A EXCELÊNCIA EDUCACIONAL, O PODER DAS INOVAÇÕES DISRUPTIVAS NA TRAVESSIA DAS PANDEMIAS E AS URGÊNCIAS E EXIGÊNCIAS DAS UNIVERSIDADES DE PESQUISA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INTEGRAL NA SUSTENTABILIDADE
“A genialidade dos inovadores disruptivos
Você
sabia que grandes empresas de tecnologia surgiram da simplicidade de seus
criadores, em lugares relativamente descontraídos e longe dos salões luxuosos
ou dos fabulosos laboratórios de pesquisa? Isso mesmo: a HP e a Apple foram
fundadas em uma garagem; a Microsoft foi pensada por dois amigos de infância
ainda nos bancos da faculdade; o primeiro computador da Compaq foi rascunhado
numa toalha em um restaurante; e o Facebook foi idealizado por estudantes universitários
em um dormitório de Harvard!
As
surpreendentes startups e as geniais inovações disruptivas fixaram raízes nos
múltiplos solos mundiais e chegaram para ficar, definitivamente, sujeitas
apenas à estratégia da disrupção natural, que é uma ruptura que pode mudar a
forma como as pessoas pensam, se comportam e fazem negócios. Aliás, os gênios
disruptivos podem sobrelevar e vencer mercados e tecnologias até então
imbatíveis, bastando-se pela produção e lançamento de algo novo, útil, valioso,
eficiente, com custo menor e acessível a todos.
Nesse
sentido, cumpre observar que o termo “disrupção” foi lançado por Clayton
Christensen, guru de Harvard, em 1995, e ganhou força em 1997, a partir da
publicação de seu livro “O Dilema da Inovação”. O termo tornou-se recorrente em
encontros sobre inovação ou empreendedorismo. E o resultado é um ambiente
competitivo, com possibilidade de mudanças drásticas e constatação de que os
concorrentes são forçados a diversificar ou falir.
Segundo
alguns especialistas hiperconectados com organizações de forte status
tecnológico, “disrupção” tornou-se um termo cada vez mais utilizado no contexto
empresarial frente à série de disrupções que ocorrem no mundo por meio das
startups, como Netflix x blockbuster; Airbnb x redes de hotéis; Uber x táxis; WhatsApp
x serviços de SMS; Nubank x bancos; Wikipédia x enciclopédias; smartphones x
Kodak; entre outros casos conhecidos.
A rigor,
das várias inovações disruptivas, o celular é o dispositivo mais popular do
mundo, com as diversas funcionalidades que os aplicativos proporcionam. E
diante do fato de que o mundo tem 4,66 bilhões de pessoas conectadas à
internet, sobram cerca de 3,34 bilhões ainda desconectadas ou com conexões de
baixo alcance. Ou seja, quem conseguir conectar esse potencial mercado, com
certeza, vai alcançar feitos astronômicos.
No
entanto, os tempos de pandemia da Covid-19 trouxeram novidades, inversamente,
exigindo repensar as estruturas do trabalho, as responsabilidades do poder
público e privado perante as vulnerabilidades, o acesso à saúde coletiva, além
de mudanças práticas e imediatas para pelo menos uma parcela da população. Mas
nada será como antes, porquanto a vida tenha se apegado a outras possibilidades
de um tempo excelentemente digital.
Tão logo
passada a fase dramática da calamidade do coronavírus, as organizações
imprimirão assertividade em gestão ágil, meritocrática e voltada à diversidade
e ao comportamento empreendedor. A motivação será trazida de volta, e os
projetos e ações serão retomados. E, por certo, as inovações disruptivas
voltarão a facilitar os processos, reduzirão preços dos produtos e os tornarão
acessíveis a mais pessoas, e oferecerão poder de escolha ao consumidor.”.
(Wilson Campos. Advogado e presidente da
Comissão de Defesa da Cidadania e dos Interesses Coletivos da Sociedade da
OAB-MG, em artigo publicado no jornal O TEMPO Belo Horizonte, edição de
29 de abril de 2021, caderno OPINIÃO, página 21).
