quinta-feira, 5 de novembro de 2020

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, A FORÇA DAS PLATAFORMAS DE ACELERAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO VOCACIONAL E AS LUZES DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E VISÃO OLÍMPICA NA SUSTENTABILIDADE

“Como utilizar as plataformas de aceleração para crescer

        ‘Faça o que você pode, com o que você tem, no lugar onde você está’. Essa frase dita pelo ex-presidente dos Estados Unidos Theodore Roosevelt, há mais de um século, é um pensamento que segue atual e que me inspira a realizar meus sonhos. Porém, hoje, diferentemente daquele tempo, estamos em uma constante busca por acelerar objetivos.

         Além do tempo, o período foi tocado por mudanças de tecnologias que substituíam e inutilizavam as técnicas anteriores, como por exemplo, a troca da energia a vapor por eletricidade e petróleo durante as revoluções industriais. Já no momento atual, o padrão é outro, os novos avanços são empilhados sobre as inovações anteriores. A internet, por exemplo, permitiu o desenvolvimento de novos produtos, como computadores pessoais, dispositivos móveis, redes sociais e inteligência artificial.

         A possibilidade de usar as tecnologias existentes para a construção de novas plataformas é o que gera a aceleração. Veja, por exemplo, o Facebook, que demorou cerca de quatro anos para atingir 100 milhões de usuários. Já o jogo City Ville demorou apenas dois meses para atingir o mesmo público utilizando a rede social como plataforma.

         A boa notícia é que podemos utilizar o mesmo molde de aceleração do ambiente tecnológico para a nossa vida pessoal e profissional. As universidades, as empresas e, até mesmo, grupos de pessoas que se reúnem para discutir determinado assunto podem ser plataformas de aceleração. Sendo assim, tudo aqui possibilita o aperfeiçoamento técnico e profissional de alguém. E aqui, novamente, se encaixa a frase dita por Roosevelt, citada anteriormente.

         Por isso, independentemente de onde estiver ou o que pretenda, utilize as ferramentas disponíveis para atingir um determinado objetivo, seja para network, mentoria, estudos e especializações. Esses instrumentos podem ajudar a melhores seus resultados. E mesmo que não alcance a meta desejada em um primeiro momento, todo o esforço dedicado poderá abrir novas portas e até objetivos.

         No meu caso, o meu primeiro objetivo era me tornar jogador profissional de futebol. Dediquei-me ao máximo para alcançar esse objetivo, mas não consegui. Infelizmente, a dedicação ao esporte me prejudicou na escola e tive que buscar novas plataformas de aceleração para minha vida. Fundar a Vivaçúcar, por exemplo, me permitiu o contato com grandes pessoas e empresas que ajudaram no meu crescimento. Então, tracei novas metas, e uma delas era estudar na Universidade de Columbia, onde se formaram notáveis, como os presidentes Roosevelt e Barack Obama. Objetivo que já alcancei.

         Portanto, se você quer empreender ou tem um objetivo, siga em direção aos seus sonhos, batalhe por eles, mesmo que pareçam impossíveis. A dedicação pode te levar ao seu destino, e o caminho pode te abrir novas portas para outros propósitos.”.

(Flávio Vinte. Empreendedor e CEO da Vivaçúcar, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de outubro de 2020, caderno OPINIÃO, página 27).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 14 de outubro de 2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Roberto Alvarez e Duília de Mello, diretor-executivo da Federação Global dos Conselhos de Competitividade, organização presente em mais de 30 países e baseada em Washington (EUA; vice-reitora de Estratégias Globais da Universidade Católica da América (Washington) e astrônoma colaboradora da Nasa, e que merece igualmente integral transcrição:

“Olhar longe, fazer grande

        A pandemia de Covid-19 evidencia a importância da ciência e tecnologia (C&T). Primeiro, porque somente o conhecimento científico permite uma resposta efetiva à crise. Segundo, porque investimentos em grandes projetos de C&T podem ‘construir o futuro”. Dedicamos este artigo a explorar esse segundo ponto.

         O telescópio Hubble, que completou 30 anos em abril, é um dos instrumentos de maior sucesso da Nasa. Com ele, olhamos longe, observamos as profundezas do universo, conseguimos ver o passado e tentamos entender o presente. O projeto esteve acoplado ao do ônibus espacial e seguiu a tradição de projetos de alto impacto, como o Apollo. Permitiu grandes avanços para a ciência e gerou tecnologias importantes na Terra – até o software utilizado na análise das imagens virou ferramenta para a identificação de células cancerígenas.

         O Hubble é fruto também catalisador de cooperação internacional. Só foi viabilizado quando a Nasa se junto à Agência Espacial Europeia (ESA) e ao Canadá, que financiaram 20% do projeto. Cientistas de vários países, inclusive do Brasil, utilizam o telescópio, passaram pelo Instituto Hubble e julgam os projetos propostos.

         Há muitos exemplos além do Hubble. A análise de 17 megaprojetos de C&T mostra que eles geram benefícios econômicos e expandem as fronteiras do conhecimento, dos negócios e da tecnologia – originaram, por exemplo, o forno de microondas, o kevlar, os computadores portáteis, os carros autônomos, o sequenciamento genético etc.

         É por essas razões que a China valeu-se do radiotelescópio Fast para desenvolver lasers e instrumentos ópticos de alta precisão; que os EUA, o Reino Unido, o Japão, a União Europeia (UE) e a África do Sul, dentre outros, têm estratégias e “roadmaps” para investimento em grandes infraestruturas científicas; que a UE aplicará 100 bilhões de euros em projetos para realizar cinco grandes “missões”.

         Tais projetos constroem a competitividade futura das economias. Há meses, o governo federal brasileiro anunciou a intenção de lançar um programa de recuperação econômica a partir de investimentos em obras públicas. É fundamental que se invista em infraestrutura, mas limitar-se a isso seria, mais uma vez, perder uma oportunidade para “construir futuro”.

         Grandes projetos de C&T teriam enorme potencial transformador, e o Brasil tem exemplos de que podemos “fazer grande” – da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) à construção da fonte de luz síncroton Sirius, do sequenciamento da Xilella fastidiosa ao desenvolvimento da tecnologia de exploração de petróleo em águas profundas.

         Grandes projetos requerem escolhas estratégicas. A Índia criou sua agência espacial em 1962 e já lançou centenas de satélites com veículos lá desenvolvidos, enviou missões à Lua e a Marte, desenvolveu tecnologias e capacitou empresas.

         O Brasil, em comparação, é a única das dez maiores economias que não tem um programa espacial relevante. Seria um caminho? Há opções: podemos escolher terminar com a dengue, a malária ou outras doenças, mapear integralmente o bioma amazônico, criar e implantar em massa soluções elétricas de mobilidade urbana etc.

         Qualquer dessas alternativas requereria o desenvolvimento de C&T e a parceria dos setores produtivo e público. As barreiras impostas pelo ambiente institucional e de negócios brasileiros seriam enormes, mas essa também seria uma oportunidade para atacar de frente os limites que impedem que o país faça o que as nações mais avançadas fazem para inovar e criar valor.

         Só uma aposta no conhecimento pode construir futuro. Precisamos que qualquer programa de recuperação da economia inclua investimentos em projetos de C&T de grande porte, com visão e ambição global e alto potencial de impacto. Precisamos olhar longe. Podemos fazer grande.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 130 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em setembro a estratosférica marca de 309,88% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 114,16%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 3,14%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 518 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica, previsão de R$ 1,004 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

        

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