(Março = mês 75; faltam 95 meses para a Primavera Brasileira)
“PACTO GLOBAL PELA SAÚDE MATERNA
A
ONU alertou na última semana sobre o alto índice de mortalidade de gestantes no
mundo. São dois óbitos por minuto, em média, durante a gravidez ou no momento
do parto.
Uma
realidade que deveria sensibilizar a comunidade internacional, principalmente
os países mais pobres, já que as mortes estão diretamente ligadas à falta de
acesso a serviços básicos de saúde. Quase todas as mortes estão diretamente
ligadas à falta de acesso a serviços básicos de saúde. Quase todas as mortes
maternas (99%) ocorrem em países em desenvolvimento.
No
Brasil, em 2021, morreram 107,53 gestantes para cada 100 mil partos. O número
está distante da meta estabelecida pela ONU, que é de 30 mortes para cada 100
mil gestações. Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOB). A
Covid-19 aumentou em cerca de 94% o número de mortes de gestantes em comparação
com os anos anteriores à pandemia. Os óbitos são a face mais grave da realidade
vivida por mulheres que não recebem o acompanhamento devido durante a gestação,
principalmente as gestantes em situação de vulnerabilidade social.
Do total
de mulheres mortas na gravidez no Brasil, 66% são negras, de acordo com a
enfermeira obstétrica do Hospital Sofia Feldman. O dado foi apresentado em
reunião da Comissão de Mulheres da Câmara Municipal de BH em outubro de 2021.
A
informação de qualidade é fundamental para ajudar as mulheres no planejamento
reprodutivo, incluindo o rastreamento de doenças preexistentes, que podem
elevar o risco de complicações no parto.
A
gravidez é cercada de crendices e mitos.
Um
processo tão delicado deve ser pautado por condutas baseadas na ciência,
respeitando as diferentes visões que os povos têm do parto. Entre as barreiras
para uma gestão de qualidade estão as “práticas culturais”, de acordo com a
Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
Ao lado
de uma campanha baseada em informação, urge a melhora no atendimento a
gestantes. É um direito de todas que desejam dar à luz ter o acompanhamento de
profissionais qualificados e de uma estrutura capaz de garantir a vida dela e
do bebê.”.
(Editorial do Jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 27 de fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.cnbb.org.br,
edição de 17 de fevereiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente
integral transcrição:
“COMPAIXÃO CURA
A
compaixão é um forro divino no coração humano capaz de tornar a interioridade
uma tenda alargada. Sem a compaixão o coração se estreita e passa a hospedar o
que adoece. Embora a doença seja um
componente da experiência humana, a cura torna-se mais difícil sem a compaixão.
Eis algumas lições do Papa Francisco, em mensagem pelo Dia Mundial do Doente.
Lições pertinentes e fortes, particularmente neste contexto da história tão
fragilizado por muitos adoecimentos. Não se pode correr o risco de camuflar o
enorme desafio dessa fragilidade, muitas vezes experimentada na própria pele.
Cabe, assim, enfrentar com humildade a doença, valendo-se de eficazes remédios:
a proximidade, a ternura e a compaixão.
É
preciso cultivar a humildade para superar processos de disputa e confrontos.
Exercitar a compaixão no próprio coração, capacitando-o para o cuidado de si e
do semelhante. Deus é esse amor cuidadoso. Ele oferece o seu zelo sem nada
pedir em troca. Cada um de seus filhos e filhas precisa seguir o seu exemplo,
buscando amorosamente cuidar uns dos outros, para, assim, despertar um
essencial sentido de cura, ajudando a vencer desencontros, doenças e
fragilidades tão comuns à condição humana. Compreende-se que crer
autenticamente significa abrir-se à aprendizagem da solicitude de Deus dedicada
à humanidade. Solicitude não é resposta a um favor recebido ou a um “mimo”
partilhado. O Papa Francisco sublinha o quanto é primordial aprender com Deus o
significado de caminhar juntos e não se deixar contagiar pela “cultura do
descarte”, nem tampouco medir a oferta da solicitude pelos critérios das afinidades e da
concordância ideológica.
A
compaixão ultrapassa a medida das afinidades. Faz valer a inegociável
relevância de cada pessoa, exigindo uma consideração de que o próximo, irmão e
irmã, não pode ser descartado, pois é merecedor de cuidados e de incondicional
respeito. Não há outro modo para enfrentar o isolamento que faz tão mal ao
coração humano. Por isso mesmo, posturas que negam a vivência da fraternidade
merecem análise e advertência. O ser humano não pode ser pautado pelo que se
opõe à fraternidade, com julgamentos motivados pelo desejo de vingança, por uma
incapacidade em perdoar e enxergar que todos são irmãos e irmãs uns dos outros.
Seus juízos podem até parecer coerentes com a realidade, mas estão na contramão
do que é verdadeiro, constituindo um risco tirânico e perverso para o bem
comum.
O Papa
Francisco, em sua mensagem, sublinha o quanto é importante reconhecer o
abandono enfrentado por muitas pessoas. E indica a importância de se prestar
atenção ao sentido central do movimento interior da compaixão, fazendo brotar a
atitude única e incomparável da solicitude, mesmo nas situações em que o
necessitado é um desconhecido, ou até mesmo um adversário. Nesse horizonte é
sempre oportuno retomar a lição interpelante do Samaritano. Ele disponibiliza
tudo o que possui e recomenda: “Trate bem dele”. Reconhece-se que a compaixão é
exigência quando se toma consciência da vulnerabilidade humana.
Importante
também é a advertência para não se cometer a covardia de abandonar quem
precisa, aprendendo a não se deixar envolver por mágoas. Somente a compaixão,
em qualquer circunstância, tem propriedade para tratar o outro como irmão. Sem
um coração compassivo, perde-se a paz com Deus, pois há uma incapacitação para
o relacionamento fraterno. Há de ser cuidar para que critérios e juízos
contaminados por mágoas e disputas não definam a consideração pelo outro. Ao
faltar a compaixão dá-se lugar a escolhas comprometidas, reações
injustificadas, que obscurecem o luminoso reconhecimento da sacralidade de cada
pessoa – filho e filha de Deus.
O
primeiro passo para revestir a própria interioridade com o tecido da compaixão
é sempre ser grato. Esquecida e não praticada a gratidão, deixa-se de alcançar
a conquista espiritual da compaixão. Bem diz o Papa Francisco na Carta
Encíclica Fratelli Tutti: a parábola do Bom Samaritano mostra como se pode
refazer uma comunidade. Cada pessoa contribui para fazer surgir essa comunidade
renovada quando assume as dores do próximo como se fossem as suas próprias
dores. Vale, pois, ser eterno aprendiz da compaixão para dissipar ódios e
restaurar inteirezas, levando a cura ao próximo e ao próprio coração
adoecido.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Sangue, suor e lágrimas,