(Junho = mês 78; faltam 92 meses para a Primavera Brasileira)
“Brasil e a busca pelo protagonismo no
desenvolvimento verde
O
Brasil assumirá a presidência do G-20, em dezembro, pelo período de um ano. O
grupo representa 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da população
do planeta. Foi concebido como um fórum de diálogo para reunir as maiores
economias avançadas e emergentes e discutir estratégias de estabilização do
mercado financeiro global. A agenda se expandiu e hoje inclui tema como o
desenvolvimento econômico e social sustentável.
Diferentemente
de outras organizações internacionais, o G-20 não tem equipe permanente. A
presidência é anual e rotativa entre os membros, sendo o país-presidente
incumbido de estabelecer uma equipe para a condução das pautas. Ele também pode
estabelecer um programa de trabalho, mas deve dar continuidade aos debates que
já estão na mesa. O que acontece é que esses países acabam introduzindo
assuntos do seu interesse. E é por isso que a entrada do Brasil na presidência
tem gerado tantas expectativas.
Diversas
instituições almejam que o Brasil fortaleça no G-20 o debate sobre uma economia
verde. Grande parte dessa expectativa se baseia nos ganhos econômicos e sociais
que o Brasil e outros países podem ter com o avançar dessa agenda.
Antes
mesmo de assumir seu mandato, o presidente Lula discursou na Conferência das
Partes, realizada no Egito, e afirmou que “não medirá esforços para zerar o
desmatamento de nossos biomas até 2030 (...) e que é preciso produzir com foco
no desenvolvimento integrado e na responsabilidade climática”. A colocação do
agora presidente não é composta apenas por altruísmo e benevolência. O Brasil
tem muito o que ganhar com a transição para uma economia verde.
O ganho
mais óbvio é o do mercado de carbono. Segundo estimativas da Câmara de Comércio
Internacional (ICC Brasil), até 2030, serão US$ 100 bilhões. Essa estimativa
considera apenas uma pequena parte dos 497 milhões de hectares de florestas
nativas que o país possui, segundo relatório produzido pela Organização das
Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Um dos
maiores desafios de uma economia verde é a produção de energia limpa. Entre
2021 e 2022, o Brasil subiu cinco posições no ranking mundial, com 24 gigawatts
de energia solar instalada. Atenção especial a Minas Gerais que ocupa a
liderança nessa produção e é o Estado que mais tem investido e aberto mercado.
Ainda no
quesito energia, o Goldman Sachs estima que o mercado de hidrogênio verde
ultrapassará US$ 1,9 trilhões. Como a produção de hidrogênio verde depende da
utilização de fontes renováveis, esse mercado tende a ser dividido pelos países
com matrizes energéticas mais limpas, e o Brasil está bem posicionado, embora precise
investir no desenvolvimento tecnológico.
Falando
em desenvolvimento tecnológico, a Fortune Business Insights estima que o
mercado de tecnologias verdes movimentará US$ 41,6 bilhões em 2028. Com o nosso
potencial, era para sermos capazes de abocanhar uma parte significativa desse
mercado.
Situação
semelhante é vivida na chamada “economia digital”. Segundo a Fortune Business
Insights, o mercado movimentará US$ 3 trilhões em 2028. Vale ressaltar que se
acresce a esse mercado o de reciclagem e tratamento de resíduos eletrônicos,
que movimentará US$ 36 milhões e é relevante pelo ponto de vista social e
ambiental.
A
economia verde pode fortalecer a geração de empregos qualificados, a melhoria
da eficiência produtiva, a redução de custos de produção, a abertura de novos
mercados, a propulsão de inovações, a maior geração e utilização de dados em
processos decisórios e o financiamento internacional de parte do processo de
transição.
Todas
essas razões têm feito com que o governo brasileiro seja pressionado a utilizar
o espaço conquistado na presidência do G-20 para promover debates relativos a
essa temática naquele que é hoje considerado um dos maiores influenciadores de
políticas de desenvolvimento no mundo.”.
