terça-feira, 17 de outubro de 2023

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES E DESAFIOS DA TRANSMISSÃO E POTENCIALIDADES DAS ENERGIAS RENOVÁVEIS PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL E A TRANSCENDÊNCIA DA ECOLOGIA E EXTREMO ZELO COM A CASA COMUM, DIGNIDADE HUMANA E SOLIDARIEDADE NA NOVA ORDEM SOCIAL, ECONÔMICA E POLÍTICA NA SUSTENTABILIDADE

“A expectativa do ‘ano da transmissão de energia’

       Com a perspectiva de que até o final deste ano serão realizados os maiores leilões para contratação de energia da história, 2023 é considerado o ‘ano da transmissão’ no Brasil. A expansão do setor deve demandar mais de R$ 50 bilhões em investimentos até 2030, segundo estudo para ampliação do Sistema Interligado Nacional (SIN), da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e outras entidades.

         Empresas do ramo alertam para o compromisso de investimento em infraestrutura, para assegurar que o sistema elétrico nacional retome o crescimento e se fortaleça para a demanda. Recentemente, a EPE lembrou que a expectativa é quadruplicar até 2028 a capacidade de escoamento da energia gerada na região Nordeste para o Sudeste. Nova projetos devem elevar a capacidade de 7,5 GW, em 2022, para 32 GW, já em 2023.

         O setor elétrico brasileiro vive momento de transição tecnológica e de uma série de mudanças, legais e normativas. A ampliação do mercado de energia está na pauta do dia, com o PL 4414/2021. Sua tramitação depende do governo federal, que promete nova proposta regulatória para o setor até o mês de outubro. Mudanças devem abrir o mercado de energia para todos os consumidores, inclusive de baixa tensão (residenciais).

         A característica de que o Brasil possui matriz elétrica privilegiada (mais de 80% renováveis) torna o país referência mundial em energias limpas. E, ao mesmo tempo, sua continentalidade torna o sistema robusto e extenso, com 179.300 km (2022). Graças a essas características, o país atraiu a sede de grandes empresas que atuam na área, como a italiana SAE Towers, com sede em Minas Gerais (Betim).

         A SAE Towers participa desde 1999 do mercado e contribui, com o sucesso de empreendimentos ícones do setor, como as interligações de Madeira, Belo Monte, Manaus, Xingu e outras, com soluções de transmissão desde o desenvolvimento de engenharia, fabricação de produtos, estação de testes e execução de projetos EPC. No portfólio está a maior torre treliçada de travessia do país, com quase 190 m de altura, além de amplo acervo de estruturas e ferramentas instaladas com sucesso no Brasil e nas Américas, destacando a solução completa “in-house” como seu maior diferencial.

         Atuante, a SAE Towers participa de iniciativas relacionadas com as nossas políticas de descarbonização, acompanhando os avanços para consolidar o hidrogênio verde (H2V) brasileiro como potencial vetor da transição energética. É subsidiária da KEC International, presente em mais de 50 países e com experiência em infraestrutura de transmissão e distribuição de energia, cabos, telecomunicações, transporte ferroviário, saneamento e tratamento de água e efluentes.

         A SAE faz parte de grupos de revisão das normas brasileiras para o setor, como membro do Comitê Internacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica; e das Associações Brasileiras da Construção Metálica e de Energia Solar Fotovoltaica.”.

(Felipe de Queiroz Mesquita. Responsável pela comunicação social da SAE Towers, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 20 de setembro de 2023, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br., edição de 13 de outubro de 2023, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral transcrição:

“O alerta do Papa Francisco

       O Papa Francisco, em tom de advertência , faz um novo apelo, na Exortação Apostólica ‘Laudate Deum/Louvai a Deus’, à consciência ecológica mundial: governantes, servidores do povo, Igreja e a sociedade precisam dedicar especial atenção à crise climática global. O novo apelo estabelece relação de continuidade com a Carta Encíclica “Laudato Si’”, publicada há quatro anos, quando o Papa Francisco, magistralmente iluminou a compreensão, o sentido e o alcance do conceito de ecologia integral. A Carta Encíclica sublinhou que as questões ambientais não estão isoladas, nem podem ser tratadas fora do horizonte maior relacionado à dignidade humana, diante do compromisso da inviolabilidade da vida em todas as suas etapas, da concepção ao declínio com a morte natural. Tudo está interligado e convive-se com prejuízos terríveis quando não se tem o olhar terno de Jesus dedicado a toda Criação.

