(Outubro = mês 105; faltam 65 meses para a Primavera Brasileira)
“Cúpula das Mercocidades
Uma
das mais importantes redes de governos locais da América do Sul e uma
referência nos processos de integração regional, a rede Mercocidades foi
fundada em 1995 com a meta de integrar e fortalecer a presença internacional
dos municípios sul-americanos, além de avançar no desenvolvimento dessas
cidades. A rede conta com 380 membros, incluindo Belo Horizonte – que faz parte
do seu conselho gestor.
O
crescimento do mundo das relações internacionais entre municípios, chamado de
“cooperação descentralizada” ou “municipalismo”, tem colocado a rede em
evidência nos últimos anos. Além disso, tem se estabelecido um sistema global
de organizações dedicadas à integração entre estados, províncias e municípios,
que avança de forma ágil e eficiente na cooperação para o desenvolvimento. A
Mercocidades se posiciona como instituição-chave nesse sistema.
Atuando
de forma específica na América do Sul, ao longo dos seus quase 30 anos, a Rede
Mercocidades promove a cooperação entre as cidades sul-americanas em temas de
grande impacto e interesse da gestão pública e a favor da melhoria da qualidade
de vida nas cidades. A organização opera dentro de um sistema de unidades
temáticas das quais os municípios podem optar por fazer parte, até mesmo
assumindo compromisso de gestão do tema e das atividades. São 22 unidades que
trabalham ações de intercambio de conhecimento, promoção de políticas públicas,
atração de investimentos e apoio técnico-financeiro, estruturação de políticas
e posicionamento estratégico da região para o mundo. Os assuntos incluem questões
como desenvolvimento sustentável, cultura, esporte, gênero, desenvolvimento
econômico, direitos humanos e muito mais.
A Cúpula
da Rede Mercocidades é o encontro anual de alto nível das cidades e
autoridades-membros da organização. No evento são realizadas reuniões temáticas
de balanço e planejamento das atividades da rede, além de reuniões
institucionais, estatutárias e políticas que definem os rumos do municipalismo
sul-americano para o ano seguinte. Ainda, Belo Horizonte pode concorrer à
reeleição ao conselho e outros cargos na rede. A última vez que BH recebeu a
cúpula foi em 2010, quando assumiu a presidência de 2011 da rede. A última
cidade brasileira a sediar o evento foi São Paulo, em 2023. Em 2025, Niterói
traz a cúpula de volta ao Brasil e exercerá a presidência da rede em 2026.
Líderes municipalistas sul-americanos estarão novamente no Brasil entre 3 e 5
de dezembro, e a cooperação regional seguirá se fortalecendo.
O tema
da cúpula deste ano mostra os rumos que a gestão municipal e regional deve
seguir: caminhos para cidades resilientes, pacíficas e sustentáveis. A América
do Sul é uma região de desafios muito particulares e internamente mais comuns
do que se imagina. O mundo está diante de um cenário de ameaças à integridade
dos assentamentos urbanos vindas das emergências climáticas, das dificuldades
em obter compromisso político pela transformação sustentável das cidades e da
escalada global de violências e polarização política. A cooperação regional é
elemento-chave para enfrentar esses desafios.
A
integração regional ampla que propõe a rede Mercocidades, ao incluir cidades de
todos os portes e formatos do continente sul-americano, já provou ser um
importante instrumento de desenvolvimento. Os municípios devem seguir apoiando
e contribuindo com esse trabalho, especialmente os brasileiros, e a sociedade
civil precisa ter mais acesso e conhecimento sobre os avanços dessas
organizações. Fica o convite.”.
(Bernardo Ribeiro. Diplomata de cidades e
mestre em relações internacionais, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo
Horizonte, edição de 29 de setembro de 2025, caderno OPINIÃO, página
15).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalhado de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 26 de setembro de 2025, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE
AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente
integral transcrição:
“Feridas abertas
Transpassado pela lança
do soldado, no alto da cruz, do lado aberto de Cristo jorraram sangue e água.
