“O poder e a necessidade da transformação digital
Um
dos ensinamentos trazidos pela pandemia foi a importância de se adaptar e,
principalmente, de se transformar, fazendo uso dos recursos e tecnologias
disponíveis, até mesmo daquelas que, até mesmo daquelas que, até então, não
eram empregadas em determinados mercados. E essa lição se aplica tanto para
empresas quanto para profissionais.
Quem já
estava no caminho da transformação digital foi menos abalado pelo “tsunami”
provocado pela Covid-19. Dados divulgados em novembro pela Confederação
Nacional da Indústria (CNI) apontam, por exemplo, que 54% das empresas que
investiram em tecnologias digitais na produção registraram lucros iguais ou
maiores, em comparação com o período pré-pandemia. A MRV Engenharia, por
exemplo, soube contornar a crise e usar o digital a seu favor. A organização
preparou seus canais digitais para que a busca por imóveis e o processo de
documentação fossem feitos totalmente online. Dessa forma, a empresa registrou
um aumento de 28% em suas vendas em julho.
Esses
resultados foram possíveis porque o investimento em tecnologia contribui para
agilizar a comunicação interna e externa, reduz custos e torna a produção mais
eficaz, já que otimiza os processos. Um exemplo recorrente em 2020 foram as
reuniões online, que agilizaram acordos e mantiveram o andamento das
negociações. Além disso, o digital contribui para a melhora da experiência do
cliente, uma vez que no meio online a relação entre empresa e consumidor fica
mais ágil.
No
entanto, algumas empresas ainda têm dificuldades de ingressar ou migrar para o
digital. Isso acontece, principalmente, pela falta de colaboradores capacitados
para lidar com novas tecnologias ou até mesmo por desconhecimento das
possibilidades e recursos disponíveis. Por isso é importante que empresas e
profissionais busquem por treinamentos, cursos de digitalização e verifiquem o
que há de inovador na área em que atuam. A Natura, por exemplo, lançou a
Consultoria Digital, que exigiu que as revendedoras modificassem a forma de
vender e usassem a plataforma digital como meio de conectar com os clientes. O
projeto possibilitou que cada vendedora tivesse sua loja online personalizada,
tornando a relação com o consumidor mais próxima. Com isso, a empresa teve um
crescimento de 75% em vendas online.
Mesmo
que a pandemia tenha exigido uma aceleração no campo digital dentro das
corporações, tal implementação acontece por etapas. É importante analisar a
situação atual da empresa e ver quais processos podem ser otimizados com o
digital, depois deve ser feita a capacitação dos colaboradores. Além disso,
cabe à empresa analisar os resultados que o uso do digital teve e ver quais
pontos podem ser melhorados.
A adoção
de ferramentas e recursos digitais nas organizações ainda é algo recente e que
está em constante desenvolvimento, afinal novas tecnologias surgem a cada dia.
Por isso, é essencial acompanhar as transformações que acontecem no mercado, as
novidades que surgem e investir de forma contínua em capacitação.”.
(Matheus Vieira Campos. Coordenador regional da
Câmara Americana de Comércio de /belo Horizonte (Amcham_BH), em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 19 de dezembro de
2020, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 24 de setembro de
2020, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Marcelo A. Mori e Marimelia Porcionatto
Professor do Instituto de Biologia da Unicamp e
secretário regional da Ssociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)
Professora da Escola Paulista de Medicina e
coordenadora de Pesquisa da Unifesp, é secretária regional da SBPC
“O aprendizado com a pandemia
e a ciência no pós-Covid-19
A
Covid-19 trouxe mazelas incalculáveis, muitas irreparáveis. Como é comum em
crises humanitárias, revelou o que há de melhor e pior nas pessoas. Embora o
sofrimento com a pandemia não possa ser ignorado, é preciso entender o que de
bom podemos tirar da crise. Nesse aspecto, há de se destacar o papel da ciência
e a organização de cientistas no enfrentamento da doença.
Enquanto
o mundo observa a devastação causada pela Covid-19, cientistas se organizam,
montam forças-tarefas, mobilizam recursos, desenvolvem protocolos, geram
conhecimento, compartilham dados e servem de bastiões de esperança diante do
caos anunciado.
Caos
que, de acordo com princípios físicos básicos, é tendência espontânea no
Universo, somente antagonizado pela injeção constante de energia na forma de
trabalho. Sabendo disso, a academia se organizou.
Um
exemplo é a Rede Vírus, criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovações para integrar iniciativas de combate a viroses. A mobilização no enfrentamento
da Covid-19 vem demandando trabalho e organização, catalisada pela massa
crítica e infraestrutura formadas por décadas de financiamento em educação e
ciência.
Cinco
meses depois da doença chegar ao Brasil, enquanto em algumas regiões o vírus
avança sem muita resistência, em outras o nível de resposta chega ao patamar
adequado. O grau de respostas se confunde com a capacidade de organização das
instituições acadêmicas locais. Assim, a pandemia expôs de forma óbvia a
necessidade de reforçarmos nosso arcabouço de ciência, tecnologia e inovação
(CT&I).
Mas como
mobilizar cientistas e instituições no Brasil para trabalhar de maneira
integrada? Como manter a estrutura para nos preparar para o advento de outras
pandemias?
A
resposta para a primeira pergunta passa por conciliar realidades locais
distintas. Por sorte, a Covid-19 nos ensinou os valores da empatia. O simples
reconhecimento de que isolamento social e uso de máscara pode proteger vidas
alheias já serve como exemplo da força que o cooperativismo encontra na
sociedade.
Cientistas
perceberam que trabalhos em parceria alcançam maior impacto. Estreitar relações
com parceiros, derrubando fronteiras ou desigualdades, é o caminho natural a
ser seguido. É necessária a formação de uma rede nacional integrada de
enfrentamento a doenças, com profissionais de diferentes áreas do conhecimento
e instituições de várias regiões do Brasil, usando a infraestrutura instalada e
as qualidades locais para cooperar e prover soluções para crises de saúde
pública.
A
manutenção dessa rede se daria pela estruturação de polos regionais, que
coordenariam iniciativas locais e trabalhariam de forma integrada para ampliar
suas capacidades. Esses polos seriam centros de natureza interdisciplinar, com
foco no estudo e controle de doenças com impacto socioeconômico significativo e
cujas prevalências vêm aumentando. O financiamento da rede, sua estruturação e
iniciativas poderiam vir de agências governamentais e empresas sensibilizadas
com a necessidade de investimento em CT&I.
Dengue,
Chikungunya e zika incentivaram, mas não foram suficientes para construirmos
uma rede permanente de prevenção e controle de doenças no Brasil.
Organizamo-nos e nos desestruturamos. Criamos nichos de excelência, mas não os
integramos. Fizemos grandes descobertas, mas nosso sistema nacional de CT&I
não estava suficientemente maduro para transformá-las em ações concretas de
longo prazo de forma a colocar o Brasil numa posição de prontidão para futuros
desafios.
É
necessário fortalecer o sistema de CT&I brasileiro para que todo o esforço
coletivo realizado até agora não se dissipe e que, quando vierem novas
pandemias, a resposta de cientistas seja ainda mais ágil e acolhida de maneira
inequívoca, num reconhecimento de que ciência não é gasto, e sim investimento
num futuro melhor para todos.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a
estratosférica marca de 317,48% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 112,91%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos
doze meses, chegou a 4,31%); II – a corrupção,
há séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2020, apenas segundo o Orçamento Geral da
União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão
Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 1,651 trilhão (44,79%), a título de
juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta rubrica,
previsão de R$ 1,004 trilhão), a
exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.