Mais uma importante e oportuna contribuição para o
nosso trabalho de Mobilização para a Excelência Educacional vem de
artigo publicado no jornal FOLHA DE S.PAULO, edição de 11 de maio de
2021, caderno opinião, coluna TENDÊNCIAS / DEBATES, página A3, de
autoria de José Eduardo Krieger, professor da Faculdade de Medicina da
USP e do InCor-Hospital das Clínicas da FMUSP, é membro da Academia Brasileira
de Ciências e ex-pró-reitor de Pesquisa da USP (2014-2018), e que merece
igualmente integral transcrição:
“Universidades de pesquisa
exigem cuidado permanente
Universidades
de pesquisa são essenciais porque empurram as fronteiras que delimitam o
conhecido do desconhecido para tornar o homem mais informado e gerar riquezas.
Elas não são medidas pelo número de seus egressos e dependem de um sistema que
identifique alunos vocacionados que serão admitidos independentemente de cor,
sexo, orientação política ou, mais importante, nível socioeconômico.
Anualmente,
algumas centenas de milhares de alunos completam o nível médio, e a
Universidade de São Paulo oferece cerca de 11 mil vagas de acesso. A ideia de
que parte das 11 mil vagas resolveria o problema das distorções de acesso é
questionável e contribui para perpetuar um problema em busca de solução.
Não se
faz justiça social para alguns no último andar da escada. Governantes e legisladores
aplaudem os movimentos da USP em direção às ações afirmativas e se desobrigam
da responsabilidade de prover acesso à educação básica e fundamental de
qualidade. O sistema de educação superior e profissional do estado de São Paulo
conta com diferenciais como a USP e a Unicamp, com perfil de universidade de
pesquisa, a Unesp, uma universidade de excelência no ensino e presente em 24
cidades de quase todas as regiões do estado, e o Centro Paula Souza, modelar
para o ensino profissionalizante.
Estes
três pilares, junto com as demais instituições públicas e privadas, sob o
estímulo e a articulação do governo do estado, podem atender à sociedade e
sustentar o desenvolvimento de São Paulo. Pode-se, então, focar no maior
desafio, que é matricular toda criança no ensino básico e assegurar que a maior
parte dos jovens termine o ensino médio/profissional em tempo.
A
administração da universidade de pesquisa precisa ser ágil e profissionalizada
para subsidiar as atividades dos docentes que deverão ser continuamente
estimulados a indagações relevantes, de alto risco, e com certa tolerância a
insucessos. A ascensão na carreira deve levar em conta esforços de longo prazo,
se basear na excelência, e não servir de passaporte à participação na
burocracia das universidades.
A
atividade de ensino deve refletir a missão da universidade de pesquisa e
priorizar o treinamento de pós-doutorados, doutores, mestres, alunos de
iniciação científica e, finalmente, alunos de graduação – estes fundamentais,
mas foco de instituições com outro perfil.
O reitor
e os diretores das unidades que compõem a universidade são lideranças que
definem e coordenam o plano estratégico da instituição de acordo com a missão e
devem ser escolhidos por comitês com participação de membros externos,
eliminando de imediato a política pequena e os ciclos eleitoreiros
ininterruptos. As atividades de inovação e desenvolvimento econômico, embora
não sejam atribuições das universidades de pesquisa, dependem delas, pois
preparam os profissionais e têm os estoques de conhecimentos.
Um
ecossistema centrado nas universidades de pesquisa requer indução para que
todas as interações tenham sucesso, o que incluem institutos de pesquisa, onde
são dados os primeiros passos pra transformar conhecimento em riqueza – as
incubadoras e os parques tecnológicos onde empresas nascentes e maduras
interagem, e os agentes de financiamento de risco, que alavancam o progresso.
Os
estoques de conhecimento das universidades de pesquisa preparam a sociedade
para o futuro, dando celeridade ao desenvolvimento de soluções para
necessidades inesperadas, que aparecerão durante uma crise sanitária ou quando
uma empresa nacional precisa de solução para competir no mercado global.
Desde a
Renascença a aposta na curiosidade humana se mostra útil, e ao longo dos tempos
as nações mais desenvolvidas são as que melhor dominam o método científico.
O
sistema de educação e desenvolvimento de um Estado é uma construção coletiva
sob a liderança responsável de visionários, e o seu sucesso está atrelado ao
desenvolvimento de sociedades mais prósperas e justas. Neste contexto, as
universidades de pesquisa são as galinhas dos ovos de ouro caras à sociedade.”.
