“O poder das soft skills no mundo corporativo
A
transformação digital tem promovido alterações significativas no mundo
corporativo. Atualmente, muito se discute sobre qual será o papel do homem no
mercado de trabalho diante das novas tecnologias, que estão cada vez mais
sofisticadas. Os especialistas ainda não têm uma resposta definitiva sobre a
questão, mas o fato é que a forma como trabalhamos sofrerá ainda mais mudanças.
Afinal,
o desenvolvimento das atividades será facilitado pelas ferramentas
tecnológicas. Quem quiser realmente se destacar nessa nova fase deve investir
no desenvolvimento das chamadas “soft skills”.
As
“habilidades leves”, em tradução livre do termo em inglês, se referem às
competências subjetivas, sociais e comportamentais, relacionadas à forma como o
profissional lida com o trabalho e com as pessoas à sua volta. Quem tem as soft
skills bem desenvolvidas geralmente sabe atuar melhor em equipe, lida bem com
as pressões do dia a dia, comunica-se de maneira eficiente e é mais focado em
resultados.
As
empresas têm valorizado cada vez mais essas habilidades comportamentais, que
passam a ser um critério decisivo na composição das equipes de trabalho.
Segundo
pesquisa do site de recrutamento Career Builder, realizada com 2.138
profissionais de recursos humanos que atuam nos Estados Unidos, 77% dos
gestores acreditam que as soft skills são tão importantes quanto as
competências técnicas na hora de fazer contratações de profissionais.
Vale
destacar também a importância dessas habilidades entre as lideranças
empresariais. Além das habilidades citadas, é importante que o profissional
nessa posição domine a resiliência, a empatia, o pensamento criativo e o senso
de prioridade.
Essa
combinação de skills será decisiva para que o gestor tenha uma relação saudável
com seus liderados e estabeleça conexões com seus clientes, para que entenda
melhor suas necessidades e realize ações mais assertivas.
Mas como
desenvolver as soft skills na prática? Segundo Daniel Goleman, psicólogo e
autor do best-seller “Inteligência Emocional”, o autoconhecimento é um fator
fundamental nesse processo. Para ele, a habilidade de conhecer e lidar com as
próprias emoções é o que ajuda os profissionais a fazerem um autodiagnóstico e
a identificarem seus pontos fortes e fracos.
A
inteligência emocional é o melhor caminho para desenvolvimento das soft skills,
cuja importância ficou ainda mais evidente durante a pandemia. Afinal, uma das
habilidades mais importantes nesse contexto é a adaptação.
Por
exercer um impacto positivo no desenvolvimento pessoal dos profissionais, é uma
questão de tempo até que o investimento em competências comportamentais se
transforme em resultados positivos para as organizações.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado
no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de outubro de 2020,
caderno OPINIÃO, página 25).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso
trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no site www.domtotal.com,
edição de 18 de dezembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Vulnerabilidade e força
Aproxima-se
o Natal, um Natal diferente, que será vivido em circunstância singular, pois o
mundo, conforme lembra o para Francisco, foi colocado de joelhos por um vírus
invisível. Mundo contemporâneo que tanto padece com delírios de onipotência –
patologia que esgarça o tecido existencial humano – gerando contas amargas a
serem pagas. Oportuno lembrar que mesmo diante da gravidade desta pandemia,
alguns indivíduos e até segmentos sociais, sem humanismo, minimizam seus
efeitos. São incapazes de ajudar a construir novo estilo de vida necessário
para livrar a civilização contemporânea deste e de outros males. Mas apesar
daqueles que escolhem permanecer no caminho da ignorância e da falta se
sensibilidade, a realidade não pode ser desconsiderada: a humanidade
experimenta o peso de suas grandes vulnerabilidades. E vulnerabilidade se vence
conquistando força.
O desafio
é saber qual é a força necessária para vencer fragilidades da civilização
contemporânea. Depois, empregá-la adequadamente, pois seu uso equivocado apenas
agrava prejuízos. E já não é mais possível conviver com situações prejudiciais.
