quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

 A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DA HUMANIDADE E SOLIDARIEDADE NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ALTRUÍSMO, SABEDORIA, VISÃO OLÍMPICA E FRATERNIDADE UNIVERSAL NA SUSTENTABILIDADE

“Solidariedade no enfrentamento da Covid-19

        Com o avanço da pandemia da Covid-19 desde 2020, as Associações de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs), modelos de prisões humanizadas que visam à recuperação dos condenados e à promoção da justiça restaurativa, têm demonstrado que a união com outras instituições, o trabalho e a boa vontade fazem a diferença diante de situações de exceção, como as causadas pela Covid-19. As ações das Apacs para o enfrentamento da Covid-19 tiveram início em 2020, com a campanha “Humanizar a Pena, Promover a Vida”, na qual 400 recuperandos e recuperandas (condenados que cumprem pena nas Apacs) de 23 Apacs dos Estados de Minas Gerais e Maranhão, produziram mais de 400 mil máscaras de proteção contra a doença.

         A campanha foi uma realização da AVSI Brasil e Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), com apoio dos Tribunais de Justiça de Minas Gerais e Maranhão (TJMG e TJMA), Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG), Instituto Minas pela Paz, Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Maranhão, e contou com recursos da União Europeia, por meio do Instrumento Europeu para a Promoção da Democracia e Direitos Humanos (IEDDH). As máscaras foram entregues para as comunidades dos entornos das Apacs, secretarias de Saúde, asilos, órgãos públicos e instituições beneficentes, além de proteção dos próprios recuperandos e funcionários das Apacs.

         Outra situação agravada pela Covid-19 no país foi que, desde 2020, milhões de brasileiros vivenciam algum grau (leve, moderado ou grave) de insegurança alimentar. Segundo dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssann), 19 milhões de pessoas estão passando fome no Brasil. Um levantamento feito pelo grupo Alimento para Justiça, da Universidade Livre de Berlim, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e a Universidade de Brasília (UnB), apontou que mais da metade dos domicílios no país, 59,4%, se encontra em situação de insegurança alimentar durante a pandemia. Para reduzir esses impactos, 123 recuperandos e recuperandas de 13 Apacs dos Estados de Minas, Paraná e Maranhão deram início à campanha “Alimentando a Esperança: Paz, Justiça e Cidadania”, que nasceu com o objetivo de produzir e doar refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Até o momento, as Apacs já entregaram mais de 30 mil refeições.

         Com efeito, cabe destacar o envolvimento dos recuperandos nas duas campanhas: eles são os protagonistas das iniciativas. Todo o processo de confecção das máscaras e produção de refeições é feito por eles. Além disso, existe uma equipe que busca dar respostas integradas a dois dos principais problemas que emergiram com a pandemia: a fome e a desigualdade social. Iniciativas com essas são extremamente importantes para as pessoas que cumprem penas nas Apacs, uma vez que, durante a pandemia, essa população se viu frente a uma situação de “superisolamento”, devido à suspensão de visitas e limitação de determinadas atividades dentro dos espaços de cumprimento de pena.

         Dessa forma, as duas campanhas deixam um legado positivo para as comunidades das Apacs, impactando essencialmente dois públicos: os próprios recuperandos, que são empoderados para levar adiante ações de apoio a pessoas em condição de vulnerabilidade; e a comunidade como um todo, que se beneficia de políticas que promovem o ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável) e o ODS16 (Paz, Justiça e Instituições Eficazes), dentro e fora do sistema penitenciário.”.

(Déborah Amaral. Gerente geral de Minas Gerais na AVSI Brasil, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de dezembro de 2021, caderno OPINIÃO, página 16).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 3 de janeiro de 2022, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“Viver

        Além dos Evangelhos e de seus significados esotéricos, estudei a vida de Gandhi, de Buda, de Marco Aurélio, de Adriano, de Tolstoi, de Leonardo da Vinci, de Rudolf Steiner, de Pietro Ubaldi, de H.P. Blavatsky (Doutrina Secreta), de Albert Einstein, de Júlio César, adentrei-me no pensamento de Pitágoras e de Platão, visitei cidades da Magna Grécia, vibrei com a força dos versos de Dante Alighieri, de “A Obra em Negro”, de Marguerite Yourcenar, da vida extrema de Giordano Bruno, Galileu Galilei, Maria Antonieta e conde Fersen, de Napoleão, dos imperadores Augusto César, Calígula e Nero, de Hermes Trismegisto, Cosimo, Lorenzo e Caterina de Medici, Nicolau Maquiavel, Corregio da Parma, santo Agostinho e são Francisco, de Jean Victor Moreau, Victor Hugo, Giuseppe Mazzini, do conde de Cavour, dos Templários de Rhodes (fui visitar o castelo), do barão de Mauá, do conde de Saint Germain e de Cagliostro, Eliphas Levi, de Stevenborg, Gurdjief, Trigueirinho, dos navegadores Cristóvão Colombo, Américo Vespúcio e Fernão de Magalhães.

