quarta-feira, 8 de setembro de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA LIDERANÇA EFETIVA E CRIATIVIDADE PARA UMA INOVAÇÃO TRANSFORMADORA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E OS CLAMORES E DESAFIOS DA PRIMAVERA DA SERRA DA PIEDADE NA SUSTENTABILIDADE

“As etapas para uma inovação responsável

        A busca por inovação é essencial para enfrentar desafios e criar elos para que a marca seja útil para a sociedade. Atualmente, muitas empresas incentivam projetos de inovação e, com a pandemia, essa busca por se renovar ficou ainda mais forte. Porém, pode parecer difícil inovar em um local onde, aparentemente, tudo já foi criado. Por isso, ganha destaque a empresa que se preocupa em agir de maneira estratégica, respeitando algumas etapas essenciais.

         A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada em julho de 2020, mostrou que 83% de 400 empresas brasileiras acreditam que a inovação será necessária para sobreviver no mundo pós-pandemia. Complementando essa ideia, a Pesquisa de Inovação 2017, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2015 e 2017, mostra que 116.962 empresas brasileiras fizeram algum tipo de inovação em seus produtos ou processos.

         Entende-se, de acordo com o IBGE, que uma empresa é considerada inovadora quando introduz um novo produto ou processo no mercado. No entanto, para aproveitar todo o potencial que a inovação pode trazer para os negócios, é essencial implementá-la de maneira responsável.

         O primeiro passo para uma inovação responsável é a preocupação com a sociedade e o meio ambiente. É dever da empresa que suas ações causem o mínimo de impacto negativo para o ambiente onde está inserida. Além disso, a inovação deve buscar trazer melhorias para os funcionários ou clientes. Responsabilidade social e ambiental já são pautas constantes das organizações e devem fazer parte do planejamento estratégico. Uma empresa que serve de inspiração é a Faber Castell, que desde sua criação esteve engajada com o reflorestamento e com a diminuição da emissão de poluentes durante seu processo de produção.

         Vale ressaltar que o processo de inovação, na maioria das vezes, é longo e exige atenção em cada etapa para que o projeto final seja realmente benéfico para o seu público-alvo.

         Outro ponto que merece destaque é a gestão. A liderança corporativa tem um importante papel em direcionar os negócios para um caminho de resultados positivos. Espera-se que o líder desemprenhe uma função de incentivador, criando um espaço para os colaboradores compartilharem suas ideias. A gestão, geralmente, é a responsável por impulsionar os projetos e abrir espaço para novas ideias. Sem criatividade, não há inovação.

         O líder deve oferecer os recursos para que a ideia se torne um projeto prático e viável de ser realizado. Ter atenção com as tendências do mercado também é uma função do gestor preocupado com a inovação responsável.

         A gestão responsável desses projetos é um grande desafio, ainda mais se tratando do Brasil, onde existe muita burocracia para o desenvolvimento de pesquisas e inovações. Por isso, é essencial que o objetivo do projeto e o resultado esperado estejam bem claros para todos, como maneira de minimizar rotas de resultados questionáveis.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte (Amcham), em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de agosto de 2021, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição de 03 de setembro de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Primavera na serra

        Primavera na Serra da Piedade é uma canção que brota nos corações dos sensatos – daqueles que cultivam uma sabedoria indispensável: tudo está interligado no cuidado com a casa comum. Erros na relação com o planeta, defraudando o meio ambiente, conduzem sempre, e cada vez mais, a humanidade rumo a prejuízos. Merece, pois, a atenção de todos o canto da primavera na Serra da Piedade, coração de Minas Gerais, onde se encontra a síntese das riquezas do “Estado Diamante”. Desarmonias preocupantes ferem a melodia de exuberantes biomas: Mata Atlântica, Cerrado e Campos Rupestres. Tristemente, as belezas religiosas, paisagísticas e histórico-culturais da Serra da Piedade estão cada vez mais emolduradas em uma lacônica lamentação.

         Os mineiros, cada brasileiro e toda a humanidade precisam saber o que está acontecendo: a agressão fere um patrimônio de todos, que precisa ser preservado, pois é preciosa herança que garante equilíbrio à vida humana. As autoridades governamentais, as instâncias judiciárias – toda sociedade – estão convocadas a rever processos, apurar e ajustar interpretações que motivam as decisões e as licenças. É preciso ir além dos interesses minerários estreitos, que enriquecem poucos, iludindo com a oferta de alguns postos de trabalho, enquanto inviabiliza a possibilidade um bem maior. Os procedimentos minerários em curso na Serra da Piedade merecem ser estudados, com embasamento científico, para que suas consequências desastrosas, em futuro muito próximo, possam ser enxergadas. Nascentes serão afetadas, o indispensável aquífero da região – a água é bem inegociável da humanidade – sofrerá grave degradação.

         A agressão à primavera na Serra da Piedade é gravíssima e requer envolvimento, posicionamento e adequada reação da sociedade. A primavera da Serra da Piedade deve inspirar um clamor capaz de incomodar ouvidos e corações para que não sejam repetidos desmandos e manipulações interesseiras a serviço do lucro de poucos, inviabilizando o bem comum. A Arquidiocese de Belo Horizonte, indicando graves e consistentes evidências, apresentou recurso ao Conselho de Política Ambiental (COPAM), órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, solicitando a suspensão das licenças concedidas à atividade minerária na Serra da Piedade. É importante destacar no recurso apresentado pela Arquidiocese, o parecer da Agência Nacional de Mineração (ANM), contrário à atividade minerária na Serra da Piedade. O parecer é claro: condena o projeto apresentado pela mineradora.

         Ainda assim, os conselheiros do COPAM deram anuência para a exploração predatória do Monumento Natural Estadual Serra da Piedade. Além da condenação da ANM, argumentações fortemente fundamentadas na legislação, que indicam erros no projeto, foram totalmente ignoradas. Essa decisão representa um enorme prejuízo, duro golpe ao meio ambiente e à vida. Trata-se de uma irresponsável e cruel agressão às riquezas da Serra da Piedade – fauna, flora, recursos hídricos e habitantes. A mineração que desconsidera a legislação, o meio ambiente, a vida e o bem comum fere a dignidade humana. É uma exploração predatória que visa apenas o lucro.

         A sociedade, com seus segmentos sérios, precisa acolher a convocação para pedir – a partir de gestos, posicionamentos e argumentos – que as decisões e as licenças, favoráveis a interesses oligárquicos, sejam sabiamente revistas por órgãos governamentais e judiciários. Sem essa revisão, as instâncias que favorecem a exploração predatória estarão historicamente marcadas como responsáveis pelo que está ocorrendo na Serra da Piedade. Oportuno sublinhar: se não houver revisão profunda em todo o processo envolvendo a atividade extrativista e as empresas minerárias, se continuará a conviver com tragédias ainda mais cruéis – urgentemente é preciso dar um basta a esta triste realidade de lutos, perdas e muito sofrimento provocados pela ganância.

         Há uma verdadeira batalha em curso. De um lado, interesses econômicos poderosos, que buscam a qualquer preço acumular, egoisticamente, mais riquezas. Do outro, os que defendem mais harmonia entre o ser humano e a casa comum, sabedores de que não existe humanidade saudável em um território adoecido, em um planeta doente, conforme bem adverte o Papa Francisco. Corações sensatos defendam o canto da natureza, a primavera na Serra da Piedade.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em julho a estratosférica marca de 331,49% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 123,48%; e já o IPCA, em agosto, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 9,68%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

        

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