A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA HUMANIDADE E SOLIDARIEDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ALTRUÍSMO, SABEDORIA, VISÃO OLÍMPICA E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA SUSTENTABILIDADE
“Solidariedade no enfrentamento da
Covid-19
Com
o avanço da pandemia da Covid-19 desde 2020, as Associações de Proteção e
Assistência aos Condenados (Apacs), modelos de prisões humanizadas que visam à
recuperação dos condenados e à promoção da justiça restaurativa, têm
demonstrado que a união com outras instituições, o trabalho e a boa vontade
fazem a diferença diante de situações de exceção, como as causadas pela
Covid-19. As ações das Apacs para o enfrentamento da Covid-19 tiveram início em
2020, com a campanha “Humanizar a Pena, Promover a Vida”, na qual 400
recuperandos e recuperandas (condenados que cumprem pena nas Apacs) de 23 Apacs
dos Estados de Minas Gerais e Maranhão, produziram mais de 400 mil máscaras de
proteção contra a doença.
A
campanha foi uma realização da AVSI Brasil e Fraternidade Brasileira de
Assistência aos Condenados (FBAC), com apoio dos Tribunais de Justiça de Minas
Gerais e Maranhão (TJMG e TJMA), Ministério Público do Estado de Minas Gerais
(MPMG), Instituto Minas pela Paz, Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária do Maranhão, e contou com recursos da União Europeia, por meio do
Instrumento Europeu para a Promoção da Democracia e Direitos Humanos (IEDDH).
As máscaras foram entregues para as comunidades dos entornos das Apacs,
secretarias de Saúde, asilos, órgãos públicos e instituições beneficentes, além
de proteção dos próprios recuperandos e funcionários das Apacs.
Outra
situação agravada pela Covid-19 no país foi que, desde 2020, milhões de
brasileiros vivenciam algum grau (leve, moderado ou grave) de insegurança alimentar.
Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar
e Nutricional (Rede Penssann), 19 milhões de pessoas estão passando fome no
Brasil. Um levantamento feito pelo grupo Alimento para Justiça, da Universidade
Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
e a Universidade de Brasília (UnB), apontou que mais da metade dos domicílios
no país, 59,4%, se encontra em situação de insegurança alimentar durante a
pandemia. Para reduzir esses impactos, 123 recuperandos e recuperandas de 13
Apacs dos Estados de Minas, Paraná e Maranhão deram início à campanha
“Alimentando a Esperança: Paz, Justiça e Cidadania”, que nasceu com o objetivo
de produzir e doar refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade
socioeconômica. Até o momento, as Apacs já entregaram mais de 30 mil refeições.
Com
efeito, cabe destacar o envolvimento dos recuperandos nas duas campanhas: eles
são os protagonistas das iniciativas. Todo o processo de confecção das máscaras
e produção de refeições é feito por eles. Além disso, existe uma equipe que
busca dar respostas integradas a dois dos principais problemas que emergiram
com a pandemia: a fome e a desigualdade social. Iniciativas com essas são
extremamente importantes para as pessoas que cumprem penas nas Apacs, uma vez
que, durante a pandemia, essa população se viu frente a uma situação de
“superisolamento”, devido à suspensão de visitas e limitação de determinadas
atividades dentro dos espaços de cumprimento de pena.
Dessa
forma, as duas campanhas deixam um legado positivo para as comunidades das
Apacs, impactando essencialmente dois públicos: os próprios recuperandos, que
são empoderados para levar adiante ações de apoio a pessoas em condição de
vulnerabilidade; e a comunidade como um todo, que se beneficia de políticas que
promovem o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável) e o ODS16 (Paz, Justiça
e Instituições Eficazes), dentro e fora do sistema penitenciário.”.
(Déborah Amaral. Gerente geral de Minas Gerais
na AVSI Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 29 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de janeiro de 2022, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Viver
Além
dos Evangelhos e de seus significados esotéricos, estudei a vida de Gandhi, de
Buda, de Marco Aurélio, de Adriano, de Tolstoi, de Leonardo da Vinci, de Rudolf
Steiner, de Pietro Ubaldi, de H.P. Blavatsky (Doutrina Secreta), de Albert
Einstein, de Júlio César, adentrei-me no pensamento de Pitágoras e de Platão,
visitei cidades da Magna Grécia, vibrei com a força dos versos de Dante
Alighieri, de “A Obra em Negro”, de Marguerite Yourcenar, da vida extrema de
Giordano Bruno, Galileu Galilei, Maria Antonieta e conde Fersen, de Napoleão,
dos imperadores Augusto César, Calígula e Nero, de Hermes Trismegisto, Cosimo,
Lorenzo e Caterina de Medici, Nicolau Maquiavel, Corregio da Parma, santo
Agostinho e são Francisco, de Jean Victor Moreau, Victor Hugo, Giuseppe
Mazzini, do conde de Cavour, dos Templários de Rhodes (fui visitar o castelo),
do barão de Mauá, do conde de Saint Germain e de Cagliostro, Eliphas Levi, de
Stevenborg, Gurdjief, Trigueirinho, dos navegadores Cristóvão Colombo, Américo
Vespúcio e Fernão de Magalhães.
