“A expectativa do ‘ano da transmissão de energia’
Com
a perspectiva de que até o final deste ano serão realizados os maiores leilões
para contratação de energia da história, 2023 é considerado o ‘ano da transmissão’
no Brasil. A expansão do setor deve demandar mais de R$ 50 bilhões em
investimentos até 2030, segundo estudo para ampliação do Sistema Interligado
Nacional (SIN), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e outras entidades.
Empresas
do ramo alertam para o compromisso de investimento em infraestrutura, para
assegurar que o sistema elétrico nacional retome o crescimento e se fortaleça
para a demanda. Recentemente, a EPE lembrou que a expectativa é quadruplicar
até 2028 a capacidade de escoamento da energia gerada na região Nordeste para o
Sudeste. Nova projetos devem elevar a capacidade de 7,5 GW, em 2022, para 32
GW, já em 2023.
O setor
elétrico brasileiro vive momento de transição tecnológica e de uma série de
mudanças, legais e normativas. A ampliação do mercado de energia está na pauta
do dia, com o PL 4414/2021. Sua tramitação depende do governo federal, que
promete nova proposta regulatória para o setor até o mês de outubro. Mudanças
devem abrir o mercado de energia para todos os consumidores, inclusive de baixa
tensão (residenciais).
A
característica de que o Brasil possui matriz elétrica privilegiada (mais de 80%
renováveis) torna o país referência mundial em energias limpas. E, ao mesmo
tempo, sua continentalidade torna o sistema robusto e extenso, com 179.300 km
(2022). Graças a essas características, o país atraiu a sede de grandes
empresas que atuam na área, como a italiana SAE Towers, com sede em Minas
Gerais (Betim).
A SAE
Towers participa desde 1999 do mercado e contribui, com o sucesso de
empreendimentos ícones do setor, como as interligações de Madeira, Belo Monte,
Manaus, Xingu e outras, com soluções de transmissão desde o desenvolvimento de
engenharia, fabricação de produtos, estação de testes e execução de projetos
EPC. No portfólio está a maior torre treliçada de travessia do país, com quase
190 m de altura, além de amplo acervo de estruturas e ferramentas instaladas
com sucesso no Brasil e nas Américas, destacando a solução completa “in-house”
como seu maior diferencial.
Atuante,
a SAE Towers participa de iniciativas relacionadas com as nossas políticas de
descarbonização, acompanhando os avanços para consolidar o hidrogênio verde
(H2V) brasileiro como potencial vetor da transição energética. É subsidiária da
KEC International, presente em mais de 50 países e com experiência em
infraestrutura de transmissão e distribuição de energia, cabos,
telecomunicações, transporte ferroviário, saneamento e tratamento de água e
efluentes.
A SAE
faz parte de grupos de revisão das normas brasileiras para o setor, como membro
do Comitê Internacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica; e das
Associações Brasileiras da Construção Metálica e de Energia Solar
Fotovoltaica.”.
(Felipe de Queiroz Mesquita. Responsável pela
comunicação social da SAE Towers, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 20 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página
17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br.,
edição de 13 de outubro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“O alerta do Papa Francisco
O
Papa Francisco, em tom de advertência , faz um novo apelo, na Exortação
Apostólica ‘Laudate Deum/Louvai a Deus’, à consciência ecológica mundial:
governantes, servidores do povo, Igreja e a sociedade precisam dedicar especial
atenção à crise climática global. O novo apelo estabelece relação de
continuidade com a Carta Encíclica “Laudato Si’”, publicada há quatro anos,
quando o Papa Francisco, magistralmente iluminou a compreensão, o sentido e o
alcance do conceito de ecologia integral. A Carta Encíclica sublinhou que as
questões ambientais não estão isoladas, nem podem ser tratadas fora do
horizonte maior relacionado à dignidade humana, diante do compromisso da
inviolabilidade da vida em todas as suas etapas, da concepção ao declínio com a
morte natural. Tudo está interligado e convive-se com prejuízos terríveis
quando não se tem o olhar terno de Jesus dedicado a toda Criação.
O olhar
de Jesus inspirou a vida de Francisco de Assis, seus cânticos e gestos. São
Francisco bem expressou a sensibilidade de Jesus diante das criaturas de seu
Pai. Seu olhar terno e reverente está na contramão do planeta maltratado: a
situação da Terra mostra que o cuidado com a casa comum ainda não é suficiente.
