A EXCELÊNCIA EDUCIONAL, O PODER DAS COMPETÊNCIAS E HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS NO DESENVOLVIMENTO HUMANO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA REPRESENTATIVIDADE, FRATERNIDADE E VERDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS NA SUSTENTABILIDADE
“Influência: a secreta força que age no
ambiente
Sempre
ouvi da minha avó uns casos interessantes sobre algumas pessoas que viam suas
flores e essas flores estranhamente secavam. Ainda menino não entendia bem esse
motivo. Já com tantas leituras, lembro-me do professor Daniel Goleman, pai da
inteligência emocional e social. Para ele, “captamos a energia dos outros tal
qual uma gripe”. É isso mesmo; influenciamos e somos influenciados. Aromas,
cores, iluminação, roupas, espaço, organizações, limpeza disposição dos móveis,
fala, tom de voz, tudo, literalmente tudo, influencia. Ou seja, agem de forma
discreta, sutil e inconsciente nos outros, nos lugares e em nós mesmos.
Quando
pensamos nos ambientes, já temos muitos conhecimentos acerca das influências
que operam em cada um de nós. São consolidados os conhecimentos da técnica
chinesa feng shui que pode ser aplicada aos lugares. Das residências aos
espaços comerciais e às empresas, é possível tornar os ambientes saudáveis e
atrair soluções ajustando essas forças que operam. O feng shui se dispõe a
trabalhar áreas que regem a vida, como família, amigos, relacionamentos, saúde,
sabedoria, sucesso, criatividade e trabalho. Esta sabedoria pode trazer
benefícios e ajudar a superar dificuldades, transformar energias negativas em
positivas, atrair prosperidade, conquistar equilíbrio, harmonizar ambientes e
melhorar relacionamentos.
Da
aromaterapia aprendemos o poder dos óleos essenciais e seus impactos em nosso
corpo e nossas emoções. A ativação de todo o sistema límbico pelos aromas é uma
ciência que tem avançado muito. As essências são utilizadas em massagens, em
difusores, de forma tópica ou mesmo por ingestão em casos específicos. Quando
se deixa orientar por profissionais formados e especialistas nestas terapias,
vê-se o quanto podemos influenciar e ser influenciados pelos aromas. Terapêuticas
milenares com ações específicas no sono, no controle e no manejo das emoções,
dentre outras tantas possibilidades.
A
influência no campo da imagem corporal é forte também. Chama-se “visagismo”
essa técnica que busca otimizar sua aparência amplificando sua imagem na
geração das reações e sentimentos que causam no outro. A técnica lança seus
fundamentos na compreensão da fisionomia e da mensagem que estes movimentos
sutis transmitem. Novamente o processo da influência torna-se a força efetiva.
A linguagem das emoções pode ser vista nestes pequenos gestos que marcam a
inter-relação. Uma leitura fundamental é a da obra “A Linguagem das Emoções”,
de Paul Ekeman.
Esta
competência, a influência, potencializa seus resultados, caro leitor, nas
conquistas emocionais. O maior trunfo do seu oponente é a sua reação. Reagimos
a coisas, lugares, falas, cheiros, atitudes. Na psicologia, chamamos de
“influência sutil”. Escrevendo aqui, lembro-me do antropólogo Claude
Lévi-Strauss, que dizia que “ou nada tem sentido, ou tudo tem sentido”.
Acredito, como pesquisador, que tudo tem sentido e age. Quando você raciocina
sobre estas formas de influência, significa pensar em métodos de agir sobre os
outros. Não de forma negativa ou como quem usasse dos outros, mas de maneira inteligente
atuar sobre o cenário de forma positiva com ferramentas que, a princípio, podem
passar despercebidas.
Quando
todos esses conhecimentos se alinham, seus ganhos relacionais se ampliam, e
você vibra em alta performance. Uma lógica do ambiente de nós mesmos traduz a
linguagem das emoções e mobiliza nosso ser em completude. É como se fizéssemos
valer um princípio importante no campo nas neurociências: a lei da equivalência
física. Casa arrumada, vida arrumada (e não é TOC, aquele transtorno compulsivo
por organização).
Não se
trata aqui de um pensamento romântico e ingênuo, mas de uma percepção aguçada
de outros tantos fatores que operam suas forças em nós. Somos esponjas e
absorvemos tudo. A diferença entre um processo de osmose celular, em que não se
faz força para receber os nutrientes de um ambiente externo, e o processo de
influência humana é que, neste caso, o esforço e a busca pelo conhecimento vão
fazer toda a diferença. E aí? Vai passar despercebido ou vai influenciar? Esse
mundo precisa de pessoas que não se deixam passar sem interagir efetivamente.
Chega de gente sem sabor, esse tipo diet não educa nem ama! Que sua presença
seja leve, mas efetiva. Boas escolhas!”.
