(Julho = mês 102; faltam 68 meses para a Primavera Brasileira
“Autoridade para o sucesso
Os
dicionários da língua portuguesa colocam os termos ‘poder’ e ‘autoridade’ no
mesmo nível, como sinônimos. Entretanto, pode e deve haver uma distância enorme
entre eles. Segundo Max Weber, talvez o maior entre os últimos sociólogos que
apareceram na humanidade, que assegurou seu lugar entre os inesquecíveis, a
diferença é imensa.
A uma
pessoa pode ser dado o poder, mas carece de autoridade para exercê-lo. Outro
pode ter autoridade sem que o destino o tenha colocado no poder.
Para
Weber, o poder pode cair no colo de um personagem sem que este tenha qualidade
e cabedal para exercê-lo. Pode ser conquistado pela capacidade de luta, pela
força, pela esperteza, mas sem ter relação com a capacidade para administrar as
tarefas que se seguem a uma vitória.
Não tem
preparo para as tarefas que vêm na sequência do erguimento para o cargo em que
reside “status” do poder. Costuma brindar uma figura também pelo acaso, pela
herança, pela conjugação de circunstâncias estranhas, pelo sorteio de uma
loteria, por erros alheios. Um competidor pode sucumbir por descuidos e
fraquezas pessoais, beneficiando um inepto, um débil, cujo único mérito é o
demérito dos adversários que lhe deixam a porteira escancarada para seguir
adiante.
O poder
quando conquistado à revelia da capacidade de exercitá-lo, se revela instável,
vacilante, como torre de escasso alicerce. No vértice da elevação, passa a
balançar e a enfrentar os golpes de quem quer destroná-lo.
A
história registra com fartura descendentes de monarcas que se aproveitaram do
fator hereditariedade sem preparo para tanto. Assim o poder se fez um peso e um
pesadelo, e coube a subalternos exercitá-lo. Frequentemente nesses casos se
registraram reinados breves e marcados por insucessos e confusões, deixando
épocas caracterizadas por regressos, econômicos e sociais.
Assim,
se percebe que a “autoridade” é a capacidade de exercer o poder proficuamente
num ambiente de confiança, de admiração.
Trata-se
de um reconhecimento sólido e generalizado de capacidades pessoais. “Autoridade
natural e moral” confere o “poder” pelo mérito. Autoridade é a alma do poder;
sem esta, o poder será uma desgraça.
Autoridade
arrasta multidões, faz crer, despertar, avançar. É uma vareta mágica para o
Estado, faz empreendimentos, projetos prosperarem. Subentende talento, justiça,
determinação, desapego, amor à causa.
A Coroa
espanhola reconheceu a autoridade de Cristóvão Colombo, um simples genovês de
família sem títulos, e lhe deu meios para encontrar um Novo Mundo. Os ingleses
encontraram essa condição em Winston Churchill; os indianos, em Gandhi.
Nos maiores
fracassos, nos momentos mais difíceis de um país, se enxerga essa diferença,
que nos momentos de bonança passa despercebida.
A
autoridade é uma força magnética que precisa ser sempre lembrada na hora de
escolher a pessoa que exercerá uma tarefa. Não importa se no âmbito de um poder
restrito ou excelso. O sucesso depende dela.”.
(VITTORIO MEDIIOLI, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de junho de 2025, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 27 de junho de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Monumentos e memória
Os
monumentos, no contexto de uma sociedade, trazem uma evocação que ultrapassa a
singularidade da engenharia e da arquitetura, contribuindo para edificar a
memória que é alicerce da cultura – determinante nas escolhas, definições e
atitudes. Assim, os monumentos ocupam lugar nobre na configuração social,
interagindo com mecanismos organizacionais, políticos e econômicos que deve
sempre estar alinhados ao compromisso inegociável de se promover justiça e paz.
Monumentos, do passado e da contemporaneidade, no mundo religioso, educacional,
político, cultural têm uma grande importância ao alimentar a memória – tesouro
e patrimônio de um povo. Por isso mesmo, não podem ser tratados a partir de
parâmetros medíocres, sem o mínimo conhecimento histórico e cultural. Nem mesmo
reduzi-los a perspectivas simplistas, julgando-os “feio” ou “bonito”, em
análises incapazes de enxergar a força significante e a incidência dos monumentos na vida
cotidiana de cada um e nas dinâmicas da sociedade.
A
importância dos monumentos – edifícios, templos, arquiteturas de praças e ruas
– é incontestável, recebendo tratamento destacado em sociedades mais avançadas
em todo o mundo. As identidades de povos, nações, os valores que não podem ser
descartados pois sustentam o encanto pela cultura se inscrevem e são promovidos
pelos monumentos, que têm força de atração: constituem referência turística,
educativa e experiencial, contribuindo para fazer girar a máquina da economia.
Merece especial destaque os monumentos que impulsionam o turismo religioso, com
propósitos espirituais prioritários, também com força para promove o
desenvolvimento econômico com sustentabilidade e dignidade humana, gerando
postos de trabalho. Os monumentos são “livros” de história, detalhando a vida
sociopolítica, religiosa e cultural de um povo. Produzem sentidos que sustentam
a vida, promovem a paz, tendo, pois, determinante incidência no dia a dia de
uma cidade ou nação.