Li sobre os evangelhos apócrifos do mar Morto, sobre os segredos das pirâmides, os romances de Júlio Verne, a vida de Gengis Khan, dos imperadores chineses, de Rasputin e do cardeal de Richelieu, do rei Soleil e Joana d’Arc, de santa Tereza e de Torquemada, do imperador Carlos Magno, os segredos de Michelangelo, Rafael, Giotto e do Veronese, que até hoje vibram e se manifestam. Li sobre os Rosacruzes, sobre os Illuminati, os Rothschild, o Clube de Bilderberg. Estive entre sadhus e na casa da virgem Kumari, em Katmandu, no Nepal, molhei a cabeça nas águas de Varanasi.

Procurei entender das religiões o sentido mais profundo que faz de Deus o refúgio de seus filhos. Reconheci que no silêncio existe sua voz, que nos obstinamos a não escutar.

Passei pela leitura de Paul Brunton, Krishnamurti, Aurobindo, Yogananda, Arthur Powell, Stefan Zweig, Herman Hesse, Thomas Mann, Huberto Rohden, Bernardino del Boca, Charles Leadbeater, Annie Besant, Karl Jung, Georg Groddeck e muitos outros. Reconheci verdade nas Vidas Paralelas de Plutarco. A força das orações, a importância dos claustros.

Meditei sobre o Eclesiástico e o Eclesiastes de Qolet. Estudei a linguagem oculta dos Evangelhos e do Apocalipse de são João, que Rudolf Steiner descortina com luminosidade, matando a sede de saber.

Compreendi que nos cantos gregorianos e nos cantos dos monges budistas do Himalaia, ainda nos desenhos de Maurits Cornelis Escher e de Moebius, existe a mensagem que pode explicar o “cronovisor” do monge Pellegrino Ernetti, uma ficção real.

Visitei e vi Sai Baba em seu ashram em Puttaparthi, no Ceilão, entrei no templo que guarda o dente de Buda.

Senti a presença da Irmandade Branca, de um Mestre que me guia sem se mostrar, e a presença do conde de Saint Germain na Estátua da Liberdade, em Nova York, e o do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, deixando a Guilherme Marconi a tarefa de iluminá-la. Ainda no chá produzido em Darjeeling.

Compreendi o mito de Sísifo, de Midas, a viagem de Ulisses, o acorrentado Prometeu, Ícaro e Lucífer, que desafiam Deus. Da esfinge que mostra a peregrinação do homem; da saída do Éden provocada pela serpente e pela maçã. Em seguida, a morte de Abel, e disso sermos todos descendentes de Caim. Ajoelhei-me aos pés de Madonna de Fontanellato e agradeci, distribuí imagens de são Judas e guardo uma ao meu lado.

Compreendi o livre-arbítrio, que me dá a possibilidade de mudar o meu destino e ser vencedor. Senti nas profundezas da Cabala uma via, no sufismo a sublimidade, na doação da carne dos mortos aos abutres a destinação mais correta que praticam os budistas himalaios.

Passei a compreender a necessidade dos animais e da natureza e respeitá-los em suas necessidades, a entender o amor incondicional ao dono quando são respeitados.

 Em são Francisco descobri a santidade na simplicidade, a força que abre os estigmas como olhos para o além da ilusão.

Amansei minhas angústias quando senti que todo bem que nos fizermos aos outros nos protegerá. Que no ahimsa (não violência) existe a arma mais poderosa.

Agradeci por ter passado pelos maiores sofrimentos e aprendido que nesses momentos Deus me deu presentes.

Em qualquer hipótese vale a pena aceitar a vida como uma grande oportunidade, não culpar os outros pelos nossos insucessos, entendê-los como uma obra de arte que cabe a nós modelar, reconhecer que a solução está em nós, assim como o Reino de Deus.

A verdade chegará, porque a justiça divina tarda, mas não falha. Mais fácil que guerrear é perdoar, algo que o orgulho deixa impossível. Servir deixará um crédito que o destino nos devolverá.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em novembro a estratosférica marca de 346,12% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 129,64%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,74%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,341 trilhões (49,64%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 “VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos! 


Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

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