segunda-feira, 5 de abril de 2021

A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, AS LUZES DA INOVAÇÃO EMPRESARIAL NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E A TRANSCENDÊNCIA DO SILÊNCIO AMOROSO E FECUNDO NA QUALIFICAÇÃO DA HUMANIDADE NA SUSTENTABILIDADE (53/117)

(Abril = mês 53; faltam 117 meses para a Primavera Brasileira)

“A cultura da inovação como um diferencial

        A competição sempre fez parte do ambiente empresarial. Com a chegada das novas tecnologias e com os consumidores se tornando cada vez mais exigentes, as empresas buscam se diferenciar no mercado. Por isso, a busca por implementar uma cultura de inovação tem se tornado mais frequente.

         Esse termo pode ser definido como uma forma de criar um ambiente em que os colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias e contribuir para que a empresa tenha melhor desenvolvimento. Segundo um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 86% das 132 organizações entrevistadas acreditam que o incentivo à cultura de inovação em processos internos e externos dará mais destaque para a empresa.

         No entanto, para que funcione efetivamente, a cultura de inovação deve fazer parte do DNA da empresa, ou seja, todos os colaboradores devem perceber a sua importância para que a empresa se diferencie no mercado. Por isso, para as empresas tradicionais, estimular a inovação deve ser um processo gradual que aos poucos transformará a cultura organizacional.

         A primeira etapa é estimular o diálogo e o feedback entre os profissionais. Oferecer um espaço nas reuniões para todos participarem e apontarem diferentes visões sobre uma ideia ou projeto é uma forma de estimular a criatividade e a busca por soluções inovadoras.

         Além disso, é importante pensar em ações que estimulem a criatividade. Seminários, cursos e eventos são formas de incentivar os colaboradores a sair da caixa e diversificar. Priorizar o coletivo, ou seja, o crescimento da equipe em conjunto, também é importante para que a cultura de inovação seja eficaz.

         A rede Magazine Luiza, por exemplo, promove um ambiente de inovação para todos os seus colaboradores. Em outubro do ano passado, a empresa comprou uma plataforma de cursos voltados para o e-commerce, em que os seus funcionários podem aprimorar seus conhecimentos e expandir as habilidades. Além disso, a organização possui o Luizalbas, um laboratório de tecnologia e inovação que busca criar produtos, serviços e otimizar processos da empresa.

         Os gestores também possuem um papel fundamental na cultura de inovação. A liderança deve apontar quais são os resultados esperados obtidos por meio da busca pela inovação. Com isso, toda a equipe se torna consciente e pode tomar decisões de forma mais estratégica.

         Para que a cultura de inovação tenha bons resultados, é necessário um esforço coletivo, pois é um processo que leva tempo. Entretanto, os resultados dessa ação são positivos para as empresas. O estudo do Ipea destaca que, apesar de apenas 1,7% das organizações brasileiras se preocuparem com a cultura da inovação, essas empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento da indústria no país. Dessa forma, a inovação empresarial contribui para um ambiente criativo e gera profissionais engajados.”.

(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de março de 2021, caderno OPINIÃO, página 17).

Mais uma importante e oportuna contribuição para o nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de artigo publicado no site www.domtotal.com, edição 02 de abril de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO, arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:

“Eco do grande silêncio

        Nesta Sexta-feira da Paixão – a Sexta-feira Santa –, pela celebração na liturgia, grande silêncio ecoa na Terra. Silêncio provocado por um grande grito: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Súplica do Redentor da humanidade, Jesus Cristo, o único Senhor. O eco deste grande silêncio rasgou o véu do templo de Jerusalém, depois que uma escuridão cobriu a Terra até às três horas da tarde. A escuridão que marca o princípio do mundo – deserto, vazio e coberto de trevas, com o silêncio do caos. E o Espírito Criador fecunda esse silêncio com a força da criação, desdobra tudo em vida.

         O eco do grande silêncio que brota do peito do crucificado não é o grito de um Deus desesperado. É Deus emprestando a força criadora de sua voz para ecoar a dor lancinante que enjaula o coração do ser humano. A melodia é dolorosa. Um grito de desespero e de abandono profundo, que traduz o sofrimento da humanidade em cada tempo de sua história. As dores e sofrimentos humanos se manifestam, assim, pela voz de Deus compassivo, amoroso e redentor – som que irrompe com força para gerar o eco de um grande silêncio. A humanidade, enjaulada nos modos de viver que estão na contramão da vida plena, experimenta, no grito de Jesus, a possibilidade de iniciar novo ciclo. O grande silêncio com o seu eco é o reverso de toda a solidão desoladora, manifestando o caminho para fecundante escuta da voz do amor que redime e salva.

