“Amor-sabedoria,
a energia que
permeia nosso sistema solar
Amor-sabedoria é a
qualidade básica de um dos raios cósmicos mais essenciais para a vida nessa galáxia
e neste sistema solar, o Segundo Raio. Essa energia sábia e amorosa – cuja
expressão mais profunda é tão desconhecida e misteriosa – conduz a vida e os
seres ao encontro dos mundos internos. A denominação amor-sabedoria explica-se
pelo fato de existir ainda na mente humana diferença entre essas facetas da
mesma energia, e o amor sem a sabedoria e a sabedoria sem o amor não serem
completos.
Expressa-se
nos seres como uma tendência profunda de união e de complementação. Porém,
devido ao homem estar até hoje polarizado no nível sentimental e no instintivo,
essa necessidade de integração não pôde ser por ele corretamente compreendida,
resultando em sua canalização inadequada para fora de si, para outro ser, para
uma situação, um objeto ou uma ideia.
Portanto,
esse caminho do amor pode-se ficar apegado a alguma etapa, exatamente por não
se compreender o que subjaz ao impulso de união. Mas a sabedoria possibilita a
serenidade e o desapego, bem como a certeza de que a verdadeira união virá sem
que o indivíduo se preocupe com ela. A sabedoria traz essa compreensão e
dissolve os ofuscamentos mentais que pode ocorrer durante o processo; traz
ainda a sensibilidade superior, o conhecimento intuitivo da real necessidade
dos semelhantes. O amor atrai e unifica; a sabedoria indica a direção a ser
seguida. A sabedoria pertence ao coração e não à cabeça ou mente analítica; por
meio da sabedoria “se compreende sem pensar”. No corpo físico, vincula-se à
região cardíaca, que deveria estar desobstruída de ressentimentos e de mágoas
para perceber com precisão o que o amor quer.
É
fácil notar a presença do amor quando ele está vibrando sem sabedoria; nessas
condições, ele se apresenta tingido por apegos humanos e possessivos. No
entanto, quando os dois aspectos estão juntos, sua ação é tão desinteressada
que o fato pode até passar despercebido para pessoas sem a devida percepção
intuitiva. Com a presença da sabedoria, o amor se torna interno; e o amor com
sabedoria geralmente não se impõe, sua atuação se dá num nível mais profundo,
desaparecendo da vista superficial.
Aquele
que ama com sabedoria não está interessado em demonstrá-lo, nem sente
necessidade de ser compreendido. Isso decorre do próprio fato de ele estar
vivendo a vida interior, estar sintonizado com a energia do coração.
A
sabedoria, expressão pura do conhecimento direto da realidade, emerge do
interior do ser, à medida que a consciência se expande. Decorre do contato com
a fonte da sua existência e com a do universo. Está além da erudição, que em
geral se constitui de informações adquiridas, mas não vivenciadas. Revela-se na
vida. É harmonia; transcende opostos. É síntese. Fala tanta pelo silêncio
quanto pela palavra. Tende a ser repudiada pelos que não a podem compreender,
porém cura e transforma os que dela se acercam com humildade. A consciência
humana penetra na luz da sabedoria, mas não toca a sua chama. Quanto mais
avança, mais a sabedoria se aprofunda. A sabedoria é fruto da união do eu
consciente com a essência do ser; nasce do amor à Verdade inexprimível e
inconcebível.
A
expressão pura do amor-sabedoria está sendo desenvolvida no sistema solar e, à
medida que evoluímos, vamos inteirando-nos dela, sentindo-nos, com isso, cada
vez mais realizados.”.
(TRIGUEIRINHO.
Escritor, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 6 de agosto de 2017, caderno O.PINIÃO, página 14).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a
Excelência Educacional vem de artigo publicado no jornal ESTADO DE MINAS, edição de 31 de julho
de 2017, caderno OPINIÃO, página 11,
de autoria de CARLOS ALBERTO DI FRANCO,
jornalista, e que merece igualmente integral transcrição:
“Deus
em questões
Dia 8 de julho de 1935:
um rapaz de 20 anos que estava à procura de um amigo, com quem tinha combinado
um jantar, entrava, por engano, numa capela de Paris. Chamava-se André
Frossard. Era filho do líder sindical L.O. Frossard, jornalista e
primeiro-secretário do Partido Comunista Francês. Dizia-se “cético e ateu de
extrema, a esquerda. Ainda mais do que cético, ainda mais do ateu, indiferente
e ocupado em coisa bem diversa do que um Deus que nem pensava mais negar”.
Cinco minutos depois, saía de lá “católico, apostólico, romano”, “transportado,
levantado, retomado e envolvido pela onda de uma alegria inexaurível”.
O impacto existencial dessa conversão ficou
registrado num livro que ocupou por muito tempo as listas dos best-sellers:
Deus existe, eu o encontrei. André Frossard, jornalista de prestígio, cronista
do Fígaro, redator-chefe da revista Temps
Présent e, de 1988 até sua morte, em 1997, membro da Academia Francesa de
Letras, faz parte daquela estirpe de intelectuais que cinzelam a cultura dos
povos. Por isso, Deus em questões (Editora
Quadrante, São Paulo), livro que acabo de reler com muito prazer, merece ser
compartilhado com você, caro leitor.