(Otávio Grossi. otaviogrossi@saúdeintegral.com.br,
em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 5 de
abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 18 de junho de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Recomeçar da verdade
A
sociedade brasileira encontra-se em uma grande encruzilhada, decisiva para a
definição dos rumos que causam prejuízos sobre o conjunto da vida social,
econômica e política, pesando sobre os ombros de todos os cidadãos – de modo
dobrado e injusto sobre os pobres e vulneráveis. É triste e insano o coroamento
destes descompassos, a esgarçar o tecido social brasileiro, com o aumento
acelerado dos números dos mortos pela pandemia da Covid-19. Outros muitos
números, que aparecem em âmbitos variados, ferindo etapas diferentes da vida,
todas igualmente preciosas, estão iluminados pelas sombras da cruel marca dos
quase quinhentos mil mortos, vítimas da pandemia. Interpelante, esta cifra
contabiliza duas vezes e meia a mais do número de mortos pelas bombas lançadas
sobre Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945, nefasto acontecimento que abalou
o mundo.
Somam-se
aos números dessas vítimas fatais, as situações abomináveis de extermínio de
pobres e negros, as agressões às mulheres – frutos perversos de preconceitos e
discriminações que precisam assombrar o coração de cada cidadão. Uma exigência
é inegociável e insubstituível: recomeçar a partir da verdade. Essa indicação é
uma forte convocação do papa Francisco, apelo profético e terapêutico, nas
páginas da carta encíclica Fratelli tutti, sobre a amizade social, para
arquitetar a cadência de encontros que possam apontar rumos e saídas. A
sociedade brasileira está adoecida e necessita de processos de tratamento das
suas muitas cicatrizes, originadas em outros tempos de sua história, e
resultado também dessa tragédia recente e ainda em curso. É imprescindível dar
lugar a artesãos da paz, agindo com ousadia e inventividade, por meio de encontro
novo na dinâmica e na qualidade.
As
representatividades governamentais, políticas, sociais, culturais, também
religiosas, devem merecer e honrar a credibilidade conquistada. Não é mais
possível suportar representatividades assentadas em psicopatias, produzindo
loucuras de todo tipo, comprometendo duramente a identidade institucional. É
hora de dar um basta e exigir o estabelecimento de novas lógicas e
funcionamentos, alicerçados na percepção clarividente. É incompreensível
acompanhar grupos e segmentos arrastados por uma sombra, roubados pela ilusão
da defesa de valores parciais, que não passam de discursos vazios sem jamais se
assentar na indispensável credibilidade. Não há espaço para diplomacias vazias e
comprometedoras dos destinos de um povo, negociando com negacionismos a sua
condição. Há de se combater e desmascarar as dissimulações, discursos com duplo
sentido, ocultamentos interesseiros da realidade.
Recomeçar
a partir da verdade inclui uma memória penitencial capaz de assumir o passado
para libertar o futuro das próprias insatisfações, confusões e projeções,
conforme sublinha o papa Francisco. A sociedade brasileira está vivendo uma
guerra nesta pandemia, pelos descompassos governamentais, particularmente no
executivo nacional, pela baixíssima credibilidade de instituições centrais na
sociedade, em razão da falta de lucidez cidadã para escolhas que promovam o
novo artesanato da paz. Agora, particularmente, as pessoas precisam saber a
verdade a respeito dos acontecimentos. Verdade que nunca será instrumento de
vingança, mas caminho da reconciliação e de indispensável reconstrução. O
Brasil carece prioritariamente da hora da verdade, sem poupar nenhuma dor
resgatadora desta busca.
A
encíclica Fratelli tutti, do papa Francisco, aponta que a verdade está
em reconhecer quem são os agentes da violência: dos sofrimentos das mulheres
vítimas de agressões e abusos, no tratamento racista a negros e pobres; da
vergonha das manipulações por parte de quem está no poder ou possui o poder
sedutor do dinheiro. A sociedade brasileira, sob a aparência de um irenismo
camuflado, é palco de violências, por meio de agentes que precisam ser
legalmente responsabilizados por seus desmandos, atingindo seres humanos, na
sua individualidade e na casa comum, como chagas abertas. O brasileiro, com a
força das instituições credíveis, deve exigir a correção dos rumos e a
implementação de novos processos. A tarefa é tão exigente que não se pode mais
perder tempo e recursos de modo a comprometer as ações no horizonte inspirador
da arquitetura e do artesanato da paz.
É hora
de trabalhar juntos, sem a pretensão falsa de homogeneizar. Não há meios de se
avançar sem se trabalhar pelo bem comum. Todos são chamados a contribuir,
independentemente das diferenças. Vale o conselho basilar da Fratelli tutti –
perante a sociedade brasileira, lamentavelmente polarizada – ao apontar que o
esforço árduo para superar o que divide os cidadãos, sem perder a identidade de
cada um, pressupõe que em todos permaneça vivo e atuante um profundo sentido de
pertença. A sociedade brasileira tem um longo caminho para recuperar e
configurar seu lugar tão necessário como casa de todos, com tarefas exigentes e
urgentes na superação da vergonhosa e perversa desigualdade social, com o
rompimento da corrupção, enraizada nos seus funcionamentos, privilegiando
grupos oligárquicos e sacrificando as grandes porções das camadas pobres. A
hora é da verdade. O único caminho para a reconstrução da sociedade é recomeçar
da verdade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.