sexta-feira, 2 de junho de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DO PROTAGONISMO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DA QUALIFICAÇÃO HUMANA, ESPIRITUALIDADE, ÉTICA, ALTRUÍSMO E VISÃO OLÌMPICA NA NOVA ORDEM CIVILIZATÓRIA NA SUSTENTABILIDADE (78/92)

(Junho = mês 78; faltam 92 meses para a Primavera Brasileira)

“Brasil e a busca pelo protagonismo no desenvolvimento verde

       O Brasil assumirá a presidência do G-20, em dezembro, pelo período de um ano. O grupo representa 80% do PIB mundial, 75% do comércio global e 60% da população do planeta. Foi concebido como um fórum de diálogo para reunir as maiores economias avançadas e emergentes e discutir estratégias de estabilização do mercado financeiro global. A agenda se expandiu e hoje inclui tema como o desenvolvimento econômico e social sustentável.

         Diferentemente de outras organizações internacionais, o G-20 não tem equipe permanente. A presidência é anual e rotativa entre os membros, sendo o país-presidente incumbido de estabelecer uma equipe para a condução das pautas. Ele também pode estabelecer um programa de trabalho, mas deve dar continuidade aos debates que já estão na mesa. O que acontece é que esses países acabam introduzindo assuntos do seu interesse. E é por isso que a entrada do Brasil na presidência tem gerado tantas expectativas.

         Diversas instituições almejam que o Brasil fortaleça no G-20 o debate sobre uma economia verde. Grande parte dessa expectativa se baseia nos ganhos econômicos e sociais que o Brasil e outros países podem ter com o avançar dessa agenda.

         Antes mesmo de assumir seu mandato, o presidente Lula discursou na Conferência das Partes, realizada no Egito, e afirmou que “não medirá esforços para zerar o desmatamento de nossos biomas até 2030 (...) e que é preciso produzir com foco no desenvolvimento integrado e na responsabilidade climática”. A colocação do agora presidente não é composta apenas por altruísmo e benevolência. O Brasil tem muito o que ganhar com a transição para uma economia verde.

         O ganho mais óbvio é o do mercado de carbono. Segundo estimativas da Câmara de Comércio Internacional (ICC Brasil), até 2030, serão US$ 100 bilhões. Essa estimativa considera apenas uma pequena parte dos 497 milhões de hectares de florestas nativas que o país possui, segundo relatório produzido pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

         Um dos maiores desafios de uma economia verde é a produção de energia limpa. Entre 2021 e 2022, o Brasil subiu cinco posições no ranking mundial, com 24 gigawatts de energia solar instalada. Atenção especial a Minas Gerais que ocupa a liderança nessa produção e é o Estado que mais tem investido e aberto mercado.

         Ainda no quesito energia, o Goldman Sachs estima que o mercado de hidrogênio verde ultrapassará US$ 1,9 trilhões. Como a produção de hidrogênio verde depende da utilização de fontes renováveis, esse mercado tende a ser dividido pelos países com matrizes energéticas mais limpas, e o Brasil está bem posicionado, embora precise investir no desenvolvimento tecnológico.

         Falando em desenvolvimento tecnológico, a Fortune Business Insights estima que o mercado de tecnologias verdes movimentará US$ 41,6 bilhões em 2028. Com o nosso potencial, era para sermos capazes de abocanhar uma parte significativa desse mercado.

         Situação semelhante é vivida na chamada “economia digital”. Segundo a Fortune Business Insights, o mercado movimentará US$ 3 trilhões em 2028. Vale ressaltar que se acresce a esse mercado o de reciclagem e tratamento de resíduos eletrônicos, que movimentará US$ 36 milhões e é relevante pelo ponto de vista social e ambiental.

         A economia verde pode fortalecer a geração de empregos qualificados, a melhoria da eficiência produtiva, a redução de custos de produção, a abertura de novos mercados, a propulsão de inovações, a maior geração e utilização de dados em processos decisórios e o financiamento internacional de parte do processo de transição.

