(Julho = mês 91; faltam 79 meses para a Primavera Brasileira)
“Frutos do Karma
Helena
P. Blavatsky, deixou uma explicação sobre o que conduz, sem exceções, o destino
dos homens: ‘Karma é aquele núcleo moral de todo ser, o único que sobrevive à
morte e continua na transmigração ou reencarnação; quer dizer que, depois de
cada personalidade acumulada numa vida, não resta nada além das causas que essa
produziu. Causas que em grande parte são imorais, isto é, que não podem ser
eliminadas do Universo, até que sejam substituídas por efeitos reparadores e
por eles anuladas. Tais causas, a não ser que sejam compensadas por efeitos
adequados, durante a vida da pessoa que as produziu, levarão o ego a reencarnar
e o alcançarão nas vidas corpóreas subsequentes, até que o equilíbrio entre
efeitos e causas seja totalmente pacificado. Nenhuma ‘personalidade’, simples
conjunto de átomos materiais e peculiaridades instintivas e mentais, pode
continuar como tal no mundo do Espírito puro’.
Quem
coloca em dúvida esses princípios, filosóficos e budistas, pode refletir sobre
o terceiro enunciado de Newton, pilar da física positivista moderna: “Para toda
ação, há sempre uma reação oposta e de igual intensidade: as ações mútuas de
dois corpos, um sobre o outro, são sempre iguais e dirigidas em sentido
oposto”.
“Tanto
acima como embaixo”, diz a regra budista de reciprocidade, ou seja, o lado
elevado espiritual afeta o ínfimo material, e o material, o espiritual. Seria,
portanto, uma grande ilusão tentar fugir das dívidas: elas aguardam o momento
da cobrança, por ser justa e fruto de uma regra que rege o cosmo todo.
Tem três
tipos de Karma agindo sobre o ego humano: o Karma “maduro”, pronto para se
manifestar como acontecimentos na vida atual; o Karma de “caráter”, que se
manifesta nas tendências e comportamentos, fruto de acúmulos anteriores; e
finalmente o Karma “futuro”, que está sendo agora produzido e dá origem aos
acontecimentos das próximas vidas. Enfim, três tipos de Karma concatenados,
unindo passado, presente e futuro.
São
Paulo se referiu à Lei Kármica dizendo: “Tudo que o homem semear, colherá” (Gl
VI, 7), análogo à sentença dos Puranas: “Todo homem recolhe as consequências de
seus próprios atos”. O Karma também não escapou da sabedoria dos antigos
romanos: “Cada um fabrica sua sorte”.
Temos,
ainda, um Karma coletivo, aquele que afeta a família, o povo, a nação e a
humanidade inteira. É resultado das forças em relação mútua dos indivíduos que
compõem a coletividade, e todos eles seguem as consequências.
O Karma
faz com que seja ungido um governante, nem sempre para conduzir bem, mas para
conduzir segundo os pecados passados e presentes. “Cada povo tem o governo que
merece”, tanto o estadista benemérito quanto o demolidor, que deixa “o povo
apanhando, para aprender”.
O ser
humano forte e evoluído sabe que a chave da existência está numa vida de
serviço, que o dinheiro não é fim em si mesmo, mas meio e oportunidade não egoísta,
à disposição de soluções altruístas, de melhorias da coletividade, não só
materiais, como, em especial, espirituais.
Enfim, Hermes
Trismegisto: “Toda Causa tem seu Efeito, todo Efeito tem sua Causa; tudo
acontece de acordo com a Lei. O Acaso é simplesmente um nome dado a uma Lei não
reconhecida e ainda não compreendida. Existem muitos planos de causalidade,
porém nada escapa à Lei”.”.