No Brasil, por exemplo, mesmo com sinais de uma recuperação econômica, milhões
sofrem com a falta de alimentação básica, milhões estão desempregados e muitos
empreendimentos faliram. São urgentes as providências inteligentes e
humanísticas, arquiteturas logísticas e de infraestrutura capazes de sustentar
grandes mudanças, ajudando a vencer vulnerabilidades sociais, no Brasil e no
mundo. Mas é preciso uma força ainda mais especial, com propriedade para
garantir a superação de cenários desoladores em todas as sociedades.
Sem essa
força, perde-se o respeito à alteridade, prevalecem confusões, não se consegue
estabelecer adequadamente prioridades. Convive-se com a falta de disciplina,
inviabilizando a civilidade. Na raiz desses equívocos está uma grande
vulnerabilidade espiritual, que leva também a fragilidades no campo emocional. Multiplica
quadros de depressão, esvazia a alma do sentido pleno de vida. Ao constatar a
generalizada vulnerabilidade espiritual, é possível concluir: o tempo natalino
precisa ser vivido de modo diferente, particularmente sem priorizar os
habituais modos fugazes e até desgastantes de se celebrar o nascimento de
Jesus. Ao invés disso, a celebração do Natal deve ser oportunidade para retomar
práticas restauradoras imprescindíveis. É hora de se investir em força
espiritual.
Carente
de força espiritual a civilização contemporânea não vai conseguir alcançar a
necessária virada humanística e ecológica para edificar um mundo melhor.
Iniciativas para salvar a economia, engenharias para qualificar a política e estudos
científicos cada vez mais avançados, nesta era dos algoritmos, são urgentes.
Ainda mais imprescindível para que a humanidade avance é a conquista de força
espiritual. Perguntar-se-á como adquiri-la. Não se compra essa força em
mercados, feito um produto, nem em farmácias, de modo similar a um remédio.
Conquista-se por exercícios próprios, que incluem deixar-se confrontar por
interpelações, escutar diferentes clamores – principalmente dos pobres,
enfermos e sofredores – saber acolher dúvidas, alcançar respostas a partir do
silêncio. Ninguém deve ficar alheio ou fora desse desafio de se fortalecer
espiritualmente, pois força espiritual é o remédio para o ciclo novo que
precisa ser aberto pela humanidade – acompanhado, urgentemente, pela vacina.
Ciência
e espiritualidade são alavancas que elevam a civilização para uma realidade
diferente. Por isso mesmo, a fé deve caminhar em parceria com os mais
diferentes campos do conhecimento, superando discursos pseudocientíficos. A qualificada
espiritualidade cuida da esperança, promovendo-a, e, assim, contribui para
livrar a humanidade do medo tenebroso do espectro da morte. Esse medo é
perigoso, pois alimenta mais situações de morte. Por isso mesmo, quem não tem o
hábito, precisa começar a exercitar-se na vivência da espiritualidade. Os que
já se dedicam à fé, devem se aprofundar nessa vivência. Todos assumam a
condição de aprendizes. As grandes perguntas que afligem o ser humano não podem
ser evitadas. O caminho é buscar respondê-las pela ciência e espiritualidade,
iluminando a alma.
Os
obstáculos deste tempo de pandemia se tornem incentivo para promover uma
mudança civilizatória nesta etapa da história. O tempo do Advento, preparando o
Natal, tem uma preciosa indicação de recomeço, ou ponto de partida, na palavra
poética do Profeta Isaías, bem no início de seu segundo livro: “Acaso não
sabes? Ainda não ouviste falar? O senhor é o Deus eterno. É ele que dá ânimo ao
cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e
cansam, e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam, mas os que esperam no Senhor
renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se afadigam, andam,
andam e nunca se cansam”.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a
estratosférica marca de 317,48% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos
112,91%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,31%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades,
também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis
(por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística
Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os
anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à
perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais.
De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e
do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de
burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 1,004 trilhão), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.