“Proteínas vegetais e globais
Empresários
são aqueles que tocam negócios para auferir lucros. Tem um tipo mais comum que
não se importa com como fazê-lo, apenas tem pressa. Adota o conceito
maquiavélico: ‘Os fins justificam os meios’. Procura a via mais fácil para
ganhar o máximo com o mínimo esforço e no menor tempo possível. E é aí que as
atividades especulativas arregalam os olhos e abrem a gula de muitos. Se no
rastro fica um déficit para o planeta, pouco importa.
Há
também aqueles que, para ganhar, mesmo amparados pela legalidade, aproveitam-se
de atividades imorais. Um exemplo é a produção de cigarros, uma praga da
humanidade, ao par de bebidas alcoólicas, opioides e entorpecentes, que viciam
e deturpam o ser humano.
Em
escala menor, mas também extremamente nocivos, encontram-se nas prateleiras dos
supermercados os alimentos processados de origem animal, contaminados pela
crueldade contra seres vivos. São alimentos que devastam a natureza, exterminam
espécies e diminuem a saúde do nosso planeta.
Nos
últimos anos, empurrada pelas mudanças climáticas e por uma evolução da consciência
dos homens, a preocupação com o aquecimento global provocado pelas emissões de
carbono se instalou, com foco especialmente na geração de energia e, mais
ainda, na mobilidade veicular.
Contudo,
se o problema é a carbonização da atmosfera, ainda não se discute, como se
fosse um tabu, a alimentação baseada em produtos de origem animal. A criação em
grande escala de rebanhos que se destinam ao consumo está fora do debate
mundial, apesar de ser responsável por 31% das emissões globais de carbono,
contra 16% daquelas provenientes de mobilidade e transporte.
Esse
foco na mobilidade, movido pela “consciência pesada”, acabou se direcionando ao
setor automotivo, sem minimamente considerar o principal problema: a criação de
animais. Isso resultou em uma crise devastadora no setor na Europa, com
fechamento de fábricas e demissões em níveis nunca vistos anteriormente.
Contudo, as emissões não diminuíram. Até porque a energia elétrica, em grande
parte, depende ainda da queima de carvão e petróleo, fontes não renováveis.
O Brasil
abriu, e agora está fechando, a importação indiscriminada de veículos
elétricos, que, diga-se em letras maiúsculas, são mais poluentes do que os
nossos movidos a etanol.
A medida
adotada é resultado da ignorância do nosso governo e da classe dominante. Foi
precipitada. Desconhecem, e continuam a desconhecer, que o Brasil está
utilizando, mais do que qualquer outro país, fontes sustentáveis e renováveis
em proporção expressiva.
Poder-se-ia
lançar um plano de descarbonização genuinamente brasileiro para erguer um
modelo alternativo e de importância global. Não será a solução para suprimir os
100 milhões de barris de petróleo consumidos diariamente no mundo, mas, se
conseguir reduzir alguns milhões – até que o hidrogênio e outras fontes de
energias neutras se difundam nas próximas décadas –, já será uma contribuição
fundamental para mostrar soluções e compartilhá-las com o mundo. Outros países
também poderão tirar proveito.
O Brasil
tem ainda a obrigação de aumentar a produção de fontes renováveis, como etanol
e biodiesel, e de consumi-las internamente, gerando empregos e sequestros de
poluentes e mostrando que não há perda de alimentos.
Temos
também como reflorestar milhões de hectares de áreas degradadas – o que
precisaria de incentivo oficial –e, com isso, sequestrar carbono em larga e
expressiva escala. O Brasil, e isto depende de sua própria vontade, pode
assumir, sem perder tempo, um papel fundamental no planeta em crise.
Infelizmente, faltam-lhe consciência e singela vontade.
Os
produtos que resultam dos processos de industrialização da cana, do milho, da
soja, do sorgo, da canola e do girassol geram, além de combustíveis, alimentos
vegetais de alto valor proteico. A fermentação desencadeada nesses processos dá
origem a leveduras que produzem proteínas, com a vantagem de não conter as
toxinas das congêneres contidas nas carnes.
Infelizmente, temos um governo refém de
uma mentalidade singela e superada, que não sabe que está sentado nas melhores
soluções sustentáveis. Não são exploradas as vantagens caseiras, tampouco as
vantagens de um programa em escala mundial de exportação de proteínas vegetais,
aquelas que inevitavelmente a humanidade deverá consumir para salvar o planeta.
O nosso
problema não é externo: é o desconhecimento científico e a carência moral que
nos fazem perder o bonde para continuar andando descalços e com os pés
sangrando.”.
(VITTORIO MEDIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 21 de abril de 2025, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 11 de abril de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Aguilhão ético
A
fé é fonte que faz brotar motivações com força para promover mudanças profundas
no coração humano e no tecido social. Uma experiência autêntica da fé, na mais
singela simplicidade, transforma a vida, modifica objetivos pessoais,
qualificando as relações entre seres humanos e com o meio ambiente. Qualificar
o modo como as relações humanas se entrelaçam é uma demanda gritante, uma vez
que se constata a preocupante deterioração desses relacionamentos, com claros
reflexos que se expressam no recrudescimento de violências em diferentes
substratos da sociedade. Essa deterioração tem um contraponto na experiência
autêntica da fé.
