domingo, 5 de março de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DO EXTREMO ZELO PELA PLENA MATERNIDADE E CIDADANIA NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA COMPAIXÃO, DIGNIDADE HUMANA, SOLIDARIEDADE E FRATERNIDADE NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (75/95)

(Março = mês 75; faltam 95 meses para a Primavera Brasileira)

“PACTO GLOBAL PELA SAÚDE MATERNA

       A ONU alertou na última semana sobre o alto índice de mortalidade de gestantes no mundo. São dois óbitos por minuto, em média, durante a gravidez ou no momento do parto.

         Uma realidade que deveria sensibilizar a comunidade internacional, principalmente os países mais pobres, já que as mortes estão diretamente ligadas à falta de acesso a serviços básicos de saúde. Quase todas as mortes estão diretamente ligadas à falta de acesso a serviços básicos de saúde. Quase todas as mortes maternas (99%) ocorrem em países em desenvolvimento.

         No Brasil, em 2021, morreram 107,53 gestantes para cada 100 mil partos. O número está distante da meta estabelecida pela ONU, que é de 30 mortes para cada 100 mil gestações. Os dados são do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOB). A Covid-19 aumentou em cerca de 94% o número de mortes de gestantes em comparação com os anos anteriores à pandemia. Os óbitos são a face mais grave da realidade vivida por mulheres que não recebem o acompanhamento devido durante a gestação, principalmente as gestantes em situação de vulnerabilidade social.

         Do total de mulheres mortas na gravidez no Brasil, 66% são negras, de acordo com a enfermeira obstétrica do Hospital Sofia Feldman. O dado foi apresentado em reunião da Comissão de Mulheres da Câmara Municipal de BH em outubro de 2021.

         A informação de qualidade é fundamental para ajudar as mulheres no planejamento reprodutivo, incluindo o rastreamento de doenças preexistentes, que podem elevar o risco de complicações no parto.

         A gravidez é cercada de crendices e mitos.

         Um processo tão delicado deve ser pautado por condutas baseadas na ciência, respeitando as diferentes visões que os povos têm do parto. Entre as barreiras para uma gestão de qualidade estão as “práticas culturais”, de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

         Ao lado de uma campanha baseada em informação, urge a melhora no atendimento a gestantes. É um direito de todas que desejam dar à luz ter o acompanhamento de profissionais qualificados e de uma estrutura capaz de garantir a vida dela e do bebê.”.

(Editorial do Jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de fevereiro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.cnbb.org.br, edição de 17 de fevereiro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“COMPAIXÃO CURA

       A compaixão é um forro divino no coração humano capaz de tornar a interioridade uma tenda alargada. Sem a compaixão o coração se estreita e passa a hospedar o que adoece. Embora a doença  seja um componente da experiência humana, a cura torna-se mais difícil sem a compaixão. Eis algumas lições do Papa Francisco, em mensagem pelo Dia Mundial do Doente. Lições pertinentes e fortes, particularmente neste contexto da história tão fragilizado por muitos adoecimentos. Não se pode correr o risco de camuflar o enorme desafio dessa fragilidade, muitas vezes experimentada na própria pele. Cabe, assim, enfrentar com humildade a doença, valendo-se de eficazes remédios: a proximidade, a ternura e a compaixão.

         É preciso cultivar a humildade para superar processos de disputa e confrontos. Exercitar a compaixão no próprio coração, capacitando-o para o cuidado de si e do semelhante. Deus é esse amor cuidadoso. Ele oferece o seu zelo sem nada pedir em troca. Cada um de seus filhos e filhas precisa seguir o seu exemplo, buscando amorosamente cuidar uns dos outros, para, assim, despertar um essencial sentido de cura, ajudando a vencer desencontros, doenças e fragilidades tão comuns à condição humana. Compreende-se que crer autenticamente significa abrir-se à aprendizagem da solicitude de Deus dedicada à humanidade. Solicitude não é resposta a um favor recebido ou a um “mimo” partilhado. O Papa Francisco sublinha o quanto é primordial aprender com Deus o significado de caminhar juntos e não se deixar contagiar pela “cultura do descarte”, nem tampouco medir a oferta da solicitude  pelos critérios das afinidades e da concordância ideológica.

         A compaixão ultrapassa a medida das afinidades. Faz valer a inegociável relevância de cada pessoa, exigindo uma consideração de que o próximo, irmão e irmã, não pode ser descartado, pois é merecedor de cuidados e de incondicional respeito. Não há outro modo para enfrentar o isolamento que faz tão mal ao coração humano. Por isso mesmo, posturas que negam a vivência da fraternidade merecem análise e advertência. O ser humano não pode ser pautado pelo que se opõe à fraternidade, com julgamentos motivados pelo desejo de vingança, por uma incapacidade em perdoar e enxergar que todos são irmãos e irmãs uns dos outros. Seus juízos podem até parecer coerentes com a realidade, mas estão na contramão do que é verdadeiro, constituindo um risco tirânico e perverso para o bem comum.

         O Papa Francisco, em sua mensagem, sublinha o quanto é importante reconhecer o abandono enfrentado por muitas pessoas. E indica a importância de se prestar atenção ao sentido central do movimento interior da compaixão, fazendo brotar a atitude única e incomparável da solicitude, mesmo nas situações em que o necessitado é um desconhecido, ou até mesmo um adversário. Nesse horizonte é sempre oportuno retomar a lição interpelante do Samaritano. Ele disponibiliza tudo o que possui e recomenda: “Trate bem dele”. Reconhece-se que a compaixão é exigência quando se toma consciência da vulnerabilidade humana.

         Importante também é a advertência para não se cometer a covardia de abandonar quem precisa, aprendendo a não se deixar envolver por mágoas. Somente a compaixão, em qualquer circunstância, tem propriedade para tratar o outro como irmão. Sem um coração compassivo, perde-se a paz com Deus, pois há uma incapacitação para o relacionamento fraterno. Há de ser cuidar para que critérios e juízos contaminados por mágoas e disputas não definam a consideração pelo outro. Ao faltar a compaixão dá-se lugar a escolhas comprometidas, reações injustificadas, que obscurecem o luminoso reconhecimento da sacralidade de cada pessoa – filho e filha de Deus.

         O primeiro passo para revestir a própria interioridade com o tecido da compaixão é sempre ser grato. Esquecida e não praticada a gratidão, deixa-se de alcançar a conquista espiritual da compaixão. Bem diz o Papa Francisco na Carta Encíclica Fratelli Tutti: a parábola do Bom Samaritano mostra como se pode refazer uma comunidade. Cada pessoa contribui para fazer surgir essa comunidade renovada quando assume as dores do próximo como se fossem as suas próprias dores. Vale, pois, ser eterno aprendiz da compaixão para dissipar ódios e restaurar inteirezas, levando a cura ao próximo e ao próprio coração adoecido.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em outubro a estratosférica marca de 399,5% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 132,5%; e já o IPCA, em janeiro, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,77%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 522 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

 Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

 Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

 Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

 Nosso patrimônio público.

 Patrimônio esse construído com o

 Sangue, suor e lágrimas,

 Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

 Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

 

 

 

 

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