“Inteligência artificial supera ESG e assume a dianteira
Nos
últimos anos, a sigla ‘ESG’ (ambiental, social e governança, do inglês) dominou
as reuniões empresariais no Brasil. Para o futuro, ela segue importante, mas
outra sigla começa a assumir o topo da lista de prioridades das empresas: a
‘IA’, de Inteligência Artificial.
Isso é o
que aponta a Pesquisa Panorama 2024, realizada pela Amcham Brasil e
Humanizadas, que apresenta inteligência artificial (60%) e ESG ou
sustentabilidade (51%) como duas principais tendências com potencial para
acelerar negócios neste ano.
Apesar
de o uso de IA no mercado brasileiro ainda ser tímido, com 32% dos respondentes
declarando que ainda não utilizam a tecnologia na rotina da empresa, o
levantamento mostra que quase 70% já têm alguma familiaridade com a IA, mesmo
que em apoio a atividades mais comuns.
Sua
empresa está pronta para inserir a sigla do momento (IA) nos processos de
inovação?
A
inteligência artificial se consolida como uma ferramenta essencial para
otimizar processos, melhorar a eficiência operacional, analisar dados e
insights preditivos, apoiar a tomada de decisões e impulsionar campanhas de
marketing e vendas.
A
pesquisa da Amcham Brasil revela que 68% das empresas já utilizam alguma forma
de inteligência artificial em seus negócios e que o uso da IA não se limita a
uma única função. Sua aplicação é diversificada e tem o potencial de se tornar
a base de novos modelos de negócio e desenvolvimento de produtos, com destaque
para: automação de processos repetitivos (38%); melhoria de eficiência
operacional (28%); análise de dados e insights preditivos (28%); suporte ao
cliente (22%); apoio à tomada de decisão (20%) e marketing e vendas (20%).
O tema
IA para os negócios também é recorrente no cenário corporativo mundial. Afinal,
não só grandes empresas, como médias e pequenas também, a utilizam atualmente,
sendo um dos fatores preponderantes para uma organização conseguir sobreviver
num mercado tão competitivo.
A
usabilidade e necessidade da tecnologia foram impulsionadas pela transformação
digital nos negócios, uma vez que esse processo incentivou o uso de novas
ferramentas, como redução de custos, melhoria da produtividade e otimização de
processos relacionados ao atendimento ao cliente.
Nesse
sentido, até as empresas mais tradicionais estão se reinventando, adaptando e
mudando a cultura em relação ao assunto para não ficar atrás da concorrência.
O Comitê
da Amcham Minas Gerais debaterá o assunto no dia 21 de fevereiro.
Com o
objetivo de construir redes, enriquecer o debate e apresentar informação de
qualidade sobre o tema no mundo dos negócios, a Amcham Minas Gerais realiza o
“Comitê Aberto – Inteligência artificial pautada em empresas: como a tecnologia
influencia pessoas, finanças e indústrias”.
A
atividade vai acontecer na capital mineira no dia 21 de fevereiro, e as
inscrições podem ser feitas pela internet.”.
Link: https://www.amcham.com.br/event?eventid=22153
(Douglas Arantes. Gerente Regional da Amcham
Minas Gerais, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte,
edição de 17 de fevereiro de 2024, caderno OPINIÃO, página 15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 16 de fevereiro de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Interpelações da Quaresma
A
Quaresma, neste tempo que corre veloz, chega para qualificar a vida de todos,
pela luz luzente da Palavra de Deus, pela riqueza de seus propósitos e do seu
horizonte. O tempo quaresmal propõe uma disciplina – caminhar pelo “deserto”,
dinâmica para encontrar Deus e, assim, dissipar as sombras de rostos
envelhecidos pela frieza da vaidade, de olhares anuviados por fantasias. Rostos
e olhares incapazes de enxergar a direção de mudanças essenciais para
reconquistar o sentido da vida. A travessia do “deserto”, interpelação da
Quaresma, contribui para vencer superficialidades, curar o ser humano de
indiferenças que matam, afastando-o de lógicas perversas. Acatar o convite
desafiador de vivenciar o “deserto” é compreender que há um bem essencial a ser
resgatado. Bem que foi perdido pelos estreitamentos de quem é benevolente
apenas com os que partilham pontos de vista e perspectivas ideológicas, pela
força do pecado que contamina a condição humana.
