(Agosto = mês 91; faltam 79 meses para a Primavera Brasileira)
“O que o esporte pode ensinar ao mundo
corporativo
As
Olimpíadas costumam deixar na memória imagens de superação de limites, provas
que emocionam pelos esforços de milhares de atletas, fruto de uma preparação de
alto nível, que envolve não só o corpo, mas também a mente. Os Jogos Olímpicos
de Paris, que começaram ontem, podem significar mais do que a disputa por
medalhas em 48 modalidades diferentes: os esportes têm muitos ensinamentos para
a vida e para o ambiente corporativo.
Desde os
11 anos, pratico atividades físicas. Nestas quase cinco décadas transitando
entre o vôlei de praia, tênis, corrida, jiu-jitsu, ciclismo e musculação,
absorvi lições que levo para a minha trajetória como gestor de equipes, que
começou há 37 anos, no Grupo Arcelor-Mittal. Hoje, como CEO da Belgo Arames,
líder de mercado do setor metalúrgico brasileiro, destaco sempre para os nossos
empregados que a máxima de só ter talento não adianta. Você precisa ter
disciplina e foco para alcançar seus objetivos e inteligência emocional para
saber ganhar e perder. Habilidades podem ser adquiridas, e cada um tem seu
próprio tempo.
Também
vejo na prática que manter-se em movimento, na medida do possível, contribui significativamente
para a saúde mental e a inteligência emocional. Uma pessoa que entende e
administra bem suas emoções, cuida da sua saúde física e mantém o foco no
resultado, com consistência e disciplina, é, sem dúvida, diferenciada, o que descrevo
como um profissional de alta performance. Encontrar o equilíbrio físico e
emocional te destaca no trabalho e na vida.
A
ciência prova isso. Um estudo realizado pela Universidade de Bristol, no Reino
Unido, comparou a rotina de 200 pessoas que realizavam ou não atividades
físicas e constatou que 21% dos que introduziram exercícios na rotina
profissional perceberam melhora na concentração, 25% relataram melhora no
rendimento profissional e 41% se sentiam mais motivados. Outros estudos apontam
melhorias na colaboração em equipe, na autoestima e na confiança, além da
redução do estresse e da ansiedade.
Há oito
meses, enfrentei um dos meus maiores desafios. Precisei me submeter a uma
cirurgia delicada, que limitou meus movimentos e exigiu muita força emocional.
Mas o esporte me lembrou do foco no resultado pessoal, com resiliência e
adaptação. Por mais que haja uma competição, a prática esportiva ensina que
primeiro devemos superar a nós mesmos.
Durante
esse período, precisei controlar muito a mente para ter clareza do meu objetivo
pessoal, que era voltar a ter mobilidade. Após cinco meses, um pouco antes das
expectativas médicas, já conseguia ter mais independência e, hoje, voltei a
pedalar, o que me dá satisfação em viver. Essa fase me lembrou como encontrar
outras formas para extravasar a ansiedade e a carga diária do mundo corporativo
para sermos pessoas e profissionais melhores e mais felizes. O esporte
contribui muito para isso.
Refletindo
ainda sobre a resiliência, o termo se refere à capacidade de um corpo absorver
energia quando é deformado elasticamente e liberá-la ao retornar ao seu formato
original. Conosco, algo semelhante pode acontecer num momento de estresse no
ambiente corporativo. Precisamos trabalhar essa capacidade de nos adaptar à
energia recebida, mas voltar ao estado original. É importante mantermos a
atenção nas nossas atitudes e escolhas, para não viver em constante defesa e
agressividade, e retornarmos à nossa essência.
Por
último, e não menos importante, o esporte nos ensina sobre trabalho em equipe e
liderança. Esses dois fatores estão intimamente relacionados. Os verdadeiros
líderes motivam suas equipes, tomam decisões sob pressão e assumem a
responsabilidade pelos resultados, sejam eles de sucesso ou fracasso. Por sua
vez, as equipes precisam reconhecer quem são seus líderes e ter clareza de seu
papel em um time. Assim, a chance de conquistar um resultado favorável é muito
maior. A cooperação, a comunicação eficaz e a confiança mútua criam um ambiente
harmonioso para o sucesso de qualquer atividade.
Não
tenho dúvidas de que os esportes proporcionam uma base sólida para o
desenvolvimento de habilidades essenciais para qualquer profissional.
Incorporar esses ensinamentos no ambiente corporativo pode resultar em uma
gestão mais assertiva, equipes mais colaborativas e, em última análise, no
sucesso da empresa.”.
(Rodrigo Archer. CEO da Belgo Arames, em artigo
publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 29 de julho de
2024, caderno OPINIÃO, página 16).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição 26 de julho de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Combater a solidão
No
Dia Mundial dos Avós e dos Idosos lembramos Santana e São Joaquim, pais de
Maria, Mãe de Jesus, avós do Salvador do mundo. Momento em que o Papa Francisco
dirige a todos uma mensagem que se torna convite para o efetivo engajamento na
missão de combate a solidão, sentimento que compromete o gosto e o brilho do
viver humano, em quaisquer de suas etapas. A solidão nascida do silêncio e da
contemplação orante é alicerce para as atividades diárias e um alento que
fecunda o gosto e o zelo pela vida, possibilitando uma indispensável
qualificação espiritual e força para enfrentar as lutas e embates cotidianos. A
solidão que brota do silêncio, aquele do reverso do mundo barulhento da
contemporaneidade, das falas a esmo, do desejo frenético de opinar sobre todas as
coisas e comentar sobre tudo, tem propriedades indispensáveis para configurar a
unidade interior, sem a qual é impossível dar conta de viver. A solidão a ser
combatida é aquela nascida e cruelmente fecundada pelo abandono.
