“A importância de humanizar o setor de recursos humanos
Empregados
já não são mais motivados exclusivamente por fatores que vão muito além de uma
boa remuneração. Benefícios como plano de saúde e horários flexíveis deixaram
de ser diferenciais que fazem com que o trabalhador se decida por determinada
empresa. Daí a necessidade de a área de recursos humanos investir em um
atendimento cada mais humanizado.
O setor
de RH é um dos mais relevantes dentro de uma empresa, pois é por meio dele que
novos talentos são captados e conflitos internos são resolvidos. Com isso, o RH
humanizado passou a ir além dessas tarefas, valorizando o capital humano e
tentando suprir as expectativas profissionais e pessoais dos colaboradores.
Esse
tipo de abordagem não trata o profissional apenas como uma peça da empresa, mas
tem o papel de buscar identificar o perfil dos colaboradores com o objetivo de
mapear os talentos e as dificuldades de forma a incentivar a utilização máxima
do potencial de cada um.
Esse
estilo de RH ficou ainda mais forte com a pandemia da Covid-19, já que foi
exigido que as empresas desenvolvessem mais empatia e tivessem mais preocupação
com o bem-estar dos funcionários. No entanto, ainda se tem uma dificuldade em
aplicar e perceber os benefícios dessa abordagem.
Existem
três pilares fundamentais para o sucesso dessa ação. O primeiro é a boa comunicação.
A troca de informações e experiências entre gestores, funcionários e o setor de
RH é essencial para que os times se conheçam e saibam dos potenciais e
dificuldades de cada um.
O
segundo pilar é a atenção com o bem-estar. O ambiente de trabalho deve ser
favorável para que as atividades sejam executadas com excelência. Vale
ressaltar que esse pilar também é fundamental para o trabalho em esquema de
home office. É papel do RH humanizado traçar estratégias como oferecer bons
equipamentos de trabalho para que o funcionário, mesmo em casa, tenha conforto
e estrutura necessária para desempenhar suas funções.
O
terceiro pilar prioriza justamente o colaborador. No RH humanizado, a pessoa
deve ser o centro de todas as ações desenvolvidas. A grande meta desta ação é
fazer com que os profissionais se sintam mais valorizados, tenham suas
necessidades atendidas e, assim, sejam mais produtivos. Um estudo de 2017 da
consultora de gestão Bain & Company aponta que um colaborador engajado é
44% mais produtivo do que um trabalhador somente satisfeito. Por isso, escutar
e incentivar os colaboradores passou a ser essencial, revertendo para a própria
empresa os ganhos com essa ação.
Como
demonstrado anteriormente, ter uma área de RH humanizado significa colocar as
pessoas como prioridade máxima da organização, que precisa entender o
trabalhador além da sua vida profissional e que incentivá-lo a crescer o fará
mais engajado e motivado, fazendo com que a empresa também prospere.”.
(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara
Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO,
página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1 de março de 2022, mesmo caderno,
página 16, de autoria de Mauro Sérgio Santos da Silva, doutor em
educação (UFU) e membro da Academia de Letras e Artes de Araguari, e que merece
igualmente integral transcrição:
“Educação e fraternidade
Todos
os anos, desde 1964, a Igreja Católica no Brasil, sob a tutela da Comissão
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove a Campanha da Fraternidade (CF).
trata-se de um conjunto de ações, reflexões e programas encetados a partir de
um tema social e politicamente pertinente da realidade brasileira.
As
Campanhas da Fraternidade têm por mote despertar o espírito comunitário,
propalar o sentimento de responsabilidade coletiva, educando para uma sociedade
fraterna e justa. Em 2022, com o tema “Fraternidade e educação”, a CF toma por
lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr, 31,26) com o objetivo de
realizar “diálogos a partir da realidade educativa brasileira, à luz da fé
cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.
O
referencial bíblico da campanha é o encontro de Jesus com a chamada “mulher
adúltera”, evento no qual o Mestre, com verve professoral, em poucas palavras e
gestos, deflagra a hipocrisia, alvitra para o perdão, orienta e aponta para o
caminho correto.
Profeticamente,
a Igreja insta à análise do contexto educacional brasileiro e seus desafios
exponencialmente potencializados pela pandemia da Covid-19, mas, antes de tudo,
torna premente uma reflexão radical acerca da essência ou razão de ser da
educação.
A
educação, tal como a concebe Hannah Arendt, é atividade humana ligada à
condição da natalidade, ou seja, ao fato de que novos seres humanos nascem para
o mundo ininterruptamente. Educar é, pois, nessa direção, acolher aqueles que
chegam a um mundo que lhes é estranho a fim de que, tomando parte desse mundo,
adquiram condições para construir o seu próprio universo. Educar é “iniciar
processos”.
Pela
educação, os jovens são inseridos no legado do universo simbólico, histórico e
cultural da humanidade. Por isso, conforme antigo provérbio africano, “é
necessária uma aldeia para se educar uma criança”. A educação é projeto de
humanidade. Nós nos humanizamos na companhia dos demais. Somos parte do todo
que é a comunidade humana e nossa casa comum, a Terra. Destarte, assim afirma a
filosofia ubuntu: “Eu sou porque nós somos”.
A
atividade educativa inicia-se no domínio privado do lar, no seio familiar,
prolonga-se na esfera escolar e se perpetua na vida em sociedade, na
comunidade, no espaço público.
Educar é
ato de fé nos seres humanos e gesto de amor pelo mundo. Nós nos educamos porque
acreditamos que as gerações futuras são capazes de criar um mundo melhor do que
aquele que herdaram.
A
educação, seguramente, não é panaceia, não é remédio para todos os males.
Todavia, se a educação, por si só, não muda a sociedade, tampouco, sem ela, a
sociedade muda. As transformações sociais passam pela educação. Nesse sentido,
a CNBB, atenta ao exemplo de Jesus, paradigma por excelência, do mestre
educador, torna imperativa uma educação para o diálogo, a tolerância, a
solidariedade, o humanismo, a formação integral dos sujeitos e, mormente, a
centralidade da dignidade humana.
Sob a
perspectiva cristã, os Evangelhos constituem um excelente projeto
político-pedagógico capitaneado por Jesus. A constituição do discipulado se
assemelha à formação de educadores daquele e de nosso tempo. E a evangelização
não é outra senão a educação para outro mundo possível.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno desenvolvimento
da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos
depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de
uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças
vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da
ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação,
da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
60
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação
dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.