(Março = mês 52; faltam 118 meses para a Primavera Brasileira)
“A importância da gestão de crise nas
empresas
As
empresas estão sujeitas a passar por crises ao longo de seu desenvolvimento.
Situações negativas e que extrapolam o controle dos profissionais podem levar a
problemas que prejudicam a imagem e a produtividade das instituições. Por isso,
é preciso se preparar para enfrentar os momentos de dificuldades.
De
acordo com a Pesquisa Global sobre Crises 2019, desenvolvida pela empresa de
networking PwC, 77% das empresas brasileiras já enfrentaram pelo menos uma
crise corporativa nos últimos cinco anos. Com isso, os gerenciamentos de crise se
tornam essenciais para reduzir os impactos e diminuir os prejuízos causados por
uma situação negativa para a imagem da empresa.
As
crises podem ocorrer por vários motivos, como questões financeiras ou problemas
internos que afetam a equipe. Dessa forma, a gestão de crise é indispensável
para ajudar a resolver imprevistos e também para se tornar um treinamento para
lidar com futuros problemas.
A equipe
de gerenciamento de crise une forças administrativas de todos os setores da
empresa e pode exercer um papel preventivo, ou seja, pode identificar os pontos
problemáticos de uma companhia e estabelecer planos de ação. Além disso, quando
um imprevisto acontece, a equipe deve estar preparada para agir.
Foi o
caso da batata Ruffles, que em 2016 foi fortemente criticada nas redes sociais
pela grande quantidade de ar nos pacotes de chips e teve que agir rapidamente
para não perder espaço no mercado. O marketing da empresa criou uma estratégia
criativa para explicar a necessidade do ar no pacote e conseguiu, além de
solucionar as dúvidas dos consumidores, movimentar as redes sociais e estreitar
a relação com os clientes.
É
importante ressaltar que cada crise é única, ou seja, não existe uma
fórmula-padrão para solucioná-la. Porém, as empresas podem tomar algumas atitudes
para solucionar a situação. Uma boa pedida é adotar uma postura sincera e
transparente com os clientes e funcionários.
Além
disso, é essencial identificar, preparar e divulgar quem são as pessoas da
organização autorizadas a falar sobre o assunto a ser trabalhado. Atuar de
forma rápida e eficaz também é importante, já que, quando a empresa demora a se
pronunciar, o problema tende a ficar ainda maior. A Brastemp, por exemplo,
demorou 90 dias para dar um retorno para um consumidor que adquiriu um produto
danificado. Durante esse período, o caso tomou grandes proporções nas redes
sociais, e a imagem da empresa de eletrodomésticos ficou arranhada. Entretanto,
a marca conseguiu reverter a situação por meio de uma postura transparente em
que admitiu o erro, resolveu o problema do consumidor e identificou onde
ocorreu o problema no atendimento, para que não voltasse a acontecer.
As
crises, na maioria das vezes, ocorrem em momentos inesperados. Dessa forma, as
redes que demonstram estar preparadas para lidar com situações de crise
conseguem se manter mais firmes no mercado e passar mais confiança para os seus
consumidores. Assim, essas empresas se tornam mais sólidas e conquistam novos
clientes, além de fidelizar os consumidores mais fiéis.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de fevereiro de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso
trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 11 de fevereiro de 2021,
caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de Denise Garrett, médica epidemiologista, é vice-presidente do
Programa de Epidemiologia Aplicada do Instituto Sabin de Vacinas, em Washington
, e ex-integrante do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, e
que merece igualmente integral transcrição:
“A volta às aulas e as
novas variantes do vírus
No
esforço de controlarmos a pandemia do novo coronavírus, uma das decisões mais
difíceis e controversas foi a de fechar escolas. Como mãe e médica
epidemiologista, confesso que em vários momentos me encontrei dividida entre os
argumentos dos dois lados do debate.
Pagamos
um alto custo por fechar escolas – não somente em termos do dano à educação,
mas também o efeito prejudicial, no longo prazo, à saúde social e emocional do
aluno. Isso sem falar do potencial dessas crianças enfrentarem desvantagens no
mercado de trabalho e perdas de renda quando adultas. E o preço pago por termos
crianças marginalizadas é ainda mais alto.