(VITTORIO MEDIOLI. Em artigo publicado no
jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 24 de junho de 2024, caderno A.PARTE,
página 2).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.arquidiocesebh.org.br,
edição de 28 de junho de 2024, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, e que merece igualmente integral
transcrição:
“Esgotamento e escassez
Tudo
o que esgota torna-se escasso. Uma frase que precisa gerar incômodos neste
momento da história, quando a humanidade é desafiada a encontrar um novo modo
de viver no planeta, a casa comum. O sexto mês de 2024 expirou-se e, durante
seu transcurso, oficialmente, se promoveu a Campanha Junho Verde, buscando mais
conscientização ecológica. É difícil precisar o alcance da Campanha, mas,
certamente, a grande maioria ignorou o seu apelo. Muitos ainda permanecem
alheios ao catastrófico descompasso ambiental que aflige a humanidade, gerando,
entre tantas consequências, as radicais variações climáticas, com gente
morrendo de calor, enquanto outras partes do mundo padecem com enchentes e frio
extremo. As reações da natureza ao desequilíbrio provocado pelo ser humano são
fortes e impõem sacrifícios. Mesmo assim, muitos tratam esse desequilíbrio como
uma conta que é de responsabilidade de outros, sem reconhecer a própria
responsabilidade. O esgotamento do meio ambiente, assim, tem disso tratado de
modo irresponsável: de um lado, muitas abordagens técnico-científicas,
legislativo-mercadológicas, com narrativas especializadas na defesa das
perspectivas de determinados segmentos que buscam somente o lucro, de outro
lado está o cidadão comum sem educação ecológica. Uma combinação perigosa, que
acelera processos de esgotamentos do meio ambiente, conduzindo a humanidade à
escassez de recursos essenciais.
A
ausência de educação ecológica impulsiona o gosto pelo esbanjamento, grande
risco para o equilíbrio essencial à vida no planeta. Por isso, é urgente
trabalhar para que todos os cidadãos tenham ciência a respeito de questões
simples, mas que são essenciais para que seja revertida a progressiva
deterioração do planeta. Não é novidade que a casa comum recebe,
ininterruptamente, toneladas de resíduos a cada ano, mas constitui desafio
fazer cada pessoa perceber e assumir a sua responsabilidade na contaminação da
casa comum. Perceber e assumir a responsabilidade constitui etapa essencial
para reagir, mudando os próprios hábitos. O Papa Francisco não hesita em
afirmar: a casa comum está se transformando, cada vez mais, em um grande
depósito de lixo. E o lixo, ao contaminar o meio ambiente, produz efeitos
danosos sobre a saúde humana. Se o planeta adoece, a sociedade também fica
doente. E saúde é um bem precioso que, quando perdido, exige tempo e alto preço
para ser recuperado. A correlação entre a saúde do planeta e de cada ser humano
precisa sensibilizar, cotidianamente, todas as pessoas, de modo especial os
formadores de opinião, governantes, educadores, para alcançar o coração de cada
cidadão.
A
contribuição de todos na reversão dos processos de degradação ambiental é
indispensável. Já permanecer insensível aos sinais da natureza é verdadeira
tragédia. O ser humano, ao se tornar consciente sobre o seu papel na
deterioração do planeta, contrapõe-se a um grava causador da desarmonia na casa
comum, bem lembrado pelo Papa Francisco, em sua Carta Encíclica Laudato Si’: a
cultura do descarte, que precisa ser combatida e substituída por práticas
ecológicas. Nesse horizonte de interpelações, que focaliza o aproximar-se de
situações perigosas, está a questão da água, um bem essencial. Dentre os
esgotamentos que ameaçam a vida, a água constitui um capítulo que merece muita
atenção, pois é impossível imaginar viver sem esse recurso essencial. Essa
obviedade precisa incomodar mais, para inspirar mudanças de comportamento até
no ambiente doméstico, para que seja evitado o desperdício nas torneiras, no
chuveiro. Ainda mais urgente, pois gera impactos especialmente severos, é
combater os gravíssimos assoreamentos produzidos, por exemplo, por mineração
predatória e extrativista, sob o olhar compassivo e conivente de governantes e
legisladores. Sem água potável não há vida. E a progressiva diminuição da água
disponível desenha uma possível realidade desoladora, com esse bem tornando-se
objeto de disputa, de predatória exploração comercial, gerando exclusões e, até
mesmo, focos de conflito.