         Há uma escolha: escutar o eco do grande silêncio, para transformar o coração humano e regenerar as suas fibras com amor. O grito de Jesus, que condensa a voz de toda humanidade, tem força de redenção e vida nova. Exigiu, nas minúcias de sua engenharia, a encarnação do filho de Deus que, mesmo sendo Deus, não se apegou à sua condição divina. Jesus, esvaziando-se, inigualável na sua arquitetura, se fez obediente até à morte – e morte de cruz. Ao seu nome, no céu e na terra, se dobrem os joelhos, porque Ele é o Senhor, o Salvador.

         A indisposição para aprender com o grande silêncio da Sexta-feira Santa significa perder a oportunidade para amorosa escuta de Deus – leva ao risco do fracasso. Isto porque sem o grande silêncio não é possível reconhecer a gramática da vida, superando a orgulhosa vaidade que adoece, as disputas, a mesquinhez e a indiferença. A falta de hábito para lidar com o silêncio precipita o conjunto da sociedade no frenesi de um barulho ensurdecedor que fere o ser humano. Prejudica ainda a necessária capacidade para escutar, amorosamente, os clamores de outros pessoas, até daquelas com quem se convive na mesma casa. Gera indiferença em relação aos pobres e vulneráveis.

         O medo do silêncio, a falta de habilidade para vivenciá-lo, explica também a causa das solidões que enlouquecem. Elas não são tratadas com o remédio que está no próprio de ato de se silenciar. Busca-se a cura nos venenos que entorpecem sensibilidades, paralisam avanços na solidariedade, petrificam percepções, robotizando mentes e corações. Assim, o ser humano perde a capacidade genuína de se encantar pela palavra fecundada no silêncio necessário à escuta, à meditação. E a humanidade fica imersa em um pobreza materializada nos calvários de muitos sofrimentos, que se perpetuam em pandemias não tratadas, devastações não denunciadas, respostas humanitárias retardadas, insanidades políticas que desconsideram a vida – o bem maior, dom pleno que custa o sangue d’Aquele que morre no alto da cruz, vencedor da morte por sua ressurreição.

         No mistério deste grande silêncio, a Sexta-feira da Paixão, está fonte da grande experiência que pode recompor sensibilidades, produzir sabedoria, revitalizar a dimensão humanística de cada pessoa. Esse é o caminho para superar leituras e práticas perversas, devolver a serenidade interior necessária a todos, capacitando o ser humano para desenvolver discursos e narrativas construtivas, urgências deste tempo de destempero e de escassez de palavras recriadoras. As lições do grande silêncio da Sexta-feira Santa fortalecem instituições a serviço da vida e dos valores fundamentais, qualificam homens e mulheres na competência para dialogar e exercer a solidariedade.

         Tudo começa e alcança fecundidade pelo exercício do silêncio que evita a multiplicação de palavras distantes dos propósitos cristãos: edificar e consolar cada pessoa. O ponto de partida é dominar o medo de se silenciar, debelando o hábito de muito falar, até para tentar remediar o irremediável. Contribui para cultivar a coragem desse exercício a preciosa indicação do escritor Thomas Merton: tomar sobre si o fardo da cruz de Cristo, isto é, a humildade, a pobreza, a obediência e a renúncia, e encontrar paz para a alma. O gesto de Jesus, diz o autor, é a única e a verdadeira revolução, porque todas as outras levam a mortes. Já a revolução de Jesus significa a morte que faz brotar nova vida, renovando todas as coisas. Tudo começa e se fecunda pela atenção amorosa dada ao eco do grande silêncio desta Sexta-feira Santa, a Sexta-feira da Paixão.”.

Eis, portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história – que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para a imperiosa e urgente necessidade de profundas mudanças em nossas estruturas educacionais, governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas, financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas, civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente desenvolvidas...

 Assim, urge ainda a efetiva problematização de questões deveras cruciais como:

 a) a excelência educacional – pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional –, desde a educação infantil (0 a 3 anos de idade, em creches; 4 e 5 anos de idade, em pré-escolas) – e mais o imperativo da modernidade de matricularmos nossas crianças de 6 anos de idade na primeira série do ensino fundamental, independentemente do mês de seu nascimento –, até a pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado), como prioridade absoluta de nossas políticas públicas, gerando o pleno desenvolvimento da pessoa, da cidadania e da qualificação profissional (enfim, 131 anos depois, a República proclama o que esperamos seja verdadeiramente o início de uma revolução educacional, mobilizando de maneira incondicional todas as forças vivas do país, para a realização da nova pátria; a pátria da educação, da ética, da justiça, da liberdade, da civilidade, da democracia, da participação, da solidariedade, da sustentabilidade...);