Quando
se professa que Deus vendo a sua obra, considerou-a muito boa, fica explícito o
remédio que cura disputas e posses gananciosas dos bens da terra, ao se
reconhecer, como sublinham os ensinamentos bíblicos, já desde o antigo
testamento, que tudo pertence a Deus criador, proibindo-se vender qualquer
terra porque tudo é D’Ele. Esse entendimento fomenta a compreensão saudável e
real de que os seres humanos são apenas estrangeiros e hóspedes d’Aquele que é
o dono único e absoluto de tudo. Trata-se de uma concepção antropológica,
expressa com uma simplicidade que pode levar racionalidades a considerá-la
superficial, ou mesmo irreal, não permitindo as necessárias correções nos
desvios incrustados no entendimento do que é o poder.
Compreende-se,
pois, que a natureza não pode ser tratada como instrumento para alimentar
ambições. O Papa Francisco, na Exortação Apostólica Laudate Deum, indica que é
preciso lucidez e honestidade para reconhecer, em tempo, que o poder e o
progresso gerados estão se voltando contra o próprio ser humano, criando
situações degradantes. Então, o Papa fala de um aguilhão ético para explicitar
a decadência do poder real, disfarçada pelo marketing e pela informação falsa
ou manipulada, mecanismos nas mãos de quem tem maiores recursos para
influenciar a opinião pública. Há conhecimento de denúncias sobre a utilização
destes mecanismos para convencer habitantes de regiões com fortes impactos
ambientais, acerca das vantagens e oportunidades econômicas e ocupacionais,
obscurecendo a visão transparente das suas consequências. Não se posicionam com
transparência, escondem os efeitos devastadores destes projetos que geram
desolações, lugares inóspitos, sem sinais de esperança.
Ao
apontar o efêmero entusiasmo pelo dinheiro recebido em troca de depredações e
de situações irreversíveis de perdas, observa-se, obviamente, que a economia
tem aí uma voz preponderante quando não demonstra preocupações sustentáveis no
tratamento da casa comum. Rege-se simplesmente pela lógica do lucro, progressos
e promessas ilusórias, envolvendo os pobres, como vítimas encantadas com
migalhas que caem da mesa. Remete-se à fundamental interrogação sobre qual é o
sentido da vida. A lógica da economia tem força de sedução e domínio, contudo,
a fé tem luz própria. Alimentada por motivações espirituais, possibilita
evidências de parâmetros éticos por meio de valores e princípios inegociáveis.
Nesta experiência brota-se e cultiva-se uma sabedoria relevante com força de
capacitar a ação humana, conforme parâmetros éticos e com propriedade para
vencer as lógicas sedutoras de conquista exacerbada de riquezas e bem estar, em
detrimento da natureza que vai sofrendo esgotamentos.
Esta
atual realidade aponta a sempre urgente e oportuna necessidade de se repensar
as formas que o ser humano exerce o poder, sob pena de fracassos humanitários.
A mortal indiferença diante dos pobres da terra e do já em curso, esgotamento
dos bens da criação, pode aumentar o poder de uma fatia menor da humanidade, na
contramão do que se espera e é necessário como progresso. O entusiasmo pelo
progresso, não raramente cega, obscurecendo os seus devastadores efeitos. Esse
fenômeno se dá no âmbito tecnológico, bem como no tratamento predatório e
perversamente extrativista do meio ambiente. Torna-se a fé, como a professada
no horizonte rico e sempre atual do cristianismo, a luz que revela a riqueza me
as interpelações envolvendo valores e princípios inegociáveis.
A fé, à
luz da esperança e da palavra de Deus, é referência que guarda dinâmicas e
mecanismos éticos com propriedades para despertar o sentido de limites, de
controles e do respeito, apartado das exigências mesquinhas de se ganhar mais,
infinitamente mais, às custas de prejuízos que desequilibram a organização
social, ignorando o compromisso de consideração pela inteireza da inviolável
dignidade de toda pessoa humana. Os bens da criação devem ser administrados,
igualmente, para o bem e pelo bem de todos. A perda deste sentido é o risco
terrível de se alimentar um desarvorado instinto de exploração desenfreada,
sustentando ambições insaciáveis e perversas, que ratifica a crescente brecha
entre ricos, cada vez mais ricos, e pobres, cada vez mais pobres.
Um
horizonte de conversão que transforma caminhos e atitudes é iluminado pela fé,
convencendo da necessidade urgente de se caminhar em comunhão, com
responsabilidade, zelando de modo comprometido pelos da criação e pelo bem
igual de todo ser humano, defendendo-o como centralidade, sem desrespeitar e
depredar as outras criaturas. Um aguilhão ético que incomoda e precisa ser
enfrentado pela luz de algo maior, apontando o mistério da paixão, morte e
ressurreição de Jesus como o átrio, onde todos precisam se encontrar e ser
interpelados, especialmente pela celebração da Semana Santa, um banho de
conversão e compromisso ético.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado,
aleitamento materno e estímulo (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos
de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
– e sem qualificação - da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira: tendo por
substrato basilar a unificação das eleições, mandatos de 5 anos e fim da
reeleição para o Executivo... pois, o poder é para amar, servir e edificar -
jamais, jamais e jamais para subir, dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor (São João
Paulo II – Papa entre 16/10/1978 e 02/04/2005)!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- A criação, o conhecimento e o bem comum!
- “A Fonte da Juventude” (Peter Kelder – Livros
1 e 2) ...
- A última eucaristia e os caminhos do
renascimento.
- As luzes de O Poder do Subconsciente – Dr.
Joseph Murphy, Ph.D.
- Um verdadeiro e rico guia para a saúde integral: A Dieta da Mente - Dr. David Perlmutter.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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