(Abril = mês 53; faltam 117 meses para a Primavera Brasileira)
“A cultura da inovação como um diferencial
A
competição sempre fez parte do ambiente empresarial. Com a chegada das novas
tecnologias e com os consumidores se tornando cada vez mais exigentes, as
empresas buscam se diferenciar no mercado. Por isso, a busca por implementar
uma cultura de inovação tem se tornado mais frequente.
Esse
termo pode ser definido como uma forma de criar um ambiente em que os
colaboradores se sintam confortáveis para compartilhar suas ideias e contribuir
para que a empresa tenha melhor desenvolvimento. Segundo um estudo realizado
pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 86% das 132 organizações
entrevistadas acreditam que o incentivo à cultura de inovação em processos
internos e externos dará mais destaque para a empresa.
No
entanto, para que funcione efetivamente, a cultura de inovação deve fazer parte
do DNA da empresa, ou seja, todos os colaboradores devem perceber a sua
importância para que a empresa se diferencie no mercado. Por isso, para as
empresas tradicionais, estimular a inovação deve ser um processo gradual que
aos poucos transformará a cultura organizacional.
A
primeira etapa é estimular o diálogo e o feedback entre os profissionais.
Oferecer um espaço nas reuniões para todos participarem e apontarem diferentes
visões sobre uma ideia ou projeto é uma forma de estimular a criatividade e a
busca por soluções inovadoras.
Além
disso, é importante pensar em ações que estimulem a criatividade. Seminários,
cursos e eventos são formas de incentivar os colaboradores a sair da caixa e
diversificar. Priorizar o coletivo, ou seja, o crescimento da equipe em
conjunto, também é importante para que a cultura de inovação seja eficaz.
A rede
Magazine Luiza, por exemplo, promove um ambiente de inovação para todos os seus
colaboradores. Em outubro do ano passado, a empresa comprou uma plataforma de
cursos voltados para o e-commerce, em que os seus funcionários podem aprimorar
seus conhecimentos e expandir as habilidades. Além disso, a organização possui
o Luizalbas, um laboratório de tecnologia e inovação que busca criar produtos,
serviços e otimizar processos da empresa.
Os
gestores também possuem um papel fundamental na cultura de inovação. A
liderança deve apontar quais são os resultados esperados obtidos por meio da
busca pela inovação. Com isso, toda a equipe se torna consciente e pode tomar
decisões de forma mais estratégica.
Para que
a cultura de inovação tenha bons resultados, é necessário um esforço coletivo,
pois é um processo que leva tempo. Entretanto, os resultados dessa ação são
positivos para as empresas. O estudo do Ipea destaca que, apesar de apenas 1,7%
das organizações brasileiras se preocuparem com a cultura da inovação, essas
empresas são responsáveis por 25,9% do faturamento da indústria no país. Dessa
forma, a inovação empresarial contribui para um ambiente criativo e gera
profissionais engajados.”.
(Pedro Boggione Costa. Gerente regional da
Câmara Americana de Comércio de Belo Horizonte, em artigo publicado no jornal O
TEMPO Belo Horizonte, edição de 27 de março de 2021, caderno OPINIÃO,
página 17).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no site www.domtotal.com,
edição 02 de abril de 2021, de autoria de DOM WALMOR OLIVEIRA DE AZEVEDO,
arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB), e que merece igualmente integral transcrição:
“Eco do grande silêncio
Nesta
Sexta-feira da Paixão – a Sexta-feira Santa –, pela celebração na liturgia,
grande silêncio ecoa na Terra. Silêncio provocado por um grande grito: “Meu
Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”. Súplica do Redentor da humanidade,
Jesus Cristo, o único Senhor. O eco deste grande silêncio rasgou o véu do
templo de Jerusalém, depois que uma escuridão cobriu a Terra até às três horas
da tarde. A escuridão que marca o princípio do mundo – deserto, vazio e coberto
de trevas, com o silêncio do caos. E o Espírito Criador fecunda esse silêncio
com a força da criação, desdobra tudo em vida.
O eco do
grande silêncio que brota do peito do crucificado não é o grito de um Deus
desesperado. É Deus emprestando a força criadora de sua voz para ecoar a dor lancinante
que enjaula o coração do ser humano. A melodia é dolorosa. Um grito de
desespero e de abandono profundo, que traduz o sofrimento da humanidade em cada
tempo de sua história. As dores e sofrimentos humanos se manifestam, assim,
pela voz de Deus compassivo, amoroso e redentor – som que irrompe com força
para gerar o eco de um grande silêncio. A humanidade, enjaulada nos modos de
viver que estão na contramão da vida plena, experimenta, no grito de Jesus, a
possibilidade de iniciar novo ciclo. O grande silêncio com o seu eco é o
reverso de toda a solidão desoladora, manifestando o caminho para fecundante
escuta da voz do amor que redime e salva.
