(Janeiro/2023 = mês 74; faltam 96 meses para a Primavera Brasileira)
“Falar é uma necessidade, escutar é uma
arte
A
chegada de um ano novo costuma ser um momento de reflexões, de fazer um balanço
do que deu certo e do que não saiu dentro do esperado. E de fazer novos planos
e, quem sabe, tirar do papel sonhos antigos nos próximos 12 meses. É válido um
pouco de poesia, uma porção generosa de esperança e uma boa dose de trabalho e
de oportunidades, são ingredientes essenciais para o que julgamos
indispensáveis para uma vida mais feliz.
Mas a
vida pede – exige de nós – muito mais do que isso. Pede entregas que, por
vezes, nem estamos tão dispostos a fazê-las. A vida pede aprendizado constante,
à medida que todos os dias surge algo novo para, de algum jeito, lidarmos com o
que não estava escrito. A vida, que nos últimos tempos insistiu em andar numa
corda bamba de sombrinha, pede a retomada de valores e o reavivamento de
sentimentos até então adormecidos e, sobretudo, por atitudes mais empáticas.
Aliás, empatia talvez tenha sido a palavra mais dita no planeta nos últimos
três anos, com o advento da pandemia.
Todavia,
colocar-se no lugar do outro talvez nem seja, de fato, possível. Olhar para
além de si mesmo e ver além das aparências, exige muito desprendimento e uma
capacidade de entrega inimagináveis. E se falar é uma necessidade para que, de
alguma forma, sejamos vistos e tenhamos os nossos desejos atendidos, saber
escutar é uma arte. Aliás, a escuta é um instrumento poderoso para a saúde das
relações, em todos os aspectos. E se puxarmos pela nossa memória, desde que
nascemos somos ensinados a falar, e para isso, estímulos não faltam, não é
mesmo?
Entretanto,
a vida anda tão corrida que a maioria de nós não se dá ao direito de escutar a
si próprio, quiçá de parar para escutar as “queixas” do outro. Sim, às vezes o
que o outro quer é apenas ser acolhido nas suas angústias e dores, sejam elas
do corpo ou da alma. Mas, para isso, é preciso tempo, não o relógio, e sim de
um tempo que tem a ver com um olhar compassivo, de uma escuta generosa, e de
uma palavra que se presta a tudo, inclusive a mudar histórias. Ah, sobre o ano
novo, é dentro de você que um ano novo cochila e espera desde sempre!”.
(Rita Andréa Guimarães. Psicanalista e
fundadora do Instituto e Câmara de Mediação Aplicada, em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de dezembro de 2022, caderno
OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de dezembro de 2022, mesmo
caderno, página 18, de autoria de Carlos Melles, presidente do Sebrae, e
que merece igualmente integral transcrição:
“Sebrae celebra um ano de muitas
conquistas
Chegamos
ao encerramento de mais um ano. Naturalmente, todo momento de término de um
ciclo é um convite à reflexão sobre os avanços conquistados e os desafios do
porvir. Neste momento em que 2022 fecha suas cortinas, aproveitamos para fazer
uma avaliação sobre o desenvolvimento dos pequenos negócios no Brasil e sobre a
atuação do Sebrae para o crescimento das micro e pequenas empresas e do
empreendedorismo.
Nos
últimos dois anos, enquanto nos preparávamos para comemorar nosso
cinquentenário, o Sebrae trabalhou para a ajudar os donos de pequenos negócios
a superar a crise gerada pela pandemia de Covid-19. Em um dos momentos mais
adversos da economia global, era urgente contribuir com a inclusão digital, com
o aumento da competitividade e da produtividade e com a introdução de práticas
inovadoras nas MPEs brasileiras.
O
resultado desse esforço pode ser visto no universo de empreendedores atendidos.
Em 2022 o Sebrae realizou, em média, 52 mil atendimentos por dia. Isso
significa que a instituição contemplou, em um mês, o mesmo volume de
atendimentos que eram feitos em um ano inteiro de trabalho, em 2012. Saltamos,
em um período de apenas quatro anos (entre 2018 e 2022), de 10,8 milhões para
19,2 milhões de atendimentos. Já o número de pessoas assistidas saiu de 5,3
milhões de empresários para 9,1 milhões de empreendedores.
Com as
restrições de mobilidade, geradas pela crise pandêmica, o Sebrae fortaleceu,
desde o início de 2020, as ações de qualificação online. Nesse contexto, a
instituição ampliou a grade de conteúdos que podem ser acessados de modo
virtual e criou – inclusive – uma modalidade de cursos realizados integralmente
por meio de aplicativos de mensagem (WhatsApp e Telegram). O resultado é que o
número de matrículas nos cursos a distância pulou de 722 mil, em 2018, para 2,7
milhões em 2022.
A
inovação e a inclusão digital também foram prioridades. Nos últimos quatro
anos, o Sebrae contribuiu em um grande esforço nacional para ampliar o
reconhecimento de novas indicações geográficas no país. Nesse período, tivemos
um crescimento de 67% no número de IG registradas, alcançando a marca de cem
indicações validadas pelo Inpi e mais 83 em fase de estruturação ou estágio
final de análise.
No
universo da competitividade, o Programa Brasil Mais, desenvolvido em parceria
com o Senai e Ministério da Economia, alcançou mais de 12 mil empresas –
somente na indústria – resultando em um incremento de 23% da produtividade e 8%
de faturamento das empresas contempladas. Esses resultados foram reproduzidos
também no comércio, com mais de 45 mil empresas participantes, registrando
aumento de 23% da produtividade e 6% do faturamento. O programa atendeu ainda
37 mil empresas do setor de Serviços, que apresentaram um ganho médio de 22% de
produtividade e 10,5% de faturamento.
Esses
números são uma pequena amostra dos resultados que o Sebrae alcançou ao assumir
o compromisso de continuar sendo a mais importante instituição de apoio aos pequenos negócios
brasileiros. Conseguimos colocar os desafios de empreender no Brasil em lugar
de destaque entre os grandes temas da sociedade brasileira.
Hoje, a
força dos pequenos negócios é um fato incontestável. As MPEs geraram, em
outubro passado, oito em cada dez empregos criados no país e são responsáveis
direta ou indiretamente pela manutenção de 86 milhões de brasileiros (o que
corresponde a 40% da população). Esperamos continuar contribuindo, ao longo dos
próximos anos, com a evolução do empreendedorismo no país e com o
fortalecimento da nossa pujante economia.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade
de nossas instituições, negligenciando a justiça,
a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador, Legislador
e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.