“Como utilizar as plataformas de aceleração para crescer
‘Faça
o que você pode, com o que você tem, no lugar onde você está’. Essa frase dita
pelo ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt, há mais de um século,
é um pensamento que segue atual e que me inspira a realizar meus sonhos. Porém,
hoje, diferentemente daquele tempo, estamos em uma constante busca por acelerar
objetivos.
Além do
tempo, o período foi tocado por mudanças de tecnologias que substituíam e
inutilizavam as técnicas anteriores, como por exemplo, a troca da energia a
vapor por eletricidade e petróleo durante as revoluções industriais. Já no
momento atual, o padrão é outro, os novos avanços são empilhados sobre as
inovações anteriores. A internet, por exemplo, permitiu o desenvolvimento de
novos produtos, como computadores pessoais, dispositivos móveis, redes sociais
e inteligência artificial.
A
possibilidade de usar as tecnologias existentes para a construção de novas
plataformas é o que gera a aceleração. Veja, por exemplo, o Facebook, que
demorou cerca de quatro anos para atingir 100 milhões de usuários. Já o jogo
City Ville demorou apenas dois meses para atingir o mesmo público utilizando a
rede social como plataforma.
A boa
notícia é que podemos utilizar o mesmo molde de aceleração do ambiente
tecnológico para a nossa vida pessoal e profissional. As universidades, as
empresas e, até mesmo, grupos de pessoas que se reúnem para discutir
determinado assunto podem ser plataformas de aceleração. Sendo assim, tudo aqui
possibilita o aperfeiçoamento técnico e profissional de alguém. E aqui,
novamente, se encaixa a frase dita por Roosevelt, citada anteriormente.
Por
isso, independentemente de onde estiver ou o que pretenda, utilize as
ferramentas disponíveis para atingir um determinado objetivo, seja para
network, mentoria, estudos e especializações. Esses instrumentos podem ajudar a
melhores seus resultados. E mesmo que não alcance a meta desejada em um
primeiro momento, todo o esforço dedicado poderá abrir novas portas e até
objetivos.
No meu
caso, o meu primeiro objetivo era me tornar jogador profissional de futebol.
Dediquei-me ao máximo para alcançar esse objetivo, mas não consegui.
Infelizmente, a dedicação ao esporte me prejudicou na escola e tive que buscar
novas plataformas de aceleração para minha vida. Fundar a Vivaçúcar, por
exemplo, me permitiu o contato com grandes pessoas e empresas que ajudaram no
meu crescimento. Então, tracei novas metas, e uma delas era estudar na
Universidade de Columbia, onde se formaram notáveis, como os presidentes
Roosevelt e Barack Obama. Objetivo que já alcancei.
Portanto,
se você quer empreender ou tem um objetivo, siga em direção aos seus sonhos,
batalhe por eles, mesmo que pareçam impossíveis. A dedicação pode te levar ao
seu destino, e o caminho pode te abrir novas portas para outros propósitos.”.
(Flávio Vinte. Empreendedor e CEO da Vivaçúcar,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de
outubro de 2020, caderno OPINIÃO, página 27).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 14 de outubro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Roberto Alvarez e Duília de Mello, diretor-executivo da
Federação Global dos Conselhos de Competitividade, organização presente em mais
de 30 países e baseada em Washington (EUA; vice-reitora de Estratégias Globais
da Universidade Católica da América (Washington) e astrônoma colaboradora da
Nasa, e que merece igualmente integral transcrição:
“Olhar longe, fazer grande
A
pandemia de Covid-19 evidencia a importância da ciência e tecnologia (C&T).
Primeiro, porque somente o conhecimento científico permite uma resposta efetiva
à crise. Segundo, porque investimentos em grandes projetos de C&T podem
‘construir o futuro”. Dedicamos este artigo a explorar esse segundo ponto.
O
telescópio Hubble, que completou 30 anos em abril, é um dos instrumentos de
maior sucesso da Nasa. Com ele, olhamos longe, observamos as profundezas do
universo, conseguimos ver o passado e tentamos entender o presente. O projeto
esteve acoplado ao do ônibus espacial e seguiu a tradição de projetos de alto
impacto, como o Apollo. Permitiu grandes avanços para a ciência e gerou
tecnologias importantes na Terra – até o software utilizado na análise das
imagens virou ferramenta para a identificação de células cancerígenas.
O Hubble
é fruto também catalisador de cooperação internacional. Só foi viabilizado
quando a Nasa se junto à Agência Espacial Europeia (ESA) e ao Canadá, que
financiaram 20% do projeto. Cientistas de vários países, inclusive do Brasil,
utilizam o telescópio, passaram pelo Instituto Hubble e julgam os projetos
propostos.
Há
muitos exemplos além do Hubble. A análise de 17 megaprojetos de C&T mostra que
eles geram benefícios econômicos e expandem as fronteiras do conhecimento, dos
negócios e da tecnologia – originaram, por exemplo, o forno de microondas, o
kevlar, os computadores portáteis, os carros autônomos, o sequenciamento
genético etc.
É por
essas razões que a China valeu-se do radiotelescópio Fast para desenvolver
lasers e instrumentos ópticos de alta precisão; que os EUA, o Reino Unido, o
Japão, a União Europeia (UE) e a África do Sul, dentre outros, têm estratégias e
“roadmaps” para investimento em grandes infraestruturas científicas; que a UE
aplicará 100 bilhões de euros em projetos para realizar cinco grandes
“missões”.
Tais
projetos constroem a competitividade futura das economias. Há meses, o governo
federal brasileiro anunciou a intenção de lançar um programa de recuperação
econômica a partir de investimentos em obras públicas. É fundamental que se
invista em infraestrutura, mas limitar-se a isso seria, mais uma vez, perder
uma oportunidade para “construir futuro”.
Grandes
projetos de C&T teriam enorme potencial transformador, e o Brasil tem
exemplos de que podemos “fazer grande” – da Embrapa (Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária) à construção da fonte de luz síncroton Sirius, do
sequenciamento da Xilella fastidiosa ao desenvolvimento da tecnologia de
exploração de petróleo em águas profundas.
Grandes
projetos requerem escolhas estratégicas. A Índia criou sua agência espacial em
1962 e já lançou centenas de satélites com veículos lá desenvolvidos, enviou
missões à Lua e a Marte, desenvolveu tecnologias e capacitou empresas.
O
Brasil, em comparação, é a única das dez maiores economias que não tem um
programa espacial relevante. Seria um caminho? Há opções: podemos escolher
terminar com a dengue, a malária ou outras doenças, mapear integralmente o
bioma amazônico, criar e implantar em massa soluções elétricas de mobilidade
urbana etc.
Qualquer
dessas alternativas requereria o desenvolvimento de C&T e a parceria dos
setores produtivo e público. As barreiras impostas pelo ambiente institucional
e de negócios brasileiros seriam enormes, mas essa também seria uma
oportunidade para atacar de frente os limites que impedem que o país faça o que
as nações mais avançadas fazem para inovar e criar valor.
Só uma
aposta no conhecimento pode construir futuro. Precisamos que qualquer programa
de recuperação da economia inclua investimentos em projetos de C&T de
grande porte, com visão e ambição global e alto potencial de impacto.
Precisamos olhar longe. Podemos fazer grande.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a
estratosférica marca de 309,88% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 114,16%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 3,14%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 1,004 trilhão), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.