Eis,
portanto, mais páginas contendo importantes, incisivas e oportunas abordagens e
reflexões que acenam, em meio à maior crise de liderança de nossa história –
que é de ética, de moral, de princípios, de valores –, para
a imperiosa e urgente necessidade de profundas
mudanças em nossas estruturas educacionais,
governamentais, jurídicas, políticas, sociais, culturais, econômicas,
financeiras e ambientais, de modo a promovermos a inserção do País no
concerto das potências mundiais livres, justas, educadas, qualificadas,
civilizadas, soberanas, democráticas, republicanas, solidárias e sustentavelmente
desenvolvidas...
b) o combate
implacável, sem eufemismos e sem tréguas, aos três dos nossos maiores e
mais devastadores inimigos que são:
c) a dívida pública brasileira - (interna e externa; federal, estadual, distrital e municipal) –, com previsão para 2021, apenas segundo a proposta do Orçamento Geral da União – Anexo II – Despesa dos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social – Órgão Orçamentário, de exorbitante e insuportável desembolso de cerca de R$ 2,236 trilhões (53,83%), a título de juros, encargos, amortização e financiamentos (ao menos com esta última rubrica, previsão de R$ 1,603 trilhão), a exigir alguns fundamentos da sabedoria grega, do direito e da justiça:
- pagar, sim, até o último centavo;
- rigorosamente, não pagar com o pão do povo;
- realizar uma IMEDIATA, abrangente, qualificada, independente, competente e
eficaz auditoria... (ver também www.auditoriacidada.org.br)
(e ainda a propósito, no artigo Melancolia, Vinicius Torres Freire, diz:
“... Não será possível conter a presente degradação econômica sem pelo menos,
mínimo do mínimo, controle da ruína das contas do governo: o aumento sem limite
da dívida pública...”).
Isto posto, torna-se absolutamente inútil lamentarmos a falta de recursos diante de tão descomunal
sangria que dilapida o nosso já combalido dinheiro público, mina a nossa
capacidade de investimento e de poupança e, mais grave ainda, afeta a
credibilidade de nossas instituições, negligenciando a justiça, a verdade, a honestidade e o amor à pátria, ao lado de abissais desigualdades sociais e
regionais e de extremas e sempre crescentes necessidades de ampliação e modernização de setores
como: a gestão pública; a infraestrutura (rodovias, ferrovias,
hidrovias, portos, aeroportos); a educação;
a saúde; o saneamento ambiental (água tratada, esgoto tratado, resíduos
sólidos tratados, macrodrenagem urbana, logística reversa); meio ambiente; habitação; mobilidade urbana
(trânsito, transporte, acessibilidade); minas e energia; emprego, trabalho e renda; agregação de valor às
commodities; sistema financeiro nacional; assistência social; previdência
social; segurança alimentar e nutricional; segurança pública; forças armadas;
polícia federal; defesa civil; logística; pesquisa e desenvolvimento; ciência,
tecnologia e inovação; cultura, esporte e lazer; turismo; comunicações;
qualidade (planejamento – estratégico, tático e operacional –,
transparência, eficiência, eficácia, efetividade, economicidade – “fazer mais e
melhor, com menos” –, criatividade, produtividade, competitividade); entre
outros...
59
anos de testemunho de um servidor público (1961 – 2020)
- Estamos nos descobrindo através da Excelência
Educacional ...
- ANTICORRUPÇÃO: Prevenir e vencer, usando
nossas defesas democráticas ...
- Por uma Nova Política Brasileira ...
- Pela excelência na Gestão Pública ...
- Pelo fortalecimento da cultura da
sustentabilidade, em suas três dimensões nucleares do desenvolvimento integral:
econômico; social, com promoção humana, e, ambiental, com proteção e
preservação dos nossos recursos naturais ...
- A alegria da vocação ...
Afinal, o Brasil é uma
águia pequena que já ganhou asas e, para voar, precisa tão somente de visão
olímpica e de coragem!
E P Í L O G O
CLAMOR E SÚPLICA DO POVO BRASILEIRO
“Oh! Deus, Criador,
Legislador e Libertador, fonte de infinita misericórdia!
Senhor, que não fique, e
não está ficando, pedra sobre pedra
Dos impérios edificados
com os ganhos espúrios, ilegais, injustos e
Frutos da corrupção, do
saque, da rapina e da dilapidação do
Nosso patrimônio público.
Patrimônio esse
construído com o
Sangue, suor e lágrima,
Trabalho, honra e
dignidade do povo brasileiro!
Senhor, que seja assim!
Eternamente!”.