terça-feira, 3 de janeiro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DA EMPATIA E ESCUTA AMOROSA NA QUALIFICAÇÃO INTERPESSOAL PARA A TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS LUZES E DESAFIOS DO EMPREENDEDORISMO, TECNOLOGIAS, PRODUTIVIDADE E COMPETITIVIDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE (74/96)

(Janeiro/2023 = mês 74; faltam 96 meses para a Primavera Brasileira)

“Falar é uma necessidade, escutar é uma arte

       A chegada de um ano novo costuma ser um momento de reflexões, de fazer um balanço do que deu certo e do que não saiu dentro do esperado. E de fazer novos planos e, quem sabe, tirar do papel sonhos antigos nos próximos 12 meses. É válido um pouco de poesia, uma porção generosa de esperança e uma boa dose de trabalho e de oportunidades, são ingredientes essenciais para o que julgamos indispensáveis para uma vida mais feliz.

         Mas a vida pede – exige de nós – muito mais do que isso. Pede entregas que, por vezes, nem estamos tão dispostos a fazê-las. A vida pede aprendizado constante, à medida que todos os dias surge algo novo para, de algum jeito, lidarmos com o que não estava escrito. A vida, que nos últimos tempos insistiu em andar numa corda bamba de sombrinha, pede a retomada de valores e o reavivamento de sentimentos até então adormecidos e, sobretudo, por atitudes mais empáticas. Aliás, empatia talvez tenha sido a palavra mais dita no planeta nos últimos três anos, com o advento da pandemia.

         Todavia, colocar-se no lugar do outro talvez nem seja, de fato, possível. Olhar para além de si mesmo e ver além das aparências, exige muito desprendimento e uma capacidade de entrega inimagináveis. E se falar é uma necessidade para que, de alguma forma, sejamos vistos e tenhamos os nossos desejos atendidos, saber escutar é uma arte. Aliás, a escuta é um instrumento poderoso para a saúde das relações, em todos os aspectos. E se puxarmos pela nossa memória, desde que nascemos somos ensinados a falar, e para isso, estímulos não faltam, não é mesmo?

         Entretanto, a vida anda tão corrida que a maioria de nós não se dá ao direito de escutar a si próprio, quiçá de parar para escutar as “queixas” do outro. Sim, às vezes o que o outro quer é apenas ser acolhido nas suas angústias e dores, sejam elas do corpo ou da alma. Mas, para isso, é preciso tempo, não o relógio, e sim de um tempo que tem a ver com um olhar compassivo, de uma escuta generosa, e de uma palavra que se presta a tudo, inclusive a mudar histórias. Ah, sobre o ano novo, é dentro de você que um ano novo cochila e espera desde sempre!”.

(Rita Andréa Guimarães. Psicanalista e fundadora do Instituto e Câmara de Mediação Aplicada, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 28 de dezembro de 2022, caderno OPINIÃO, página 15).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de dezembro de 2022, mesmo caderno, página 18, de autoria de Carlos Melles, presidente do Sebrae, e que merece igualmente integral transcrição:

“Sebrae celebra um ano de muitas conquistas

       Chegamos ao encerramento de mais um ano. Naturalmente, todo momento de término de um ciclo é um convite à reflexão sobre os avanços conquistados e os desafios do porvir. Neste momento em que 2022 fecha suas cortinas, aproveitamos para fazer uma avaliação sobre o desenvolvimento dos pequenos negócios no Brasil e sobre a atuação do Sebrae para o crescimento das micro e pequenas empresas e do empreendedorismo.

         Nos últimos dois anos, enquanto nos preparávamos para comemorar nosso cinquentenário, o Sebrae trabalhou para a ajudar os donos de pequenos negócios a superar a crise gerada pela pandemia de Covid-19. Em um dos momentos mais adversos da economia global, era urgente contribuir com a inclusão digital, com o aumento da competitividade e da produtividade e com a introdução de práticas inovadoras nas MPEs brasileiras.

         O resultado desse esforço pode ser visto no universo de empreendedores atendidos. Em 2022 o Sebrae realizou, em média, 52 mil atendimentos por dia. Isso significa que a instituição contemplou, em um mês, o mesmo volume de atendimentos que eram feitos em um ano inteiro de trabalho, em 2012. Saltamos, em um período de apenas quatro anos (entre 2018 e 2022), de 10,8 milhões para 19,2 milhões de atendimentos. Já o número de pessoas assistidas saiu de 5,3 milhões de empresários para 9,1 milhões de empreendedores.

         Com as restrições de mobilidade, geradas pela crise pandêmica, o Sebrae fortaleceu, desde o início de 2020, as ações de qualificação online. Nesse contexto, a instituição ampliou a grade de conteúdos que podem ser acessados de modo virtual e criou – inclusive – uma modalidade de cursos realizados integralmente por meio de aplicativos de mensagem (WhatsApp e Telegram). O resultado é que o número de matrículas nos cursos a distância pulou de 722 mil, em 2018, para 2,7 milhões em 2022.

         A inovação e a inclusão digital também foram prioridades. Nos últimos quatro anos, o Sebrae contribuiu em um grande esforço nacional para ampliar o reconhecimento de novas indicações geográficas no país. Nesse período, tivemos um crescimento de 67% no número de IG registradas, alcançando a marca de cem indicações validadas pelo Inpi e mais 83 em fase de estruturação ou estágio final de análise.

         No universo da competitividade, o Programa Brasil Mais, desenvolvido em parceria com o Senai e Ministério da Economia, alcançou mais de 12 mil empresas – somente na indústria – resultando em um incremento de 23% da produtividade e 8% de faturamento das empresas contempladas. Esses resultados foram reproduzidos também no comércio, com mais de 45 mil empresas participantes, registrando aumento de 23% da produtividade e 6% do faturamento. O programa atendeu ainda 37 mil empresas do setor de Serviços, que apresentaram um ganho médio de 22% de produtividade e 10,5% de faturamento.

         Esses números são uma pequena amostra dos resultados que o Sebrae alcançou ao assumir o compromisso de continuar sendo a mais importante  instituição de apoio aos pequenos negócios brasileiros. Conseguimos colocar os desafios de empreender no Brasil em lugar de destaque entre os grandes temas da sociedade brasileira.

         Hoje, a força dos pequenos negócios é um fato incontestável. As MPEs geraram, em outubro passado, oito em cada dez empregos criados no país e são responsáveis direta ou indiretamente pela manutenção de 86 milhões de brasileiros (o que corresponde a 40% da população). Esperamos continuar contribuindo, ao longo dos próximos anos, com a evolução do empreendedorismo no país e com o fortalecimento da nossa pujante economia.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em novembro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,90%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2022, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,468 trilhões (52,18%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,884 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

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