Por
outro lado, no meio de uma pandemia em proporção jamais vista, também não
podíamos ignorar o risco de manter nossas crianças em salas de aula – risco
este não somente para os alunos, mas também para os familiares, professor,
funcionários e toda a comunidade escolar. Além disso, vários estudos mostram
que fechar escolas colaborava com o achatamento da curva.
Com o
maior entendimento da transmissão do Sars-CoV-2, aprendemos que, em relação aos
adultos, crianças menores de 18 anos, são menos suscetíveis à infecção e menos
propensas a apresentar quadro grave e a transmitir a doença, tornando ainda
mais difícil justificar o fechamento das escolas. Com essas evidências, grande
parte das minhas dúvidas quanto ao risco da reabertura das escolas dissipou-se,
e tornei-me uma defensora da volta às aulas presenciais – desde que as
condições mínimas de segurança sejam implementadas.
A
ciência, não a política, deve conduzir as decisões sobre como e quando reabrir
escolas. Os protocolos devem ser orientados por cinco princípios fundamentais:
1- baixa taxa de transmissão na comunidade – a primeira e principal consideração
para reabrir escolas. Se a transmissão na comunidade for alta, assim será
dentro dos colégios. Para abri-los em segurança, temos que baixar as nossas
taxas de transmissão; 2 – programas de testagem regulares para a detecção
precoce de um caso e isolamento dos indivíduos infectados antes que qualquer
transmissão ocorra na sala de aula; 3 – boa ventilação nas salas de aula; 4 –
uso correto e consistente de máscara; e 5 – distanciamento social, higiene das
mãos e etiqueta respiratória.
Vacinação
de professores e funcionários das escolas também é recomendado. Os educadores
estão fazendo enormes sacrifícios para ensinar nossas crianças, e precisamos
zelar pela segurança deles.
Com
protocolos bem definidos e todas as condições de segurança atendidas, o debate da
reabertura de instituições de ensino estava praticamente resolvido. Até que o
surgimento de novas variantes de rápida disseminação nos levou novamente a
questionar essa decisão.
As novas
variantes emergentes em todo o mundo são muito mais transmissíveis do que o
vírus original, com disseminação cerca de 40% a 90% maior. Ainda não está claro
como a nova variante brasileira vai impactar a dinâmica da transmissão entre
crianças. Mas, com o grande aumento da transmissão comunitária causado pelas
variantes e a falta de disponibilidade de vacinas, um aumento de transmissão
nas escolas será inevitável.
Temos
que estar preparados para agir e proteger nossas crianças. Fechar as escolas
deve ser considerado somente após a implementação de outras medidas para conter
a propagação da doença.
Diferentemente
do que fizemos anteriormente, quando a escolha foi sacrificar a educação de
nossos filhos para priorizar academias e bares, escolas devem ser a última
coisa a fechar. A solução é avançar com a vacinação o mais rápido possível e
adotar as medidas já conhecidas e eficazes para diminuir a transmissão do novo
coronavírus – fechar cinemas, academias, bares e os outros serviços não
essenciais.
Se ainda
assim a taxa de transmissão se manter incontrolável, é importante sermos
realistas e flexíveis. Com a nova variante, o Reino Unido e outros países
europeus tiveram que mudar o curso e fechar as escolas novamente.
Os
prejuízos de interromper as aulas mais uma vez não devem nos cegar para os
perigos de arriscarmos a vida de nossas crianças.”.
Eis, portanto, mais
páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que
acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a
efetiva problematização de questões deveras cruciais como:
a) a excelência
educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional –, desde a educação
infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas)
– e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos
de idade na primeira série do ensino
fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são: I – a inflação,
a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se
em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco
Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a
estratosférica marca de 329,30% nos últimos
doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em
históricos 119,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses,
chegou a 4,56%); II – a corrupção, há
séculos, na mais perversa promiscuidade
– “dinheiro público versus
interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da
vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e
comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador
chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela
trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é
que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter
transnacional; eis, portanto, que todos
os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos,
pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina,
fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso
patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas
modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente
irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na
Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do
Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões
(53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao
menos com esta última rubrica, previsão de R$
1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito
e da justiça:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e
ainda a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
São, e bem o sabemos,
gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande
cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o
nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!
“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59 anos de testemunho de um servidor público
(1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou
asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...
E
P Í L O G O
CLAMOR
E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de
infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre
pedra
Dos impérios edificados com os ganhos espúrios,
ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da
dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.