Em um
ato de abstração, imagine-se, por um instante, a possibilidade de apagar a
existência de todos os monumentos. Lançar-se-ia a realidade em estado de
extrema pobreza, sem referências essenciais à configuração de identidades que
alicerçam a cultura. Esse exercício de abstração que permite vislumbrar uma
realidade caótica, carente de sentidos, leva a reconhecer: não se alcança
desenvolvimento econômico simplesmente gerenciando os juros bancários ou a
partir do acúmulo ilimitado de patrimônio, indo muito além do que seria
suficiente para garantir uma vida digna. Monumentos escultóricos de especial
relevância não apenas embelezam, com singularidade, com força atrativa de
visitação, movimentando positivamente a economia, também prestam serviços
essenciais na qualificação da vida humana e social. Apesar dessa importância,
constata-se um obscurecimento no entendimento sobre a importância de
investimentos e doações destinados à promoção do patrimônio cultural.
Dentre
os monumentos, os templos religiosos, fundamentalmente, as igrejas cristãs
católicas, mundo afora, por suas singularidades arquitetônicas e inteligência
especial na engenharia, são uma força motora da cultura e da economia. Com
especial capacidade para atrair visitantes, promovem, ao mesmo tempo, a
dignidade humana e o desenvolvimento econômico. Um horizonte em que se inscreve
a edificação da Catedral Cristo Rei, demanda da Igreja Católica centenária na
capital mineira e na sua região metropolitana. A obra foi concebida a partir do
conceito medieval de catedral: ao redor do seu coração, o templo, espaço
celebrativo e de oração, agrega-se o serviço social, a arte, a cultura, a
comunicação e ação missionária. Catedral que é, ao mesmo tempo, abrigo para os
pobres e berço do conhecimento, lugar de memória e de incontáveis iniciativas
dedicadas à comunidade, emolduradas por elementos artísticos, culturais,
sociais, especialmente religiosos, colocando a realidade urbana que hospeda a
obra monumental em um patamar diferenciado.
As
conquistas e os ganhos são incontáveis justificando a clarividência do
entendimento de se investir na edificação da Catedral Cristo Rei a partir do
compromisso de, nobremente, contribuir com a construção de uma sociedade
melhor, capacitada a alcançar novas conquistas, inclusive econômicas. Entre as
conquistas, notabilizam-se as singulares experiências de contemplação, que
ajudam o ser humano a elevar-se ao transcendente. Os pórticos da Catedral
Cristo Rei e a ambientação sacro-litúrgica da igreja muito ajudarão os
visitantes a vivenciarem essas experiências. A Igreja é “templo vivo”
configurada pela comunidade de fé – seus membros todos são morada-templo do
Espírito Santo. O povo de Deus se congrega também em lugares que vão além da
simples disposição de tijolos, argamassa ou concreto. Os templos são monumentos
que alimentam a memória, mantendo acesa a chama que orienta um povo em seu
caminhar pelo mundo.
Neste
contexto, a Catedral Cristo Rei, em construção, possibilita leituras ricas
sobre a realidade, ajudando a iluminar visões, tornando-se ponto de encontro em
torno de valores e princípios do inesgotável tesouro da fé cristã católica.
Templo que presta serviços à espiritualidade, à arte, à cultura, aos pobres.
Monumento escultórico de especial relevância que abre caminho para o céu – a
pátria definitiva – o lugar sem medos e sem lágrimas. Edificar monumentos assim
é enriquecer a memória de um povo em cada época da história. Memória, mais do
que simples lembrança que reporta a um passado, é fundamento para construir o
presente e o futuro na vida do ser humano. Os povos e seus histórias são
construídos também por monumentos, importantes para vencer diferentes formas de
pobreza e, assim, abrir caminho para um novo tempo, de mais fraternidade e
solidariedade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala – e muito singularmente, do parto humanizado,
aleitamento materno e estímulo (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos
de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
– e sem qualificação - da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
64
anos de testemunho de um verdadeiro servidor público (1961 – 2025)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira: tendo por
substrato basilar a unificação das eleições, mandatos de 5 anos e fim da
reeleição para o Executivo... pois, o poder é para amar, servir e edificar -
jamais, jamais e jamais para subir, dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor (São João
Paulo II – Papa entre 16/10/1978 e 02/04/2005)!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- A criação, o conhecimento e o bem comum!
- “A Fonte da Juventude” (Peter Kelder – Livros
1 e 2) ...
- A última eucaristia e os caminhos do
renascimento.
- As luzes de O Poder do Subconsciente – Dr.
Joseph Murphy, Ph.D.
- Um verdadeiro e rico guia para a saúde
integral – Dr. David Perlmutter.
- A juventude bem viva: Torne-se mais jovem,
viva por mais tempo – Deepak Chopra, M.D. e David Simon, M.D.
- E que sejamos construtores de pontes entre as
pessoas, cidades e nações!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!
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