O Papa
Francisco inspira sua mensagem para este IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
no Salmo 71,9: ‘Na velhice, não me abandones’, uma súplica de socorro iluminada
na atitude amorosa e paternal de Deus que jamais abandona seus filhos e filhas,
mesmo quando a idade avança e as forças declinam. Ao contrário, ampara e
consola, especialmente quando a função social é reduzida com uma vida menos
produtiva, revertendo o natural sentimento de se pensar como inútil. Este é o
horizonte de inspiração e compromisso por parte de todos os cidadãos e cidadãs
na sociedade. Trata-se de uma interpelação para não se correr o risco, em
qualquer etapa da vida, de se cometer o erro de pensá-la como irrelevante. Na
construção desafiadora da vida, cada um conta de modo relevante, obviamente com
contribuições diferentes. O amor misericordioso de Deus para com todos é uma
inspiração insubstituível à conduta humana, considerados todos, de alguma
maneira, importantes para a edificação adequada do viver humano.
Deus
está ao lado dos seus em todos os momentos, não menos na velhice, iluminando o
dom precioso de se envelhecer com contribuições na vida da família, da
sociedade, da Igreja e de muitas instituições e segmentos sociais. Esta
compreensão combate frontalmente a vigente cultura do descarte que afronta a
dignidade humana e cava fossos perigosos para o cotidiano da humanidade, que
não pode prescindir da memória de sua história. O medo de rejeição na velhice
está presente, e é uma súplica orante a Deus, devendo ecoar nos ouvidos e
corações de todos: ‘Não me rejeites no tempo da velhice’, especialmente nos
períodos de sofrimentos, para dissipar e superar o destrutivo temor do
abandono. A natural companheira dos idosos, a solidão, precisa ser fecundada e
transformada pelas atitudes de presença, atenção, tempo dedicado em escutas,
visitas, passeios, ajudas e serviços prestados, incluindo aqueles
indispensáveis, considerados os limites de mobilidade e uso de força física.
O
combate à solidão deve ser assumido como tarefa e compromisso familiar,
impulsionados pela gratidão e reconhecimentos, alicerçados na convicção da
necessidade de quem está só em casa, nas residências de idosos ou nos
hospitais. É importante, cada indivíduo, famílias, grupos, segmentos da
sociedade, governantes também, prestarem atenção na cartografia da solidão
envolvendo os idosos. Há muito a se fazer para dar aos corações a oportunidade
de vivenciar uma sensibilidade espiritual e emocional que reverte em ganho
àquele que cuida. Põe-se o desafio de erradicar todo tipo de preconceito e
hostilidades aos idosos, risco de mentalidades tortas que alimentam os embates
entre as gerações. Os idosos não roubam, jamais, o futuro dos jovens, mas sim,
têm efetiva contribuição às suas vidas e projetos. O que pesa em relação aos
cuidados para com os idosos precisa ser considerado como direito e retribuição
por tudo aquilo que já fizeram e ofereceram. Há, pois, de se ter muito cuidado
para não se alimentar lamentações e injúrias que afetam a paz dos mais velhos,
mas, ao contrário, requerer ações políticas, econômicas, sociais e pessoais que
favoreçam suas vidas. Tudo isso, movido pelo princípio intocável da dignidade
infinita de cada pessoa. Nunca se pode perder este sentido e este valor,
considerando pessoas apenas como uma despesa, o que pode inclusive,
amargamente, alimentar nos idosos a equivocada convicção de ser um peso,
levando ao sentimento desumano de querer desaparecer, de se considerar inútil.
Os
idosos precisam ser envolvidos pelo clima de recíproca pertença, especialmente
no ambiente familiar, lugar por excelência de fecundação de vínculos, alicerce
de vida saudável e de potencial educativo para jovens gerações. É urgente no
combate à solidão erradicar a perversidade da cultura do descarte, acompanhada
de maliciosos deboches, causando tristezas e matando a simplicidade da alegria,
comprometendo a qualidade de um acompanhamento humano e de uma força espiritual
que muito contam em efeitos positivos, embora invisíveis, necessários à paz do
viver humano. O convite e propósitos que devem ser assumidos por ocasião deste
IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos consistem no compromisso de testemunhar a
ternura para com eles, com gestos concretos como visitas, dedicação de tempo na
convivência diária, especialmente aos desanimados, usufruindo de sua
experiência, de sua sabedoria.
Pode-se
parafrasear o que santos e místicos dizem do amor preferencial de Deus pelos
pobres, na afirmação de que Deus ama a quem ama os pobres; Deus ama a quem ama
e respeita os idosos, favorecendo-os com benefícios. O cuidado com os avós e
idosos, nas famílias, nas igrejas, nas instituições todas da sociedade, para
além de respeito indispensável aos ordenamentos jurídicos de um estatuto, é
garantia de civilização alicerçada sobre os pilares que promovem a paz e
configuram estilos de vida assentados sobre a justiça e a paz, alavancas do
desenvolvimento integral. Recebam as bênçãos do Papa Francisco: ‘A todos vós,
queridos avós e idosos, e às pessoas que vos acompanham, chegue minha bênção
acompanhada pela oração. E também vós, por favor, não vos esqueçais de rezar
por mim’. Feliz Dia dos Avós e dos Idosos!”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!