Há uma
escolha: escutar o eco do grande silêncio, para transformar o coração humano e
regenerar as suas fibras com amor. O grito de Jesus, que condensa a voz de toda
humanidade, tem força de redenção e vida nova. Exigiu, nas minúcias de sua
engenharia, a encarnação do filho de Deus que, mesmo sendo Deus, não se apegou
à sua condição divina. Jesus, esvaziando-se, inigualável na sua arquitetura, se
fez obediente até à morte – e morte de cruz. Ao seu nome, no céu e na terra, se
dobrem os joelhos, porque Ele é o Senhor, o Salvador.
A
indisposição para aprender com o grande silêncio da Sexta-feira Santa significa
perder a oportunidade para amorosa escuta de Deus – leva ao risco do fracasso.
Isto porque sem o grande silêncio não é possível reconhecer a gramática da
vida, superando a orgulhosa vaidade que adoece, as disputas, a mesquinhez e a
indiferença. A falta de hábito para lidar com o silêncio precipita o conjunto
da sociedade no frenesi de um barulho ensurdecedor que fere o ser humano.
Prejudica ainda a necessária capacidade para escutar, amorosamente, os clamores
de outros pessoas, até daquelas com quem se convive na mesma casa. Gera
indiferença em relação aos pobres e vulneráveis.
O medo
do silêncio, a falta de habilidade para vivenciá-lo, explica também a causa das
solidões que enlouquecem. Elas não são tratadas com o remédio que está no
próprio de ato de se silenciar. Busca-se a cura nos venenos que entorpecem
sensibilidades, paralisam avanços na solidariedade, petrificam percepções,
robotizando mentes e corações. Assim, o ser humano perde a capacidade genuína
de se encantar pela palavra fecundada no silêncio necessário à escuta, à
meditação. E a humanidade fica imersa em um pobreza materializada nos calvários
de muitos sofrimentos, que se perpetuam em pandemias não tratadas, devastações
não denunciadas, respostas humanitárias retardadas, insanidades políticas que
desconsideram a vida – o bem maior, dom pleno que custa o sangue d’Aquele que
morre no alto da cruz, vencedor da morte por sua ressurreição.
No
mistério deste grande silêncio, a Sexta-feira da Paixão, está fonte da grande
experiência que pode recompor sensibilidades, produzir sabedoria, revitalizar a
dimensão humanística de cada pessoa. Esse é o caminho para superar leituras e
práticas perversas, devolver a serenidade interior necessária a todos,
capacitando o ser humano para desenvolver discursos e narrativas construtivas,
urgências deste tempo de destempero e de escassez de palavras recriadoras. As
lições do grande silêncio da Sexta-feira Santa fortalecem instituições a
serviço da vida e dos valores fundamentais, qualificam homens e mulheres na
competência para dialogar e exercer a solidariedade.
Tudo
começa e alcança fecundidade pelo exercício do silêncio que evita a
multiplicação de palavras distantes dos propósitos cristãos: edificar e
consolar cada pessoa. O ponto de partida é dominar o medo de se silenciar,
debelando o hábito de muito falar, até para tentar remediar o irremediável.
Contribui para cultivar a coragem desse exercício a preciosa indicação do
escritor Thomas Merton: tomar sobre si o fardo da cruz de Cristo, isto é, a
humildade, a pobreza, a obediência e a renúncia, e encontrar paz para a alma. O
gesto de Jesus, diz o autor, é a única e a verdadeira revolução, porque todas
as outras levam a mortes. Já a revolução de Jesus significa a morte que faz
brotar nova vida, renovando todas as coisas. Tudo começa e se fecunda pela
atenção amorosa dada ao eco do grande silêncio desta Sexta-feira Santa, a
Sexta-feira da Paixão.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e
sustentavelmente desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida
pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e
municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a
proposta do Orçamento
Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade
Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca
de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a
título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta
última rubrica, previsão de R$ 1,603
trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da
justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Destarte, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão
descomunal sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a
nossa capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
“VI,
OUVI E VIVI: O BRASIL TEM JEITO!”
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem! ...
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.
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