         O olhar de Jesus inspirou a vida de Francisco de Assis, seus cânticos e gestos. São Francisco bem expressou a sensibilidade de Jesus diante das criaturas de seu Pai. Seu olhar terno e reverente está na contramão do planeta maltratado: a situação da Terra mostra que o cuidado com a casa comum ainda não é suficiente. O que se verifica é o assombro de prejuízos irreversíveis que mortalmente atingem a dignidade do ser humano. Esses prejuízos são apontados pelo Papa Francisco com a força de uma profecia corajosa. Os cenários de pobreza e de exclusão social, conflitos, mortes, manifestações furiosas da natureza comprovam a gravidade da situação, que ameaça a dignidade humana. Por isso, a insistente lembrança de que tudo está interligado, inspirando o engajamento de todos para a adoção de um novo estilo de vida. É preciso superar determinados modos de agir no mundo, indiferentes em relação ao planeta, pautados pela mesquinhez p recordando acontecimentos narrados na Bíblia.

         A narrativa da arca de Noé, Livro do Gênesis, expressa, com especial força performativa, como se chega fácil ao caos irreversível. Não se trata de uma simples abordagem ligada à preservação da fauna e da flora. Inclui a necessidade do cuidado com o semelhante, condição essencial para a autopreservação. Nessa perspectiva, as alterações climáticas trazem consequências para cada pessoa, exigindo uma adequada resposta de todos, com a adoção de um novo estilo de vida. O ataque à natureza, seja qual for a intensidade e circunstância, traz consequências nefastas à vida de todos. A defesa do meio ambiente não se trata de uma questão secundária ou ideológica. Diz respeito ao enfrentamento de um problema que prejudica todos os homens e mulheres, em qualquer parte do mundo. Uma situação que, se não for enfrentada, levará ao agravamento de tantos outros flagelos: a guerras, a fome, a miséria, a exaustão dos recursos naturais e de tantos outros bens escassos, a exemplo da água.

         O apelo do Papa Francisco mostra que não se pode negar, esconder e dissimular os sinais de problemas graves. A humanidade já convive com fenômenos extremos – calor anormal, seca e outros “gemidos” do planeta Terra. São sinais de uma doença silenciosa que está solapando a vida no planeta, particularmente das pessoas. É preciso escutar o grito do planeta e dos pobres, pois a gradativa elevação da temperatura global faz progressivamente crescer a probabilidade de eventos catastróficos. O aumento das temperaturas no planeta somente pode ser vencido com readequações de práticas cotidianas e de legislações regulatórias. As atitudes de cada cidadão e as legislações precisam de mais assertividade – livres de manipulações do poder econômico, sob pena de toda a humanidade padecer com pesos esmagadores. Por isso, todos precisam buscar se informar, refletir e se posicionar diante de tudo que leva à degradação ambiental.

         Muitas vezes, até dados científicos são usados na formatação de argumentos que relativizam a gravidade dos problemas enfrentados pelo planeta. Ridiculariza-se o aquecimento global, com gente se referindo a “frios extremos”. Há também quem atribua aos pobres a responsabilidade pela exploração predatória de recursos, argumentando que “eles têm muitos filhos”. Buscam, assim, justificar a mutilação de mulheres e outros absurdos, como o aborto. Atribuir responsabilidade aos pobres apenas acentua lógicas de exclusão e contribui para o esgotamento extrativista da natureza. Dentre as muitas outras justificativas para não se enfrentar o fenômeno do aquecimento global está o argumento de que reduzir o consumo de combustíveis fósseis trará graves consequências sociais, como a eliminação de postos de trabalho. Ignora-se que trabalhadores já estão perdendo seus empregos em razão das mudanças climáticas.

         Para iluminar a consciência ecológica, todos devem buscar conhecer as causas que têm levado o planeta ao desequilíbrio. Papa Francisco, na veemência e urgência do seu apelo e advertência, mostra, em seus capítulos da Exortação Apostólica “Laudate Deum/Louvai a Deus”, as causas humanas de tudo o que está acontecendo. A Exortação Apostólica enfatiza, particularmente, a força dominadora do crescente paradigma tecnocrático, comprovando sua perversidade, as suas indiferenças relacionadas às exigências e às urgências deste momento. Todos são convidados a participar da “mesa de debate” dedicada a encontrar caminhos para trazer equilíbrio ao planeta, a reverter o progresso das mudanças climáticas. Sejam promovidos diálogos capazes de superar dogmatismos e indiferenças por um novo tempo, por um novo e urgente estilo de vida.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil, com o auxílio da música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 133 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade... e da fraternidade universal);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito continua atingindo níveis estratosféricos nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial ainda em píncaros históricos. Já a taxa Selic permanece em insustentável índice de 12,75% ao ano; a um outro lado, o IPCA, em setembro, no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,19%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 523 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).

 

E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”.

 

Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo da visão olímpica, do direito, da justiça, da verdade, da espiritualidade conciliadora, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal!

 

Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

62 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir, dominar e destruir!

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...

- A alegria da vocação: juntando diamantes ... porque os diamantes são eternos!

- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.

- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)” ...

 

 Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem!  

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrimas,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!

 

 

  

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