Assim narra o evangelista, testemunha ocular da crucificação. A ferida aberta
de Cristo se torna fonte eterna e inesgotável de graças e bênçãos. Uma resposta
esperançosa à história da humanidade, resposta de redenção e reconciliação. O
sacrifício de Jesus arranca a humanidade do fracasso. As chagas de Cristo são
contraponto às feridas abertas na humanidade contemporânea, que se multiplicam
revelando a força destruidora da perversão. As dores da civilização fazem ecoar
um grito forte com pedidos de socorro – sinal de que há mais gente ferindo que
curando. Mesmo diante de tantas conquistas científicas e tecnológicas, as
feridas da humanidade carecem de adequado tratamento, pois muitas patologias
incidem na razão humana. Enfermidades alimentadas pelo hábito doentio de buscar
abrir feridas, com consequências deploráveis para pessoas e instituições.
Estreitezas humanas que
promovem feridas sociais são contabilizadas nas iniquidades e indiferenças,
revelam-se nas manipulações espúrias e mentirosas para se alcançar lucros,
gananciosamente apropriar-se de bens. Requer atenção as patologias que incidem
na razão, tornando-a instrumento para justificar ações predatórias contra o ser
humano e o meio ambiente. Entre os males está a mentira, um dos terríveis
aguilhões que abrem feridas na cidadania, encobrindo a mesquinhez. A mentira
medra no contexto social e distorce a consciência cidadã, patrocinando uma luta
insana por poderes. Ninguém sai vitorioso, pois essa insanidade leva ao aumento
do número daqueles que se ferem e amplia a carência de pessoas capazes de
curar. Com as distorções da consciência, a mediocridade toma conta, fazendo o
ser humano acreditar que o importante é buscar ajuntar tudo para si, mesmo que
o preço seja trilhar pelas linhas da corrupção.
A corrupção do ser humano
é porta escancarada à violência de todo tipo, pois faz prevalecer os próprios
interesses em prejuízo do bem comum. Dentre os diferentes tipos de violência
está a busca por eliminar aqueles com os quais se estabelece relação de discordância,
mais um sinal da patologia da razão, normalizado a ressentida atitude de se
pautar pela vingança. Uma atitude que mina a capacidade para experimentar o
sentimento de gratidão. Ancorando-se na razão patológica, considera-se o
próprio poder como absoluto. Assim, há uma incapacidade para lidar com a
divergência, tratando com intolerância e indiferença aqueles com quem se
estabelece relação de discordância. Avoluma-se assim o coro próprio do cinismo
das ideologias que criam divisões, justificam truculências e seduzem, de modo
tão intenso, que fazem seus seguidores se considerarem “donos da verdade”.
Alimentam a prepotência e o autoritarismo que advogam o direito de não agir com
gratidão em relação àqueles que têm visão de mundo diferente.
Há, pois, um risco
inerente às ideologias: rifar ou manipular a moralidade de acordo com os
próprios interesses. Essa permissividade frequentemente verificada no
partidarismo ameaça a moralidade e o direito, fazendo com que as relações
humanas se distanciem do patamar mínimo de civilidade. Consequentemente,
proliferam avacalhações institucionais, com arranjos que buscam apenas promover
amigos e simpatizantes, mesmo que isso signifique acentuar feridas
organizacionais. O Papa Bento XVI, em um texto publicado antes de se tornar
pontífice, sublinha que a razão doente se manifesta na crueldade e na
indiferença, pouco se importando com a reconstrução da sociedade e do mundo.
Aqueles que se valem da razão adoecida pouco se interessam pela dignidade
humana, ignorando os pobres, sofredores e indefesos. Bento XVI diz que o
cristão não é chamado a colocar limites à razão ou opor-se a ela, mas a lutar
pela sua faculdade de percepção do bem e do bom, do sagrado e do santo.