O que se verifica é o assombro de prejuízos irreversíveis que mortalmente
atingem a dignidade do ser humano. Esses prejuízos são apontados pelo Papa
Francisco com a força de uma profecia corajosa. Os cenários de pobreza e de
exclusão social, conflitos, mortes, manifestações furiosas da natureza
comprovam a gravidade da situação, que ameaça a dignidade humana. Por isso, a
insistente lembrança de que tudo está interligado, inspirando o engajamento de
todos para a adoção de um novo estilo de vida. É preciso superar determinados
modos de agir no mundo, indiferentes em relação ao planeta, pautados pela
mesquinhez p recordando acontecimentos narrados na Bíblia.
A
narrativa da arca de Noé, Livro do Gênesis, expressa, com especial força
performativa, como se chega fácil ao caos irreversível. Não se trata de uma
simples abordagem ligada à preservação da fauna e da flora. Inclui a
necessidade do cuidado com o semelhante, condição essencial para a
autopreservação. Nessa perspectiva, as alterações climáticas trazem
consequências para cada pessoa, exigindo uma adequada resposta de todos, com a
adoção de um novo estilo de vida. O ataque à natureza, seja qual for a
intensidade e circunstância, traz consequências nefastas à vida de todos. A
defesa do meio ambiente não se trata de uma questão secundária ou ideológica.
Diz respeito ao enfrentamento de um problema que prejudica todos os homens e
mulheres, em qualquer parte do mundo. Uma situação que, se não for enfrentada,
levará ao agravamento de tantos outros flagelos: a guerras, a fome, a miséria,
a exaustão dos recursos naturais e de tantos outros bens escassos, a exemplo da
água.
O apelo
do Papa Francisco mostra que não se pode negar, esconder e dissimular os sinais
de problemas graves. A humanidade já convive com fenômenos extremos – calor
anormal, seca e outros “gemidos” do planeta Terra. São sinais de uma doença
silenciosa que está solapando a vida no planeta, particularmente das pessoas. É
preciso escutar o grito do planeta e dos pobres, pois a gradativa elevação da
temperatura global faz progressivamente crescer a probabilidade de eventos
catastróficos. O aumento das temperaturas no planeta somente pode ser vencido
com readequações de práticas cotidianas e de legislações regulatórias. As
atitudes de cada cidadão e as legislações precisam de mais assertividade –
livres de manipulações do poder econômico, sob pena de toda a humanidade
padecer com pesos esmagadores. Por isso, todos precisam buscar se informar,
refletir e se posicionar diante de tudo que leva à degradação ambiental.
Muitas
vezes, até dados científicos são usados na formatação de argumentos que
relativizam a gravidade dos problemas enfrentados pelo planeta. Ridiculariza-se
o aquecimento global, com gente se referindo a “frios extremos”. Há também quem
atribua aos pobres a responsabilidade pela exploração predatória de recursos,
argumentando que “eles têm muitos filhos”. Buscam, assim, justificar a
mutilação de mulheres e outros absurdos, como o aborto. Atribuir
responsabilidade aos pobres apenas acentua lógicas de exclusão e contribui para
o esgotamento extrativista da natureza. Dentre as muitas outras justificativas
para não se enfrentar o fenômeno do aquecimento global está o argumento de que
reduzir o consumo de combustíveis fósseis trará graves consequências sociais,
como a eliminação de postos de trabalho. Ignora-se que trabalhadores já estão
perdendo seus empregos em razão das mudanças climáticas.
Para
iluminar a consciência ecológica, todos devem buscar conhecer as causas que têm
levado o planeta ao desequilíbrio. Papa Francisco, na veemência e urgência do
seu apelo e advertência, mostra, em seus capítulos da Exortação Apostólica
“Laudate Deum/Louvai a Deus”, as causas humanas de tudo o que está acontecendo.
A Exortação Apostólica enfatiza, particularmente, a força dominadora do
crescente paradigma tecnocrático, comprovando sua perversidade, as suas indiferenças
relacionadas às exigências e às urgências deste momento. Todos são convidados a
participar da “mesa de debate” dedicada a encontrar caminhos para trazer
equilíbrio ao planeta, a reverter o progresso das mudanças climáticas. Sejam
promovidos diálogos capazes de superar dogmatismos e indiferenças por um novo
tempo, por um novo e urgente estilo de vida.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais
e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura
(rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento
ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados,
macrodrenagem urbana, logística reversa); meio
ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte,
acessibilidade); minas e energia;
emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema
financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança
alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal;
defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e
inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento
– estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia,
efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade,
produtividade, competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62 anos
de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!