segunda-feira, 1 de março de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA GESTÃO DE CRISE NAS ORGANIZAÇÕES E OS GRAVES DESAFIOS DAS NOVAS VARIANTES DO VÍRUS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE (52/118)

(Março = mês 52; faltam 118 meses para a Primavera Brasileira)

“A importância da gestão de crise nas empresas

        As empresas estão sujeitas a passar por crises ao longo de seu desenvolvimento. Situações negativas e que extrapolam o controle dos profissionais podem levar a problemas que prejudicam a imagem e a produtividade das instituições. Por isso, é preciso se preparar para enfrentar os momentos de dificuldades.

         De acordo com a Pesquisa Global sobre Crises 2019, desenvolvida pela empresa de networking PwC, 77% das empresas brasileiras já enfrentaram pelo menos uma crise corporativa nos últimos cinco anos. Com isso, os gerenciamentos de crise se tornam essenciais para reduzir os impactos e diminuir os prejuízos causados por uma situação negativa para a imagem da empresa.

         As crises podem ocorrer por vários motivos, como questões financeiras ou problemas internos que afetam a equipe. Dessa forma, a gestão de crise é indispensável para ajudar a resolver imprevistos e também para se tornar um treinamento para lidar com futuros problemas.

         A equipe de gerenciamento de crise une forças administrativas de todos os setores da empresa e pode exercer um papel preventivo, ou seja, pode identificar os pontos problemáticos de uma companhia e estabelecer planos de ação. Além disso, quando um imprevisto acontece, a equipe deve estar preparada para agir.

         Foi o caso da batata Ruffles, que em 2016 foi fortemente criticada nas redes sociais pela grande quantidade de ar nos pacotes de chips e teve que agir rapidamente para não perder espaço no mercado. O marketing da empresa criou uma estratégia criativa para explicar a necessidade do ar no pacote e conseguiu, além de solucionar as dúvidas dos consumidores, movimentar as redes sociais e estreitar a relação com os clientes.

         É importante ressaltar que cada crise é única, ou seja, não existe uma fórmula-padrão para solucioná-la. Porém, as empresas podem tomar algumas atitudes para solucionar a situação. Uma boa pedida é adotar uma postura sincera e transparente com os clientes e funcionários.

         Além disso, é essencial identificar, preparar e divulgar quem são as pessoas da organização autorizadas a falar sobre o assunto a ser trabalhado. Atuar de forma rápida e eficaz também é importante, já que, quando a empresa demora a se pronunciar, o problema tende a ficar ainda maior. A Brastemp, por exemplo, demorou 90 dias para dar um retorno para um consumidor que adquiriu um produto danificado. Durante esse período, o caso tomou grandes proporções nas redes sociais, e a imagem da empresa de eletrodomésticos ficou arranhada. Entretanto, a marca conseguiu reverter a situação por meio de uma postura transparente em que admitiu o erro, resolveu o problema do consumidor e identificou onde ocorreu o problema no atendimento, para que não voltasse a acontecer.

         As crises, na maioria das vezes, ocorrem em momentos inesperados. Dessa forma, as redes que demonstram estar preparadas para lidar com situações de crise conseguem se manter mais firmes no mercado e passar mais confiança para os seus consumidores. Assim, essas empresas se tornam mais sólidas e conquistam novos clientes, além de fidelizar os consumidores mais fiéis.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de fevereiro de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 11 de fevereiro de 2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de autoria de Denise Garrett, médica epidemiologista, é vice-presidente do Programa de Epidemiologia Aplicada do Instituto Sabin de Vacinas, em Washington , e ex-integrante do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, e que merece igualmente integral transcrição:

“A volta às aulas e as

novas variantes do vírus

        No esforço de controlarmos a pandemia do novo coronavírus, uma das decisões mais difíceis e controversas foi a de fechar escolas. Como mãe e médica epidemiologista, confesso que em vários momentos me encontrei dividida entre os argumentos dos dois lados do debate.

