atuais e completas, à humanidade. Contribui,
assim, com o crente e com o ateu, com o profissional de qualquer área do saber
e com aquele que busca alcançar o sentido de sua responsabilidade cidadã.
Justifica-se, pois, a necessidade de se proclamar e de se escutar a Palavra de
Deus. O ser humano, em diálogo com Deus, em interface com outras pessoas, nas
instituições e comunidades de fé, trilha um percurso sapiencial, capacitando-se
para a profecia da Palavra. Todos têm a necessidade de se expressar, garantia
de liberdade e autonomia. E quando o ser humano partilha suas palavras, a
partir de atenta escuta de Deus, bem exerce a sua liberdade e a sua autonomia.
Conforme
o ditado popular, há sempre o risco de “se falar pelos cotovelos”, sobre todas
as coisas e, assim, atrasar importantes processos, agindo de modo incoerente
com a grandeza do viver humano. A palavra de cada pessoa deve ser sagrada,
buscando edificar relacionamentos para promover o compromisso com o bem de
todos. Uma tarefa cidadã e um compromisso de fé. Basta de se falar bobagem, não
se deve multiplicar palavras sem força de transformação. Vale sempre ter
presente, é o dever e o compromisso do cristão, priorizar a escuta da Palavra
de Deus. Desse modo se consegue partilhar palavras capazes de devolver
esperança aos corações. E esperança é um bem cada vez mais ausente do cotidiano
de muitas pessoas, que podem chegar ao extremo de desistir de viver.
A ação
humana, quando alicerçada na escuta da Palavra de Deus, reveste-se de
consolação, força de aconchego e acolhimento, remédio de alta incidência
terapêutica. Escutar a Palavra influencia processos existenciais e
institucionais, gerando inovações e transformações humanísticas
revolucionárias. Escutar Deus regenera quem apenas sabe “beliscar” o
semelhante, ou produzir críticas ácidas, repetitivas, estéreis, sem jamais
alcançar o que a sociedade e seus instituições precisam – transformações e
novas respostas. Todos assumam esta indispensável atitude: achegar-se à fonte
da profecia da Palavra de Deus.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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