(Paulo Guerra. Gerente da Área de Gestão
Pública da Fundação Dom Cabral, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 30 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 20).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo
publicado no mesmo veículo, edição de 29 de maio de 2023, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“O paradoxo de Fermi
Pode-se
assistir no YouTube a diferentes documentários que tratam da paradoxal
possibilidade de existirem em nossa galáxia, a Via Láctea, mais de 100 mil
civilizações em outros tantos planetas similares à Terra. Isso remete ao
paradoxo de Enrico Fermi, físico italiano, Prêmio Nobel em 1938, com apenas 37
anos. Era considerado um gênio, e a ele se devem os primeiros estudos e
concepções sobre a física quântica.
Dotado
de capacidades incomuns, que o fizeram o principal responsável pelo
desenvolvimento do primeiro reator nuclear, formulou, no ano de 1950, durante discussão
com outros cientistas, a hipótese de existirem outras civilizações no universo
e, ainda, na nossa galáxia.
O
paradoxo estaria no conflito entre um argumento de escala e probabilidade e a
falta de evidências. Ele afirmou que “o aparente tamanho e idade do universo
sugerem que muitas civilizações extraterrestres tecnologicamente avançadas
deveriam existir. Entretanto, essa hipótese parece inconsistente pela falta de
evidências e provas concretas para suportá-la”.
O
primeiro aspecto do paradoxo, “o argumento de escala”, é uma função dos números
envolvidos: há aproximadamente 200-400 bilhões de estrelas, ou sistemas
solares, na Via Láctea, que é apenas uma em cerca de 2 trilhões de galáxias
visíveis. Disso pode-se calcular a presença de 70 sextilhões (sete seguido por
vinte e dois zeros) de sistemas solares no universo visível.
À Via
Láctea, entretanto, Enrico Fermi atribui a possibilidade de existir um planeta
igual à Terra a cerca de 4 milhões de sistemas solares, daí chega-se à
possibilidade de termos na galáxia 100 mil civilizações terrestres. Isso
excluindo-se os cerca de 2 trilhões de galáxias visíveis, que poderiam ter as
mesmas presenças de civilizações.
Civilizações
seriam comuns, contudo dificultadas pelas distâncias e tecnologias à disposição
delas.
O mais
surpreendente, nesses cálculos “possíveis”, é que “a Terra, com seus 3,8
bilhões de anos de existência”, seria um astro recente, enquanto outros contam
com mais que o dobro de idade. Quer dizer, cerca de 4 bilhões de anos mais
velhos ou evoluídos. Perdidos no meio de imensidões que se renovam a cada
avanço, ficamos expostos a possibilidades incríveis, incalculáveis, como os
bilhões de anos evolutivos a mais de planetas similares ao nosso.
Se na
“vastidão” da Terra, que nesses cálculos se reduz a um simples granel de areia
numa praia de Copacabana, existem aborígenes das ilhas Papua a testemunhar uma
involução de alguns milhares de anos atrás, o que somos no Homo sapiens em
relação aos possíveis alienígenas presentes no universo? A existência de
civilizações milhões de vezes mais evoluídas que a nossa seria, então, outra
possibilidade absoluta, mesmo que paradoxal.
A
humanidade tem muito a evoluir, a descobrir, a mudar os comportamentos e
atitudes.
Sinais
recentes indicam que já entramos numa aceleração evolutiva que apresenta novos
biotipos humanos produzidos pelas últimas gerações.
A mesma
física quântica descortinada por cientistas como Enrico Fermi deve representar
um avanço que parecia intransponível e já estará disponível em equipamentos
computacionais comercializados em 2025.
Está
nascendo agora, como era previsto, o homem cósmico, voltado para a imensidão
acima de sua cabeça.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da
fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais
devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
61
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim! Eternamente!”.