“Cidade do Sol
Não
tenho bola de cristal nem ousadia ou irresponsabilidade para imaginar o que
acontecerá além dos próximos 20 ou 30 anos, mas, como otimista incorrigível,
sinto que a sociedade inteira, nos quatro cantos do planeta, será profundamente
modificada, para melhor. Sofrerá uma metamorfose como nunca aconteceu
anteriormente, e, da crisálida bonita que se arrasta hoje no tronco da árvore,
deverá se levantar uma borboleta com capacidade de voar nas asas de novas e
surpreendentes tecnologias.
O que
existe de mais moderno à frente de nossos olhos vai se transformar em breve em
sucata sem valor destinada a centros de reciclagem. Carros, aviões, navios,
computadores, telefones, incluindo até ligas, componentes, remédios, passarão a
ter substitutos de qualidade e desempenho infinitamente superiores.
Quem
ficou espantado com o progresso e os avanços tecnológicos da segunda metade do
século XX pode apertar o cinto de segurança e se preparar; a grande arrancada
ainda está por vir.
Será
também um momento de profunda mudança de costumes; talvez o começo da “cidade
do Sol”, aquela nova e perfeita organização que o filósofo Domenico Campanella
descreveu no século XVII, sem fixar-lhe uma data, mas definindo-a como uma
organização celestial.
Os novos
inventos, apesar de criarem em primeiro momento desemprego e apreensão que em
seguida serão superados, chegam trazendo facilidades, simplificando as tarefas
dia a dia, gerando possibilidades inusitadas e livrando o homem das tarefas
mais penosas, repetitivas e braçais.
Um mundo
onde se trabalhará menos e onde se poderá viver melhor, desde que as
consciências se despertem para a necessidade de mudanças, de redistribuição do
emprego disponível e das fabulosas riquezas que serão produzidas com novas e
portentosas tecnologias.
Este
será o primeiro grande desafio do milênio e que se poderá concretizando
deixando para trás brigas e injustiças do passado. Sabedoria e solidariedade,
afinal, serão as colunas de uma nova sociedade menos materialista e disposta a
ser feliz.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de janeiro de 2025, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 03 de janeiro de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Desarmar o coração
Desarmar
o coração é meta essencial à conquista da paz, orienta o Papa Francisco, na
mensagem para o Dia Mundial da Paz. Trata-se também de importante para este Ano
Jubilar, celebrado pela Igreja Católica, no mundo inteiro, quando todos são
chamados a ser peregrinos da esperança. Cada pessoa deve desarmar o coração,
conforme motiva o Papa Francisco, indicando que, muitas vezes, é suficiente um
gesto simples, a exemplo de um sorriso, um olhar fraterno, uma escuta sincera,
um serviço gratuito. O Santo Padre recorda que esses simples gestos guardam
grande força essencial à construção da paz. No contexto desta simplicidade,
corações desarmados, capazes de operar corajosos e transformadores propósitos,
precisam ser cultivados. Desarmar o coração é, pois, significativo broto de
esperança que conduz pessoas e nações no caminho da reconciliação, favorecendo
o despojamento de tudo o que impede a paz. Um broto que inspire o respeito
incondicional à vida humana, em todas as suas etapas, desde a primeira, na
concepção, até a última, com a morte natural.
Do
coração humano deve partir o compromisso e a disposição para efetivar as
transformações necessárias à sociedade, contribuindo para edificar uma organização
sociopolítica capaz de erradicar cenários de miséria e de fome, situações de
exclusão e garantir estilos de vida que estejam em harmonia com a casa comum.
Nossa busca pela construção de um mundo mais justo e solidário, o Papa
Francisco, em sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, retoma importante
proposta para devolver dignidade a populações inteiras, colocando-as no caminho
da esperança. Trata-se da audaciosa sugestão de São João Paulo II, apresentada
em 2000, ano jubilar que marcou o início do terceiro milênio: a redução
significativa ou mesmo o total perdão da dívida internacional que pesa sobre o
destino de muitas nações.
A dívida
mantém muitos países na escravidão da pobreza, submetidos a um domínio que
impede o seu desenvolvimento, inviabilizando uma vida digna para seus cidadãos.
O caminho para perdoar a dívida dos países pobres é indicado pelo Papa
Francisco: os países ricos reconhecerem a sua própria dívida, relacionada aos
danos ambientais que provocaram. Trata-se, pois, de engenhar uma nova
arquitetura econômica, pelo confronto entre dívida ecológica e dívida
financeira. Essa proposta pode configurar um horizonte transformador, de mais
esperança para a humanidade. A dívida externa se tornou um instrumento de
controle nas mãos de instituições financeiras e de países ricos que,
indiscriminadamente, exploram recursos humanos e naturais dos países pobres,
conforme denuncia o Papa Francisco. Assim, os países pobres são cobrados pela
dívida externa, mas, ao mesmo tempo, sofrem as consequências da dívida
ecológica gerada pelos países desenvolvidos.
Relevante
e determinante é defender a vida humana, promover a sua dignidade, em todas as
suas etapas, buscando vencer a miséria e a fome. A promoção da cultura da vida
inclui também eliminar a pena de morte, existente em muitas nações. A esperança
humana do perdão e da renovação são pode ser aniquilada. Papa Francisco retoma
a indicação interpelante de São Paulo VI e Bento XVI, considerados estes tempos
de guerras: utilizar expressiva parte do orçamento destinado à produção de
material bélico para constituir um fundo mundial dedicado à erradicação da fome
e à realização de atividades educativas, que promovam um desenvolvimento
sustentável nos países mais pobres, lutando contra as alterações climáticas. O
Papa Francisco lembra que o futuro é um dom que permite ultrapassar os erros do
passado e construir novos caminhos de paz. Caminhos que, para se efetivarem,
pedem mudanças culturais e estruturais, a partir do reconhecimento de que todos
são filhos do mesmo Pai, todos são devedores e necessários uns aos outros,
conforme a lógica de responsabilidade partilhada.
Desarmar
o coração neste ano jubilar é aceitar o convite-interpelação de enfrentar
injustiças e desigualdades vergonhosas. Todos são corresponsáveis pelas
devastações do meio ambiente e pela desarmonia no planeta – ninguém deve
alimentar conflitos de nenhuma espécie. Gestos de solidariedade não podem estar
restritos aos atos filantrópicos, mas constituir um conjunto de atitudes
cotidianas marcadas pelo amor ao semelhante. As desigualdades precisam gerar
muito incômodo, em todas as pessoas, para que ninguém permaneça indiferente,
sem se comprometer com a busca por soluções. O empreendimento transformador no
horizonte da humanidade, neste momento de sua história, é grande e complexo.
Precisa incluir o desarme do coração humano, para permitir o alvorecer de sentimentos
altruístas, que inspirem a reconciliação e a necessária lucidez para se viver
com solidária fraternidade. Desarme, diariamente, o seu coração, fazendo-se
parte do necessário mutirão de operários construtores da paz.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado e o
aleitamento materno (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade,
em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder
é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar,
oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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