Caminhar
“deserto adentro”, com a motivação de encontrar Deus, única fonte capaz de
saciar o ser humano, inclui prestar atenção em mandamentos que se configuram
como dinâmica educativa e qualificadora da vida. Um exercício essencial para
conquistar e desenvolver adequada sensibilidade na recomposição interior de
cada um. Na travessia deste tempo quaresmal, ecoa mais forte o trinômio jejum,
oração e esmola, práticas simples e exequíveis, conforme as possibilidades de
cada pessoa. São práticas capazes de devolver ao coração do ser humano uma
percepção adequada da realidade, compropriedades para alavancar correções e
configurar novas respostas para muitos problemas, inspirando a participação
qualificada na construção do bem comum.
O
caminho pelo “deserto” confronta situações de escravidão, constituindo
itinerário para efetivar a conquista da autêntica liberdade. Com simplicidade,
as dinâmicas do jejum, da caridade e da oração empreendem um processo de
recomposição necessário e urgente, para enfrentar os muitos adoecimentos
provocados pelos vazios existenciais. Levam à qualificação do ser humano,
capacitando-o para partilhar palavras capazes de renovar esperanças, para agir
na reconfiguração do tecido sociopolítico. O “deserto” a percorrer é a
interioridade de cada um, com “regiões” inóspitas que devem ser trabalhadas. Não
se pode cuidar apenas de problemas externos, mas buscar também qualificação
interna, inclusive para adequadamente contribuir na edificação de um novo tempo
para a humanidade.
A
prática do jejum, da oração e da esmola não se limitam às restrições de
alimento, ao dizer alguma jaculatória ou mesmo dispor de algo supérfluo em
favor de quem não tem nada. A conquista proposta e possível com o jejum, a
oração e a esmola é de uma estatura humana e espiritual capaz de garantir paz
interior e fazer, do ser humano, um instrumento de Deus para transformar o
mundo. No horizonte deste indispensável propósito, sem concorrer com as
vivências das práticas quaresmais, a Igreja Católica no Brasil promove a
Campanha da Fraternidade. Vale lembrar, como memória agradecida, a importância
desta promoção, já por sessenta anos, com a propriedade específica de lançar o
olhar sobre a sociedade brasileira, para permitir que a luz da fé enseje um
caminho que leve à sua transformação. A sociedade brasileira sofre por
incompetências nos diferentes desempenhos cidadãos e pela fraqueza do
testemunho de fé, perpetuando descompassos e adiando soluções para problemas
urgentes.
A
Campanha da Fraternidade 2024, como estrela no horizonte das luminosidades da
Quaresma, à luz da recomendação-advertência de Jesus, “Vós sois todos irmãos e
irmãs”, desafia com o desenho da meta de se pautar as relações na amizade
social, conforme as lúcidas e interpelantes argumentações do Papa Francisco, na
sua Carta Encíclica Fratelli Tutti. Amizade Social se põe, então, como nobre
propósito e meta para a vivência da fé e da cidadania qualificada. Um propósito
sem fronteiras, para além de objetivos confessionais, pois se trata de demanda
urgente da contemporaneidade. Essa urgência é evidenciada pela prejudicial
indiferença que contamina relações, pela divisão e pelos confrontos com
consequências graves e perdas irreversíveis, principalmente para os mais
pobres.
Os que
creem e todos os que buscam exercer a cidadania de modo qualificado precisam
lembrar do que diz o Papa Francisco: todos estão no mesmo barco, perecendo ou
salvando-se juntos. Todos são chamados a investir, abnegadamente, na amizade
social. Amizade é, pois, um sentimento precioso, dom de Deus, que torna exitoso
projetos e processos, na contramão de inimizades que incendeiam guerras. O
propósito é cada um se tornar construtor da amizade social pelo insubstituível caminho
do diálogo, que edifica horizontes novos de compreensão.
É hora
oportuna de compreender mais e promover a amizade social, no inspirador
horizonte da Carta Encíclica do Papa Francisco, investindo no amor que é base
nas relações sociais, ultrapassando fronteiras. Esse amor precisa ser vivido
como compromisso – comunicar com a vida a mensagem de Deus, aprendendo e
efetivando a lição do Mestre Jesus: “Vós sois todos irmãos e irmãs”. A verdade
anunciada pelo Mestre ecoe forte nos corações, para que sejam efetivadas
posturas coerentes com o princípio da amizade social, para alavancar tempos
novos marcados pela fraternidade universal.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
62
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2023)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar e destruir!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!