         Pagamos um alto custo por fechar escolas – não somente em termos do dano à educação, mas também o efeito prejudicial, no longo prazo, à saúde social e emocional do aluno. Isso sem falar do potencial dessas crianças enfrentarem desvantagens no mercado de trabalho e perdas de renda quando adultas. E o preço pago por termos crianças marginalizadas é ainda mais alto.

         Por outro lado, no meio de uma pandemia em proporção jamais vista, também não podíamos ignorar o risco de manter nossas crianças em salas de aula – risco este não somente para os alunos, mas também para os familiares, professor, funcionários e toda a comunidade escolar. Além disso, vários estudos mostram que fechar escolas colaborava com o achatamento da curva.

         Com o maior entendimento da transmissão do Sars-CoV-2, aprendemos que, em relação aos adultos, crianças menores de 18 anos, são menos suscetíveis à infecção e menos propensas a apresentar quadro grave e a transmitir a doença, tornando ainda mais difícil justificar o fechamento das escolas. Com essas evidências, grande parte das minhas dúvidas quanto ao risco da reabertura das escolas dissipou-se, e tornei-me uma defensora da volta às aulas presenciais – desde que as condições mínimas de segurança sejam implementadas.

         A ciência, não a política, deve conduzir as decisões sobre como e quando reabrir escolas. Os protocolos devem ser orientados por cinco princípios fundamentais: 1- baixa taxa de transmissão na comunidade – a primeira e principal consideração para reabrir escolas. Se a transmissão na comunidade for alta, assim será dentro dos colégios. Para abri-los em segurança, temos que baixar as nossas taxas de transmissão; 2 – programas de testagem regulares para a detecção precoce de um caso e isolamento dos indivíduos infectados antes que qualquer transmissão ocorra na sala de aula; 3 – boa ventilação nas salas de aula; 4 – uso correto e consistente de máscara; e 5 – distanciamento social, higiene das mãos e etiqueta respiratória.

         Vacinação de professores e funcionários das escolas também é recomendado. Os educadores estão fazendo enormes sacrifícios para ensinar nossas crianças, e precisamos zelar pela segurança deles.

         Com protocolos bem definidos e todas as condições de segurança atendidas, o debate da reabertura de instituições de ensino estava praticamente resolvido. Até que o surgimento de novas variantes de rápida disseminação nos levou novamente a questionar essa decisão.

         As novas variantes emergentes em todo o mundo são muito mais transmissíveis do que o vírus original, com disseminação cerca de 40% a 90% maior. Ainda não está claro como a nova variante brasileira vai impactar a dinâmica da transmissão entre crianças. Mas, com o grande aumento da transmissão comunitária causado pelas variantes e a falta de disponibilidade de vacinas, um aumento de transmissão nas escolas será inevitável.

         Temos que estar preparados para agir e proteger nossas crianças. Fechar as escolas deve ser considerado somente após a implementação de outras medidas para conter a propagação da doença.

         Diferentemente do que fizemos anteriormente, quando a escolha foi sacrificar a educação de nossos filhos para priorizar academias e bares, escolas devem ser a última coisa a fechar. A solução é avançar com a vacinação o mais rápido possível e adotar as medidas já conhecidas e eficazes para diminuir a transmissão do novo coronavírus – fechar cinemas, academias, bares e os outros serviços não essenciais.

         Se ainda assim a taxa de transmissão se manter incontrolável, é importante sermos realistas e flexíveis. Com a nova variante, o Reino Unido e outros países europeus tiveram que mudar o curso e fechar as escolas novamente.

         Os prejuízos de interromper as aulas mais uma vez não devem nos cegar para os perigos de arriscarmos a vida de nossas crianças.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a)     a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

b)    o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são: I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 329,30% nos últimos  doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 119,59%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,56%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

c)     a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!


“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

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