“As etapas para uma inovação responsável
A
busca por inovação é essencial para enfrentar desafios e criar elos para que a
marca seja útil para a sociedade. Atualmente, muitas empresas incentivam
projetos de inovação e, com a pandemia, essa busca por se renovar ficou ainda
mais forte. Porém, pode parecer difícil inovar em um local onde, aparentemente,
tudo já foi criado. Por isso, ganha destaque a empresa que se preocupa em agir
de maneira estratégica, respeitando algumas etapas essenciais.
A
pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em julho de
2020, mostrou que 83% de 400 empresas brasileiras acreditam que a inovação será
necessária para sobreviver no mundo pós-pandemia. Complementando essa ideia, a
Pesquisa de Inovação 2017, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), entre 2015 e 2017, mostra que 116.962 empresas brasileiras
fizeram algum tipo de inovação em seus produtos ou processos.
Entende-se,
de acordo com o IBGE, que uma empresa é considerada inovadora quando introduz
um novo produto ou processo no mercado. No entanto, para aproveitar todo o
potencial que a inovação pode trazer para os negócios, é essencial
implementá-la de maneira responsável.
O
primeiro passo para uma inovação responsável é a preocupação com a sociedade e
o meio ambiente. É dever da empresa que suas ações causem o mínimo de impacto
negativo para o ambiente onde está inserida. Além disso, a inovação deve buscar
trazer melhorias para os funcionários ou clientes. Responsabilidade social e
ambiental já são pautas constantes das organizações e devem fazer parte do
planejamento estratégico. Uma empresa que serve de inspiração é a Faber
Castell, que desde sua criação esteve engajada com o reflorestamento e com a
diminuição da emissão de poluentes durante seu processo de produção.
Vale
ressaltar que o processo de inovação, na maioria das vezes, é longo e exige
atenção em cada etapa para que o projeto final seja realmente benéfico para o
seu público-alvo.
Outro
ponto que merece destaque é a gestão. A liderança corporativa tem um importante
papel em direcionar os negócios para um caminho de resultados positivos.
Espera-se que o líder desemprenhe uma função de incentivador, criando um espaço
para os colaboradores compartilharem suas ideias. A gestão, geralmente, é a
responsável por impulsionar os projetos e abrir espaço para novas ideias. Sem
criatividade, não há inovação.
O líder
deve oferecer os recursos para que a ideia se torne um projeto prático e viável
de ser realizado. Ter atenção com as tendências do mercado também é uma função
do gestor preocupado com a inovação responsável.
A gestão
responsável desses projetos é um grande desafio, ainda mais se tratando do
Brasil, onde existe muita burocracia para o desenvolvimento de pesquisas e
inovações. Por isso, é essencial que o objetivo do projeto e o resultado
esperado estejam bem claros para todos, como maneira de minimizar rotas de
resultados questionáveis.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham), em artigo publicado no jornal
O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO,
página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição de 03 de setembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“Primavera na serra
Primavera
na Serra da Piedade é uma canção que brota nos corações dos sensatos – daqueles
que cultivam uma sabedoria indispensável: tudo está interligado no cuidado com
a casa comum. Erros na relação com o planeta, defraudando o meio ambiente,
conduzem sempre, e cada vez mais, a humanidade rumo a prejuízos. Merece, pois,
a atenção de todos o canto da primavera na Serra da Piedade, coração de Minas
Gerais, onde se encontra a síntese das riquezas do “Estado Diamante”.
Desarmonias preocupantes ferem a melodia de exuberantes biomas: Mata Atlântica,
Cerrado e Campos Rupestres. Tristemente, as belezas religiosas, paisagísticas e
histórico-culturais da Serra da Piedade estão cada vez mais emolduradas em uma
lacônica lamentação.
Os
mineiros, cada brasileiro e toda a humanidade precisam saber o que está
acontecendo: a agressão fere um patrimônio de todos, que precisa ser
preservado, pois é preciosa herança que garante equilíbrio à vida humana. As
autoridades governamentais, as instâncias judiciárias – toda sociedade – estão
convocadas a rever processos, apurar e ajustar interpretações que motivam as
decisões e as licenças. É preciso ir além dos interesses minerários estreitos,
que enriquecem poucos, iludindo com a oferta de alguns postos de trabalho,
enquanto inviabiliza a possibilidade um bem maior. Os procedimentos minerários
em curso na Serra da Piedade merecem ser estudados, com embasamento científico,
para que suas consequências desastrosas, em futuro muito próximo, possam ser
enxergadas. Nascentes serão afetadas, o indispensável aquífero da região – a
água é bem inegociável da humanidade – sofrerá grave degradação.
A
agressão à primavera na Serra da Piedade é gravíssima e requer envolvimento,
posicionamento e adequada reação da sociedade. A primavera da Serra da Piedade
deve inspirar um clamor capaz de incomodar ouvidos e corações para que não
sejam repetidos desmandos e manipulações interesseiras a serviço do lucro de
poucos, inviabilizando o bem comum. A Arquidiocese de Belo Horizonte, indicando
graves e consistentes evidências, apresentou recurso ao Conselho de Política
Ambiental (COPAM), órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, solicitando a suspensão das
licenças concedidas à atividade minerária na Serra da Piedade. É importante
destacar no recurso apresentado pela Arquidiocese, o parecer da Agência
Nacional de Mineração (ANM), contrário à atividade minerária na Serra da
Piedade. O parecer é claro: condena o projeto apresentado pela mineradora.
Ainda
assim, os conselheiros do COPAM deram anuência para a exploração predatória do
Monumento Natural Estadual Serra da Piedade. Além da condenação da ANM,
argumentações fortemente fundamentadas na legislação, que indicam erros no
projeto, foram totalmente ignoradas. Essa decisão representa um enorme
prejuízo, duro golpe ao meio ambiente e à vida. Trata-se de uma irresponsável e
cruel agressão às riquezas da Serra da Piedade – fauna, flora, recursos
hídricos e habitantes. A mineração que desconsidera a legislação, o meio
ambiente, a vida e o bem comum fere a dignidade humana. É uma exploração
predatória que visa apenas o lucro.
A sociedade,
com seus segmentos sérios, precisa acolher a convocação para pedir – a partir
de gestos, posicionamentos e argumentos – que as decisões e as licenças,
favoráveis a interesses oligárquicos, sejam sabiamente revistas por órgãos
governamentais e judiciários. Sem essa revisão, as instâncias que favorecem a
exploração predatória estarão historicamente marcadas como responsáveis pelo
que está ocorrendo na Serra da Piedade. Oportuno sublinhar: se não houver
revisão profunda em todo o processo envolvendo a atividade extrativista e as
empresas minerárias, se continuará a conviver com tragédias ainda mais cruéis –
urgentemente é preciso dar um basta a esta triste realidade de lutos, perdas e
muito sofrimento provocados pela ganância.
Há uma
verdadeira batalha em curso. De um lado, interesses econômicos poderosos, que
buscam a qualquer preço acumular, egoisticamente, mais riquezas. Do outro, os
que defendem mais harmonia entre o ser humano e a casa comum, sabedores de que
não existe humanidade saudável em um território adoecido, em um planeta doente,
conforme bem adverte o Papa Francisco. Corações sensatos defendam o canto da
natureza, a primavera na Serra da Piedade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.