“Formação de jovens poupadores
Uma
pesquisa da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) apontou que
aproximadamente 47% da geração Z, jovens de 18 a 24 anos, não consegue ter o
controle das suas finanças pessoais. Esse cenário é de extrema preocupação, uma
vez que os jovens são a base da sociedade e têm determinado controle sobre a
economia futura., logo a educação financeira é um pilar essencial no
desenvolvimento de hábitos de poupança que, consequentemente, impactarão
positivamente suas vidas futuras.
O mesmo
estudo revelou que a principal causa da falta de compreensão dos jovens dos
conceitos financeiros, com cerca de 19%, é o fato de não saber administrar o
dinheiro. Dessa forma, a educação financeira é uma das grandes soluções, pois
capacita os jovens a desenvolver habilidades de planejamento que são cruciais
para o sucesso financeiro a longo prazo e, consequentemente, para a economia do
país. Um exemplo disso é a Noruega, o país com a população mais educada
financeiramente do mundo, segundo a Univali, e que encontra na oitava posição
dos países mais ricos, de acordo com a revista “Global Finance”.
Ao aprenderem a criar
orçamentos, estabelecer metas realistas e a acompanhar seus gastos, além de
aprender a investir, diminuem a probabilidade de sofrer com os obstáculos
econômicos. Porém, no Brasil, o cenário é outro, uma vez que investir não é
habito que engloba grande parte da população: apenas 36% dos brasileiros
investem seu dinheiro em produtos financeiros, segundo dados da Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima). Isso
ocorre, muitas vezes, pois as pessoas não têm conhecimento das maneiras de
aplicar o dinheiro.
O consórcio, por exemplo,
é um método de compra que requer compreensão básica de finanças e economia.
Para fazer com que esse
número se altere, na formação econômica do público juvenil, deve-se ensinar
sobre a economia em geral e as finanças pessoais. No Brasil, a compreensão
plena dos princípios básicos econômicos é imprescindível, em especial quando o número
de endividados do país é expressivo. Aproximadamente 71,81% milhões de
brasileiros se encontram em situação de inadimplência.
Entretanto, mesmo que,
hoje, a educação financeira faça parte da Base Nacional Comum Curricular, ela
não está dentro das matérias obrigatórias das instituições. Dessa forma, o
ensino ou não dos conceitos econômicos fica a critério de cada escola.
Investir na educação
financeira dos jovens é investir no futuro. Ao capacitá-los com conhecimentos e
habilidades financeiras, há a formação de uma geração de poupadores
conscientes, capazes de enfrentar os desafios econômicos com confiança e
responsabilidade, além de contribuir para a economia do país. Logo, não pode
ser subestimada, pois cria uma base sólida para o sucesso financeiro e fornece
os meios para alcançar uma sociedade mais financeiramente saudável.”.
(Fernando Lamounier. Diretor da Multimarcas
Consórcios, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição
de 17 de janeiro de 2024, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no mesmo veículo, edição de 15 de janeiro de 2024, caderno A.PARTE,
página 2, de autoria de VITTORIO MEDIOLI, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Egoísmo e ilusões
As
paixões e o egoísmo inebriam e deixam, no afã, o ser humano ver antes o que
está procurando naquilo que está olhando. A alquimia da ilusão, movida pelo
desejo cego, confunde chumbo com ouro, vidro com diamante, falso com autêntico,
fel com mel. Embora nada seja pertinente, e até o contrário do perseguido, uma
vontade interna irrefreável transfigura a realidade mais cristalina, deixando-a
parecer exatamente o que se quer e se ambiciona.
O
espectador imparcial dessas quimeras fica pasmo com o engano do alucinado e,
quando tenta “abrir seus olhos”, corre não só o risco de ser rejeitado, como o
de ser ofendido. A intensidade da miragem leva ao devaneio, a sonhar o irreal,
e nenhum meio consegue facilmente desfazer o engano.
Teorias
hinduístas afirmam que, no erro, o sujeito procura se machucar e se castigar,
pois o que é considerado errado pelos sentidos do homem comum, para os deuses,
se trata de prova necessária, da derrota construtiva, da experiência sem a qual
seria improvável evoluir.
E
também, se a mente é distraída por um forte interesse, menos dolorosa será a
sensação de lesão. Como acontece com o menino que, focado num interesse, se
esquece da picada da agulha, tornando-a suportável.
No filme
da vida do monge de Nola Giordano Bruno, ele passa por um momento em que,
debaixo dos ferros impiedosos da Inquisição, se “separa” do corpo e entra em
êxtase. Os faquires iogues, por sua vez, passam pelos carvões em brasas, nos
cacos de vidros, nas camas de prego e até crucificados controlam a dor como se
não fosse com o corpo deles. Existem provas para supor que seres humanos
excepcionais desenvolveram o controle de suas reações e podem ser refratários a
sensações corporais comuns.
Lembro-me
de um cão raçudo e inteligente que, atropelado, ficou com uma perna quebrada e
o osso exposto fora do couro, um espetáculo de dar calafrios. A expressão dele
era triste, tentava se lamber sem tirar a atenção da ferida. Bastou o dono
chegar, e a alegria o transformou, sem dar o menor vestígio de incômodo,
abanando o rabo e querendo carícias do amado amigo. O amor intenso e puro como
aquele de um cão fiel se tornou um fármaco poderoso, relegando o intenso
sofrimento a segundo plano.
Quanto
mais se vive, mais se aprende. O mundo é um repositório de fenômenos
incalculáveis em sua perfeição. Tanto descendo ao micro como subindo ao
macrocosmo, há sempre algo a mais para aprender.
Os
poucos conhecimentos armazenáveis na mente humana representam um grão de areia
no deserto ou uma gota no oceano. Bem por isso os “princípios” de comportamento
que norteiam uma existência humana se tornam as coordenadas para um ser
minúsculo e “insignificante” lançado no universo infindável.
Um homem
sábio, que se tornou presidente dos Estados Unidos, Thomas Jefferson, numa
carta ao sobrinho, Peter Carr, datada de 19 de agosto de 1785, deixou a ele um
conselho precioso, que serve para todos: “Embora você não consiga ver quando há
um passo, qual será o próximo; siga, em qualquer hipótese, a verdade, a justiça
e a retidão e não tema perder algo, será conduzido (no momento certo) para fora
do labirinto de dúvidas da maneira mais simples possível. O nó que você pensava
ser górdio será desatado diante de você e a estrada se apresentará gloriosa.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2023, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,556 trilhões (49,40%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 2,010 trilhões), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!