segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DAS SOFT SKILLS NA QUALIFICAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES E AS CONQUISTAS ILUMINADAS DA CIÊNCIA E ESPIRITUALIDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE

“O poder das soft skills no mundo corporativo

        A transformação digital tem promovido alterações significativas no mundo corporativo. Atualmente, muito se discute sobre qual será o papel do homem no mercado de trabalho diante das novas tecnologias, que estão cada vez mais sofisticadas. Os especialistas ainda não têm uma resposta definitiva sobre a questão, mas o fato é que a forma como trabalhamos sofrerá ainda mais mudanças.

         Afinal, o desenvolvimento das atividades será facilitado pelas ferramentas tecnológicas. Quem quiser realmente se destacar nessa nova fase deve investir no desenvolvimento das chamadas “soft skills”.

         As “habilidades leves”, em tradução livre do termo em inglês, se referem às competências subjetivas, sociais e comportamentais, relacionadas à forma como o profissional lida com o trabalho e com as pessoas à sua volta. Quem tem as soft skills bem desenvolvidas geralmente sabe atuar melhor em equipe, lida bem com as pressões do dia a dia, comunica-se de maneira eficiente e é mais focado em resultados.

         As empresas têm valorizado cada vez mais essas habilidades comportamentais, que passam a ser um critério decisivo na composição das equipes de trabalho.

         Segundo pesquisa do site de recrutamento Career Builder, realizada com 2.138 profissionais de recursos humanos que atuam nos Estados Unidos, 77% dos gestores acreditam que as soft skills são tão importantes quanto as competências técnicas na hora de fazer contratações de profissionais.

         Vale destacar também a importância dessas habilidades entre as lideranças empresariais. Além das habilidades citadas, é importante que o profissional nessa posição domine a resiliência, a empatia, o pensamento criativo e o senso de prioridade.

         Essa combinação de skills será decisiva para que o gestor tenha uma relação saudável com seus liderados e estabeleça conexões com seus clientes, para que entenda melhor suas necessidades e realize ações mais assertivas.

         Mas como desenvolver as soft skills na prática? Segundo Daniel Goleman, psicólogo e autor do best-seller “Inteligência Emocional”, o autoconhecimento é um fator fundamental nesse processo. Para ele, a habilidade de conhecer e lidar com as próprias emoções é o que ajuda os profissionais a fazerem um autodiagnóstico e a identificarem seus pontos fortes e fracos.

         A inteligência emocional é o melhor caminho para desenvolvimento das soft skills, cuja importância ficou ainda mais evidente durante a pandemia. Afinal, uma das habilidades mais importantes nesse contexto é a adaptação.

         Por exercer um impacto positivo no desenvolvimento pessoal dos profissionais, é uma questão de tempo até que o investimento em competências comportamentais se transforme em resultados positivos para as organizações.”.

(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de outubro de 2020, caderno OPINIÃO, página 25).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 18 de dezembro de 2020, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Vulnerabilidade e força

        Aproxima-se o Natal, um Natal diferente, que será vivido em circunstância singular, pois o mundo, conforme lembra o para Francisco, foi colocado de joelhos por um vírus invisível. Mundo contemporâneo que tanto padece com delírios de onipotência – patologia que esgarça o tecido existencial humano – gerando contas amargas a serem pagas. Oportuno lembrar que mesmo diante da gravidade desta pandemia, alguns indivíduos e até segmentos sociais, sem humanismo, minimizam seus efeitos. São incapazes de ajudar a construir novo estilo de vida necessário para livrar a civilização contemporânea deste e de outros males. Mas apesar daqueles que escolhem permanecer no caminho da ignorância e da falta se sensibilidade, a realidade não pode ser desconsiderada: a humanidade experimenta o peso de suas grandes vulnerabilidades. E vulnerabilidade se vence conquistando força.