Li sobre os evangelhos
apócrifos do mar Morto, sobre os segredos das pirâmides, os romances de Júlio
Verne, a vida de Gengis Khan, dos imperadores chineses, de Rasputin e do
cardeal de Richelieu, do rei Soleil e Joana d’Arc, de santa Tereza e de
Torquemada, do imperador Carlos Magno, os segredos de Michelangelo, Rafael,
Giotto e do Veronese, que até hoje vibram e se manifestam. Li sobre os
Rosacruzes, sobre os Illuminati, os Rothschild, o Clube de Bilderberg. Estive
entre sadhus e na casa da virgem Kumari, em Katmandu, no Nepal, molhei a cabeça
nas águas de Varanasi.
Procurei entender das
religiões o sentido mais profundo que faz de Deus o refúgio de seus filhos.
Reconheci que no silêncio existe sua voz, que nos obstinamos a não escutar.
Passei pela leitura de
Paul Brunton, Krishnamurti, Aurobindo, Yogananda, Arthur Powell, Stefan Zweig,
Herman Hesse, Thomas Mann, Huberto Rohden, Bernardino del Boca, Charles
Leadbeater, Annie Besant, Karl Jung, Georg Groddeck e muitos outros. Reconheci
verdade nas Vidas Paralelas de Plutarco. A força das orações, a importância dos
claustros.
Meditei sobre o
Eclesiástico e o Eclesiastes de Qolet. Estudei a linguagem oculta dos
Evangelhos e do Apocalipse de são João, que Rudolf Steiner descortina com
luminosidade, matando a sede de saber.
Compreendi que nos cantos
gregorianos e nos cantos dos monges budistas do Himalaia, ainda nos desenhos de
Maurits Cornelis Escher e de Moebius, existe a mensagem que pode explicar o
“cronovisor” do monge Pellegrino Ernetti, uma ficção real.
Visitei e vi Sai Baba em
seu ashram em Puttaparthi, no Ceilão, entrei no templo que guarda o dente de
Buda.
Senti a presença da
Irmandade Branca, de um Mestre que me guia sem se mostrar, e a presença do
conde de Saint Germain na Estátua da Liberdade, em Nova York, e o do Cristo
Redentor, no Rio de Janeiro, deixando a Guilherme Marconi a tarefa de
iluminá-la. Ainda no chá produzido em Darjeeling.
Compreendi o mito de Sísifo,
de Midas, a viagem de Ulisses, o acorrentado Prometeu, Ícaro e Lucífer, que
desafiam Deus. Da esfinge que mostra a peregrinação do homem; da saída do Éden
provocada pela serpente e pela maçã. Em seguida, a morte de Abel, e disso
sermos todos descendentes de Caim. Ajoelhei-me aos pés de Madonna de
Fontanellato e agradeci, distribuí imagens de são Judas e guardo uma ao meu
lado.
Compreendi o livre-arbítrio,
que me dá a possibilidade de mudar o meu destino e ser vencedor. Senti nas
profundezas da Cabala uma via, no sufismo a sublimidade, na doação da carne dos
mortos aos abutres a destinação mais correta que praticam os budistas
himalaios.
Passei a compreender a
necessidade dos animais e da natureza e respeitá-los em suas necessidades, a
entender o amor incondicional ao dono quando são respeitados.
Em são Francisco descobri a santidade na
simplicidade, a força que abre os estigmas como olhos para o além da ilusão.
Amansei minhas angústias
quando senti que todo bem que nos fizermos aos outros nos protegerá. Que no
ahimsa (não violência) existe a arma mais poderosa.
Agradeci por ter passado
pelos maiores sofrimentos e aprendido que nesses momentos Deus me deu
presentes.
Em qualquer hipótese vale
a pena aceitar a vida como uma grande oportunidade, não culpar os outros pelos
nossos insucessos, entendê-los como uma obra de arte que cabe a nós modelar,
reconhecer que a solução está em nós, assim como o Reino de Deus.
A verdade chegará, porque
a justiça divina tarda, mas não falha. Mais fácil que guerrear é perdoar, algo
que o orgulho deixa impossível. Servir deixará um crédito que o destino nos
devolverá.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,341 trilhões (49,64%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias,
portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.