Assinala ainda que assim se travará o verdadeiro combate contra a desumanidade.
Compreende-se, pois, que
o cristão, em lugar do cinismo das ideologias, ou dos posicionamentos
extremistas, causas de muitas feridas abertas à humanidade, tem o desafio de
levar a razão a funcionar integralmente, não apenas no âmbito da tecnologia e
do desenvolvimento material do mundo, mas como faculdade para reconhecer o bem,
abrindo trilhas para fazer valer e efetivar atitudes alicerçadas no amor,
caminho para sanar as feridas abertas. Nas sendas do amor, a razão brilhará com
uma luz nova, liberta das patologias que justificam crueldades, genocídios,
indiferenças em relação aos pobres da terra; manipulação de poderes. A razão
livre de patologias modifica as relações internacionais e cidadãs, que passam a
se ancorar no gosto pela solidariedade, incluindo a nobreza de não se buscar a
vingança. É hora de imediata e veloz superação de todo tipo de ceticismo, para
que os cristãos possam levar nova luminosidade à razão, contribuindo para
diminuir, até a extinção, as muitas feridas abertas nas pessoas, nas instituições
e na sociedade. No lugar do personalismo e do modo autocrático de agir,
conferir nova luz à razão possibilitará ampliar o número daqueles que curam,
pelo perdão e gratidão, ampliando a esperançosa oportunidade de um novo tempo
para a humanidade. Tempo de feridas cicatrizadas com gestos de amor e de
reconciliação. Ecoe sempre do lado aberto de Cristo para ressoar nos corações
da humanidade o nobre clamor do Mestre: “Amai-vos uns aos outros como eu vos
amei”!
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de
valores –, para a imperiosa e
urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, através do amor
incondicional, com o auxílio da música, yoga, meditação e shantala – e muito
singularmente, do parto humanizado, aleitamento materno, nutrologia e estímulo
– sob a luz perene da excelência educacional
(0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em
pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas
crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 135 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2025, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (44,3%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
– e sem qualificação - da dívida pública...”.
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
64
anos de testemunho de um verdadeiro servidor público (1961 – 2025)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira: tendo por
substrato basilar a unificação das eleições, mandatos de 5 anos e fim da
reeleição para o Executivo... pois, o poder é para amar, servir e edificar -
jamais, jamais e jamais para subir, dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com
pesquisa, proteção e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A graça e alegria da vocação: juntando
diamantes ... porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance, através da filosofia, psicologia e teologia!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
- A construção da civilização do amor (São João
Paulo II – Papa entre 16/10/1978 e 02/04/2005)!
- NeuroVox: A Criação, o conhecimento e o bem
comum!
- “A colheita é grande, mas os trabalhadores
são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua
colheita.” (Lc 10,2).
- Destrave seu cérebro: A excelência no mundo
das capacidades, habilidades e competências! – Renato Alves
- Deus acima de tudo e o Brasil no coração de
todos!
- Vozes que iluminam e palavras que edificam!
- “A Fonte da Juventude” (Peter Kelder – Livros
1 e 2) ...
- A última eucaristia e os caminhos do
renascimento.
- As luzes de O Poder do Subconsciente – Dr.
Joseph Murphy, Ph.D.
- Um verdadeiro e rico guia para a saúde
integral – Dr. David Perlmutter.
- A juventude bem viva: Torne-se mais jovem,
viva por mais tempo – Deepak Chopra, M.D. e David Simon, M.D.
- E que sejamos construtores de pontes entre as
pessoas, cidades e nações!
- A busca de uma nova maneira de viver:
ANTICÂNCER – Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais, do médico DAVID
SERVAN-SCHREIBER.
- Um encontro com a luz natural no Discurso do
Método, de René Descartes.
- IBIRITÉ – Berço da Excelência Educacional!
- O papel do gari e a plena cidadania,
democracia e sustentabilidade!
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!