         Todas essas razões têm feito com que o governo brasileiro seja pressionado a utilizar o espaço conquistado na presidência do G-20 para promover debates relativos a essa temática naquele que é hoje considerado um dos maiores influenciadores de políticas de desenvolvimento no mundo.”.

(Paulo Guerra. Gerente da Área de Gestão Pública da Fundação Dom Cabral, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 30 de maio de 2023, caderno OPINIÃO, página 20).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no mesmo veículo, edição de 29 de maio de 2023, caderno A.PARTE, página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente integral transcrição:

“O paradoxo de Fermi

       Pode-se assistir no YouTube a diferentes documentários que tratam da paradoxal possibilidade de existirem em nossa galáxia, a Via Láctea, mais de 100 mil civilizações em outros tantos planetas similares à Terra. Isso remete ao paradoxo de Enrico Fermi, físico italiano, Prêmio Nobel em 1938, com apenas 37 anos. Era considerado um gênio, e a ele se devem os primeiros estudos e concepções sobre a física quântica.

         Dotado de capacidades incomuns, que o fizeram o principal responsável pelo desenvolvimento do primeiro reator nuclear, formulou, no ano de 1950, durante discussão com outros cientistas, a hipótese de existirem outras civilizações no universo e, ainda, na nossa galáxia.

         O paradoxo estaria no conflito entre um argumento de escala e probabilidade e a falta de evidências. Ele afirmou que “o aparente tamanho e idade do universo sugerem que muitas civilizações extraterrestres tecnologicamente avançadas deveriam existir. Entretanto, essa hipótese parece inconsistente pela falta de evidências e provas concretas para suportá-la”.

         O primeiro aspecto do paradoxo, “o argumento de escala”, é uma função dos números envolvidos: há aproximadamente 200-400 bilhões de estrelas, ou sistemas solares, na Via Láctea, que é apenas uma em cerca de 2 trilhões de galáxias visíveis. Disso pode-se calcular a presença de 70 sextilhões (sete seguido por vinte e dois zeros) de sistemas solares no universo visível.

         À Via Láctea, entretanto, Enrico Fermi atribui a possibilidade de existir um planeta igual à Terra a cerca de 4 milhões de sistemas solares, daí chega-se à possibilidade de termos na galáxia 100 mil civilizações terrestres. Isso excluindo-se os cerca de 2 trilhões de galáxias visíveis, que poderiam ter as mesmas presenças de civilizações.

         Civilizações seriam comuns, contudo dificultadas pelas distâncias e tecnologias à disposição delas.

         O mais surpreendente, nesses cálculos “possíveis”, é que “a Terra, com seus 3,8 bilhões de anos de existência”, seria um astro recente, enquanto outros contam com mais que o dobro de idade. Quer dizer, cerca de 4 bilhões de anos mais velhos ou evoluídos. Perdidos no meio de imensidões que se renovam a cada avanço, ficamos expostos a possibilidades incríveis, incalculáveis, como os bilhões de anos evolutivos a mais de planetas similares ao nosso.

         Se na “vastidão” da Terra, que nesses cálculos se reduz a um simples granel de areia numa praia de Copacabana, existem aborígenes das ilhas Papua a testemunhar uma involução de alguns milhares de anos atrás, o que somos no Homo sapiens em relação aos possíveis alienígenas presentes no universo? A existência de civilizações milhões de vezes mais evoluídas que a nossa seria, então, outra possibilidade absoluta, mesmo que paradoxal.

         A humanidade tem muito a evoluir, a descobrir, a mudar os comportamentos e atitudes.

         Sinais recentes indicam que já entramos numa aceleração evolutiva que apresenta novos biotipos humanos produzidos pelas últimas gerações.

         A mesma física quântica descortinada por cientistas como Enrico Fermi deve representar um avanço que parecia intransponível e já estará disponível em equipamentos computacionais comercializados em 2025.

         Está nascendo agora, como era previsto, o homem cósmico, voltado para a imensidão acima de sua cabeça.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 13,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em abril, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 4,18%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

61 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2022)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.

 

 

 

 

        

 

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