As
grandes cidades já sofrem com a escassez de água, mostrando debilidades do
poder público no exercício de suas obrigações. Ainda mais nesses cenários de
escassez, deve ser considerada a necessidade de se garantir água aos mais
pobres, com qualidade e de modo suficiente. Privá-los desse direito é,
criminosa e impiedosamente, ceifar suas vidas. Há de se investir em programas,
projetos, atitudes e posturas pela superação do desperdício, despertando
consciências ante a gravidade do problema. Tenha-se presente que a escassez de
água incide também sobre o preço dos alimentos, sacrificando ainda mais a
sociedade, perpetuando estatísticas de gente passando fome ou ameaçada pela
desnutrição.
O
período de promoção da Campanha Junho Verde está chegando ao fim, mas o seu
chamamento para uma reação permanece. A pertinência e urgência da temática
ambiental requerem, de todos, uma permanente e imediata dedicação. Não se pode
esperar o próximo ano para reagir, nem aguardar sofrer as consequências mais
graves das devastações ambientais para se dedicar a mudanças. As convocações da
Campanha Junho Verde devem inspirar novos hábitos diariamente, fortalecendo a
compreensão de que todos os organismos vivos estão fortemente vinculados com as
condições do meio ambiente. Ora, a sociedade depende da natureza, necessita
dela para tudo. O esgotamento ambiental precisa ser combatido com a busca pela
superação dos desperdícios e dos estilos de vida incompatíveis com a
sustentabilidade da casa comum. É tempo de compreender mais sobre ecologia,
todos se fazendo aprendizes, para que a humanidade não padeça, cada vez mais,
com diferentes tipos de esgotamento e escassez.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa
história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
a) a excelência educacional – pleno
desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde
a educação infantil, com o auxílio da
música, yoga e shantala (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de
idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos
nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –,
até a pós-graduação (especialização,
mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade
absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação
profissional (enfim, 134 anos depois, a República proclama o que esperamos
seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de
maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova
pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da
civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da
sustentabilidade... e da fraternidade universal);
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2024, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,5 trilhões (45,98%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,7 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
pois, quando os títulos da dívida financiam os investimentos nos tornamos TODOS
protagonistas do desenvolvimento SUSTENTÁVEL da nação;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br).
E, ainda, a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”.
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta
de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já
combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de
poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições,
negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à
pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas
e sempre crescentes necessidades de ampliação
e modernização de setores como: a gestão
pública; a infraestrutura (rodovias,
ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada,
esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística
reversa); meio ambiente; habitação;
mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda;
agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência
social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança
pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e
desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer;
turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e
operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade
– “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade,
competitividade); entre outros...
Este
é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e
perseverança!
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
63 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2024)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas
defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira... pois, o
poder é para amar, servir e edificar - jamais, jamais e jamais para subir,
dominar, oprimir, destruir ou matar!
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana e espiritual, e, ambiental, com pesquisa, proteção
e preservação dos nossos inestimáveis recursos naturais ...
- A alegria da vocação: juntando diamantes ...
porque os diamantes são eternos!
- O Epitáfio: “Não chorem por mim, chorem por
todos aqueles que, ainda, não descobriram Cristo em cada Eucaristia!”.
- (Re)visitando o Santo Graal, para uma vida
virtuosa: “... porque és pó, e pó te hás de tornar. (Gen 3,19)”.
- “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós
que recorremos a vós! (1830) ...
- “... A paz esteja convosco”. (Jo 20,19) ...
- Um hino de amor: “Nossa Oração” – Luiz Ayrão
...
- A arma espiritual mais poderosa do mundo: a
reza diária do Santo Terço!
- Helena Antipoff: a verdadeira fonte de alta
performance!
- Milton Santos: Por uma outra globalização do
pensamento único à consciência universal.
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrimas,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!