Trata-se
de um livro estimulante, quase interativo. O autor, armado de uma coragem
afiada e de um bom humor cativante, assume um desafio inusitado. Frossard
condensa, em 47 “questões”, cerca de 2 mil perguntas que lhe foram feitas por
estudantes franceses. Em cada questão, expõe primeiro as objeções, assumindo
lealmente o ponto de vista crítico, e depois formula respostas que extrai da
sua “experiência da fé”. Por que viver? Ciência e fé são compatíveis? Deus é da
esquerda ou da direita? A fé e o big-bang. A bioética. A Aids. O sofrimento
humano. A liberdade. Eis, respigados ao acaso, alguns dos temas que compõem um
mosaico de grande atualidade jornalística.
A
liberdade, adverte Frossard, “não consiste em fazer o que se tem vontade, mas
também o que não se quereria, por bom senso, por respeito aos outros, e muitas
vezes por amor, primeiro princípio de tudo aquilo que é, foi ou será”.
“Essa
liberdade ultrapassa todas as tendências, os gostos, o interesse pessoal, o
egoísmo, vence tudo aquilo que efetivamente poderia ‘condicionar’ o ser humano
e refulge com um brilho magnífico na renúncia de si próprio em favor do outro
ou dos outros. Tem por divisa o dom de si e, por insígnia, a cruz de Cristo.
Nesse sentido, a liberdade é um combate. É o ‘nome de guerra’ da caridade.
Num
mundo tantas vezes dominado por uma visão utilitária e hedonista, Frossard
rasga o generoso horizonte da autêntica liberdade. De fato, poucas ideias
gozam, por parte dos homens em geral, de um apreço tão imediato e universal
quanto a liberdade, mas nem todos aprofundam igualmente na sua essência. Muitos
se conformam com uma concepção superficial desse conceito: a liberdade lhes
sugere simples espontaneidade, ausência de compromissos, e isso já é o
suficiente. Na sua defesa da liberdade, contudo, Frossard não fica num conceito
descomprometido, mas mergulham na raiz existencial da liberdade: o amor a Deus
e o amor aos outros.
A
liberdade, para ele, tem uma vertente transcendental, uma orientação para Deus.
Não é que a liberdade deixa de ser uma realidade humana para se tornar só ou
principalmente um conceito de tipo religioso. Bem ao contrário. Precisamente
por dizer respeito a Deus e ao fim último da vida, essa concepção da liberdade
é radicalmente humana.
O
livro de Frossard é de grande atualidade. O pêndulo da história da história
aponta o reencontro do homem com suas raízes genuínas, sua inquieta
peregrinação rumo ao Criador. Na verdade, a busca por Deus é um fato sociológico.
A religião, sintoma de alienação na geração passada, ganha espaço nos dias que
correm, sobretudo no mundo dos jovens. Deus, os pais, anjos e milagres são
campeões da credibilidade no mundo dos adolescentes. Toda uma geração assiste,
perplexa, a uma contrarrevolução comportamental protagonizada por seus filhos e
netos.”.
Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e
oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança
de nossa história – que é de ética, de
moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, civilizadas, soberanas, democráticas e
sustentavelmente desenvolvidas...
Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras
cruciais como:
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil (0 a 3 anos de
idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo
da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira
série do ensino fundamental, independentemente
do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação
(especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas
públicas, gerando o pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional
(enfim, 125 anos depois, a República proclama o que esperamos seja
verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira
incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria;
a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da
democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);
b) o combate implacável, sem eufemismos e
sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:
I – a inflação, a exigir permanente,
competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares
civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa
de juros do cartão de crédito atingiu em junho/2017 a ainda estratosférica
marca de 378,30% nos últimos doze meses,
e a taxa de juros do cheque especial registrou históricos 322,60%; e já o IPCA
também no acumulado dos últimos doze meses chegou a 3,00%); II – a corrupção, há séculos, na mais perversa
promiscuidade – “dinheiro público versus interesses privados”
–, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando
incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária
ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da
Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor,
de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é
cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional; eis, portanto, que todos os valores que vão
sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 516
anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios,
malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a
corrupção mata, e, assim, é crime...); III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar
inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo,
segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a
“... Desconfiança das empresas e das famílias é
grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase
nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses
recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à
ineficiência do Estado e do setor privado, a falhas de logística e de
infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de
planejamento...”;
c) a dívida pública brasileira - (interna e
externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para
2017, apenas segundo o Orçamento Geral da União, de exorbitante e insuportável
desembolso de cerca de R$ 1,722 trilhão,
a título de juros, encargos, amortização e refinanciamentos (ao menos com esta
rubrica, previsão de R$ 946,4 bilhões),
a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega:
- pagar,
sim, até o último centavo;
-
rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
-
realizar uma IMEDIATA, abrangente,
qualificada, independente e eficaz auditoria...
(ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda
a propósito, no artigo Melancolia,
Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente
degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das
contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira
alguma, abatem o nosso ânimo e nem
arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta
grande cruzada nacional pela excelência
educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada,
civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e
desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas
riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos
os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos
bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de
infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à
luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização
das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas
tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...
Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a
nossa esperança... e perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
- 55
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2016) ...
-
Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...
-
ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas...
- Por
uma Nova Política Brasileira...