         O desafio é saber qual é a força necessária para vencer fragilidades da civilização contemporânea. Depois, empregá-la adequadamente, pois seu uso equivocado apenas agrava prejuízos. E já não é mais possível conviver com situações prejudiciais. No Brasil, por exemplo, mesmo com sinais de uma recuperação econômica, milhões sofrem com a falta de alimentação básica, milhões estão desempregados e muitos empreendimentos faliram. São urgentes as providências inteligentes e humanísticas, arquiteturas logísticas e de infraestrutura capazes de sustentar grandes mudanças, ajudando a vencer vulnerabilidades sociais, no Brasil e no mundo. Mas é preciso uma força ainda mais especial, com propriedade para garantir a superação de cenários desoladores em todas as sociedades.

         Sem essa força, perde-se o respeito à alteridade, prevalecem confusões, não se consegue estabelecer adequadamente prioridades. Convive-se com a falta de disciplina, inviabilizando a civilidade. Na raiz desses equívocos está uma grande vulnerabilidade espiritual, que leva também a fragilidades no campo emocional. Multiplica quadros de depressão, esvazia a alma do sentido pleno de vida. Ao constatar a generalizada vulnerabilidade espiritual, é possível concluir: o tempo natalino precisa ser vivido de modo diferente, particularmente sem priorizar os habituais modos fugazes e até desgastantes de se celebrar o nascimento de Jesus. Ao invés disso, a celebração do Natal deve ser oportunidade para retomar práticas restauradoras imprescindíveis. É hora de se investir em força espiritual.

         Carente de força espiritual a civilização contemporânea não vai conseguir alcançar a necessária virada humanística e ecológica para edificar um mundo melhor. Iniciativas para salvar a economia, engenharias para qualificar a política e estudos científicos cada vez mais avançados, nesta era dos algoritmos, são urgentes. Ainda mais imprescindível para que a humanidade avance é a conquista de força espiritual. Perguntar-se-á como adquiri-la. Não se compra essa força em mercados, feito um produto, nem em farmácias, de modo similar a um remédio. Conquista-se por exercícios próprios, que incluem deixar-se confrontar por interpelações, escutar diferentes clamores – principalmente dos pobres, enfermos e sofredores – saber acolher dúvidas, alcançar respostas a partir do silêncio. Ninguém deve ficar alheio ou fora desse desafio de se fortalecer espiritualmente, pois força espiritual é o remédio para o ciclo novo que precisa ser aberto pela humanidade – acompanhado, urgentemente, pela vacina.

         Ciência e espiritualidade são alavancas que elevam a civilização para uma realidade diferente. Por isso mesmo, a fé deve caminhar em parceria com os mais diferentes campos do conhecimento, superando discursos pseudocientíficos. A qualificada espiritualidade cuida da esperança, promovendo-a, e, assim, contribui para livrar a humanidade do medo tenebroso do espectro da morte. Esse medo é perigoso, pois alimenta mais situações de morte. Por isso mesmo, quem não tem o hábito, precisa começar a exercitar-se na vivência da espiritualidade. Os que já se dedicam à fé, devem se aprofundar nessa vivência. Todos assumam a condição de aprendizes. As grandes perguntas que afligem o ser humano não podem ser evitadas. O caminho é buscar respondê-las pela ciência e espiritualidade, iluminando a alma.

         Os obstáculos deste tempo de pandemia se tornem incentivo para promover uma mudança civilizatória nesta etapa da história. O tempo do Advento, preparando o Natal, tem uma preciosa indicação de recomeço, ou ponto de partida, na palavra poética do Profeta Isaías, bem no início de seu segundo livro: “Acaso não sabes? Ainda não ouviste falar? O senhor é o Deus eterno. É ele que dá ânimo ao cansado, recupera as forças do enfraquecido. Até os jovens se afadigam e cansam, e mesmo os guerreiros às vezes tropeçam, mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, criam asas como águias, correm e não se afadigam, andam, andam e nunca se cansam”.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 317,48% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 112,91%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.