 

b)  o combate implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e mais devastadores inimigos que são:

 I – a inflação, a exigir permanente, competente e diuturna vigilância, de forma a manter-se em patamares civilizados, ou seja, próximos de zero (segundo dados do Banco Central, a taxa de juros do cartão de crédito atingiu em fevereiro a estratosférica marca de 326,68% nos últimos doze meses, e a taxa de juros do cheque especial chegou ainda em históricos 124,93%; e já o IPCA, também no acumulado dos últimos doze meses, chegou a 5,20%);

 II – a corrupção, há séculos, na mais perversa promiscuidade    “dinheiro público versus interesses privados” –, como um câncer a se espalhar por todas as esferas da vida nacional, gerando incalculáveis e irreversíveis prejuízos, perdas e comprometimentos de vária ordem (a propósito, a lúcida observação do procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol: “A Lava Jato ela trata hoje de um tumor, de um caso específico de corrupção, mas o problema é que o sistema é cancerígeno...” – e que vem mostrando também o seu caráter transnacional;  eis, portanto, que todos os valores que vão sendo apresentados aos borbotões, são apenas simbólicos, pois em nossos 520 anos já se formou um verdadeiro oceano de suborno, propina, fraudes, desvios, malversação, saque, rapina e dilapidação do nosso patrimônio... Então, a corrupção mata, e, assim, é crime...);

 III – o desperdício, em todas as suas modalidades, também a ocasionar inestimáveis perdas e danos, indubitavelmente irreparáveis (por exemplo, segundo Lucas Massari, no artigo ‘O Desperdício na Logística Brasileira’, a “... Desconfiança das empresas e das famílias é grande. Todos os anos, cerca de R$ 1 trilhão, é desperdiçado no Brasil. Quase nada está imune à perda. Uma lista sem fim de problemas tem levado esses recursos e muito mais. De cada R$ 100 produzidos, quase R$ 25 somem em meio à ineficiência do Estado e do setor privado, à falhas de logística e de infraestrutura, ao excesso de burocracia, ao descaso, à corrupção e à falta de planejamento...”;

 

c)  a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a

proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:

 

- pagar, sim, até o último centavo;

- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;

- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)

 

(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz: “... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos, mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite da dívida pública...”).

 

Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos); a educação; a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana (trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas; polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência, tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações; qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –, transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre outros...

 São, e bem o sabemos, gigantescos desafios mas que, de maneira alguma, abatem o nosso ânimo e nem arrefecem o nosso entusiasmo e otimismo nesta grande cruzada nacional pela excelência educacional, visando à construção de uma Nação verdadeiramente participativa, justa, ética, educada, civilizada, qualificada, livre, soberana, democrática, solidária e desenvolvida, que possa partilhar suas extraordinárias e generosas riquezas, oportunidades e potencialidades com todas as brasileiras e com todos os brasileiros. Ainda mais especialmente no horizonte de investimentos bilionários previstos em inadiáveis e fundamentais empreendimentos de infraestrutura, além de projetos do Pré-Sal e de novas fontes energéticas, à luz das exigências do século 21, da era da globalização, da internacionalização das organizações, da informação, do conhecimento, da inovação, das novas tecnologias, da sustentabilidade e de um possível e novo mundo do direito, da justiça, da verdade, do diálogo, da liberdade, da paz, da solidariedade, da igualdade – e com equidade –, e da fraternidade universal...

 Este é o nosso sonho, o nosso amor, a nossa luta, a nossa fé, a nossa esperança... e perseverança!

 

“VI, OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”

59 anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)

 

- Estamos nos descobrindo através da Excelência Educacional ...

- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando nossas defesas democráticas ...

- Por uma Nova Política Brasileira ...

- Pela excelência na Gestão Pública ...

- Pelo fortalecimento da cultura da sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral: econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e preservação dos nossos recursos naturais ...

- A alegria da vocação ...  

 

Afinal, o Brasil é uma águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão olímpica e de coragem! ...        

 

E P Í L O G O

 

CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO

 

“Oh! Deus, Criador, Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!

Senhor, que não fique, e não está ficando, pedra sobre pedra

Dos impérios edificados com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e

Frutos da corrupção, do saque, da rapina e da dilapidação do

Nosso patrimônio público.

Patrimônio esse construído com o

Sangue, suor e lágrima,

Trabalho, honra e dignidade do povo brasileiro!

Senhor, que seja assim! Eternamente!”.