sexta-feira, 25 de março de 2022

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DO ALTRUÍSMO, EMPATIA, COMUNICAÇÃO EFETIVA E CONFRONTAÇÃO PARA MELHOR NA QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO ENSINO, HUMANISMO INTEGRAL E SOLIDARIEDADE PARA UMA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE

“A importância de humanizar o setor de recursos humanos

       Empregados já não são mais motivados exclusivamente por fatores que vão muito além de uma boa remuneração. Benefícios como plano de saúde e horários flexíveis deixaram de ser diferenciais que fazem com que o trabalhador se decida por determinada empresa. Daí a necessidade de a área de recursos humanos investir em um atendimento cada mais humanizado.

         O setor de RH é um dos mais relevantes dentro de uma empresa, pois é por meio dele que novos talentos são captados e conflitos internos são resolvidos. Com isso, o RH humanizado passou a ir além dessas tarefas, valorizando o capital humano e tentando suprir as expectativas profissionais e pessoais dos colaboradores.

         Esse tipo de abordagem não trata o profissional apenas como uma peça da empresa, mas tem o papel de buscar identificar o perfil dos colaboradores com o objetivo de mapear os talentos e as dificuldades de forma a incentivar a utilização máxima do potencial de cada um.

         Esse estilo de RH ficou ainda mais forte com a pandemia da Covid-19, já que foi exigido que as empresas desenvolvessem mais empatia e tivessem mais preocupação com o bem-estar dos funcionários. No entanto, ainda se tem uma dificuldade em aplicar e perceber os benefícios dessa abordagem.

         Existem três pilares fundamentais para o sucesso dessa ação. O primeiro é a boa comunicação. A troca de informações e experiências entre gestores, funcionários e o setor de RH é essencial para que os times se conheçam e saibam dos potenciais e dificuldades de cada um.

         O segundo pilar é a atenção com o bem-estar. O ambiente de trabalho deve ser favorável para que as atividades sejam executadas com excelência. Vale ressaltar que esse pilar também é fundamental para o trabalho em esquema de home office. É papel do RH humanizado traçar estratégias como oferecer bons equipamentos de trabalho para que o funcionário, mesmo em casa, tenha conforto e estrutura necessária para desempenhar suas funções.

         O terceiro pilar prioriza justamente o colaborador. No RH humanizado, a pessoa deve ser o centro de todas as ações desenvolvidas. A grande meta desta ação é fazer com que os profissionais se sintam mais valorizados, tenham suas necessidades atendidas e, assim, sejam mais produtivos. Um estudo de 2017 da consultora de gestão Bain & Company aponta que um colaborador engajado é 44% mais produtivo do que um trabalhador somente satisfeito. Por isso, escutar e incentivar os colaboradores passou a ser essencial, revertendo para a própria empresa os ganhos com essa ação.

         Como demonstrado anteriormente, ter uma área de RH humanizado significa colocar as pessoas como prioridade máxima da organização, que precisa entender o trabalhador além da sua vida profissional e que incentivá-lo a crescer o fará mais engajado e motivado, fazendo com que a empresa também prospere.”.

(Rafael Dantas. Superintendente da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 8 de janeiro de 2022, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 1 de março de 2022, mesmo caderno, página 16, de autoria de Mauro Sérgio Santos da Silva, doutor em educação (UFU) e membro da Academia de Letras e Artes de Araguari, e que merece igualmente integral transcrição:

“Educação e fraternidade

       Todos os anos, desde 1964, a Igreja Católica no Brasil, sob a tutela da Comissão Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), promove a Campanha da Fraternidade (CF). trata-se de um conjunto de ações, reflexões e programas encetados a partir de um tema social e politicamente pertinente da realidade brasileira.

         As Campanhas da Fraternidade têm por mote despertar o espírito comunitário, propalar o sentimento de responsabilidade coletiva, educando para uma sociedade fraterna e justa. Em 2022, com o tema “Fraternidade e educação”, a CF toma por lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Pr, 31,26) com o objetivo de realizar “diálogos a partir da realidade educativa brasileira, à luz da fé cristã, propondo caminhos em favor do humanismo integral e solidário”.

         O referencial bíblico da campanha é o encontro de Jesus com a chamada “mulher adúltera”, evento no qual o Mestre, com verve professoral, em poucas palavras e gestos, deflagra a hipocrisia, alvitra para o perdão, orienta e aponta para o caminho correto.

         Profeticamente, a Igreja insta à análise do contexto educacional brasileiro e seus desafios exponencialmente potencializados pela pandemia da Covid-19, mas, antes de tudo, torna premente uma reflexão radical acerca da essência ou razão de ser da educação.

         A educação, tal como a concebe Hannah Arendt, é atividade humana ligada à condição da natalidade, ou seja, ao fato de que novos seres humanos nascem para o mundo ininterruptamente. Educar é, pois, nessa direção, acolher aqueles que chegam a um mundo que lhes é estranho a fim de que, tomando parte desse mundo, adquiram condições para construir o seu próprio universo. Educar é “iniciar processos”.

         Pela educação, os jovens são inseridos no legado do universo simbólico, histórico e cultural da humanidade. Por isso, conforme antigo provérbio africano, “é necessária uma aldeia para se educar uma criança”. A educação é projeto de humanidade. Nós nos humanizamos na companhia dos demais. Somos parte do todo que é a comunidade humana e nossa casa comum, a Terra. Destarte, assim afirma a filosofia ubuntu: “Eu sou porque nós somos”.

         A atividade educativa inicia-se no domínio privado do lar, no seio familiar, prolonga-se na esfera escolar e se perpetua na vida em sociedade, na comunidade, no espaço público.

         Educar é ato de fé nos seres humanos e gesto de amor pelo mundo. Nós nos educamos porque acreditamos que as gerações futuras são capazes de criar um mundo melhor do que aquele que herdaram.

         A educação, seguramente, não é panaceia, não é remédio para todos os males. Todavia, se a educação, por si só, não muda a sociedade, tampouco, sem ela, a sociedade muda. As transformações sociais passam pela educação. Nesse sentido, a CNBB, atenta ao exemplo de Jesus, paradigma por excelência, do mestre educador, torna imperativa uma educação para o diálogo, a tolerância, a solidariedade, o humanismo, a formação integral dos sujeitos e, mormente, a centralidade da dignidade humana.

         Sob a perspectiva cristã, os Evangelhos constituem um excelente projeto político-pedagógico capitaneado por Jesus. A constituição do discipulado se assemelha à formação de educadores daquele e de nosso tempo. E a evangelização não é outra senão a educação para outro mundo possível.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 132 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em janeiro a estratosférica marca de 346,31% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 128,36%; e já o IPCA, em fevereiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 10,54%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 521 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

60 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2021)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira, pois, o poder é para amar, servir e edificar!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

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